Hoje na Economia 2016_03_15

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Hoje na Economia
Edição 1475
15/03/2016
O mau humor permeia os negócios, nesta manhã. Prevalece a percepção de que os bancos
centrais, nesta fase da economia mundial, são incapazes de executar políticas estimulativas
adicionais que garantam a sustentação do crescimento econômico global.
Hoje o Banco do Japão (BoJ) frustrou os investidores ao manter inalterada a sua política atual
de estímulos monetários. O iene se fortaleceu (+0,65%), indo para 113,05 ienes por dólar
americano, ao mesmo tempo em que o índice Nikkei fechou em queda de 0,68%. Na China, o
governo diminuiu a taxa de câmbio de referência em 0,26%m levando o yuan a se depreciar em
0,10%. No mercado de ações, o índice Composto de Xangai apurou valorização de 0,17%,
enquanto, em Hong Kong, o índice Hang Seng teve desvalorização de 0,72%. O índice regional
MSCI Asia Pacific fechou a sessão desta terça-feira com queda de 0,7%.
Na Europa, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera em queda de 0,99%, no
momento. Em Londres, o índice FTSE100 perde 0,67%: o CAC40 de Paris se desvaloriza 0,90%,
enquanto em Frankfurt o DAX cai 0,59%. O euro troca de mãos a US$ 1,1084, perdendo 0,18%
diante da moeda americana.
No EUA, investidores aguardam pela reunião de política monetária do Fed amanhã, do qual se
espera alguma sinalização sobre o movimento dos juros básicos americanos ao longo do ano.
Não se espera por elevação das taxas dos fed funds no encontro de amanhã. O mercado
acredita que a próxima alta deverá ocorrer em junho. O dólar, medido pelo índice DXY, avança
frente às principais moedas, valorizando-se 0,15%, no momento. O juro pago pelo T-Bond de
10 anos situa-se me 1,929% ao ano, com queda de 1,53%. O índice futuro do S&P 500 registra
queda de 0,57%, no momento.
No mercado de commodities, o índice Bloomberg de Commodity opera em baixa de 0,9%, nesta
manhã. O petróleo tipo WTI recua 2,2%, sendo negociado a US$ 36,38/barril, refletindo a
resistência do governo do Irã em se associar ao grupo de produtores interessados em controlar
a produção para sustentar os preços do produto.
No Brasil, mercados devem abrir na defensiva diante do quadro político interno, que permanece
nebuloso. O ex-presidente Lula deverá desembarcar em Brasília a qualquer momento para
assumir a Secretaria de Governo. Deverá determinar os rumos do governo Dilma, doravante.
Medidas econômicas heterodoxas, de cunho populista, podem ser esperadas. Neste cenário, o
dólar deve voltar a subir ante ao real, elevando também os prêmios no mercado de juros
futuros, e afastando os investidores do mercado de ações.
Superintendência de Economia
SulAmérica Investimentos
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