HOJE NA ECONOMIA Edição 617 27/08/2012 Semana movimentada - com Bernanke em Jackson Hole nos EUA, Copom por aqui – começa com o aumento da apreensão na Europa diante do processo difícil de negociação com a Grécia, em seu pleito de flexibilização dos prazos para o ajuste fiscal acordado. A expectativa de que Bernanke sinalize, para breve, medidas adicionais de estímulos à economia americana sustenta o euro relativamente estável ante ao dólar (US$ 1,2528/€) e ao iene (¥ 98,60/€). O juro pago pelo titulo alemão de 10 anos recuou para 1,34%, o menor das últimas três semanas. As bolsas da região mostram fracas oscilações. O índice STOXX600 apura discreta alta (+0,02% neste momento). Londres não opera devido ao feriado, enquanto Paris e Frankfurt registram +0,08% e +0,16%, respectivamente. O dólar opera, ante as principais moedas, em torno dos valores em que fechou o pregão na sexta-feira. Essa estabilidade também reflete na remuneração dos T-Bond de 10 anos, que permanece oscilando em torno de 1,67% ao ano. Na agenda econômica, será conhecido o índice de atividade do Fed de Dallas de agosto (consenso: -6,5 contra -13,2 em julho), sem força para mover os mercados. Neste momento, os futuros dos principais índices de ações americanos operam em ligeira alta: S&P +0,24% e D&J: +0,07%. As bolsas da Ásia fecharam em baixa generalizada. Na China, o índice Shanghai Composto fechou em queda de 1,74%, em 2.055,71 pontos, o pior fechamento dos últimos três anos. Em Hong Kong, a queda do Hang Seng foi de 0,41%. Expectativas de menor rentabilidade das empresas se somaram as preocupações com o quadro de desaceleração da economia chinesa. No Japão, a bolsa de Tókio fechou com alta de 0,16%, movida pela esperança de que o Fed deverá adotar nova política de flexibilização monetária. A explosão de uma refinaria na Venezuela e o furacão que ameaça o Golfo do México provocaram alta nos preços da gasolina bem como do petróleo. O produto tipo WTI é negociado a US$ 97,22/barril, com alta de 1,10%, nesta manhã. Quanto às demais commodities, os metais mostram-se relativamente estáveis (-0,07%), enquanto as agrícolas sobem 0,44%, impulsionadas principalmente pelos preços da soja. A Bovespa, ao longo desta semana, deverá se influenciada pelo desenrolar dos acontecimentos no cenário europeu (as discussões sobre a questão da Grécia) e nos EUA (discurso de Bernanke em Jackson Hole). Para hoje, a alta do petróleo e a sinalização positiva dos futuros das bolsas americanas prenunciam um dia de ganhos para a bolsa brasileira. No mercado de câmbio, a cotação do dólar também ficará sujeita aos eventos na Europa e EUA. Mas o Banco Central deverá manter a vigilância, mantendo o valor do dólar oscilando entre R$ 2,00 e R$ 2,05. O mercado de juros futuros deve ficar a espera da reunião do Copom, que pode anunciar o último corte da Selic na quarta-feira ou sinalizar nova queda em outubro. Superintendência de Economia Sul América Investimentos - Associada ao ING www.sulamericainvestimentos.com.br