N449-Bô 5776

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BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
“Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah
(Ensino).” – Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Shalom! Parashá Bó – 6 de Sh'bat de 5776 (16/01/2016)
‫א ֶה ְ קִ ְר ֽ ׃‬
ֵ֖ ‫אתֹתַ ֥י‬
ֹ ֽ ‫ִ תִ ֛י‬
Ano-8 N-449
‫מעַן‬
ַ֗ ‫ל‬
ְ ‫ב ָ ֔דיו‬
ָ ‫ע‬
ֲ ‫ל ֣ב‬
ֵ ‫ל ֙ וְאֶ ת־‬
ִ ‫כ ַ ְ֤ד ִ י אֶ ת־‬
ְ ִ‫ִ ֽי־אֲ נ ִ֞י ה‬
“Porque tenho endurecido o seu coração, e o coração de seus servos, para manifestar estes meus
sinais no meio deles” (Shemot 10:1)
Por que D-us aumentou (em quantidade) os sinais e feitos no Egito? Não poderia Ele ter dado uma única
praga pesada que forçasse os egípcios a libertar-nos de sua opressão? Por que Ele os golpeava, praga após praga, e,
entre elas, endurecia os seus corações? Tudo com o objetivo de golpeá-los novamente?! O motivo deste ‘estranho’
proceder é o seguinte: o êxodo do Egito é um sinal para a futura redenção do Povo de Israel, que seja em breve e em
nossos dias, conforme consta (Michah 7:15): “conforme os dias de sua saída da terra do Egito, [Ele] nos mostrará
maravilhas”, pois todos os sinais e feitos que D-us perpetrou na saída do Egito ocorrerão no futuro. Por esse motivo,
para fazer muitos milagres no futuro, Ele aumentou os sinais no Egito. O êxodo do Egito nos libertou da mão do
Faraó e de seu povo, e a futura nos libertará da mão de Essav, este é Edom, pois este exílio é o exílio de Edom
(Essav).
De onde podemos confirmar isso? A palavra Faraó, em hebraico par'ó, escrita em extenso, fica assim:
pei hei, resh yud shin, áin yud nun, hei alef. As letras de extensão (em negrito) somam 376, valor numérico de
Essav (áin (70)+shin (300)+vav (6) = 376). Daqui, vemos que Essav está ‘contido’ dentro da palavra par'ó. Daqui,
entendemos o versículo que diz: “venha ao Faraó, pois Eu endureci seu coração...”. D-us não endureceu o coração
do Faraó apenas para golpeá-los novamente. Sua intenção era ‘fazer estes Meus sinais dentro dele’, com a expressão
‘dentro dele’ simbolizando Essav e o futuro exílio, pois tudo o que D-us fizer agora com os egípcios fará também
com os Edomitas no futuro. (Do livro Aderet Eliyahu – Parashat Bó, do Hhacham Rabbi Yossef Hhaim de Baghdad, o Ben Ish Hhai ZTK”L ZLH’H.)
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Resumo da Parashá – Bô (Livro de Shemot – Êxodo 10:1-13:16)
As três últimas (das dez) pragas são aplicadas no Egito: os gafanhotos devoram as colheitas e a vegetação
que restaram do granizo; uma escuridão espessa e palpável envolve toda a terra (esta é uma praga com muitas
explicações, e muito diferente das outras); por fim, todos os primogênitos do Egito são mortos à meia-noite do dia
15 do mês de Nissan. D-us ordena que a primeira Mitsvá seja dada ao Povo de Israel: estabelecer um calendário
baseado no renascimento mensal da lua. Os Judeus também são instruídos a trazerem uma “oferenda de Pessahh”
para D-us: um cabrito ou um cordeiro deveria ser sacrificado, e seu sangue, espalhado nos umbrais das portas de
todo lar judaico para que D-us “passasse” por cima destas casas quando viesse matar os primogênitos egípcios. A
carne assada da oferenda deveria ser comida naquela noite junto com Matsá (pão não fermentado) e ervas amargas.
A morte dos primogênitos, finalmente, quebra a “resistência” do Faraó e ele “expulsa” os filhos de Israel de sua
terra. Eles partem tão apressadamente que não há tempo para que a massa do pão cresça (fermente), e os únicos
alimentos que eles levam não contêm fermento. Antes de partirem, eles pedem aos vizinhos egípcios por ouro, prata
e roupas, drenando o povo do Egito de sua riqueza (o tesouro recolhido na abertura do mar provinha dos cofres
reais). Os Filhos de Israel são ordenados a consagrarem todo primogênito (e os redimirem) e a observarem o
aniversário do Êxodo a cada ano removendo tudo que for fermentado de sua posse durante sete dias (oito fora de
Israel), comerem Matsá e contar a história de sua redenção aos seus filhos (Sêder de Pessahh). Eles também são
ordenados a usarem os Tefilin nos braços e cabeça como uma lembrança do Êxodo e seu resultante
comprometimento a D-us. (Adaptado do “A Parashá em uma Casca de Noz” e do Torah-Mail)
Por Jaime Boukai
Curiosidades da Semana:
Nossa Prioridade Máxima...
Depois de ser avisado da iminente praga dos gafanhotos, o Faraó diz para Moshê que permitiria que os
B'nei Israel deixassem o Egito. Ele perguntou a Moshê: “Mi va'mi ha'holechim – Quem são os que irão?”, e Moshê
respondeu que tinha a intenção de levar com ele toda a nação: “Com nossos jovens e nossos anciãos iremos [...] pois
teremos um festival para D-us”. O Faraó negou peremptoriamente essa demanda, e disse a Moshê que ele estaria
disposto a permitir que os membros mais velhos da nação saíssem, mas não os jovens. Nesse ponto, as negociações
cessaram, e D-us desencadeou a mortal praga dos gafanhotos contra o Egito... O Faraó entendeu o princípio básico
de sobrevivência judaica: a juventude, a geração mais jovem. Ele estava pronto para permitir que os adultos saíssem
e adorassem seu D-us. Ele não estava preocupado com eles... O que ele insistiu foi que os jovens permanecessem no
Egito, expostos às seduções da cultura egípcia. Ele queria que os jovens israelitas se mantivessem sob a forte
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influência da cultura egípcia, para que não desenvolvessem qualquer sentimento de lealdade para com as suas
tradições religiosas. Moshê, portanto, firmemente declarou: “Com nossos jovens e nossos anciãos iremos”.
Significativamente, ele mencionou os jovens antes dos idosos, porque a geração mais jovem era sua prioridade. Pela
mesma razão por que o Faraó recusou-se a permitir que os jovens fossem servir a D-us, Moshê exigiu que os jovens
fossem – e ainda lhes deu a prioridade. Esta é uma lição importantíssima para nós, especialmente na sociedade
contemporânea, em que a influência e a atração da cultura, crenças e comportamentos anti-Torah são tão fortes e
penetrantes. Agora, talvez mais do que nunca, devemos priorizar a educação dos nossos filhos. Certamente, devemos
cuidar dos adultos e idosos também; mas a proclamação de Moshê deve servir como o nosso lema. A educação da
juventude vem antes de tudo! As mentes impressionáveis precisam de muita proteção na sociedade de hoje. E nós
temos que fazer dessa proteção a nossa maior prioridade, assim como foi para Moshê. Baruch Hashem, nossos
antepassados sempre fizeram da educação de Torah a sua prioridade mais alta. E este é o modelo e exemplo que
devemos continuar a seguir, para que nossos filhos possam resistir com sucesso às pressões da sociedade
contemporânea e crescer para serem herdeiros leais e dignos de nossa tradição sagrada. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi
Por Maurício Cagy
Eli Mansour.)
Liberdade
Nessa Porção Semanal lemos que D-us falou a Moshê e Aharon para que transmitissem uma ordem aos
filhos de Israel. Deveriam orientá-los para que começassem a preparar alicerces para a futura construção do
Tabernáculo de D-us. Esta ordem parece pouco realista e prematura, visto ser dada em meio à escravidão e ao
sofrimento. O objetivo de liberdade de uma nação geralmente encontra expressão em alguma proeminente
instituição física ou espiritual. A liberdade do Egito encontrou sua expressão nas pirâmides, as quais nada mais eram
que túmulos glorificados para os reis, às custas da miséria de milhares de escravos. A antiga Grécia, após ganhar sua
liberdade dos Persas, construiu templos na Acrópole, glorificando o corpo humano. Israel, ao ganhar sua liberdade,
tinha como objetivo o Sinai, onde após lhe ser entregue a Torah, todo o povo se uniu para construir um Tabernáculo
onde deveria repousar a Presença Divina. A essa finalidade, todo o Êxodo foi dedicado desde o início. E, de fato, ao
estudarmos a história de Israel, após sua entrada na Terra Prometida, encontramos o clímax de toda a história
judaica, quando o rei Shelomô construiu o Templo de Jerusalém. O significado espiritual da porção semanal Bó
constitui um desafio ao mundo de hoje, onde cada vez mais, pequenas nações conquistam sua independência. Ao
nível individual pode ser sentida mais intensamente se levarmos em conta as condições econômicas que tendem a
dar-nos cada vez mais tempo livre. O que fazemos com este tempo livre? Há duas chances: ou é tão mal aplicado a
ponto de nossos dias tornarem-se uma fonte de aborrecimentos, ou por outro lado, seguindo o exemplo de Israel,
utilizamos nossos dias para preparar os ‘alicerces para o Tabernáculo de D’us’. (Extraído do site chabad.org.br.)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Parábolas do Ben Ish Hhai
Certa vez, um homem fez a seguinte pergunta ao seu filho, um garoto muito inteligente: “Vamos supor que
dez aves pousaram no telhado da nossa casa. Logo, quatro arqueiros se aproximaram e cada um deles disparou uma
única flecha e matou um pássaro. Diz-me, meu filho, quantos pássaros restaram no telhado?”. “Quatro”, respondeu o
menino. “Creio que calculaste errado”, disse o pai. “Se subtraíres as quatro aves mortas do grupo original de dez,
restarão seis aves”. A criança retrucou: “Uma vez que as setas atingiram seus alvos, os seis pássaros restantes
temeram por suas vidas e rapidamente fugiram. Portanto, apenas as quatro aves mortas permaneceram no telhado e
nada neste mundo as fará sair do seu lugar”. O pai ficou contente com a sagacidade do garoto e disse: “Respondeste
muito bem, meu filho”. Assim, também, quando a pessoa dá dinheiro para a Tsedaká (caridade), muitas vezes, ela
considera esse dinheiro como se tivesse ‘voado’, ou seja, ele está ‘morto’, pois o dono original não pode mais ter
qualquer benefício daqueles fundos. Por outro lado, o dinheiro restante em seu bolso é considerado como algo
‘vivo’, pois pode gastá-lo como bem entender. No entanto, a verdade é justamente o contrário! O dinheiro que está
em nossas mãos pode ‘voar’ num segundo, assim como os seis pássaros no telhado que levantaram voo. Na verdade,
o rei Salomão já ensinou esta idéia há muitos séculos (Mishlei 23:4-5): “As riquezas fazem para si asas e voam como
uma águia para o céu”. Já o dinheiro que a pessoa dá para a Tsedaká permanecerá com ela para sempre! Assim como
os pássaros mortos nunca sairão de seu domínio, assim também, a pessoa desfrutará o mérito de sua caridade e boas
ações tanto neste mundo como no Mundo Vindouro. Ao contribuirmos com alguma causa de Tsedaká, digamos:
“Este é o melhor investimento que eu já fiz!”.
Por Jaime Boukai
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka, Sh'muel ben Nehhama Dinah, Guila bat Amar e
Mordechai Grassiano ben Miriam.
Em memória e elevação das almas de Hhaya Rahhel bat Hhana, Leibsh ben Israel Icek, Mazal Zeitune bat Sarah, Yossef Zaiat ben Sarah, Marieta Beniste bat
Faride, Adelia Nigri Cohen bat Marieta, Mordechai Eliaho Belassiano ben Victória, Nassim Elias Nigri ben Miriam, Eva Nigri Benekés bat Nahime, José
Zebulum ben Sarah, Moisés David Cohen ben Sultana, Natan Fankiel ben Haron, Saad Haim Nigri ben Rivka, José Zetoune ben Suzana, Alegria Tayah Mansur
bat Sara, Hossen Mansur bat Marhabá, Jamile Politi bat Bida, Rachel Beniste bat Miriam, Simon Salomon Mizrahi bat Warde, José Salomão Israel ben Rachel,
Miriam Nigri bat Raquel, Nissim Moshê Zeitune ben Sal'ha Adelia, Henrique (Isaac) Salim Nigri ben Sarah, Jannete Orind bat Rachel e Léa Balassiano Bat
Jamile.
Agradecemos ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!
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