Hoje na Economia 2015_09_01

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Hoje na Economia
Edição 1349
01/09/2015
Mais um dia de forte aversão ao risco prevalece nos mercados. A China dá novos sinais de
enfraquecimentos, levantando dúvidas se a atual fragilidade da economia mundial suportaria
um processo de alta de juros nos Estados Unidos.
O índice de atividade dos gerentes de compras oficial do setor industrial (PMI) da China recuou
para 49,7 pontos em julho (50,0 em junho), atingindo o menor nível dos últimos três anos.
Esse resultado mostra que as medidas de estímulo monetário adotadas pelo governo chinês não
conseguem estimular uma economia que exibe elevado nível de capacidade ociosa. A bolsa de
Xangai recuou 1,23% no pregão de hoje, enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong perdeu
2,24%.
A bolsa de Tókio fechou com fortes perdas, pressionada pelos receios quanto à economia
chinesa e as potenciais consequências de sua desaceleração sobre o resto do mundo. O índice
Nikkei fechou a sessão com queda de 3,84%. A moeda japonesa se fortaleceu frente às
principais moedas, na busca por porto seguro. O dólar é cotado a 119,88 ienes, nesta manhã. O
índice MSCI Asia Pacific fechou esta terça-feira contabilizando perda de 2,2%.
Na Europa, o índice STOXX600 opera em baixa no momento, apurando retração de 2,33%. Em
Londres, bolsa local recua 2,29%; Paris perde 2,24% e Frankfurt cai 2,55%, nesta manhã. O
euro é negociado a US$ 1,1266, valorizando cerca de 0,50% frente à moeda americana. Foi
divulgada a taxa de desemprego da região do euro, que se situou em 10,9% em julho (11,1%
em junho), a mais baixa desde fevereiro de 2012.
A percepção de que o enfraquecimento da economia chinesa poderá levar o Fed a adiar a
decisão de iniciar a subida dos juros básicos americanos derruba o dólar ante às principais
moedas e os juros das treasuries. O dólar índex recua 0,30% no momento, enquanto o yield da
Treasury de 10 anos situa-se em 2,167%. O índice futuro do S&P 500 registra queda de 2,21%,
no momento.
As commodities, de forma geral, perdem valor com as notícias da China. A cotação do petróleo
recua 1,83% nesta manhã, sendo negociado a US$ 48,27/barril, para o produto tipo WTI.
O enfraquecimento da economia chinesa, derrubando os preços das commodities, deve
impactar negativamente sobre a Bovespa, que também não conta com notícias positivas no
front doméstico. A aversão ao risco e a consequente depreciação da moeda nacional por conta
de um mercado de commodities mais debilitado devem manter o dólar em alta, implicando,
também, em pressão sobre a curva de juros futuros.
Superintendência de Economia
SulAmérica Investimentos
Sulamericainvestimentos.com.br
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