ESTRATÉGIAS DE MERCADO E SUCESSO NO COMÉRCIO VAREJISTA Silvia Helena Carvalho Ramos Valladão de Camargo i Edgard Monforte Merloii Hermes Mendes Santosiii Abstract Este artigo baseia-se em estudo que envolve as sete empresas classificadas como as Maiores e Melhores do Comércio Varejista brasileiro no período de 1996 a 2000 conforme critério de Excelência Empresarial desenvolvido pela revista MELHORES E MAIORES, uma publicação anual da Revista Exame. O propósito deste estudo foi avaliar quais as estratégias adotadas pelas empresas que obtiveram desempenho superior ao longo deste período, e a busca das razões que geram uma vantagem competitiva sustentável analisando as empresas que tiveram desempenho superior. A proposição fundamental que motiva e está subjacente a todo este artigo é de que o resultado econômico avaliado pela ótica das vendas brutas e do crescimento destas, quando devidamente analisado através de informações obtidas sobre estas empresas, pode evidenciar as estratégias organizacionais adotadas e o grau de sucesso obtido a este respeito. Introdução No estudo foi utilizado o critério de classificar as maiores empresas pela capacidade de geração de receitas destas. Este critério é o adotado pela revista, pois em termos sociais é o que mais fielmente reflete a contribuição da empresa para a sociedade. Não se usou o critério de patrimônio líquido ajustado porque ele reflete mais a riqueza acumulada desde a fundação da empresa e pouco tem a ver com a produção e as vendas efetuadas. A revista adotou o critério de atribuição de pontos para fazer esta classificação que no ano de 2000 foram atribuídos através de: Liderança de mercado, Crescimento das vendas, Rentabilidade do patrimônio, Liquidez corrente, Investimento no Imobilizado, Riqueza criada por empregado. Varejo: realidade em mudança De acordo com PARENTE (2000) o varejo vem assumindo uma importância crescente no panorama empresarial no Brasil e no mundo. Notícias sobre varejo aparecem quase diariamente nos cadernos econômicos dos principais jornais brasileiros e também oferece oportunidades para pessoas que querem iniciar seus próprios negócios e muitos empresários do setor varejistas estão entre as pessoas mais ricas nos Estados Unidos. Com o acelerado ritmo de consolidação que vem caracterizando as atividades varejistas brasileiras, um número crescente de varejistas aparece na relação das maiores empresas do Brasil. À medida que as empresas varejistas se expandem, passam a adotar avançadas tecnologias de informação e de gestão, e desempenham papel cada vez mais importante na modernização do sistema de distribuição e da economia brasileira. O varejo é certamente uma das atividades empresariais que vem atravessando maior ritmo de transformação, respondendo às modificações do ambiente tecnológico, econômico e social em que está inserido ainda conforme o autor supracitado. Para LEVY e WEITZ (2000) os varejistas encarregam-se de negociar e efetuar funções que aumentem o valor dos produtos e serviços vendidos aos consumidores. Essas funções são: fornecer uma variedade de produtos e serviços, dividir lotes em pequenas quantidades, manter estoque, fornecer serviços.Uma vez que as atividades efetuadas pelos varejistas são importantes para os consumidores, o varejista é uma instituição econômica significativa e um grande negócio em nossa sociedade. A Estratégia e a criação da Vantagem competitiva De acordo com ZACCARELI (2000), os estrategistas modernos devem visualizar os clientes e consumidores como se fossem os juízes do que pode ser uma vantagem competitiva ao invés de se chamar de pontos fortes e fracos. Qualquer característica da empresa que não seja percebida diretamente pelos clientes e consumidores como uma diferença positiva em relação aos concorrentes não é uma vantagem competitiva. Seguindo o mesmo raciocínio LEVI e WEITZ cita algumas oportunidades para que os varejistas criem vantagens competitivas sustentáveis como sendo:fidelidade do cliente; local; relações com fornecedores; sistemas de distribuição e de informações gerenciais; operações de baixo custo. Já para HAMEL (2001), as empresas revolucionárias de seus setores adotam como ponto de partida para a inovação o conceito empresarial e não o conceito de um produto ou serviço. Elas sabem que a concorrência não é mais entre produtos ou serviços, mas sim entre conceitos empresariais concorrentes. A inovação do conceito empresarial é a capacidade de reconceber os modelos empresariais existentes para que criem um novo valor para os clientes, desequilibrem os concorrentes e produzam uma nova riqueza. Para PORTER, inovar significa oferecer coisas de um modo diferente, criar novas combinações ou seja encontrar novas maneiras de combinar as coisas em geral. E na visão de SCHERMERHORN, inovação é o processo de criar novas idéias e colocá-las em prática. São os meios pelos quais as idéias criativas surgem nas prática diárias; idealmente as que contribuem para melhorar o serviço ao cliente e/ ou a produtividade organizacional. BATEMAM (1998) a estratégia de negócios define as principais ações pelas quais uma empresa constrói e reforça sua posição competitiva no mercado. Uma vantagem competitiva tipicamente é o resultado de uma entre duas estratégias de negócios genéricas. As empresas obtêm vantagem competitiva de dois modos principais. Podem tentar ser únicas de algum modo, adotando uma estratégia de diferenciação, ou então podem concentrar seus esforços em eficiência e preço, buscando uma estratégia de baixo custo. PORTER (1998), considerado um autor clássico na área de estratégia sugere um modelo que pode levar a empresa a obter vantagem competitiva sobre seus concorrentes. Ele propõe a existência de três estratégias genéricas potencialmente bem sucedidas, para superar as outras empresas; em algumas indústrias, a estrutura indicará que todas as empresas podem obter altos retornos; em outras, o sucesso com uma estratégia genérica pode ser necessário apenas para obter retornos aceitáveis em sentido absoluto. São as seguintes: Liderança no custo total; Diferenciação; Enfoque ou Foco. Ainda conforme o autor supracitado, a estratégia de liderança de custo total é o conjunto de políticas funcionais orientadas para um objetivo básico. A liderança no custo exige a construção agressiva de instalações em escala eficiente, uma perseguição vigorosa de reduções de custo pela experiência, controle rígido do custo e das despesas gerais, que não seja permitida a formação de contas marginais dos clientes, minimização do custo em áreas como P&D, assistência, força de vendas, publicidade, etc. Imensa atenção administrativa ao controle dos custos é necessária para atingir essas metas. Custo baixo em relação ao concorrente torna-se o tema central de toda a estratégia, embora a qualidade, a assistência e outras áreas não possam ser ignoradas. De acordo com WRIGHT, et al. (2000), grandes empresas que competem utilizando estratégias de custos baixos produzem bens e serviços sem sofisticação, que atendem a todo um setor. Elas atendem a um mercado de massa composto por clientes preocupados com preços. As empresas que utilizam essa estratégia tentam diminuir os custos em suas áreas funcionais. N maioria das vezes suas compras são feitas de fornecedores que oferecem descontos sobre a quantidade e os menores preços. A produção em massa é buscada sempre que possível, para reduzir os custos de produção por unidade. Os esforços em pesquisa e desenvolvimento são orientados para a melhoria de eficiência operacional, e tenta-se melhorar as eficiências de logística e de distribuição. Essas empresas não enfatizam o desenvolvimento de produtos ou serviços novos ou melhorados, o que poderia aumentar seus custos, e minimizam os custos promocionais e de divulgação. . Na visão de HERNANDEZ, et al. (1999), por meio da utilização de um baixo custo em relação aos concorrentes, evidentemente é possível ampliar a participação no mercado, desde que a qualidade não seja prejudicada. A liderança de custos pode ser conseguida por meio de abordagens, tais como: Economias de escala de produção, perfeitamente possível com a ampliação da participação da empresa no mercado; Efeitos positivos da curva de aprendizagem; Rígidos controles de custos de fabricação e despesas administrativas; Minimização de custos em áreas com pesquisas e desenvolvimento; Sinergia da força de vendas e publicidade. . Conforme TACHIZAWA e REZENDE (2000), esta estratégia é onde a empresa centra seus esforços na busca de eficiência produtiva, na ampliação do volume de produção e na minimização de gastos com propaganda, assistência técnica, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, etc., e tem no preço um dos principais atrativos para o consumidor. A estratégia de diferenciação, na visão de PORTER (1998), procura diferenciar o produto do serviço oferecido pela empresa, criando algo que seja considerado único ao âmbito de toda a indústria. Os métodos para diferenciação podem assumir muitas formas: projeto ou imagem da marca, tecnologia, peculiaridades, serviços sob encomenda, rede de fornecedores e outras. De acordo com HERNANDEZ, et al. (1999), a abordagem principal dessa estratégia é diferenciar a oferta de produtos, de modo que os clientes possam perceber, valorizar e estar sempre dispostos a adquiri-los, devido, principalmente, ao diferencial que é mais comum de ser visto como a fidelidade a uma determinada marca ou a qualidade dos serviços prestados aos clientes, ou o status do produto. Para TACHIZAWA e REZENDE (2000), a opção pela estratégia competitiva de diferenciação faz com que a empresa invista mais pesado em imagem, tecnologia, assistência técnica, distribuição, pesquisa e desenvolvimento, recursos humanos, pesquisa de mercado, qualidade, etc., com a finalidade de criar singularidades, sendo possível elevar o desempenho do usuário, medido por critérios econômicos (objetivos) ou por critérios de sinalização (subjetivos). A empresa pode obter um preço-prêmio, significando que o consumidor está disposto a pagar mais pelo produto; ou pode, ao mesmo preço cobrado pelo mercado, ter uma quantidade demandada significativamente maior. Pode, ainda, criar uma lealdade pelo produto ou serviço, que, em épocas de retração, venha a significar para a empresa uma oscilação muito menor do que a média do mercado. De acordo com WRIGHT et al. (2000), as empresas que utilizam a estratégia de diferenciação oferecem produtos ou serviços diferenciados para todo o setor, ou seja, elas atendem a um grande mercado que tem uma demanda relativamente constante. Seus clientes estão, em geral, dispostos a pagar um preço de mediano a alto por resultados diferenciados. Como os clientes são relativamente indiferentes aos preços, essas empresas enfatizam a qualidade em cada uma de suas áreas funcionais. Como as compras são feitas de fornecedores que oferecem matérias-primas, peças e componentes de alta qualidade, mesmo que o custo seja relativamente mais alto o departamento de produção enfatiza a qualidade em detrimento de considerações sobre custos. As atividades de pesquisa e desenvolvimento enfocam o desenvolvimento de produtos e serviços novos ou melhorados, e os esforços de vendas da empresa são generosamente apoiados por promoções. Para PORTER (1998), a estratégia de foco tem como objetivo enfocar um determinado grupo comprador, um segmento da linha de produtos, ou um mercado geográfico. Tal estratégia repousa na premissa de que a empresa é capaz de atender a seu alvo estratégico estreito mais efetiva ou eficientemente do que os concorrentes que estão competindo de forma mais ampla. Conseqüentemente, a empresa que atinge a diferenciação pode satisfazer melhor as necessidades de seu alvo particular, ou custos mais baixos na obtenção deste alvo, ou ambos. Mesmo que a estratégia de enfoque não atinja baixo custo ou diferenciação do ponto de vista do mercado como um todo, ela realmente atinge uma ou ambas as posições em relação ao seu estreito alvo estratégico. Segundo TACHIZAWA e REZENDE (2000), a estratégia competitiva de foco significa escolher um alvo restrito, no qual, por meio da diferenciação ou do custo, a empresa se especializará, atendendo a segmentos ou nichos específicos. Qualquer organização que implantar esta estratégia deverá se preocupar com algumas armadilhas e riscos que possam surgir tais como: Na estratégia de custos: excesso de importância na fabricação; dificuldade de se estabelecer critérios de controle de custos; entrada de novos concorrentes com nova tecnologia, ou o mercado passe a valorizar o produto por critérios diferentes. Na estratégia de diferenciação, as principais armadilhas são representadas pela diferenciação excessiva, pelo preço-prêmio muito elevado, por um enfoque exagerado no produto e pela possibilidade de ignorar os critérios de sinalização. Na estratégia de foco o risco é de o segmento escolhido não propiciar massa crítica que permita à empresa operar. Toda empresa, qualquer que seja a estratégia adotada, além de correr o risco do aparecimento de produtos substitutos, e talvez seja esta uma das maiores ameaças ao seu processo competitivo, corre o risco de ficar no meio termo entre custo, diferenciação e foco, perdendo a percepção do seu posicionamento e a congruência com seus clientes. Os riscos do meio-termo são menores se todos os concorrentes tiverem o mesmo posicionamento ou se a empresa encontrar inter-relações que a favoreçam, como, por exemplo, parceria com fornecedores. . Neste sentido, TACHIZAWA e REZENDE (2000) afirmam que estratégia competitiva é o conjunto de ações que uma organização empreende com a finalidade de melhorar o seu desempenho presente e futuro, ou seja, são ações executadas para melhorar sua posição diante de concorrentes reais ou potenciais e materializam-se através da busca de: Vantagens em relação aos concorrentes; Atendimento às necessidades dos clientes; Adaptação às mudanças ambientais. Para a definição de estratégia competitiva, a organização deve reportar-se na Análise Estratégica Interna, Análise Estratégica Externa e, a partir deles, definir um objetivo de posicionamento que passa por uma das seguintes opções: Manutenção das atuais posições em termos de mercado e rentabilidade; Crescimento do market share (mercado em ação); Aumento da rentabilidade; Aumento da rentabilidade e do market share (mercado em ação); Aumento da flexibilidade; Busca de legitimidade. Por sua vez STALK, et al. (2000), as estratégias de crescimento erigidas em torno da idéia de romper restrições não são novas e tampouco limitadas a alguns setores específicos. Mas a visualização dessa estratégia exige que os gerentes da empresa tire das suas mentes o pensamento convencional que permeia o setor e passem a Prestar muita atenção em como o cliente de fato usa o produto ou serviço e explore as insatisfações dos clientes As estratégias e as corporações no varejo Para LEVI e WEITZ (2000) as decisões de logística têm se tornado um componente cada vez mais importante na estratégia corporativa geral de um varejista. Os varejistas descobriram que o crescimento do lucro não pode ser obtido somente por meio de crescimento das vendas. E descobriram que existe um potencial de lucro inacreditável nos sistemas de logística eficientes. Uma medida de desempenho de varejo é a capacidade de gerar um retorno-alvo sobre os investimentos (ROI - return on investment). PORTER (1997), em estudo realizado, identificou quatro conceitos de estratégia corporativa postos em prática pelas empresas. Todos tiveram êxito, dependendo das circunstâncias em que foram implantados e, embora não sejam excludentes, baseia-se em mecanismos totalmente diferentes. 1 - Administração de uma carteira - Baseia-se principalmente na aquisição de novas unidades de negócio. A companhia procura adquirir empresas sólidas, com gerentes altamente capacitados e competentes, que continuarão a administrar a unidade. Em contexto de concorrência, ter uma visão mais ampla, que permita adquirir empresas realmente atraentes; introduzir capital e profissionalismo nessas empresas; classificá-las e distribuir recursos adequadamente. 2 - Reestruturação - Ao invés de comprar empresas atraentes a corporação procura aquelas que têm um mau desempenho, a fim de transformá-las completamente para, depois, vendê-las com um posicionamento melhor. A única condição para isso é um potencial não convertido em realidade. Quando o conceito de reestruturação é bem aplicado, a diversificação se destaca através da atratividade, custo de entrada e melhoria da situação. O tipo de empresa adquirida permitirá a aprovação fácil no teste de custos. As melhores estratégias de reestruturação procuram não apenas transformar uma empresa, como também alterar a seu favor toda a estrutura do setor. 3 - Transferência de aptidões - Sinergia é o trabalho em conjunto fundamental para reinventar a estratégia corporativa. Para se criar sinergia dentro da organização primeiro precisa se ter capacidade de transferir técnicas e depois habilidade de compartilhar atividades, como, por exemplo, utilizar os mesmos canais de distribuição. 4 - Atividade compartilhada - Baseia-se na partilha das atividades de cadeia de valor entre várias unidades de negócio, não basta conhecer os clientes é necessário ganhar dinheiro com eles. Segundo KIM & MAUBORGNE (2000), os inovadores de valor procuram o que os clientes valorizam em comum. A empresa deve transformar sua experiência em qualquer coisa completamente diferente e irresistível do seu concorrente. A empresa deve raciocinar como um novo entrante no mercado, deve buscar idéias explosivas e saltos quânticos no valor. Baseia-se nos poderosos elementos comuns das características mais valorizadas pelos clientes A lógica começa com a ambição de dominar o mercado pela oferta de um tremendo salto de valor; são capazes de distinguir os fatores que proporcionam valor superior, em relação àqueles que são à base da competição setorial. Ironicamente, os inovadores de valor não se empenham em desenvolver vantagens em relação aos concorrentes, mas acabam alcançando as maiores vantagens competitivas. A decisão referente à adoção de uma nova tecnologia na empresa pode ser originada basicamente em dois pontos de origem ou fatores motivacionais, que são as bases das abordagens, conforme citado por KOTLER (2001), estratégia push (pressão) versus estratégia pull (atração), que diz que o mix de promoção é fortemente influenciado pelo fato de a empresa escolher uma estratégia push ou pull para gerar vendas. Uma estratégia push envolve o uso da equipe de vendas e da promoção empresarial para induzir os intermediários a expor, promover e vender o produto aos usuários finais. A estratégia push é especialmente apropriada quando o grau de fidelidade à marca na categoria é baixo, quando a escolha da marca é feita na loja, quando o produto é comprado por impulso e quando os benefícios do produto são bem conhecidos. Na visão de PARENTE (2000) existem várias estratégias que um varejista pode escolher para expandir e melhorar seus resultados nos seus negócios como: Penetração de mercado, desenvolvimento de mercado, melhoria de produtividade e eliminação de desperdícios, integração vertical e horizontal. O que resultará em maior número de lojas na região, maior valor tíquete médio, maior número de clientes, maior freqüência de visitas, novos mercados geográficos, novas categorias de produtos, novos segmentos de mercado, evolução operacional, redução de custos, melhoria no mix de produtos, melhor composição de margens. Outro aspecto de grande importância são as alianças estratégicas que conforme ZACARRELLI (2000), as alianças estratégicas, ou estratégias coletivas, são importantes para incrementar as vantagens competitivas das empresas aliadas.A aliança estratégica começa com pessoas com a capacidade especial de localizar outra empresa cuja situação atual constituiu uma oportunidade de aliança que aprofunda as vantagens competitivas de ambas. Segundo WRIGHT et al, (2000) as alianças estratégicas são parcerias em que duas ou mais empresas realizam um projeto específico ou cooperam em determinada área de negócio. As empresas que fazem a aliança partilham os custos, os riscos e os benefícios de explorar e arriscar novas oportunidades de negócios.SHERMERHORN et al (1999), um indicador da importância da abordagem global da aprendizagem organizacional é o fato de que muitas empresas constatam cada vez mais que não podem simplesmente "continuar sozinhas" e ao mesmo tempo ter sucesso na economia global. As coisas estão muito complexas, competitivas e caras demais e verificando que são capazes de enfrentar alguns tipos de desafio formando equipes, cooperando entre si para atingir determinados objetivos. DAVOUST (1976), por outro lado, comenta que como quase todos os negócios são sempre dirigidos para o lucro, surge então o dilema: que tipo de estratégia adotar para incrementá-lo? Preço, volume unitário, mudança no mix de produto, eliminação de produtos, redução de custos, aumento ou redução de ativos conseqüentemente quais aumentarão ou diminuirão a receita, o lucro e o ROI (retorno sobre o investimento). De acordo com BUZZELL e GALE (1987) não há dúvidas de que a participação no mercado e o retorno sobre o investimento estão fortemente relacionados. As empresas que gozam de fortes posições competitivas nos mercados de seus produtos principais tendem a ser altamente rentáveis. E sugere alguns fatores de posição competitiva e estratégia como: Participação no mercado, qualidade de produtos e serviços, pesquisa e desenvolvimento, marketing, valor agregado ao produto e vendas, ativo imobilizado, produtividade inclusive da mão de obra, avaliação e taxas de utilização dos estoques. Para LEVY e WEITZ todos os varejistas querem ter êxito financeiro. Uma forma de definir o sucesso financeiro é fornecer um bom retorno de investimentos aos proprietários da empresa. Apesar de os varejistas seguirem metas financeiras similares, eles empregam estratégias diferentes. Cita como exemplo o modelo de lucro estratégico que é baseado em três índices financeiros muito comuns: margem de lucro líquido, rotatividade de ativos e retorno dos ativos. E PARENTE diz que o lucro é um objetivo fundamental de qualquer empresa. Como o varejista define seus indicadores de lucro? Existem duas principais abordagens na avaliação dos lucros. A primeira utiliza o Lucro Líquido depois do Imposto de Renda que reflete a eficiência operacional da empresa, e em geral é avaliado como um percentual de lucro em relação às vendas. A outra forma de mensurar a lucratividade considera o retorno sobre o investimento, à relação entre Lucro Líquido e os investimentos realizados na empresa. Existem duas formas de estimar o retorno sobre o investimento. O Retorno sobre Ativos (ROA) é calculado relacionando o Lucro Líquido e todos os recursos investidos na empresa, ou seja, ativo total. O retorno sobre patrimônio Líquido (ROPL) relaciona o Lucro líquido com Patrimônio Líquido, indicando o retorno dos acionistas sobre o capital investido na empresa. Finalizando estes aspectos da discussão cabe destacar COSTA (2002) que comenta, que para qualquer empresa ser bem sucedida no mercado global é necessário: Tratamento ao cliente: ouvir, encantar, surpreender e antecipar as necessidades dos clientes deve ter atenção às modificações e alterações de suas preferências e hábitos, lembrar que o cliente é pessoa, empresa e o juiz final e a opinião da imprensa e comunidade deve ser levada em consideração. Ênfase na qualidade: qualidade é aquilo que o cliente diz que é, é a satisfação, é quantificável e precisa ser medida para ser melhorada. Operação em rede: organizar, buscar, operar, focalizar rede de empresas ou entidades para se poder competir, conseqüentemente haverá sinergia positiva. Concentração e Foco: posicionamento estratégico claro, manter portfólio balanceado, inovação criativa e destrutiva, produtos de ponta, excelência operacional ou intimidade com clientes. Liquidez e Leveza: alugar em vez de comprar, comprar em vez de fazer, buscar investimentos rápidos, trabalhar com dinheiro dos outros e dever pouco. Simplicidade organizacional: a organização deve ser capaz de aprender, inovar, tudo é temporário. Novo tipo de líder: focalizador, facilitador, mentor, não herói, negociador, disposto a aprender, ensinar e buscar e manter alianças. Novo tipo de colaborador: alinhado com visão, missão, princípios e valores, dotado de iniciativa, comprometido, disposto a trabalhar e a servir. Tecnologia de informação: informatização, domínio de recursos, computador, e-business, ecommerce, educação à distância, instituição sem papel. Internacionalização: competir lá fora, vender e comprar de, para qualquer lugar do mundo, competir lá fora, para ser competitivo aqui dentro. Metodologia da pesquisa Dado que o varejo é um segmento com elevado grau de mudança e onde as barreiras de entrada e saída são reduzidas (aumentando a concorrência) e que o mercado brasileiro vem enfrentando grandes mudanças competitivas, foi tomado como base o ano de 2000 para a identificação das sete empresas com melhor desempenho e a partir dessa lista a avaliação de quais estratégias foram adotadas por essas empresas nos últimos cinco anos. Com isso objetivou-se estabelecer critérios que permitissem identificar quais as ações estratégicas similares foram adotadas pelas empresas. Foram classificadas como as maiores e melhores no ano de 2000, Carrefour, Pão de Açúcar, Casas Bahia, Lojas Americanas, Sendas, Ponto Frio, Bompreço, McDonalds, Sonae, e AGIP. A partir desta seleção foram analisados os resultados dessas empresas nos últimos anos e coletadas informações das mudanças de estratégia ocorridas nos grupos. Para tanto foram utilizados dados publicados na imprensa e na base de dados Economática. O ano de 2000 foi utilizado como base por ser possível considerar que os efeitos das mudanças competitivas começaram a se delinear de forma mais clara naquele ano, possibilitando a visualização do cenário competitivo que foi criado. Estratégias adotadas pelas empresas selecionadas Carrefour, empresa de capital estrangeiro que atua no segmento de hipermercados e supermercados, tem como: Missão: Todos os nossos esforços devem convergir para a satisfação dos nossos clientes. Desafio: Nosso trabalho no comércio é oferecer uma resposta adaptada à evolução das expectativas dos clientes em matéria de escolha e de qualidade, garantindo-lhes o melhor preço. Os Homens: Nossa maior força é constituída pela motivação dos homens. A iniciativa e a delegação das responsabilidades são exercidas num contexto onde cada um age solidariamente no interesse do conjunto. Os Meios: Nossos conceitos devem permanecer simples e claros. A competitividade requer uma adaptação permanente dos meios para obter os melhores custos de distribuição. Objetivo: Nossa vontade é de ser internacional. Objetivo funcional: E ter em cada mercado uma presença significativa. O crescimento da fatia de mercado deve reforçar a independência e o crescimento da valorização da empresa em longo prazo. A Ética: A busca de sinergias com os nossos parceiros deve nos fortalecer mutuamente. Nós devemos nos integrar bem na comunidade específica de cada país. Nós queremos servir de referência. O Carrefour atua fortemente no setor de hipermercados e supermercados e em 1996 expandiu prosseguindo seu desenvolvimento adquirindo a cadeia de lojas Félix Potin. No ano seguinte utilizou a estratégia de diferenciação e lançou no mercado uma linha de produtos biológicos com a marca Carrefour Bio e novamente expande adquirindo a cadeia de supermercados Catteau. Em plena disputa pelo segmento em 1998 multiplica os acordos com grupos de distribuição estrangeiros: Gib na Bélgica, GB, Norte na Argentina e Gs na Itália. Dezesseis lojas Mammouth tornaram-se parceiras do Carrefour e adotaram a insígnia; e em plena expansão abre os primeiros hipermercados no Chile, Colômbia e na Indonésia. Em 1999 através de parcerias estratégicas com a Promodès formam o 1º grupo de distribuição europeu e o segundo mundial. Expande suas atividades no Brasil adquirindo 85 supermercados e 23 unidades das Lojas Americanas, bem como a totalidade das bandeiras Planaltão (DF), Roncetti (ES), Mineirão (MG) e Rainha, Dallas e Continente (RJ). Continuando como líder no mercado em 2000 aumenta sua participação na Itália, Bélgica, Grécia como líder na distribuição fazendo parceria e associações com várias outras redes. Adquire novas bandeiras na França e inova sendo o primeiro mercado mundial de compras on-line e lança o site de e-commerce. O Grupo Pão de Açúcar é um dos pioneiros do setor de varejo de alimentos no Brasil. Atua também no seguimento de hipermercados e supermercados. Seu grande destaque foi inovar e com isso cresceu, introduzindo no país a primeira geração de hipermercados e o supermercado virtual introduzido no varejo brasileiro. Sua trajetória começa em 1948, mas só em 1959 abre o primeiro supermercado, na cidade de São Paulo. Na década de 60 inicia sua expansão adquirindo ou abrindo novas lojas, inclusive em shopping center o primeiro no Brasil e inovou com a abertura do supermercado vinte e quatro horas do País. Os anos 70 caracterizaram-se pela diversificação dos negócios e a expansão do varejo, com a abertura de hipermercados e aquisições de outras redes. Dá um salto na história e é a primeira empresa brasileira a abrir no exterior passando a atuar em Portugal, Angola e Espanha. Na década de 80 fecha o círculo do varejo atuando como loja com mercearias de desconto, diversifica buscando novos formatos para as lojas. Através da continuidade busca outros segmentos de mercado passando a atuar em lojas de departamentos, loja depósito, e loja de bricolagem. Busca nova geração de hipermercados adquirindo novas bandeiras e inicia um processo de reestruturação fechando ou vendendo lojas não lucrativas Em medos de 1990 concentra seus esforços no relacionamento com os clientes, abre seu capital com a colocação simultânea de ações no Brasil, Estados Unidos e Europa, sendo dois anos depois a 4ª empresa brasileira, e a 1ª no setor de varejo do Brasil, a ser listada na NYSE, a Bolsa de Valores de Nova York e continua expandindo, investindo fortemente em modernização e desenvolvimento operacional aliando logística e tecnologia, e na qualificação e qualidade de vida de seus funcionários. Diversifica criando um supermercado educacional para crianças e adolescentes, inova com o comércio eletrônico. Faz alianças estratégicas e investe programas na área social, cultural e esportiva. Inova sendo a primeira rede de varejo a criar o cargo de ombudsman para representar os interesses do consumidor. Cria e inova com o primeiro supermercado virtual e delivery. Introdução no mercado um novo conceito interativo, na qual o consumidor pode testar os produtos expostos, que estão sempre ligados. Em 2000 atua na internet e adere à estratégia de segmentação atendendo a onze estados do Brasil com quatro tipos de bandeiras e como uma forma de redução de custos implanta gerenciamento da cadeia de suprimentos - supply chain management que faz com que o Pão de Açúcar tenha uma parceria com mais de cinqüenta fornecedores, ligados diretamente ao sistema e a reposição dos estoques são feitas automaticamente. É no relacionamento com o consumidor, seu entendimento e sua valorização que fazem a diferença. Inovou e diferenciou-se dos demais quando lançou cartão de relacionamento que possibilita conhecer os hábitos do consumidor. Casas Bahia atua no segmento de comércio de eletro-eletrônicos, móveis e utilidades para o lar. Atua fortemente no mercado buscando atender as necessidades dos clientes de baixa renda. Seus encartes mostram o preço das parcelas a serem pagas e os clientes não se preocupam com o preço. Procura expandir em locais e cidades com novas avenidas e em loteamentos e conjuntos habitacionais em construção. Verifica se a região tem potencial para crescer, busca imóvel próximo a locais de grande circulação, praça movimentada, muitos ônibus circulando perto de terminais e um centro comercial.. Para recuperar clientes, perdoa dívidas de inadimplentes, miram os consumidores de baixa renda. Chega nos pontos estratégicos antes dos concorrentes. Lojas Americanas surgiu em 1929 de uma visão empreendedora que seu proprietário visitando o Rio de Janeiro identificou funcionários públicos e militares com renda estável e salários modestos que precisam de local para fazer suas compras. Seu modelo de negócios era único e inovador na América Latina aonde vários tipos de mercadoria eram oferecidos a preços populares e utilizou como slogan Nada além de 2 mil réis. Sua expansão foi rápida e em menos de um ano mais unidades foram inauguradas culminando com a abertura do seu capital como sociedade anônima em 1940. Na década de 90 a Lojas Americanas se deparou com inúmeras ações em torno do segmento de supermercados e após várias negociações com as multinacionais resolveu abandonar o segmento supermercadista. A empresa começa o novo milênio com uma agressiva investida no e-commerce brasileiro como acionista da Americanas.com e mais de 90 lojas em todo país. Casas Sendas compreende atualmente 69 lojas, subdivididas de acordo com a quantidade e a variedade de produtos: Desde 1960, o Grupo Sendas vem se dedicando ao treinamento dos funcionários para atendê-lo o clientes cada vez melhor. A expansão é o objetivo principal para maior conveniência para o consumidor. Procura diferenciar-se na qualidade e no menor preço e estar cada dia mais perto do cliente oferecendo-lhes o melhor. Na divisão de hipermercado, tem o objetivo de oferecer tudo o que o Cliente procura, pelo menor preço, todos os dias do ano. Busca oferecer a maior variedade de produtos alimentícios e eletroeletrônicos com alto padrão de qualidade e também um conjunto de serviços para tornar a vida dos clientes mais fácil. No segmento de material de construção, comercializa todos os produtos de acabamento. Tudo que o cliente precisa para construir ou reformar. O serviço Delivery é um sistema prático de compras que proporciona a maior comodidade para os clientes fazerem suas compras através de telefone, fax ou Internet, e recebe os produtos de sua preferência com a mesma qualidade que o cliente já está acostumado. Inovou criando o espaço Gourmet para oferecer aos seus clientes mais um serviço diferenciado onde o cliente pode encontrar a melhor seleção de produtos importados e sofisticados. Através de parceira, a Sendas vai a qualquer lugar do mundo para trazer o melhor para seu cliente. Atua também no segmento de drogarias junto com suas lojas para tentar atender todas as necessidades dos clientes, como complemento aos serviços oferecidos pelas lojas, com o objetivo de trazer maior conforto e comodidade a seus clientes. Procura oferecer grande variedade de produtos, medicamentos com até 50% de desconto, pagamento facilitado, estacionamento grátis, entrega em domicílio, com profissionais treinados. Ponto Frio conta com mais de 50 anos de tradição, o sucesso é da construção de uma credibilidade no setor. Pode-se afirmar que sua história confunde-se, muitas vezes, com a própria história da atividade comercial do país e ficou conhecida por adotar o sistema de crediário no Brasil. Investiu fortemente na informática para atender melhor o cliente e atua com mais de trezentas e cinqüenta lojas, utilizou a propaganda e o marketing em larga escala para alavancar suas vendas. Usam como slogan ser uma empresa forte, ágil e agressiva. E que é uma grande família, unida em ideais comuns há mais de 50 anos. Desde sua primeira loja até os dias de hoje, atuando também na internet, diz que seu sucesso é devido ao compromisso com o cliente. Procura diferenciar-se no atendimento humano, amigo e, sobretudo, honesto. Investiu em tecnologias de ponta, mas tem como premissa básica que não se pode esquecer do ser humano. Dizem que este é o segredo do Ponto Frio: há mais de cinqüenta anos investimos muito nos nossos clientes, na equipe e nos nossos fornecedores. A história do Bompreço começou em 1935, com uma pequena mercearia, porém com sortimento adequado para as necessidades da população local. Estava lançada a semente de uma grande rede de supermercados. Em meados de 40 ampliou suas instalações mudando de localidade. Em meados 1950 expande com um armazém de secos e molhados e começa a abertura de filiais. Em 1962, buscando novos rumos implantou, um supermercado com a finalidade de ser um piloto e uma escola para a modalidade do auto-serviço. Essa nova e promissora forma de comércio despontava pelo Brasil. Em busca de horizontes mais amplos para se desenvolver, amplia as regiões atendidas e passa a atuar como supermercado e hipermercado. Na década de 70, período de grande expansão, passar a atuar em outros estados. Com o objetivo de estimular o contato com o público, foi criado em 1982 o Centro do Cliente, sistema pioneiro na área de varejo no País, que se constituía como um espaço aberto aos consumidores para o envio de sugestões, reclamações ou elogios aos serviços e produtos da empresa. Nos anos 80, instalou o primeiro supermercado brasileiro totalmente automatizado com PDVs e scanners de leitura ótica, assumindo a vanguarda no campo da automação comercial no Brasil. Na década de 90 passa a se uma sociedade de capital aberto tendo suas ações comercializadas no Brasil, Europa e nos Estados Unidos. Formaliza aliança estratégica com grupos internacionais de varejo, com o objetivo da consolidação da posição de liderança da empresa nas regiões Nordeste e Norte do Brasil.Expande incorporando outra rede à sua marca. Atua no segmento de supermercados, hipermercados e magazines. E uma das maiores cadeias do varejo no Brasil. Preocupados com os clientes, procura oferecer melhor atendimento, excelente qualidade e prestação de serviços, nível de seleção e qualidade de produto pelo preço justo. A permanente atualização, a evolução e as inovações tecnológicas, conjugadas à qualificação e valorização dos recursos humanos do Grupo são fundamentais para a continuidade desse padrão de alto nível. Aos nossos funcionários, oferecemos condições favoráveis à sua promoção profissional, que os motivem a manter esse padrão, com eficiência e produtividade. Comprometidos com o alto padrão de retorno aos investimentos dos acionistas são rigorosos nos gastos e intolerantes com o desperdício. Considerações Finais O objetivo estratégico representa tudo que é vital para uma organização ou unidades de negócios, para manter sua capacidade competitiva e incrementar suas vantagens em relação aos concorrentes atuais ou futuros. Ao analisar as estratégias empresariais utilizadas pelas maiores e melhores empresas no comércio varejista para se observar como se pode podem chegar as maiores percebeu-se que, a primeira vista todas visam o foco no cliente que é o grande diferencial competitivo. Algumas são mais agressivas em campanhas e promoções outras inovam quando utilizam tecnologia de ponta, utilizam layout e mix de loja criativos e fazem parcerias para obter menores custos. Também ficou claro que na estratégia de diferenciação, expansão é fator predominante em todas empresas. Pode-se observar que algumas têm vantagens em relação aos seus concorrentes quando integram suas áreas como marcas próprias, centros de distribuição, call centers, bancos de dados, sistema de informações ERP, EDI, supply chain management. Observou-se nas empresas analisadas que as de sucesso centram foco no cliente, têm preocupação constante com a qualidade e geralmente conseguem se ajustar rapidamente às mudanças de mercado evidenciando agilidade organizacional. Verifica-se, também, que em algumas empresas analisadas a construção de alianças estratégicas foi de fundamental importância para seu sucesso e tem concorrido como fator a garantir vantagem competitiva, principalmente aos hipermercados e supermercados. Em vista disso pode-se concluir que a combinação de estratégia focada nos clientes, com direcionamento da estrutura da organização para o atendimento de suas necessidades deve ser referencial teórico importante para esse segmento. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AGIP, http://www.agip.com.br (20/04/2002) ANSOFF I. H.; McDONNELL, E. J. Implantando a Administração Estratégica. São Paulo: Atlas, 1993. BATEMAN, T. S. Administração Construindo Vantagem Competitiva. Tradução Celso A. Rimoli. São Paulo: Atlas, 1998. 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Mestre em Administração pelo Centro Universitário Moura Lacerda de Ribeirão Preto, Graduada em Ciências Contábeis e Administração, Professora Universitária dos Cursos Seqüenciais, Ciências Contábeis e Ciências Econômicas do Centro Universitário Moura Lacerda. E-mail: [email protected] ii Edgard Monforte Merlo Doutor e Mestre em Administração pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da USP FEA/USP – Professor de administração, atuando no Campus FEA-USP- Ribeirão Preto. Endereço: Av.dos Bandeirantes 3900 - CEP.14040-900 - Ribeirão Preto – SP – Brasil. Telefone (5516) 620.8824 E-mail: [email protected] iii Hermes Mendes Santos Mestre em Administração pela Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo (FEA/USP) - São Paulo – SP – Brasil. Gestor da Fundação de Pesquisas Científicas de Ribeirão Preto SP, Diretor da Global Focus Agência de Desenvolvimento Ltda. Endereço: Rua Plínio Salgado, 445 – CEP 05537-080 – São Paulo – SP - Brasil. Telefone: (55 11) 3744-7288, Fax: (5511)3771.4291. E-mail: [email protected]