HOJE NA ECONOMIA Edição 486 09/02/2012 A maioria dos mercados de risco, como bolsas, commodities e petróleo, opera em alta, enquanto o dólar perde valor frente às principais moedas. Mas o dia deverá estar envolto em muita suspense. O governo grego não conseguiu fechar o acordo com os partidos aliados em torno do ajuste adicional a ser efetuado nas contas públicas (há divergências quanto ao corte nas aposentadorias). Agora tem poucas horas para chegar a um entendimento antes da reunião dos ministros de finanças da zona do euro (15hs hora de Brasília), que deverá decidir sobre a liberalização dos fundos, que permitiriam que a Grécia fechasse suas contas em 20 de março, evitando o default desordenado. Hoje ocorre também a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE), que deverá manter o juro básico em 1% ao ano. Importante será a coletiva do presidente Mario Draghi, onde se espera que esclareça a posição do BCE na reestruturação da dívida grega. Finalmente, na China a inflação ao consumidor subiu para 4,5% em janeiro, surpreendendo os analistas (proj: 4,1%) e interrompendo cinco meses de queda. Ainda que boa parte da explicação esteja na sazonalidade negativa do item alimentação, o fato coloca mais empecilhos na determinação do governo chinês em soltar as amarras monetárias e estimular a economia. Sem perder de vista esse quadro recheado de eventos que podem mexer com as expectativas dos agentes no dia de hoje, os mercados seguem em alta. Na Europa, o índice pan-europeu STOXX600 registra alta de 0,46%, neste momento. Em Paris, a bolsa local sobe 0,75%, Londres +0,41% e Frankfurt +0,92%. O euro tem se mantido relativamente estável, flutuando em torno de US$ 1,3279/€. Os índices futuros das bolsas americanas, S&P e D&J, registram ganhos de 0,12% e 0,19%, respectivamente. O petróleo tipo WTI opera com ganho de 0,62%, sendo negociado a US$ 99,32/barril. O índice total de commodities registra alta de 0,43%, sendo que metais sobem 0,50% e o índice de agrícolas sobe 0,19%. O mercado de ações brasileiro deve operar de olho no desenrolar da novela grega. Ainda que cercado de muita volatilidade, as expectativas são positivas para o Ibovespa que poderá tentar novamente operar acima dos 66 mil pontos. No mercado de câmbio, o dólar perde valor frente às principais moedas, tendência que deverá se verificar ante ao real, ensejando novas intervenções do Banco Central para tentar segurar o valor do dólar. Hoje mais uma surpresa positiva no front inflacionário: o IPC-Fipe da 1ª quadrissemana de fevereiro registrou alta de 0,42%, batendo o consenso do mercado (0,57%). Esse resultado confirma o cenário favorável apresentado pela inflação neste início de ano, reforçando a estratégia de continuidade do afrouxamento monetário nos próximos meses. Superintendência de Economia Sul América Investimentos - Associada ao ING www.sulamericainvestimentos.com.br