וְגַם־עֵ֥רֶ ב רַ֖ ב עָלָ֣ה אִ ָ֑ם וְצֹ֣אן בָקָ֔ר מִקְנֶ֖ה ָבֵ֥ד

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BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino).
Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Shalom! Parashá Bô – 8 de Sh’bat de 5773 (19/01/2013)
Ano-6 N-293
‫אֽד׃‬
ֹ ‫מ‬
ְ ‫ב ֥ד‬
ֵ ָ ‫ָקר מִקְ נֶ֖ה‬
ָ ֔ ‫צ ֣אן ב‬
ֹ ‫ל ֣ה אִ ָ ֑ ם ְו‬
ָ ‫ע‬
ָ ‫ע ֶ֥רב ַ֖רב‬
ֵ ‫ְוגַם־‬
“E uma grande mistura de gente subiu também com eles, e rebanho, gado e animais em grande
quantidade.” (Shemot 12:38)
Moshê insistiu em permitir que alguns Mitsrim [egípcios] fossem junto com o povo de Israel após o êxodo do
Mitsráim. Estes Ereb Rab causaram problemas incalculáveis para K'lal Israel. Por que Moshê resolveu levá-los? Rab
Shimshon Pincus compara este ato com o de Sh'lomoh HaMelech ao casar com a filha do Faraó no dia da Hhanukat
HaMikdash [inauguração do Mikdash]. O Midrash diz que este era um problema de “Ein MeAr'bim Simhhá B'Simhhá
– Não se mistura alegria e alegria”. Que tipo de Simhhá foi quando Sh'lomoh casou com a filha do Faraó, já que, em
última análise, isto causou um grande dano a ele? Rab Shimshon explica que tanto Yetsiat Mitsráim quanto a conclusão
do Beit HaMikdash eram tempos especialmente auspiciosos, com grande proximidade com Hashem. Eles eram a
celebração de anos de abodah por K'lal Israel para livrar o mundo do mal e, finalmente, para deixar resplandecer o
brilho da Shechinah. No entanto, esses eventos não culminaram nos “Yemot HaMashiach – dias do Messias”, e havia,
ainda, mais mal para conquistar. Moshê pensou que ele poderia fazer isso, trazendo o Ereb Rab para o rebanho Divino.
O rei pensou que poderia fazer o mesmo ao se casar com filha do Faraó. Ambos superestimaram o momento e
perderam muito através de suas ações. Eles foram “intoxicados” com a d'vekut baHashem [se “colar” com D-us] e
foram longe demais na tentativa de purificar o próprio mal, dando um passo maior que a perna permitia... Rab
Shimshon adverte que, em um momento de elevação espiritual, não se deve ir muito longe, ou corremos o risco de
“desmoronar”. Ele conta a história que, quando ele voltou para a América do aprendizado em Erets Israel, ele disse a
seu Rabbi que, em Erets Israel, mesmo nas ruas, você sente a Kedushá – santidade. Seu Rabbi gritou para ele: “As
ruas? Se você se sente assim nas ruas, não terá nenhum problema em abandonar o Beit HaMidrash! Esta aproximação
extra a Hashem mal preparada só irá causar a sua queda”. A lição aqui é que devemos ficar com a santidade, antes de
embarcar em uma viagem ambiciosa para purificar o impuro. (Do site “www.revach.net” [seção Quick Vort – Parashá Bô])
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Resumo da Parashá – Bô (Livro de Shemot – Êxodo 10:1 – 13:16)
As três últimas (das dez) pragas são aplicadas no Egito: os gafanhotos devoram as colheitas e a vegetação que
restaram do granizo; uma escuridão espessa e palpável envolve toda a terra (esta é uma praga com muitas explicações,
e muito diferente das outras); por fim, todos os primogênitos do Egito são mortos à meia-noite do dia 15 do mês de
Nissan. D-us ordena que a primeira Mitsvá seja dada ao Povo de Israel: estabelecer um calendário baseado no
renascimento mensal da lua. Os Judeus também são instruídos a trazerem uma “oferenda de Pessahh” para D-us: um
cabrito ou um cordeiro deveria ser sacrificado, e seu sangue, espalhado nos umbrais das portas de todo lar judaico para
que D-us “passasse” por cima destas casas quando viesse matar os primogênitos egípcios. A carne assada da oferenda
deveria ser comida naquela noite junto com Matsá (pão não fermentado) e ervas amargas. A morte dos primogênitos,
finalmente, quebra a “resistência” do Faraó e ele “expulsa” os filhos de Israel de sua terra. Eles partem tão
apressadamente que não há tempo para que a massa do pão cresça (fermente), e os únicos alimentos que eles levam
não contêm fermento. Antes de partirem, eles pedem aos vizinhos egípcios por ouro, prata e roupas, drenando o povo
do Egito de sua riqueza (o tesouro recolhido na abertura do mar provinha dos cofres reais). Os Filhos de Israel são
ordenados a consagrarem todo primogênito (e os redimirem) e a observarem o aniversário do Êxodo a cada ano
removendo tudo que for fermentado de sua posse durante sete dias (oito fora de Israel), comerem Matsá e contar a
história de sua redenção aos seus filhos (Sêder de Pessahh). Eles também são ordenados a usarem os Tefilin nos braços
e cabeça como uma lembrança do Êxodo e seu resultante comprometimento a D-us. (Adaptado do “A Parashá em uma Casca de Noz”
e do Torah-Mail)
Por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana:
O Respeito à Privacidade das Pessoas
Esta Parashá se inicia com o aviso de Moshê ao Faraó sobre a oitava praga, a praga dos gafanhotos. Curiosamente,
a Torah diz que, repentinamente após Moshê concluir o aviso, ele saiu do palácio: “E virou-se e saiu de junto do Faraó”
(Shemot 10:6). Nos avisos anteriores às outras pragas, não encontramos que Moshê tivesse saído de repente... Por que, nesta
vez, Moshê saiu e por que a Torah considera isto digno de menção? Alguns de nossos Hhachamim explicaram com base nos
versículos seguintes, que dizem que o Faraó convocou seus conselheiros para discutir a ameaça dos gafanhotos. Como o
império já havia começado a se arruinar devido às primeiras sete pragas, o Faraó estava compreensivelmente preocupado
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com a devastação que enxames de gafanhotos poderiam trazer para o país, e, por isso, ele convocou seus conselheiros para
uma reunião. Moshê viu que o Faraó foi convocar uma reunião, e, por isso, ele deixou o local educadamente para não
invadir a privacidade do rei. A reunião do Faraó com sua equipe era claramente um problema privado; portanto, Moshê
cortesmente se afastou para manter a privacidade do Faraó. Este episódio nos ensina uma lição profunda sobre Dêrech Erets
(boas maneiras, etiqueta). Por pior e mais cruel que o Faraó fosse, Moshê ainda lhe proporcionou a decência de respeitar sua
privacidade. Mesmo o Faraó merecia esta cortesia, de ter seus assuntos privados mantidos em sigilo. Muito mais cuidado,
portanto, devemos exercer em relação aos assuntos privados de nossos amigos, parentes e companheiros de comunidade.
Todos temos um Yetser Hará (má inclinação) para ouvir o que está acontecendo na vida provada de outras pessoas, e,
muitas vezes, apreciamos a oportunidade de escutar ou obter acesso a informações “privilegiadas” sobre os outros... A
conduta de Moshê lembra-nos que até mesmo pessoas perversas como o Faraó têm o direito à privacidade! Conta-se uma
história sobre um rabino que, como muitos judeus na Rússia czarista, foi preso pelas autoridades russas sobre acusações
falsas. Quando ele foi levado para o tribunal para o seu julgamento, dois funcionários começaram a falar sobre o caso ao
lado do rabino. Não querendo que ele entendesse o que eles estavam dizendo, eles falaram em Francês, uma língua que eles
assumiram ser desconhecida ao rabino. Assim que o rabino os ouviu falar, ele se afastou deles. Momentos depois, os
funcionários pegaram o rabino com raiva e gritaram: “Tanta arrogância! Quem te deu o direito de deixar? O que te fez
pensar que podes simplesmente ir embora?”. “Deixa-me explicar”, respondeu o rabino. “Quando eu vos ouvi falando em
Francês, percebi de imediato que não queríeis que eu entendesse. Contudo, a verdade é que eu sou fluente em Francês. Por
isso, afastei-me para não ouvir a conversa”. Quando os funcionários ouviram o que disse o rabino, eles imediatamente o
libertaram. Eles perceberam que um homem de tal integridade não poderia ter cometido os crimes atribuídos a ele. Depois,
quando o rabino foi convidado a explicar sua conduta, ele apontou para Moshê Rabênu, que saiu do palácio antes da reunião
do Faraó com os seus conselheiros. Se homens maus como Faraó e as autoridades na Rússia czarista foram merecedores de
privacidade, então certamente devemos respeitar a privacidade de nossos amigos e familiares, e manter-nos afastados de
assuntos que não foram destinados para os nossos ouvidos. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
A Última Praga: Morte dos Primogênitos Egípcios
Na primeira noite de Pessahh, no exato instante em que deu meia-noite, D-us desceu sobre o Egito com 900.000
anjos destruidores e matou a todos os primogênitos egípcios, tanto homens como mulheres. Nas casas em que o primogênito
já havia morrido, o filho que havia nascido posteriormente a este era morto. Mesmo que um primogênito egípcio se tivesse
mudado para outro país, era igualmente morto. Os animais primogênitos também morriam, pois os egípcios oravam para
eles. Se não tivessem morrido, os egípcios poderiam dizer: “Nossos deuses, os animais, causaram esta praga!”. D-us também
destruiu as imagens dos egípcios. Quando estes entraram em seus templos na manhã seguinte, viram que todos os ídolos de
metal se haviam fundido, os de pedra, quebrado, e os de madeira, apodrecido. Quando D-us passou sobre estas casas e
matou os primogênitos, destruiu todas as casas egípcias. Enquanto matava os primogênitos egípcios, D-us curou os judeus
das dores causadas pelo B’rit Milá. Não pensem que um primogênito egípcio que se escondeu numa casa judia escapou
desta praga. Mesmo se estivesse dormindo na mesma cama com um judeu, o egípcio morria, enquanto o judeu era poupado.
(www.chabad.org)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá:
Nessa Parashá, lemos que D-us falou a Moshê e Aharon para que transmitissem uma ordem aos filhos de Israel.
Deveriam orientá-los para que começassem a preparar alicerces para a futura construção do Tabernáculo de D-us. Esta
ordem parece pouco realista e prematura, visto ser dada em meio à escravidão e ao sofrimento. O objetivo de liberdade de
uma nação geralmente encontra expressão em alguma proeminente instituição física ou espiritual. A liberdade do Egito
encontrou sua expressão nas pirâmides, as quais nada mais eram que túmulos glorificados para os reis, às custas da miséria
de milhares de escravos. A antiga Grécia, após ganhar sua liberdade dos Persas, construiu templos na Acrópole, glorificando
o corpo humano. Israel, ao ganhar sua liberdade, tinha como objetivo o Sinai, onde, após lhe ser entregue a Torah, todo o
povo se uniu para construir um Tabernáculo onde deveria repousar a Presença Divina. Ao estudarmos a história de Israel,
após sua entrada na Terra Prometida, encontramos o clímax de toda a história judaica, quando o rei Salomão construiu o
Templo de Jerusalém. O significado espiritual da Parashá Bô constitui um desafio ao mundo de hoje, onde, cada vez mais,
pequenas nações conquistam sua independência. Ao nível individual, pode ser sentida mais intensamente se levarmos em
conta as condições econômicas que tendem a dar-nos cada vez mais tempo livre. O que fazemos com este tempo livre? Há
duas chances: ou é tão mal aplicado a ponto de nossos dias tornarem-se uma fonte de aborrecimentos, ou, por outro lado,
seguindo o exemplo de Israel, utilizamos nossos dias para preparar os “alicerces para o Tabernáculo de D-us”.
(www.chabad.org)
Por Hhazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka, Sh’muel ben Nehhama Dinah, Guila bat
Amar e Edna Mattatia bat Lídia.
Em memória e elevação das almas de Moisés David Cohen Ben Sultana, Saad Haim Nigri Ben Rivka, José Zetoune Ben Suzana, Alegria Tayah
Mansur Bat Sara, Hossen Mansur Bat Marhabá, Jamile Politi Bat Bida, Rachel Beniste Bat Miriam, José Salomão Israel Ben Rachel, Miriam
Nigri Bat Raquel, Henrique (Isaac) Salim Nigri Ben Sarah, Léa Balassiano, Bida Balassiano Nigri Bat Paulina e Vitória Resels Balassiano Bat
Hissen.
A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!
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