בֹֽזֲע ַ ־לֽ י ִ֗ת ָר ֽ֝ םֶ֑כָל י ִ ַ֣תָנ ב ֭ט חַקֶ֣ל יִ֤

Propaganda
BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino).
Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Shirah Shalom! Parashá Beshalahh – 11 de Sh’bat de 5772 (04/02/2012) Ano-5 N-243
֙‫מ ֶ ה‬
ֹ ‫מ ֣ן ֔ה א ִ ֛י ל ֹ֥א י ָ ְֽדע֖ מַה־ה ֑ א ַו ֹ ֤אמֶר‬
ָ ֙‫ר אִ ֤י אֶ ל־ חִ יו‬
֜ ‫מ‬
ְ ‫בנֵֽי־י ִ ְ ָר ֗אֵ ל ַו ֹ֨ א‬
ְ ֣ ‫ַו ְִרא‬
‫לֽה׃‬
ָ ‫כ‬
ְ ‫ל‬
ְ ‫כ֖ם‬
ֶ ‫ל‬
ָ '֛ ‫ָתן ה‬
֧ ַ ‫אֲ לֵהֶ֔ ם ה ֣ א הַ ֶ֔ חֶ ם אֲ ֨ ֶ ר נ‬
“E os Filhos de Israel viram, e cada homem disse a seu companheiro: ‘Que é isto?’ – pois não sabiam o
que era. E Moshê disse a eles: ‘É o pão que vos dá o Eter-no para comer’.” (Shemot 16:15)
O Mán é uma das 10 coisas que foram criadas logo antes do crepúsculo do sexto dia da criação (vide Pirkei Abot
5:6). Obviamente, nossos sábios, ao nos informarem sobre esses itens, querem transmitir-nos conhecimentos e ensinarnos os caminhos para a vida segundo a Torah. As 10 coisas que foram criadas na véspera do Shabat da criação aludem ao
final do longo exílio, que será no fim do sexto milênio. Pois os 6 dias da criação correspondem aos seis milênios pelo
qual o mundo passará, e o sétimo dia da criação corresponde ao sétimo milênio, o dia que é “todo Shabat”, para os que
tiverem o mérito. Já nos encontramos neste período de “véspera do Shabat” e, por nossas falhas, já se passou a maior
parte do sexto milênio mas ainda estamos no exílio. Mas qual a ligação disto com o pão celestial com o qual D-us
alimentou nossos antepassados no deserto? A criação do Mán naquele momento exato nos ensina um mussár –
ética/moral para que possamos atravessar este momento do último exílio. Nossos sábios comparam esta geração como
uma época em que “cal'ta p'rutah min ha'kis – acabou [até] o centavo do bolso”, simbolizando que, mesmo sendo uma
época de riquezas e grandes produções, com desenvolvimento tecnológico e crescimentos, o sustento do homem será
duro, difícil. Por isso, ao nos fazerem esta alusão ao Mán, nossos sábios querem que lembremos de como D-us, com Sua
benevolência, proveu a nossos antepassados suas necessidades no deserto, mesmo este sendo um ambiente hostil, árido e
inóspito, no qual não se tem como cultivar qualquer coisa. E a cada novo dia [exceto o sexto e Shabat, quando Ele
enviava duas e nenhuma porção, respectivamente], Ele provia uma porção de pão celestial, o qual possuía qualquer gosto
de alimento que houvesse no mundo. Com isso nossos sábios querem mostrar-nos que cabe ao homem confiar em D-us e
saber que, mesmo nesta época em que é difícil o sustento, nossa porção diária será provida. Pois D-us é o Único que cria
algo do nada, e não há limites para D-us enviar Sua salvação. (Adaptado do livro Birkat Abot 5:6 do Hhacham Rabbi Yossef Hhaim de Baghdad
ZTK"L – o Ben Ish Hhai.)
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Resumo da Parashá – Beshalahh (Livro de Shemot – Êxodo 13:17 – 17:16)
Logo depois de permitir que os Filhos de Israel partissem do Egito, o Faraó os persegue para forçá-los a retornar, e
os Israelitas se encontram encurralados entre o exército do Faraó e a água; o mar se abre para os Israelitas passarem
através dele e, então, se fecha sobre os egípcios. Moshê e os Filhos de Israel cantam uma canção de louvor e gratidão a
D-us. No deserto, as pessoas sofrem sede e fome e, repetidamente, se queixam a Moshê e Aharon. D-us, milagrosamente,
adoça as águas amargas de Marah e, depois, ordena que Moshê faça sair água de uma rocha atingindo-a com seu cajado;
Ele faz com que o Mán caia dos céus antes do clarear a cada manhã, e codornizes aparecem no campo israelita a cada
noite. Os Filhos de Israel são instruídos a colherem uma dupla porção de Mán nas sextas-feiras, já que nenhuma cairá no
Shabat, o dia de descanso Divinamente escolhido. Alguns desobedecem e saem para recolher Mán no Shabat, mas nada
encontram. Aharon guarda uma quantidade de Mán em um pote, como um testemunho para as gerações futuras. Em
Refidim, o povo é atacado pelos Amalekim, que são derrotados pelas preces de Moshê e um exército reunido por
Yehoshua. (Adaptado do “A Parashá em uma Casca de Noz” e do Torah-Mail)
Por Jaime Boukai
Curiosidade da Semana:
A Recompensa por Kidush Hashem
Esta Parashá se inicia com as palavras: “E aconteceu que, ao enviar o Faraó ao povo [...]” (Shemot 13:17). Este
versículo de abertura parece dar um crédito imerecido ao Faraó pelo Êxodo do Egito... Afinal, foi o Faraó que “enviou o
povo” da escravidão?! Os B’nei Israel deixaram o Egito somente após dez pragas devastadoras, incluindo a praga da
morte dos primogênitos, sendo que o Faraó, consistente e teimosamente, recusava-se a libertar os escravos até que ele foi
obrigado a fazê-lo pela “Mão Forte” de D-us. Por que então a Torah lhe dá tal crédito, como se ele voluntariamente
tivesse enviado o Povo de Israel para fora do Egito? Vários Hhachamim responderam esta questão notando a
singularidade da Mitsvá de “Kidush Hashem” – glorificação do Nome de D-us no mundo. A Torah introduz esta
obrigação no Livro de Vaicrá (22:32), onde D-us proclama: “Ve’nikdashti be’toch B’nei Israel” – “Eu serei santificado
entre os israelitas”. Como Rav Yaakov Kaminetzky (1891-1986) apontou, a Torah não ordena: “Tu deves santificar-Me”,
mas sim instrui que o Nome de Deus deve ser santificado. O que isso indica, Rav Yaakov explicou, é que se cumpre essa
Mitsvá independentemente de a pessoa ter ou não pretendido fazer Kidush Hashem. Sempre que alguém age de uma
forma que resulta em Kidush Hashem, recebe o crédito pela realização do Kidush Hashem, mesmo se esta intenção fosse
a coisa mais distante de sua mente no momento. Esta premissa surge a partir de uma famosa declaração na Mishná (Abot
Gratuito! Contém termos de Torah, trate com respeito! Não transporte em Shabat e Yom Tob! Visite o site
www.lekachtob.xpg.com.br!
BS “D
4:4): “Ehhad shogueg ve'ehhad mezid be'hhilul Hashem” – aquele que profana o Nome de D-us é responsabilizado
independentemente de se ele fez isso intencionalmente ou não. O pecado de Hhilul Hashem (profanar o Nome de D-us) é
tão grave que a pessoa é passível de punição mesmo se ela o comete inadvertidamente. Sabemos que a Compaixão e a
Bondade de D-us excedem Seu Atributo de estrita Justiça. Assim, podemos deduzir que, se Ele pune uma pessoa por
profanar o Seu nome inadvertidamente, então Ele certamente recompensa aqueles que trazem honra a Seu Nome, mesmo
se eles o fizeram sem intenção. Isto explica por que alguns dos vilões mais cruéis da história foram recompensados... A
Guemará, em Masechet Guitin, enumera uma série de inimigos jurados do Povo Judeu que tiveram descendentes que se
converteram, e de quem surgiram grandes sábios da Torah. Estes incluem pessoas como Sisserá (o general cananeu que
travou guerra contra os B’nei Israel – mencionado na Haftará desta semana), Sanhherib (o imperador assírio que cercou
Jerusalém) e Haman. Estes três homens tiveram descendentes que foram grandes estudiosos e mestres de Torah. E por
qual mérito eles tiveram descendentes Tsadikim? A resposta é que todos eles causaram um Kidush Hashem. Embora sua
intenção fosse destruir o Povo Judeu, o fato é que os seus esforços resultaram em intervenções milagrosas de D-us e,
portanto, na glorificação do Seu Nome em todo o mundo. Como tal, eles foram merecedores de recompensa, porque,
como vimos, D-us traz recompensa por Kidush Hashem independentemente da intenção do indivíduo. O Faraó foi
responsável pelo maior Kidush Hashem de todos os tempos: o Êxodo do Egito. Ele oprimiu e atormentou os B’nei Israel,
mas esses esforços resultaram na santificação do Nome de D-us através dos milagres do Êxodo. Ele foi, portanto,
recompensado ao ser descrito pela Torah como tendo enviado os B’nei Israel do Egito. O fato de a Torah o ter
mencionado desta forma tem, sem dúvida, um impacto incalculável sobre a sua alma. Neste sentido, nós mal podemos
imaginar que tipo de recompensa nós ganhamos quando realizamos um Kidush Hashem deliberadamente. Ao nos
conduzirmos de uma maneira digna da Torah, nós trazemos Glória e Honra ao Nome de D-us e à Sua Torah, criando
assim um Kidush Hashem – e recebemos um mérito que não pode ser sequer imaginado. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli
Mansour.)
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
D-us Adoça a Água Amarga de Marah
Os judeus continuaram viajando pelo deserto para chegar ao monte Sinai. Ali, D-us lhes entregaria a Torah (o
motivo pelo qual D-us liberou os judeus do Egito era entregar-lhes a Torah no monte Sinai). Entretanto, D-us quis pôr os
judeus à prova para ver se confiavam nEle, e se mereciam receber sua preciosa Torah... Uma prova aconteceu em Marah,
caminho do monte Sinai: quando o Povo de Israel chegou a Marah, a água desse lugar era amarga e não servia para
beber. (Marah significa amarga; a Torah chama este lugar assim porque a água era amarga lá). Por isso, o Povo de Israel
estava à procura de uma fonte ou um poço por três dias. Não haviam encontrado água e tinham muita sede. D-us estava
colocando os B’nei Israel à prova. Protestariam ou confiariam em D-us e rezariam a Ele? A maioria do povo não
protestou. Apenas os ereb rab (mistura de gente) e os reshaim (malvados) se queixaram. “O que haveremos de beber?”
D-us prometeu a Moshê: “Realizarei um milagre para os B’nei Israel. Pega um ramo da árvore que te mostrarei!” D-us
mostrou a Moshê um ramo de sabor amargo e ordenou-lhe: “Agora, joga o ramo na água amarga”. Moshê obedeceu e a
madeira amarga adoçou toda a água. Agora, os B’nei Israel tinham água suficiente para beber. Todos os judeus viram o
grande poder de D-us. Os ereb rab fizeram Teshubah por haverem protestado. Em Marah, D-us deu aos judeus algumas
Mitsvot (Mandamentos) da Torah, ainda antes que a Torah tivesse sido outorgada, de maneira que se acostumassem a
observar a Torah. Uma das Mitsvot que aprenderam em Marah foi guardar o Shabat. (Chabad.org)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá:
Os egípcios perseguiram o Povo Judeu quando saíam do Egito. O Povo entrou em pânico quando viu seus
perseguidores, e reclamaram com Moshê por tirá-los do Egito. E Moshê respondeu: “Não tenham medo, esperem e verão
a salvação que o Todo-Poderoso fará para vocês hoje” (Shemot 14:13). O Povo Judeu superava em muito o número de
egípcios. Por que não começaram uma batalha para se defenderem de seus agressores? O Rabino Avraham Ibn Ezra
(Espanha, 1089-1164), grande comentarista da Torah, elucidou esta pergunta: os egípcios haviam sido seus dominadores
até então. O Povo que saiu do Egito havia aprendido, desde sua infância, a suportar e tolerar a opressão dos egípcios e a
se sentir inferior a eles. Portanto, não se sentiam capazes de lutar contra os seus amos. O Rabino Haim Shmuelevitz, o
antigo diretor da Yeshivá de Mir, em Jerusalém (Israel, 1902-1978), explicou que este mesmo princípio se aplica a cada
um de nós em sua batalha para controlar seus desejos e impulsos. Se uma pessoa se enxerga e se considera inferior, e se
sente excessivamente culpada, nem tentará lutar contra os seus impulsos negativos. Como não acredita em si mesma e em
suas habilidades, sente-se completamente desencorajada. Nossa tarefa é nos enxergarmos de uma maneira elevada.
Internalize e desenvolva a certeza de que você tem um imenso potencial. Esteja consciente de suas forças e saiba que,
quando resolver tornar-se vitorioso(a) sobre seus impulsos e instintos, você certamente terá sucesso!
Por Hhazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka e Sh’muel ben Nehhama Dinah.
Em memória e elevação das almas de José Salomão Israel Ben Rachel, Miriam Nigri Bat Raquel, Henrique (Isaac) Salim Nigri Ben Sarah, Léa Balassiano,
Bida Balassiano Nigri Bat Paulina, Vitória Resels Balassiano Bat Hissen, Alberto Simon Mansur Ben Hissen, Haim Nissim Barzelai Ben Sara, José Spektor
Ben Bertha, José Zebulum Cohen Ben Jamile, Salomão Ephraim Nigri Ben Simha, David (Carlos) Zeitune Ben Chafia, Elias Salomão Ben Sara e Sarina N.
Balassiano Bat Esther.
A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!
Download