N342-Vaerá 5774

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BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
“Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah
(Ensino).” – Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Mebarechim Shalom! Parashá Vaerá – 25 de Tebet de 5774 (28/12/2013) Ano-7 N-342
Le'ilui Nishmat haRab haGaon Rishon leTsion Rabbi Hhaim Obad'ya Yossef Ben Gurg'ya ZTK"L ZLH"H
ַ‫ימי ִמ ְצ ָריִ ם וַתַּ עַ ל הַ ְצּפַ ְר ֵדּע‬
ֵ ֵ‫ט ַ ֽאהֲ רֹן אֶ ת־יָד ַעל מ‬% ֵ‫וַיּ‬
‫ת־א ֶרץ ִמ ְצ ָ ֽריִ ם׃‬
)ֶ
ֶ‫ו ְַתּ ַכס א‬
“E Aharon estendeu sua mão sobre as águas do Egito, e subiu a rã e cobriu a terra do
Egito.” (Shemot 8:2)
Por que a Torah utiliza a expressão tsefarde’a (rã), escrita no singular? Rashi, famoso
comentarista da Torah, explica, citando o Midrash, que a praga das rãs começou com uma única grande rã.
Sempre que os mitsrim (egípcios) batiam nela, fluxos de rãs se originavam dela. Enfim, bateram tanto nela
que tantas rãs saíram a ponto de toda a terra de Mitsráim [Egito] ser coberta por elas. O Steipler Gaon
ZTK"L (Rab Yaakov Yisrael Kanievsky, 1899-1985) faz uma pergunta muito óbvia. Uma vez que os
egípcios viam que cada golpe trazia mais rãs, por que não pararam de bater nela? O Steipler explica que
eles ficaram furiosos quando viram que a grande rã “vomitava” mais rãs... Eles não podiam controlar sua
raiva e frustração por não conseguirem resolver a situação... Logo, eles batiam nela novamente... Ela
vomitava mais e mais rãs... Eles ficavam ainda mais irritados! E eles batiam novamente... E ela vomitava
mais... E mais uma vez... Até que “Va't'chas et Erets Mitsráim” – toda a terra do Egito estava coberta por
essas rãs. Uma lição importante fica desta aparente “desnecessária” explicação para nossa vida diária.
Quando estamos com raiva, como os egípcios acima, agimos de forma irracional, contraproducente e autodestrutiva. Se alguém age de forma agressiva em direção a nós, a nossa resposta automática é responder
com raiva. Ação e reação... Não! Pare! Pense. Se permanecermos calmos e em silêncio, a outra pessoa irá,
gradualmente, esfriar. Nossa resposta irritada simplesmente irá alimentar o fogo ainda mais. Totalmente
contra-producente! E auto-destrutiva. Pense; planeje a resposta adequada – se houver. Agir por impulso
apenas causará que “vat'chas et Erets Mitsráim” – Toda a terra de Mitsráim será coberta com rãs.
Isso pode explicar um surpreendente comentário do Talmud segundo o qual uma pessoa que fica
com raiva é considerada como se adorasse ídolos. À primeira vista, parece difícil entender por que a raiva
seria comparada com a idolatria. Uma possível resposta é que nossos Sábios referem-se aqui a este aspecto
da irracionalidade. A idolatria é totalmente irracional; não faz qualquer sentido adorar uma estátua feita por
um ser humano. Nem é lógico adorar uma árvore, que alguém pode simplesmente derrubar e depois usar
como lenha. E, contudo, por muitos séculos, as pessoas ao redor do mundo acreditavam no poder deste
culto. Assim, os Sábios do Talmud nos ensinam que a raiva é semelhante à idolatria... Não é à toa que
nossos rabinos nos alertam para os enormes males da raiva. O Talmud fala do grande sábio Hillel, que
nunca ficou com raiva, mas é compreensível que a maioria de nós não pode chegar a esse nível. Ainda
assim, devemos fazer todos os esforços para treinarmos essa emoção e mantê-la sob controle. Quando uma
pessoa não está pensando racionalmente, não há limite para o tipo de dano que ela pode causar a si mesma
e aos outros. Cabe a nós fazermos todos os esforços para controlarmos nossa raiva, perdoarmos, sermos
sensíveis e compreensivos, em vez de corrermos o risco de perdermos a calma – e os sentidos. (Adaptado do site
“www.revach.net” [seção Quick Vort – Parashá Vaerá] e do “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour)
Por Jaime Boukai e Maurício Cagy (Hhazakim Uberuchim)
Resumo da Parashá – Vaerá (Livro de Shemot – Êxodo 6:2 – 9:35)
D-us reafirma que cumprirá o pacto com os Abot e redimirá o povo do Egito. Moshê transmite a
mensagem ao povo, mas eles não acreditam devido ao “espírito curto” e ao trabalho duro (para o povo, não
haviam passado os 400 anos que permaneceriam no Egito, tal como D-us dissera a Abraham; só haviam
passado 210). D-us manda Moshê e seu irmão voltarem ao Faraó. Moshê retruca: “não consegui convencer
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BS “D
meu povo, como convenceria o Faraó?”. D-us manda-o mostrar um sinal ao Faraó (a vara de Aharon). A
vara se transforma em serpente. Os feiticeiros do Faraó imitam. A vara de Aharon engole as outras, mas o
Faraó não se convence. D-us revela a Moshê que endureceu o coração do Faraó. Iniciam-se as pragas.
Aharon golpeia o rio e este vira sangue. Os feiticeiros egípcios imitam, e o Faraó desconsidera o caso.
Moshê avisa que, se o Faraó não enviar o povo, o Egito seria golpeado com rãs. Novamente, os feiticeiros
imitam, mas, mesmo assim, o Faraó suplica que Moshê desfaça a praga (mostrando que a praga foi pesada).
Ao ver o fim da praga, o Faraó endurece seu coração e não envia o povo. Aharon bate sua vara na terra,
que vira piolhos (as 3 primeiras foram iniciadas por Aharon, pois as águas e a terra haviam ajudado
Moshê). Os feiticeiros não conseguem imitar e admitem ser o “dedo de D-us!”. Nova recusa do Faraó. Uma
mistura de animais selvagens ataca os egípcios, e D-us separa o Egito de Góshen (onde vivia o povo
Israel). O Faraó cogita que o povo sirva a D-us, mas no Egito. Moshê não aceita. Ao fim da praga, o Faraó
volta atrás e não envia o povo. A peste ataca os animais egípcios. O Faraó se mantém irredutível. Moshê
toma fuligem e joga no ar, e a sarna ataca o Egito. Nova recusa do Faraó. Moshê adverte sobre o granizo,
mas os egípcios não acreditam. O granizo cai. Perplexo, o Faraó chama Moshê e diz ter pecado a D-us.
Pede que orem por eles e promete enviar o povo. Com o término da praga, o Faraó volta atrás e não envia o
povo.
Por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana:
Aharon e Moshê ... Moshê e Aharon
Curiosamente, nesta Parashá, em dois psukim consecutivos (Shemot 6:26-27), a ordem pela qual
os nomes de Aharon e Moshê são listados é invertida. Na Kabalah, Moshê e Aharon personificam os dois
Nomes Divinos, Havayah e E-lokim, respectivamente. O Nome Havayah significa a transcendência de
D-us, enquanto o Nome E-lokim significa Sua imanência escondido dentro da Criação. A alusão a estes
dois nomes em ambas as ordens se refere à união destes dois Nomes, ou seja, a consciência de que a
transcendência de D-us informa sua imanência. Há duas maneiras pelas quais podemos experimentar esta
consciência: como um dom recebido de D-us, ou como resultado de nossos próprios esforços. A primeira
forma de experiência é mais transcendente, mas a segunda permeia nossa consciência de maneira mais
profunda e permanente. Ambas as formas são necessárias e são uma parte inerente da Outorga da Torah. A
frase “Aharon e Moshê”, a forma “natural” como seria de se esperar que os dois irmãos fossem listados, em
sua ordem de nascimento, alude à maneira pela qual D-us confere esta consciência sobre nós, descendendo
“naturalmente”. A frase “Moshê e Aharon”, referindo-se à consistência deles, alude à permanência da
consciência Divina que alcançamos por nós mesmos. (www.chabad.org)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá:
Na Parashá Vaerá, vemos que Moshê serviu a D-us principalmente através do intelecto, que é a
razão pela qual a Torah – a Sabedoria de D-us – foi transmitida por ele. Por outro lado, os patriarcas
serviram a D-us principalmente com a emoção. Como o Serviço Divino dos patriarcas não realçava a parte
intelectual, eles nunca viram necessidade em questionar D-us ou O desafiar a dar uma explicação sobre
Suas ações. Só Moshê, cujo foco era intelectual, exigiu saber: “por que Tu maltratas Teu povo?” (Shemot
5:22). Assim, a pergunta de Moshê não foi imprópria... Uma falta de habilidade para entender as ações de
D-us teria fragilizado a conexão intelectual de Moshê com seu Criador. Assim, esta pergunta que Moshê
dirigiu a D-us não foi um desafio, mas uma tentativa de se tornar mais íntimo de D-us. Em seguida, D-us
respondeu: “Eu Me revelei a Abraham, Itshhak e Yaakob como ‘D-us Todo-Poderoso’ (E-l Sha-dai), e não
lhes permiti conhecer-Me por Meu nome ‘Ado-nai’ (‘Havayê’)”. O Tetragrama, Havayê, transcende todas
as limitações. Assim, D-us estava respondendo a Moshê: “Não Me sirvas só com intelecto. Equilibra teu
intelecto com emoção e fé, de forma que Me sirvas sem limitações”. (Baseado no Likutei Sichot do Lubavitcher Rebbe, vol. 3, p.
854.)
Por Hhazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka, Sh’muel ben Nehhama Dinah e Guila bat Amar.
Em memória e elevação das almas de Aharon Nigri ben Raina, Meir ben Sim'hha, Baruch Zuri Rechtman, Rosa (Rose) Celeste Bat Latife, Saad David
Balassiano Ben Saniar, Moysés A. Ezágui Ben Léa, Elias Miguel Nigri Ben Foreta, Ranuné Hadid Khalili Boukai Bat Habibe, Sarina Barzelai Nigri Bat Rivka,
Jacob Emmanoel Nigri Ben Badiha, Judith Nigri Sterim Bat Suzana, Mussa Balassiano Ben Miriam, Eva Nigri Benekés Bat Naime, Gabriel Politi Ben Esther,
Ibrahim Salem Ben Esther e Ignacio Jaime Cohen.
Agradecemos ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!
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