BS “D ע ֹזֽב ׃ ֲ ַ ֽל־ כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י ֶ ל ָ ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י ֶ ִ ֤י Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino). Mishlei (Provérbios) 4:2 Shabat Shalom! Parashá Bô – 04 de Shbat de 5772 (28/01/2012) ְ ְ֥ ת ְרי ִם׃ ֽ ָ מצ ִ ך צ ֣ת הַ ַ֔ יְלָה אֲ נ ִ ֥י י ֵ֖צא ֹ ֲמ ֣ר ה ֑' ַ ֽח ַ Ano-5 N-242 מ ֶ֔ ה ֖ ֹ ה ֹ מר ֶ ַו ֹ ֣א “E Moshê disse [ao Faraó] – Assim falou o Eter-no: ‘Por volta da meia-noite, Eu sairei pelo meio do Egito’.” (Shemot 11:4) Quando D-us informou Moshê sobre a décima e última praga, Ele lhe disse que isso iria acontecer “por volta da meianoite”. Rashi, o grande comentarista, pergunta por que D-us não foi mais exato... Ele responde que pontualidade era uma ciência inexata naqueles dias. Tivesse D-us dito “exatamente à meia-noite”, as pessoas poderiam ter confundido os seus horários e pensariam que era D-us, e não elas, Que tinha cometido um erro. Para evitar possíveis confusões, D-us disse “aproximadamente”. À primeira vista, esta resposta não faz sentido. Vamos colocá-la no contexto... D-us trouxe dez pragas miraculosas sobre o Egito – sangue, gafanhotos com dentes de ferro, granizo com fogo em seu interior, escuridão palpável..., chegando ao clímax com a morte de todos os egípcios primogênitos em um único momento. E D-us está preocupado com a possibilidade de alguém, por não ter um relógio atômico, vir a pensar que D-us não é tão Perfeito quanto se diz?! A resposta, muito simplesmente, é: sim. Nós, seres humanos, estamos sempre procurando maneiras de duvidar de D-us. Estamos constantemente à procura de desculpas. Algumas pessoas dizem que não acreditam em D-us, mas, se Ele viesse dos Céus e chegasse a falar com elas, então elas certamente acreditariam. Não há resposta para tal argumento, é claro. D-us não é artista para fazer espetáculos! E pode-se debater sobre este tema durante todo o dia... Mas uma coisa é certa: mesmo se tal milagre ocorresse, a pessoa ainda encontraria uma razão para achar que não era D-us: “talvez fosse um sonho”, “talvez eu estivesse tendo alucinações”, “talvez o rabino tenha feito um bom truque para me convencer de que D-us existe...”. Quando uma pessoa não quer reconhecer algo como verdade, por razões subjetivas, não há provas em todo o mundo que venham a convencê-la. Não há falta de provas da existência de D-us, para quem deseja encontrá-las. Mas, para muitos, a idéia de descobrir que D-us é uma realidade objetiva traz implicações muito dolorosas: a moralidade absoluta, conseqüências eternas para suas decisões, sem lugar onde se esconder. Quem iria querer tudo isso? As pessoas acabam preferindo achar que D-us não existe. E é muito fácil ignorar inconscientemente todas as evidências, quando já se decidiu aquilo que se pretende concluir. Para a pessoa que não quer descobrir o que está claro diante de sua cara, então, se a décima praga começa um minuto atrasada, isto será desculpa suficiente. Não precisa ser algo racional nem convincente... Basta ter algo em que se agarrar. E um minuto é muito para se agarrar quando as conseqüências são grandes e a conclusão já foi alcançada. (Baseado no artigo “The Big Minute” do Rabbi Shaul Rosenblatt – www.aish.com) Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch) Resumo da Parashá – Bô (Livro de Shemot – Êxodo 10:1 – 13:16) As três últimas (das dez) pragas são aplicadas no Egito: os gafanhotos devoram as colheitas e a vegetação que restaram do granizo; uma escuridão espessa e palpável envolve toda a terra (esta é uma praga com muitas explicações, e muito diferente das outras); por fim, todos os primogênitos do Egito são mortos à meia-noite do dia 15 do mês de Nissan. D-us ordena que a primeira Mitsvá seja dada ao Povo de Israel: estabelecer um calendário baseado no renascimento mensal da lua. Os Judeus também são instruídos a trazerem uma “oferenda de Pessahh” para D-us: um cabrito ou um cordeiro deveria ser sacrificado e seu sangue, espalhado nos umbrais das portas de todo lar judaico para que D-us “passasse” por cima destas casas quando viesse matar os primogênitos egípcios. A carne assada da oferenda deveria ser comida naquela noite junto com Matsá (pão não fermentado) e ervas amargas. A morte dos primogênitos, finalmente, quebra a “resistência” do Faraó e ele “expulsa” os filhos de Israel de sua terra. Eles partem tão apressadamente que não há tempo para que a massa do pão cresça (fermente), e os únicos alimentos que eles levam não contêm fermento. Antes de partirem, eles pedem aos vizinhos egípcios por ouro, prata e roupas, drenando o povo do Egito de sua riqueza (o tesouro recolhido na abertura do mar provinha dos cofres reais). Os Filhos de Israel são ordenados a consagrarem todo primogênito (e os redimirem) e a observarem o aniversário do Êxodo a cada ano removendo tudo que for fermentado de sua posse durante sete dias (oito fora de Israel), comerem Matsá e contar a história de sua redenção aos seus filhos (Sêder de Pessahh). Eles também são ordenados a usarem os Tefilin nos braços e cabeça como uma lembrança do Êxodo e seu resultante comprometimento a D-us. (Adaptado do “A Parashá em uma Casca de Noz” e do Torah-Mail) Por Jaime Boukai Curiosidade da Semana: “Com Nossos Jovens e Com Nossos Velhos Iremos” Ao ouvir o aviso de Moshê sobre a oitava praga – os gafanhotos – que iria destruir toda a agricultura do Egito (o que havia sobrevivido à praga do granizo), o Faraó expressa a vontade de deixar os B’nei Israel deixarem o Egito. O diálogo entre Faraó e Moshê traz algo curioso: logo após consentir a saída do povo, declarando “[...] Ide, servi ao Eter-no, vosso D-us”, o Faraó pergunta a Moshê “Quem são os que vão?” (Shemot 10:8). Moshê respondeu: “[...] Com nossos jovens e com nossos velhos iremos; com nossos filhos e com nossas filhas; com nossos rebanhos e com nosso gado iremos, pois temos uma festa do Eter-no” (ibid. 10:9). Após esta resposta, o Faraó muda de idéia e rejeita o pedido de Moshê, uma vez que tanto os jovens quanto os velhos iriam para o deserto servir a D-us... Como devemos entender esta mudança? O Malbim (Rabbi Meir Ben Lebush Yehiel Michel, 1809-1879) traz uma explicação esclarecedora sobre esta passagem. O Faraó, assim como muitos Gratuito! Contém termos de Torah, trate com respeito! Não transporte em Shabat e Yom Tob! Visite o site www.lekachtob.xpg.com.br! BS “D pagãos antigos, acreditava que havia um deus do bem e um deus do mal. Incapazes de aceitar o fato de que tanto o bem quanto o “mal” que recaem sobre as pessoas estariam sob o desígnio de uma Única Potência Divina, os pagãos concluíram que deveria haver dois deuses concorrentes, um dos quais traria o bem e o outro traria o mal. De acordo com essa crença, as pessoas precisariam trazer sacrifícios apenas para apenas o deus do mal, a fim de acalmá-lo, ganhar seu favor e evitar que ele lhes fizesse mal. Isto explica a questão do Faraó. Ele assumiu que os B’nei Israel iriam adorar o deus do mal, exigindo-lhes trazer seus rebanhos e gados para o sacrifício; neste sentido, eles não deveriam levar seus jovens, que ficariam aterrorizados com o serviço a uma força divina má e ameaçadora. Se, por outro lado, eles estavam indo adorar ao deus do bem, então seria compreensível eles levarem seus filhos, mas não havia qualquer razão para levar rebanho e gado, porque os sacrifícios não são necessários ao servir o deus do bem. Moshê, portanto, respondeu ao Faraó: “Com nossos jovens e com nossos velhos iremos”, e, no entanto, também “com nossos rebanhos e com nosso gado iremos”, i.e. também traremos nossos animais como sacrifícios. A razão, Moshê explicou, é que “temos uma festa do Eter-no”. Nosso D-us, ele disse ao Faraó, é o Eter-no, D-us Único, Que governa toda a existência. Acreditamos que não há senão Um D-us, Que é responsável por tudo o que acontece na terra, e que não há diferença entre o que percebemos como “bom” e o que percebemos como “mal” – tudo é “bom”, trazido pelo D-us Único e Verdadeiro. Quando adoramos a D-us, reconhecemos que Ele é Aquele Que traz prosperidade e boa sorte, e também Aquele Que traz a doença e a pobreza. E não há contradição alguma entre os dois, porque acreditamos firmemente que, sejamos ou não capazes de entender isso, tudo o que o Todo-Poderoso faz é, em última instância, a bondade pura. Esta é a crença que levamos conosco quando servimos a Hashem, e que procuramos transmitir aos nossos filhos, os quais nós alegremente incluímos neste esforço espiritual de Abodat Hashem (serviço a D-us)! (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.) Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch) O Que Acontece na Noite do Seder de Pêssahh Durante a noite do Seder, quando a família se senta em torno da mesa e relata sobre Yetsiat Mitsraim, D-us reúne todos os anjos do céu e lhes diz: “Vamos escutar como Meus filhos contam sobre a redenção do Egito”. Todos os anjos se reúnem e escutam. Os anjos sentem-se felizes porque, quando os judeus foram libertados do Egito, foi como se D-us tivesse também sido redimido (quando os B’nei Israel sofrem, é como se D-us também sofresse). Os anjos também começam a louvar D-us pelos milagres que fez durante Yetsiat Mitsraim. Exclamam: “Olha como é santo o povo que D-us tem sobre a terra!” A Torah chama a noite do Seder de “A noite protegida”, pois D-us distinguiu essa noite como noite de milagres para os Tsadikim de todas as gerações. Que milagres? Alguns dos milagres que ocorreram na primeira noite de Pêssahh são: • Abraham lutou contra os quatro reis que haviam feito Lot prisioneiro e ganhou a guerra. • Durante a época do rei Hhizkiyahu, o anjo de D-us matou o exército dos assírios que estavam em guerra contra os judeus. Isto aconteceu na primeira noite de Pêssahh. • Daniel foi jogado na jaula dos leões e salvo durante esta noite. • Durante a noite de Pêssahh, o rei Ahhashverosh não conseguia dormir; fez com que lessem seu diário e, assim, a história de Purim teve um final feliz. • No futuro, durante esta noite, D-us fará milagres por intermédio de Eliyahu e Mashiahh, ao final de nosso exílio. (Chabad.org) Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch) Pérolas da Parashá: Finalmente, o Faraó concordou em deixar o povo judeu sair do Egito. A Torah nos conta que os israelitas tinham que fugir do Egito com tanta pressa que não deu tempo nem da massa do pão crescer, e eles comeram Matsá. Mas qual era o problema? Os egípcios acabaram de ser arrasados com Dez Pragas, que foram um castigo Divino por terem escravizado os israelitas e, agora, quem realmente queria que os israelitas fossem embora, o quanto antes, eram os próprios egípcios! Então, por que tanta pressa? Se os israelitas esperassem só mais uns 18 minutos, que é o tempo que demora a fermentação natural do pão, eles certamente poderiam ter feito uns sanduíches deliciosos para levar na viagem, em vez de levar só Matsá, não? Só que nós não estávamos fugindo mais do Egito ou dos egípcios – nós estávamos fugindo de nós mesmos! Nós tínhamos que fugir rapidamente do Egito que estava se formando dentro de nós! A mentalidade corrupta, imoral e degradante da sociedade egípcia era um vício que estava penetrando na nossa mente e sutilmente viciando nossos hábitos. Nós fomos criados pelos nossos patriarcas com valores espirituais, éticos e morais muito mais elevados que os idólatras e depravados egípcios. Porém, mais de dois séculos de escravidão estavam começando a minar nossas defesas. Fomos assimilando idéias e hábitos impróprios e, aos poucos, nossa mente estava ficando viciada com a mentalidade idólatra e imoral do Egito, achando que isto era mais importante que nossa espiritualidade e moral judaica. Foi aí que o povo gritou e pediu socorro a D-us, e Ele os “arrastou” para fora do Egito! Eles tinham que sair imediatamente; qualquer demora poderia ser fatal. A Matsá foi o seu momento de lucidez: primeiro, eles tinham que sair do Egito; depois, tinham que tirar a mentalidade do Egito de dentro de si mesmos. Nenhum instante podia ser desperdiçado... No futuro, quando sairmos desta Galut (exílio material e espiritual), consta que não vamos “sair correndo”. A vinda de Mashiahh trará liberdade e paz, alegria e felicidade, pois toda maldade terminará de vez. Não haverá mais “vício”. Tudo será bom. Aí então, vamos caminhar tranqüilos e sem pressa rumo a um mundo melhor, cheio de prosperidade, espiritualidade e amor! (Bas. nos ensinamentos do Rebe de Lubavitch). Por Hhazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch) Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka e Sh’muel ben Nehhama Dinah. Em memória e elevação das almas de Blume Rosa Rechtman, Faride Guerchon, Marieta Beniste Bat Faride, Adelia Nigri Cohen Bat Marieta, Mordechai Eliaho Belassiano Ben Victória, Nassim Elias Nigri Ben Miriam, José Zebulum Ben Sarah, Moisés David Cohen Ben Sultana, Saad Haim Nigri Ben Rivka, José Zetoune Ben Suzana, Alegria Tayah Mansur Bat Sara, Hossen Mansur Bat Marhabá, Jamile Politi Bat Bida e Rachel Beniste Bat Miriam. A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!