BS “D ע ֽ ֹזבוּ׃ ֲ ַכּי ֶלקַ ח ט ב נ ַָת ִתּי לָ ֶכם ֽתּ ָר ִתי ַ ֽאל־תּ !ִ “Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino).” – Mishlei (Provérbios) 4:2 Shabat Rosh Hhodesh Shalom! Parashá Vaerá - 1 de Shbat, 5777 (28/01/17) Ano-10 N-503 ָ טה־י ְָד ָ ְ מ ְרי ִם ֜ ַ מצ ִ מי ֵ ֨ ך ֩ עַל־מֵי ֵֽ ְ ך֣ נ ַ ר֡ן ַ֣קח ֹ ֲאֽל־ ה ֶ מ ֣ר ֹ ֱמ ֗ ֶ ה א ֹ ה' אֶ ל־ ֜ ַו ֹ֨ אמֶר :־דם ֑ ָ ֵיהם ְויִֽהְ י ֶ֖ מֽימ ֵ ע ֛ל ָל־מִקְ ֵו ֥ה ַ ֵיהֶ ם ְו ֗ גמ ְ א ֵֽריהֶ ֣ם ְועַל־ ֹ ְ על־נ ַהֲ רֹתָ ֣ם ׀ עַל־י ַֽ “E disse o Eter-no a Moshê: Dize a Aharon: Toma a tua vara e estende a mão sobre as águas do Egito, sobre as suas correntes, sobre os seus rios, e sobre as suas lagoas e sobre todas as suas águas empoçadas, e serão sangue.” (Shemot 4:11) Esta Parashá conta as primeiras pragas que D-us trouxe sobre o Egito. Nossos Sábios observam que, nas três primeiras pragas, foi Aharon, em vez de Moshê, quem realizou o ato por meio do qual a praga se iniciou. Antes da praga de sangue, por exemplo, Aharon foi comandado por D-us para levantar seu cajado sobre o rio, que, em seguida, transformou-se em sangue. A praga das rãs também começou quando Aharon levantou seu cajado sobre o rio, e a terceira praga, piolhos, teve início quando Aharon golpeou a terra com seu cajado. Em todos os três casos, D-us instruiu Aharon, em vez de Moshê, para dar início à praga. Os Sábios explicam que não seria apropriado que Moshê golpeasse o rio ou a terra, devido à proteção que estes lhe tinham concedido. Quando criança, Moshê foi colocado em uma cesta no rio, onde escapou das autoridades egípcias que tentavam matá-lo. Mais tarde, Moshê matou um feitor egípcio que espancava um hebreu que era escravo, e cobriu o corpo com terra para que não fosse descoberto. Uma vez que Moshê beneficiou-se do rio e da terra, ele não tinha permissão para iniciar as três primeiras pragas. Mas este conceito deve ser melhor explicado: podemos compreender facilmente a importância de “hakarat hatob” – gratidão – quando aplicada a pessoas que agem favoravelmente a nós; mas por que deveríamos mostrar gratidão a objetos inanimados, como rios e poeira? Eles se sentiriam insultados se Moshê os tivesse afligido com pragas? Tsadikim mais recentes também seguiram o princípio de mostrar gratidão a objetos inanimados. Conta-se a história de um homem que veio para o Rif (Rabi Itshhak de Fez, Marrocos, 1013-1103) para pedir orientação jurídica na venda de uma casa de banhos que ele possuía. O homem estava passando por tempos difíceis e foi forçado a vender o edifício. Assim, ele procurou Rif pedindo-lhe para elaborar os documentos para que a venda fosse legítima de acordo com Halachá. O Rif, no entanto, recusou-se a tomar parte em qualquer aspecto dessa venda, porque ele tinha usado a casa de banhos em várias ocasiões. Como ele havia tido benefício da casa de banhos, ele se sentiu impedido de participar do processo de fechamento da mesma. Mas como devemos entender esta preocupação em mostrar gratidão a um balneário?! Rab Eliyahu Dessler (1891-1954) explicou que, se Moshê tivesse golpeado o rio ou a terra, isto teria diminuído – mesmo que apenas ligeiramente – sua sensibilidade para a importância da gratidão. O traço de caráter de “hakarat hatob” é tão fundamental e significativo que não podemos permitir que percamos até mesmo o menor grau de sensibilidade sobre ele. Claro, o rio não se sentiria ofendido se Moshê o atingisse com o seu cajado. Mas isso poderia afetar a sensibilidade do próprio Moshê! O sentimento de gratidão para com outras pessoas é o primeiro passo para o sentimento de gratidão a D-us. Na Parashá anterior, lemos que “levantou-se sobre o Egito um novo rei, que não conhecia Yossef” (Shemot 1:8). O Midrash comenta que esta falta de “reconhecimento” em relação a Yossef, (reconhecer e apreciar tudo o que Yossef tinha feito para o Egito) foi o que levou o Faraó a declarar mais tarde: “eu não conheço D-us” (5:2). Se uma pessoa não se acostumar a apreciar o que os outros fazem para ela, em seguida, ela vai deixar de reconhecer e sentir gratidão por tudo o que D-us faz por ela! E é improvável que uma pessoa assim venha a se sentir feliz e realizada... Os Sábios, portanto, ressaltaram a importância da gratidão – de nos sentirmos verdadeiramente gratos por tudo o que temos, por tudo o que as outras pessoas e D-us fazem por nós, para que possamos experimentar a verdadeira alegria e contentamento em toda a nossa vida. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.) Por Maurício Cagy Resumo da Parashá Vaerá (Livro de Shemot [Êxodo] 6:2 – 9:35) D-us reafirma que cumprirá a pacto com os Abot e redimirá o povo do Egito. Moshê transmite a mensagem ao povo, mas eles não acreditam devido ao “espírito curto” e ao trabalho duro (para o povo não haviam passado os 400 anos que D-us dissera a Abraham que passariam no Egito, só haviam passado 210). D-us manda Moshê e seu irmão voltarem ao Faraó. Moshê retruca: “não consegui convencer meu povo, como convenceria o Faraó”? D-us manda-o mostrar um sinal ao Faraó (a vara de Aharon). A vara se transforma em serpente. Os feiticeiros do Faraó imitam. A vara de Aharon engole as outras, mas o Faraó não se convence. D-us revela a Moshê que endureceu o coração do Faraó. Iniciam-se as pragas. Aharon golpeia o rio e este vira sangue. Os feiticeiros egípcios imitam e o Faraó desconsidera o caso. Moshê avisa que se o Faraó não enviar o povo o Egito seria golpeado com rãs. Novamente, os feiticeiros imitam, mas mesmo assim o Faraó suplica que Moshê desfaça a praga (mostrando que a praga foi pesada). Ao ver o fim da praga o Faraó endurece seu coração e não envia o povo. Aharon bate sua vara na terra que vira piolhos (as 3 primeiras foram iniciadas por Aharon, pois as águas e a terra haviam ajudado Moshê ). Os feiticeiros não conseguem imitar e admitem ser o “dedo de D-us!”. Nova recusa do Faraó. Uma mistura de animais selvagens ataca os egípcios e D-us separa o Egito de Goshen (onde vivia Israel). O Faraó cogita que o povo sirva a D-us, mas no Egito. Moshê não aceita. Ao fim da praga o Faraó volta atrás e Gratuito! Contém termos de Torah, trate com respeito! Não transporte em Shabat e Yom Tob! Visite o site www.lekachtob.xpg.com.br . BS “D não envia o povo. A peste ataca os animais egípcios. O Faraó se mantém irredutível. Moshê toma fuligem e joga no ar e a sarna, ataca o Egito. Nova recusa do Faraó. Moshê adverte sobre o granizo, mas os egípcios não acreditam. O granizo cai. Perplexo, o Faraó chama Moshê e diz ter pecado a D-us. Pede que orem por eles e promete enviar o povo. Com o término da praga o Faraó volta atrás e não envia o povo. Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch) Curiosidades da Semana: Guerra Entre as Forças Do Bem e do Mal Na porção desta semana, Vaerá, lemos sobre as instruções específicas dadas a Moshê por D-us antes que Moshê e Aharon comparecessem perante o Faraó. Quando o Faraó lhes pediu um sinal para provar que Aquele Que os tinha enviado era poderoso, Aharon deveria jogar seu cajado e este se transformaria numa serpente. Quando Aharon, de fato, jogou o cajado, o Faraó chamou, imediatamente, os seus conselheiros e seus mágicos, exigindo que repetissem o ‘truque’ com seus próprios cajados. Eles realizaram facilmente este feito. No entanto, seus cajados foram todos engolidos pelo de Aharon. O milagre que ocorreu não era o cajado de Aharon se transformando em serpente, pois os mágicos do Faraó também conseguiam realizar este feito. Na verdade, foi o fato de o cajado de Aharon (depois de ter-se transformado de serpente em cajado de novo) engolir os cajados dos mágicos. As maravilhas e pragas ocorridas no Egito não foram apenas com o objetivo de punir os egípcios, mas sim de quebrar a resistência e oposição do povo egípcio a D-us. A filosofia egípcia alegava que D-us não tem poder ou influência no mundo. Segundo eles, depois da Criação, o mundo foi entregue às leis da natureza e D-us desistiu de qualquer supervisão ou atenção no dia-a-dia. As dez pragas serviram para desaprovar esta ideologia, e cada uma ilustra um erro diferente na filosofia deles. O milagre dos cajados engolidos foi uma introdução aos milagres que se seguiriam. O prelúdio geral para esta refutação foi o engolimento dos cajados. O encontro entre Aharon e o Faraó foi um confronto entre as forças do bem e do mal. O cajado de Aharon simbolizava a força Divina, que vem da santidade. A serpente simbolizava o Egito, pois está escrito: “O Egito é uma grande serpente esticada dentro de seus rios”. Ao transformar o cajado numa serpente, Aharon mostrou ao Faraó que o próprio Egito deve sua vitalidade a D-us. Quando os mágicos do faraó também puderam transformar seus cajados em serpentes, eles estavam insistindo em dizer que tinham seu próprio poder. Quando os cajados foram engolidos pelo de Aharon, isso provou que o poder da impureza e do profano nada representa em face do poder e força da santidade, e não pode ter existência ou duração. Por meio deste milagre, D-us mostrou ao Faraó e seus sábios que eles, também, estavam sob Seu domínio, e que o Faraó não tinha realmente qualquer poder próprio. Isso enfatiza a lição que seria aprendida por todo o Egito, e prenunciou as dez pragas que estavam para chegar. Dessa discussão sobre o confronto entre o Faraó e Aharon, podemos aprender uma lição geral em nosso tratamento e relacionamento com o próximo. Aharon foi descrito como aquele “que amava a paz e buscava a paz, amava todas as criaturas e as aproximava da Torah”. Quando conhecemos alguém que se comporta indevidamente ou com falhas ofensivas de caráter, devemos abordá-lo com o cajado de Aharon – com verdadeiro amor – e devemos lembrar-nos que estamos usando o cajado de Aharon, não a serpente; nossa interação deve ser sem raiva ou sentimentos negativos, sem envolver nossas próprias emoções, e não com um pedaço de madeira seca. (Por Zalman Velvel, de Chabad.org.br) Por Mair Hhaim Nigri (Hhazak Ubaruch) Leis De Tefilah [Oração] Não se deve entrar na sinagoga correndo. Senão, a pessoa deve parar e entrar com reverência, como quem está adentrando a sala do trono de um rei. Também, quem sai da sinagoga não deve sair correndo ou com passos largos, pois aparenta que a ida à sinagoga é como um fardo para ele. Contudo, se sai temporariamente, pode ser rápido pois tem pressa em retornar à sinagoga. Isso vale mesmo que os outros não saibam que ele pensar em retornar. Quem sai da sinagoga para ir à casa de estudos, lhe é permitido sair com pressa. Consta no Midrash (Tan'hhumah Vaierah): “disse a eles O Santo, Bendito Seja, para o Povo de Israel: Sede cuidadosos nas orações, pois não há outra característica mais bela que ela, e, mesmo que uma pessoa não seja meritória de ter sua reza atendida e de ser-lhe feita bondade, quando ela ora e faz suas súplicas, Eu faço bondade para com ela”. E consta no Midrash (Rabah Vaet’hhanan): “O Santo, Bendito Seja, não anula a reza de nenhuma criatura”! E é maior a reza do que qualquer sacrifício, e devemos tentar ter a devida intenção nas mesmas, e fazê-las no seu tempo apropriado, pois a reza tem o poder de perdoar todos os pecados e transgressões, até mesmo as rebeldias, que não têm sacrifício que as expie. E devemos lembrar que a reza é um dos pilares do mundo. E é maior a Tefilah que boas ações. E, sempre que o Povo de Israel se reúne em suas sinagogas ou casas de estudo e proclama: “Amên, yehê Shemeh Rabah... – Amên [tenho fé e acredito], que seja o Seu Grande Nome...” com toda a sua força, O Eter-no rasga todos os decretos negativos que haja contra eles. E o Povo de Israel não saiu do Egito até rezar e clamar a D-us. Aliada a um retorno sincero a D-us [Teshubah], a reza tem o poder de alterar decretos ruins e a natureza. E todo aquele que reza com intenção e temor, tem mérito de obter sua porção no mundo vindouro! (2 Halachot por dia – hidabroot.org) Por Jaime Boukai Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim ben Miriam, Ethel Mariam bat Tsiporah, Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Hhana Ribka, Sh'muel ben Nehhama Dinah, Guila bat Amar e Shelomoh ben Bida. Em memória e elevação das almas de Mordechai Balassiano ben Faride, Étel Léa Hanono, Gerson ben Rahhel, Mordechai ben Miriam Grassiano, Leibish ben Hhaika (Israel Icek) Gerszt, Rahhel bat Hhana, Mordechai ben Rahhel Salem, Eva Nigri Benekés bat Naime, Gabriel Politi ben Esther, Ibrahim Salem ben Esther, Ignacio Jaime Cohen, Chehade Dallale ben Hassibe, Benjamim M. Nigri ben Yehudith, Blume Rosa Rechtman, Faride Guerchon, Marieta Beniste bat Faride, Nissim Moshê Zeitune ben Sal'ha Adelia, Adelia Nigri Cohen bat Marieta, Mordechai Eliaho Belassiano ben Victória e Nassim Elias Nigri ben Miriam. Agradecemos ao Templo Sidon e a Gerson Z”L e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!