HOJE NA ECONOMIA Edição 631 18/09/2012 O comportamento apresentado pelos principais mercados, nesta manhã, aponta para um dia típico de aversão ao risco. Bolsas operam em queda, dólar ganha frente às principais moedas, commodities recuam, com destaque para as quedas do petróleo e ouro. Na Europa, a Espanha efetuou leilão de títulos de 10 anos (US$ 6,0 bilhões) em meio a aumento dos yields pagos por esses papeis. Investidores esperam que, devido a persistente elevação dos juros pagos pelos seus títulos nos últimos dias, o governo espanhol busque ajuda do Banco Central Europeu, afastando o risco de um colapso da economia espanhola. Neste momento, o índice pan-europeu de ações opera com perda de 0,78%. A bolsa de Londres recua 0,86%, enquanto Paris e Frankfurt registram quedas de 1,33% e 1,11%, respectivamente. O euro sofreu ligeira desvalorização ante a moeda americana, sendo cotado a US$ 1,3058/€ (0,46%). Nos EUA, os prognósticos apontam para um dia de queda para o mercado acionário local, como se deduz do comportamento dos índices futuros das principais bolsas americanas. O S&P e D&J operam em queda de 0,28% e 0,29%, respectivamente, nesta manhã. Na agenda, será divulgado o índice do mercado habitacional (NAHB) referente a setembro, que deverá marcar 38 pontos (37 em agosto) segundo o consenso do mercado. Na Ásia, as bolsas fecharam em queda em razão do aumento das tensões entre Japão e China, decorrente de disputas territoriais. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou em queda de 0,27%, enquanto a bolsa de Xangai fechou o pregão com desvalorização de 0,91%, onde também pesou a perspectiva de deterioração dos lucros das empresas devido à perda de vitalidade da economia chinesa. O aumento das tensões Japão-China levou a bolsa de Tókio a fechar o pregão de hoje com perdas, com o Nikkei registrando queda de 0,39%. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 96,31/barril com queda de 0,31%, neste momento. As demais commodities também operam em baixa, com destaque para queda de 0,97% para metais e 0,95% para os produtos agrícolas. Diante do mau humor que impera nos principais mercados internacionais nesta manhã, onde prevalece típico dia de aversão ao risco, espera-se por mais um dia de queda para o Ibovespa. No mercado de câmbio, a vigilância governamental deverá manter a cotação do dólar flutuando ao redor de R$ 2,03. No mercado futuros de juros, os contratos mais longos continuarão refletindo as apostas mais conservadoras, filtradas das declarações oficiais, de que a Selic deverá ficar estável por um longo período de tempo. Superintendência de Economia Sul América Investimentos - Associada ao ING www.sulamericainvestimentos.com.br