בֹֽזֲע ַ ־לֽ י ִ֗ת ָר ֽ֝ םֶ֑כָל י ִ ַ֣תָנ ב ֭ט חַקֶ֣ל יִ֤

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BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino).
Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Mebarechim Shalom! Parashá Vaerá – 26 de Tebet de 5772 (21/01/2012) Ano-5 N-241
‫ָהֽם׃‬
ֶ ‫ע ִי ל‬
ְ ‫מ ֣י ֔ה' ל ֹ֥א נ ַ֖ד‬
ִ ְ '‫קב ' ְ ֵ֣קל ַ ָ֑ י‬
ֹ֖ ‫ע‬
ֲ ַ ‫ְאֽל־י‬
ֶ ‫ָוֽאֵ ָ֗רא אֶ ל־ ב ְָרהָ ֛ם אֶ ל־יִצְחָ ֥ק ו‬
“E apareci a Abraham, Itshhak e Yaakob como ‘D-us Todo Poderoso’, mas por Meu Nome,
‘Eter-no’, não Me fiz conhecer a eles.” (Shemot 6:3)
Sobre isso comenta o grande Rashi: “E apareci – aos patriarcas”. O que o Rashi quis acrescentar com isso? A Torah já
não especificou que D-us apareceu aos 3 patriarcas e de forma mais “detalhada” que o Rashi? Contudo, é sabido o dito entre
nossos sábios que o Rashi escreve seus comentários da Torah com “tinta de ouro”, significando que cada palavra é pesada e
pensada, ou seja, exata. Logo, é claro que ele vem acrescer algo para nós. O Rishon LeTsion Rabbi Mordechai Eliyahu ZTK"L
esclareceu este comentário baseado na Guemarah (Baba Metsia 85), onde aprendemos a força e a importância da Tefilah dos
patriarcas: Eliyahu Hanabi ia regularmente à academia do Rabbi [Yehudah HaNassi]. Um certo dia era Rosh Hhodesh e ele
estava atrasado. Ao chegar, tarde, Rabbi o questionou por que se atrasara. Ele explicou que, diariamente, primeiro tinha de
acordar Abraham, lavar suas mãos, levantá-lo e esperá-lo fazer sua Tefilah e, então, deitá-lo novamente. Ele, então, fazia o
mesmo para Itshhak, e, em seguida, o mesmo para Yaakob; e, por ser Rosh Hhodesh, a reza era mais longa e por isso demorara.
A isto Rabbi questionou: ‘Por que você os acorda, lava as mãos, levanta e espera a Tefilah de cada um separado? Por que não
faz isso ao mesmo tempo para os três?’ Eliyahu respondeu: ‘Se eles rezarem ao mesmo tempo juntos, sua reza tem a força de
despertar a Misericórdia Divina sobre Israel e isso traria o Mashiahh prematuramente. Rabbi questionou: ‘Existe alguém que
vive hoje com um tal poder de oração?’ Eliyahu respondeu: ‘Sim, R. Hhiya e seus filhos’. Rabbi, ao ouvir isso, pensava em um
jeito de fazer Rabbi Hhiya e seus filhos rezarem juntos e, assim, apressassem a redenção de Israel. Ele decretou um jejum e
solicitou que R. Hhiya e seus filhos liderassem a oração. Quando eles disseram ‘Mashib ha'Ru'ahh’, o vento soprava. Quando
eles disseram ‘Morid ha'Gueshem’, a chuva caiu. Quando eles estavam prestes a concluir a Berachah de ‘Mehhayeh
ha'Metim’, o mundo começou a tremer, pois a força desta reza tinha a força de ressuscitar os mortos. No Céu, se questionaram,
quem revelou este segredo no mundo [de que Rabbi Hhiya e seus filhos juntos tinham o poder de trazer a redenção]?
Trouxeram 60 varas de fogo para golpear Eliyahu por ter revelado o poder da oração deles. Então, Eliyahu apareceu para eles
[Rabbi Hhiya e seus filhos] como um urso de fogo para distraí-los. Baseado nesta Guemarah, Rabbi Mordechai Eliyahu ZTK"L
esclareceu que a intenção do Rashi era explicar que a força dos patriarcas rezando juntos era capaz de trazer a redenção, mas
juntos. Por isso disse “aos patriarcas” e não cada um separado. Na Parashá anterior (Shemot 2:23), vemos: “[...] e morreu o rei
do Egito e descansou o povo de Israel do trabalho, e gritaram a D-us, e subiu suas súplicas a D-us do trabalho”. Qual a ligação
da morte do Faraó com a oração do povo? O Faraó sabia da força da Tefilah e que, se tivessem condições, eles rezariam a D-us
e sua oração seria respondida e eles seriam redimidos. Por isso os fazia trabalhar duramente de manhã e de noite [com serviços
de limpeza], para que chegassem exaustos e dormissem, e não tivessem tempo de rezar. Com a morte do Faraó, houve uma
oportunidade. O povo se chegou aos ministros egípcios e se ofereceu para acompanhar o cortejo do Faraó e “chorar pela morte
do seu rei”. Ao serem autorizados, reuniram-se e oraram chorando a D-us por sua salvação, e sua reza chegou ao Altíssimo. E
isto desencadeou a redenção. Daqui podemos depreender o valor da oração e seu valor maximizado quando um Tsibur reza
unido como um só. Que possamos ter uma união como essa e agilizar a redenção e estarmos reunidos em nossa terra com o Rei
Mashiahh muito em breve, Amén, ken Yehi ratson. (Adaptado do discurso do Rabbi Yossef Eliyahu, filho do Rabbi Mordechai Eliyahu, para o semanário
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
de Torah Kol Tsofaihh no. 526 - Parashat Vaerah [www.harav.org.il])
Resumo da Parashá – Vaerá (Livro de Shemot – Êxodo 6:2 – 9:35)
D-us reafirma que cumprirá o pacto com os Abot e redimirá o povo do Egito. Moshê transmite a mensagem ao povo, mas
eles não acreditam devido ao “espírito curto” e ao trabalho duro (para o povo, não haviam passado os 400 anos que D-us
dissera a Abraham que passariam no Egito, só haviam passado 210). D-us manda Moshê e seu irmão voltarem ao Faraó. Moshê
retruca: “não consegui convencer meu povo, como convenceria o Faraó?”. D-us manda-o mostrar um sinal ao Faraó (a vara de
Aharon). A vara se transforma em serpente. Os feiticeiros do Faraó imitam. A vara de Aharon engole as outras, mas o Faraó
não se convence. D-us revela a Moshê que endureceu o coração do Faraó. Iniciam-se as pragas. Aharon golpeia o rio e este vira
sangue. Os feiticeiros egípcios imitam e o Faraó desconsidera o caso. Moshê avisa que, se o Faraó não enviar o povo, o Egito
seria golpeado com rãs. Novamente, os feiticeiros imitam, mas, mesmo assim, o Faraó suplica que Moshê desfaça a praga
(mostrando que a praga foi pesada). Ao ver o fim da praga, o Faraó endurece seu coração e não envia o povo. Aharon bate sua
vara na terra, que vira piolhos (as 3 primeiras foram iniciadas por Aharon, pois as águas e a terra haviam ajudado Moshê). Os
feiticeiros não conseguem imitar e admitem ser o “dedo de D-us!”. Nova recusa do Faraó. Uma mistura de animais selvagens
ataca os egípcios e D-us separa o Egito de Góshen (onde vivia o povo Israel). O Faraó cogita que o povo sirva a D-us, mas no
Egito. Moshê não aceita. Ao fim da praga, o Faraó volta atrás e não envia o povo. A peste ataca os animais egípcios. O Faraó
se mantém irredutível. Moshê toma fuligem e joga no ar, e a sarna ataca o Egito. Nova recusa do Faraó. Moshê adverte sobre o
granizo, mas os egípcios não acreditam. O granizo cai. Perplexo, o Faraó chama Moshê e diz ter pecado a D-us. Pede que orem
por eles e promete enviar o povo. Com o término da praga, o Faraó volta atrás e não envia o povo.
Por Jaime Boukai
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Curiosidade da Semana:
Críticas Respeitosas
No início desta Parashá, D-us instrui Moshê e Aharon a retornarem ao Faraó e exigirem que ele solte os B’nei Israel,
depois que o Faraó havia rejeitado veementemente a sua primeira tentativa. Curiosamente, a Torah registra as instruções de
D-us a Moshê e Aharon dizendo que Ele ordenou-lhes que fossem ao “Faraó, rei do Egito” (Shemot 6:13), i.e. enfatizando a
posição do Faraó como monarca. Parece difícil de entender, à primeira vista, o motivo de tal ênfase. Estamos certamente já
bem cientes de quem era Faraó, e não há, portanto, qualquer necessidade de esclarecer que ele era o rei do Egito... O Midrash,
citado por Rashi, explica que D-us ordenou a Moshê e Aharon que falassem ao Faraó respeitosamente, de uma maneira digna
de um monarca poderoso. Embora o Faraó fosse um tirano cruel, sua estatura como rei de um grande império exigia um
comportamento respeitoso. Não deve ter sido fácil para eles conceder ao Faraó qualquer tipo de respeito... Afinal, a mensagem
que D-us lhes disse para transmitir ao Faraó era um alerta sobre as pragas mortíferas e devastadoras que assolariam o Egito se
o Faraó não obedecesse a exigência de D-us. Não obstante, esta mensagem deveria ser transmitida de uma forma calma,
humilde e respeitosa, e não em um tom áspero e degradante, e Moshê realmente foi capaz de “andar nesta corda bamba”
sempre que se dirigia ao Faraó. É realmente impressionante como D-us exigiu falar com o Faraó, um homem tão mau e
corrupto, com respeito. O que isto demonstra, talvez, é a importância de criticar sem humilhar, sem derrubar a dignidade da
pessoa. E isto é particularmente relevante no âmbito da educação dos filhos. Os pais devem tomar muito cuidado para não
quebrarem a auto-estima da criança ao criticá-la. Se a criança se sentir humilhada e sem valor, ela perde motivação para tentar
melhorar. Se Moshê devia um tratamento respeitoso ao Faraó, então nós certamente devemos o mesmo a todos a quem nos
dirigimos, e, principalmente, aos nossos filhos queridos. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
Libertando-Se de Mitsraim
Uma das principais razões para o Êxodo do Egito ter um papel tão importante no Judaísmo (nós o mencionamos
diariamente em nossas preces) é que o Êxodo original simboliza o êxodo espiritual diário que deve ocorrer na vida de um
judeu. A palavra hebraica para Egito, Mitsraim, vem do radical Meitsar, que significa limitações e obstáculos. Cabe a cada
indivíduo liberar-se de suas próprias limitações internas, liberando assim sua alma Divina para expressar-se e buscar a
plenitude espiritual. A Parashá Vaerá nos fala do início dos eventos que levaram os judeus do cativeiro à triunfante libertação.
Ao estudar as circunstâncias do Êxodo do Egito, vemos de que maneira podemos aplicar estas lições à nossa jornada pessoal e
espiritual. A primeira praga a afligir os egípcios foi o sangue; cada gota de água do país foi afetada. Portanto, o primeiro passo
rumo à libertação espiritual deve ser algo conectado com a transformação de “água” em “sangue”. A água simboliza a
tranqüilidade, e falta de entusiasmo emocional. O sangue, por outro lado, é um símbolo de calor, entusiasmo e fervor. A Torah
pergunta a cada judeu: ‘Você deseja realmente sair do “Egito”, superar suas limitações auto-impostas?’. A primeira coisa que
você deve fazer é transformar sua “água” em “sangue”. Transforme sua apatia e inércia em entusiasmo e amor para com a
Torah e Mitsvot. Infunda em sua vida o calor e o fervor dirigidos a D-us e à santidade. Alguém poderia alegar: ‘Não basta que
eu cumpra as Mitsvot, estude Torah e evite o que é proibido? Não sou um bom judeu, mesmo que não sinta entusiasmo por
aquilo que faço?’. A filosofia hhassídica explica que frieza e apatia são a fonte de todo o mal. Quando alguém é frio em
relação a algo, isso significa que é totalmente desinteressado naquilo. Vemos que, quando alguém que nos é caro ao coração é
mencionado, nosso pulso se acelera e nos “aquece”. A frieza mostra o desempenho mecânico dos mandamentos e termina por
levar à deterioração espiritual. A primeira ação a ser feita para a libertação espiritual é substituir nossa morna dedicação ao
Judaísmo com calor e entusiasmo. Devemos pelo menos ser tão entusiasmados pelo Judaísmo quanto somos a respeito das
outras facetas de nossa vida. Uma das maneiras práticas de expressar isso é quando cumprimos uma Mitsvá de maneira
particularmente especial. O desejo de aumentar nossa observância nos leva a cumprir os preceitos do Judaísmo por amor. Este,
então, é o primeiro passo rumo à nossa saída do Egito e ao final de nosso exílio coletivo. (Chabad.org)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá:
Moshê serviu a D-us principalmente através do intelecto, que é a razão de a Torah – a Sabedoria de D-us – ter sido
transmitida por ele. Os patriarcas serviram a D-us principalmente com a emoção. Como o serviço Divino dos patriarcas não
realça a parte intelectual, eles nunca viram a necessidade de questionar D-us ou O ‘desafiar’ a dar uma explicação sobre suas
ações. Só Moshê, cujo foco era intelectual, exigiu saber: “por que Tu maltratas teu povo?” (Shemot 5:22). A pergunta de Moshê
não foi imprópria... Uma falta de habilidade para entender as ações de D-us teriam fragilizado a conexão intelectual de Moshê
com seu Criador. Assim, Moshê fez aquela pergunta, não como um desafio, mas em uma tentativa de se tornar mais íntimo de
D-us. D-us responde: “Eu Me revelei a Abraham, Itshhak e Yaakob como ‘D-us Todo Poderoso’, e não lhes permiti conhecerMe por Meu Nome, ‘Eter-no’ [Epíteto que costumamos utilizar no lugar do Tetragrama – o ‘Nome Próprio’ de D-us]”. O
Tetragrama transcende todas as limitações. Assim, D-us estava respondendo a Moshê: “Não me sirvas só com o intelecto.
Equilibra teu intelecto com emoção e fé de forma que tu Me sirvas sem limitações”. (Baseado no Likutei Sichot, vol. 3, p. 854.)
Por Hhazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka e Sh’muel ben Nehhama Dinah.
Em memória e elevação das almas de Moysés A. Ezágui Ben Léa, Elias Miguel Nigri Ben Foreta, Ranuné Hadid Khalili Boukai Bat Habibe, Sarina Barzelai
Nigri Bat Rivka, Jacob Emmanoel Nigri Ben Badiha, Judith Nigri Sterim Bat Suzana, Mussa Balassiano Ben Miriam, Eva Nigri Benekés Bat Naime, Gabriel
Politi Ben Esther, Ibrahim Salem Ben Esther, Ignacio Jaime Cohen, René Balassiano Bat Suri e Chehade Dallale Ben Hassibe.
A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!
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