Infecção urinária em adultos

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1. DEFINIÇÃO
Infecção de uma ou mais estruturas do sistema urinário, de etiologia bacteriana na maioria das
vezes. Podem ser classificadas de acordo com a localização anatômica (Tabela 1).
Tabela 1 – Classificação da infecção urinária
Trato urinário baixo
Uretrite
Cistite
Trato urinário superior
Pielonefrite
Abcesso renal ou perinefrético
Trato urinário acessório masculino
Prostatite
Epididimite / Orquite
Ainda podemos subdividir as infecções do trato urinário de acordo com critério de complexidade:

Infecção urinária não complicada: Mulher em idade reprodutiva, não grávida, sem histórico de
anormalidade anatômica ou funcional do trato urinário.

Infecção urinária complicada: Pacientes com trato gênito-urinário funcional, metabólica ou
anatomicamente alterado ou com patógenos multirresistentes.
2. INCIDÊNCIA NA UPA
A Infecção do Trato Urinário não complicada foi responsável por 5.246 atendimentos nas
unidades de pronto atendimento do Hospital Israelita Albert Einstein entre Janeiro e Outubro de 2014.
Destes atendimentos, 85% eram mulheres, e com idade entre 18 e 59 anos em 90% das vezes. Não há
dados quanto ao diagnóstico acurado de ITU complicada.
3. DIAGNÓSTICO
3.1 Critérios Clínicos de ITU
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Considerar o início abrupto dos sintomas a seguir: disúria, aumento da frequência miccional
(polaciúria), urgência miccional, hematúria. Deve-se excluir sintomas sugestivos de vaginite, infecção do
trato reprodutivo ou uretrite / prostatite.
A pielonefrite deverá ser uma hipótese quando houver dor lombar, febre, calafrios, náuseas e
vômitos, mesmo na ausência de sintomas de cistite.
São fatores de risco para ITU: genética, relação sexual recente – novo parceiro no último ano, uso
de diafragma com espermicidas e, especialmente, história de episódio prévio de ITU. Não há clara
relação com hábito miccional após relação sexual nem com o uso de métodos de barreira femininos sem
espermicida.
Exames complementares:

O dipstick (fita reagente de urina) não se mostrou superior em relação ao início imediato de
antibioticoterapia empírica quanto à melhora dos sintomas ou ao tempo para retorno para
mulheres com suspeita de cistite não complicada. Recomenda-se sua realização nos pacientes
com manifestações atípicas nas unidades avançadas.

ITUs não complicadas não necessitam de quaisquer exames de imagem; no entanto, a imagem
deve ser realizada se houver suspeita de uma ITU trato superior ou envolvimento sistêmico,
presença de anormalidades anatômicas que possam predispor ou determinar uma complicação
de ITU, e em pacientes com infecção recorrente ou ausência de resposta à terapia apropriada.

Na suspeita de pielonefrite, deve-se realizar hemograma, proteína C reativa, função renal/
eletrólitos, urina I com urocultura e hemoculturas. Deve-se solicitar também USG de rins e vias
urinárias.
3.2 Critérios microbiológicos de ITU
Urocultura positiva é tradicionalmente definida como 100.000 unidades formadoras de colônias
por mililitro (UFC/mL). Entretanto, mulheres com cistite frequentemente têm contagem de colônias mais
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baixas (100 - 10.000UFC/mL). Portanto, neste contexto clínico, a cultura de urina quando positiva é útil
para a identificação correta do patógeno e determinação da susceptibilidade aos antimicrobianos.
A análise de 5604 uroculturas positivas e provenientes dos setores de emergência do HIAE
permitiu identificar o perfil microbiológico e a resistência aos antimicrobianos em nossa população. Os
principais agentes etiológicos consistem essencialmente de bactérias sendo a Escherichia coli o
organismo infectante mais comum (71,6%); outros incluem Proteus mirabilis e Klebsiella pneumoniae
(que juntos perfazem 11,4%) (Tabela 2 e 3).
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Tabela 2 - Perfil microbiológico de 5604 culturas urinárias positivas provenientes dos
setores de emergência do HIAE, de Janeiro a Novembro de 2014.
Microorganismo
Escherichia coli
Proteus mirabilis
Klebsiella pneumoniae
Staphylococcus saprophyticus
Enterobacter aerogenes
Streptococcus agalactiae
Enterococcus faecalis
Citrobacter koseri
Outros
Incidência
71,6%
7,3%
4,1%
3,1%
1,8%
2,1%
1,8%
1,1%
4,0%
Tabela 3 - Sensibilidade a antimicrobianos dos principais agentes isolados em culturas urinárias
positivas provenientes dos setores de emergência do HIAE, de Janeiro a Novembro de 2014.
Escherichia coli*
Proteus
mirabilis**
Klebsiella
pneumoniae†
Staphylococcus
saprophyticus
Amox
Clav
87%
95%
Cefalot
Cefurox
Ciproflox
Nitrof
Norflox
SMT/TMP
52%
95%
96%
99%
91%
96%
95%
0%
91%
98%
72%
88%
89%
86%
89%
91%
10%
91%
86%
Sensibilidade considerada universal
*n > 4500; **n>416; †n>238; ‡dados na literatura com >90% de eficácia para todos os três agentes. Amox/Clav –
amoxicilina / clavulanato; Cefalot – cefalotina; Cefurox – Cefuroxima; Ciproflox – ciprofloxacina; Nitrof –
nitrofurantoína; Norflox – norfloxacina; SMT/TMP – sulfametoxazol trimetoprima. Fosfomicina – não testada
sensibilidade
4. TRATAMENTO
4.1 Tratamento ITU não complicada
As drogas recomendadas para o tratamento empírico da ITU estão nas Tabelas 4 e 5.
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Tabela 4 - Drogas de primeira escolha para tratamento empírico
Substância
Apresentação
Dose
Via
Frequência
Fosfomicina
Nitrofurantoína
envelope
cápsula
03 gramas
100mg
oral
oral
dose única
a cada 12h por 05 - 07 dias
Norfloxacino
comprimido
400mg
oral
a cada 12h por 03 - 07 dias
Tabela 5 - Drogas de segunda escolha para tratamento empírico
Substância
Apresentação
Dose
Via
Frequência
Ciprofloxacino
comprimido
250mg
oral
a cada 12h por 03 - 07 dias
Ciprofloxacino XR
comprimido
500mg
oral
ao dia por 03 - 07 dias
Cefuroxima
comprimido
250mg
oral
a cada 12h por 05 - 07 dias
Amoxicilina
clavulanato
/ comprimido
875 / 125mg
oral
a cada 12h por 05 - 07 dias
O SMT/TMP deverá apenas ser prescrito se houver urocultura recém-coletada que mostre
sensibilidade do microorganismo a este agente (Tabela 6). Nossa epidemiologia exclui a possibilidade de
uso empírico deste agente.
Tabela 6 - Uso do Sulfametoxazol /Trimetoprima
Substância
Apresentação
Dose
Via
Frequência
Sulfametoxazol
/Trimetoprima
comprimido
800 / 160mg
oral
a cada 12h por 05 - 07 dias
O início do tratamento de pielonefrite poderá ser feito com terapia endovenosa, porém em casos
selecionados há a possibilidade de tratamento via oral com retorno ambulatorial precoce, sendo o tempo
de tratamento de 10 a 14 dias (Tabela 7).
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Tabela 7 - Drogas de escolha para o tratamento da pielonefrite
Substância
Apresentação
Dose
Via
Frequência
Ciprofloxacino
bolsa
400mg
endovenoso
a cada 12 horas
Cefuroxima
frasco ampola
750mg
endovenoso
a cada 8 horas
Ceftriaxona
frasco ampola
1 grama
endovenoso
a cada 12 horas
Ciprofloxacino
comprimido
500mg
oral
a cada 12 horas
4.2 Detalhamento Infecção do Trato Urinário Complicada
O paciente diabético: não existem evidências de que a freqüência de ITU sintomática seja maior em
indivíduos diabéticos quando comparada a indivíduos normais do mesmo sexo e faixa etária.
Existem relatos de maior frequência de bacteriúria assintomática entre mulheres diabéticas. A
bacteriúria não se correlaciona com os níveis de hemoglobina glicosilada, e, portanto com o controle do
diabetes, mas a presença de infecção certamente compromete tal controle. Diversas alterações nos
mecanismos de defesa do hospedeiro diabético o tornam mais suscetível às complicações decorrentes
de ITU como: defeito no poder quimioterápico e fagocítico dos leucócitos polimorfonucleares devido ao
ambiente hiperosmolar; doença microvascular levando à isquemia tecidual local e fraca mobilização
leucocitária e por fim, a neuropatia vesical (bexiga neurogênica).
Certas complicações clínicas como pielonefrite enfisematosa (90% dos casos são diabéticos),
abscesso perinéfrico e necrose papilar são muito mais comuns entre os diabéticos.
É importante avaliar o paciente para descompensação da doença de base e considerar a
possibilidade de ITU de repetição e disfunção vesical, com possível indicação de internação em casos de
pielonefrite. Caso não haja internação, faz-se necessário acertar o retorno precoce ambulatorial e
considerar a realização de terapia antimicrobiana endovenosa ambulatorial.
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Grávidas: A partir da sexta semana de gestação, existe a dilatação da pelve renal e ureter, secundária a
alteração hormonal, aumento da complacência vesical, hipotonia do sistema coletor, maior produção de
urina, presença de glicose e aminoácidos na urina e mudança para pH urinário mais alcalino, sendo tal
conjunto, responsável por maior incidência de ITU. O achado de dilatação ureteral leve na
ultrassonografia não deve ser valorizado se não houver sinais e sintomas ou antecedente de litíase renal.
Pode haver dilatação maior à direita pela mais comum dextrorotação uterina (perfazem 90% com
dilatação à direita e 10%, à esquerda). Até 30% das mulheres grávidas com bacteriúria assintomática (2 a
10% das gestantes) podem tornar-se sintomáticas e o seu tratamento precoce é importante, pois diminui
a incidência de pielonefrite e de recém-nascidos de baixo peso.
O diagnóstico é feito com duas
uroculturas com mais de 100.000UFC/mL, porém resultados com 100UFC/ml confirmam diagnóstico de
cistite complicada se houver sintomas ou de bacteriúria assintomática se a coleta foi feita mediante
cateterização. O controle de cura com nova urocultura é obrigatório. A literatura relata o agente causador
como E. coli em 80% dos casos.
O tratamento não pode ser feito com quinolonas (gravidez classe C - estudos animais mostram
efeitos adversos para o feto - nefrotoxicidade). É contraindicado o uso de nitrofurantoína (hemólise em
deficientes de G6PD) e sulfas no final da gestação (risco de kernicterus no neonato). O trimetoprim
também é contra indicado pelo risco de redução da produção de ácido folínico (Tabela 8).
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Tabela 8 - Opções terapêuticas para grávidas
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Dose
Via
Frequência
Fosfomicina (para cistite)
envelope
3g
oral
dose única
Cefalexina (para bacteriúria comprimido
assintomática ou cistite)
500mg
oral
6/ 6 horas, 7 dias
Cefuroxima (para cistite)
comprimido
250mg
oral
8/ 8 horas, 7 dias
Cefalexina (para pielonefrite)
comprimido
500mg
oral
6/ 6 horas, 14 dias
Cefuroxima (para pielonefrite)
comprimido
750mg
oral
8/ 8 horas, 14 dias
Cefazolina (para pielonefrite)
ampola
1g
endovenosa
6/ 6 horas
Ceftriaxona
ampola
1g
endovenosa
12/12 horas
Nitrofurantoína* (para cistite)
cápsula
100mg
oral
12/12 horas
*contraindicada no final da gestação
Homens: Evento raro antes dos 50 anos e os sintomas podem confundir-se com uretrite, inclusive com
secreção peniana purulenta sendo a urocultura imperativa. Não foi detectado benefício em tratamentos
por mais de 07 dias para as cistites. Deve-se avaliar presença de anormalidades anatômicas, cálculo,
instrumentação urinária ou cirurgia recente, porém com o paciente estável e sem suspeita de obstrução
do trato urinário, tal investigação envolvendo exames de imagem poderá ser de âmbito ambulatorial
(Quadro 1).
O diagnóstico diferencial com prostatite deve ser feito quando houver recorrência de sintomas,
febre ou hematúria - não há indicação de coleta de PSA ou realização de massagem prostática no âmbito
da Unidade de Pronto Atendimento. O tratamento, nesse caso, deve ser de 21-28 dias (Tabela 9).
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Quadro 1 - Condições predisponentes para ITU em homens
Diabete melito, Hiperplasia prostática benigna, ITU prévia.
Incontinência, Neoplasia de próstata, Doença Renal Crônica.
Estenose uretral, Cálculo, Lesão medula com disfunção vesical.
Prostatite
Causas menores: AVE, demência, esclerose múltipla, infecção pelo HIV, Refluxo vesicoureteral.
Tabela 9 - Opções terapêuticas para homens
Substância
Ciprofloxacino
Apresentação
comprimido
Dose
500mg
Via
oral
Frequência
12/12 horas, 07 dias
Cefuroxima
comprimido
500mg
oral
12/12 horas, 07 dias
Sulfametoxazol / Trimetoprima
(para prostatite)
Ciprofloxacino
(para prostatite)
comprimido
800/160mg
oral
comprimido
500mg
oral
12/12 horas, por 21 a 28
dias
12/12 horas, por 21 a 28
dias
Observação: Após instrumentação cirúrgica - considerar o uso de antimicrobiano que seja eficaz contra gram positivo.
Processos obstrutivos: A importância está em definir a existência ou não de obstrução, quer seja por
litíase, por neoplasia, má formação ou aumento prostático, com o apoio de exames de imagem. A diurese
poderá estar preservada e a creatinina normal e ainda assim haver urgência de desobstrução por tratarse de um foco infeccioso fechado. O fato da diurese e da creatinina estarem dentro do esperado para a
normalidade deve-se à função inalterada do rim contralateral. A via de administração do antimicrobiano
deverá ser preferencialmente endovenosa. Não será sempre necessário amplo espectro antimicrobiano,
mas sim doses corretas e otimizadas dos antibióticos normalmente utilizados para pielonefrite. O método
de imagem de escolha deverá ser inicialmente a ultrassonografia, e em caso de persistência da dúvida
diagnóstica deverá ser procedida à tomografia computadorizada sem uso de contraste endovenoso.
Imunossuprimidos:
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Transplante renal - diversos fatores contribuem para a ocorrência de ITU no pós-operatório imediato e
tardio e ao longo do tempo eles deixam de ser relacionados com o procedimento cirúrgico em si e
passam a ser mais devido à imunossupressão ou disfunção/ alteração anatômica. Além disso, múltiplos
agentes poderão estar implicados - incluindo vírus. No entanto, no Pronto Atendimento não será possível
realizar diagnósticos diferenciais complicados, então sugerimos que dois pontos principais sejam
contemplados: terapia antimicrobiana adequada e coleta de exame de função renal e culturas. Esses
pacientes são especialmente sensíveis à desidratação e podem apresentar-se com pielonefrite apenas
cursando com sintomas de dor ou desconforto na topografia do enxerto renal.
Neutropenia febril: deve-se proceder à terapia antimicrobiana de amplo espectro mesmo sem
evidência de foco infeccioso, caso haja sinais ou sintomas urinários – optar por completar a investigação
com urocultura, exame de urina, hemoculturas, hemograma, proteína C reativa, uréia, creatinina, sódio,
potássio, magnésio, fósforo, cálcio iônico, ácido úrico e gasometria venosa (demais exames de acordo
com o quadro clínico). A terapia entimicrobiana deverá ser decidida individualizando os casos.
ITU repetição: A história clínica é fundamental para tal diagnóstico (Tabela 10). Devem obrigatoriamente
realizar exame de urina I e urocultura a cada suspeita de ITU e se houver história de doença renal
crônica ou motivos para lesão renal aguda (desidratação, por exemplo) os exames devem ser
complementados com função renal e eletrólitos (Cr, U, Na, K, gasometria venosa). Tais pacientes
frequentemente têm culturas prévias que devem ser checadas e auxiliarão na definição do
antimicrobiano.
Tabela 10 - Conceitos de ITU
Recaída
Reinfecção
Após terapia, com o mesmo patógeno isolado em urocultura.
Após 02 semanas do fim da terapia, com o mesmo ou diferente patógeno
isolado em urocultura.
Repetição
02 episódios em 06 meses ou 03 episódios em 01 ano
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Disfunção vesical/ presença de sonda vesical de demora ou de alívio: Uroulturas com mais de
1.000UFC/ml são consideradas positivas na presença de sinais e sintomas de ITU, porém culturas com
mais de 100.000UFC/ml podem ser consideradas como bacteriúria assintomática em pacientes sem
sintomas. Assim, a clínica é a grande responsável pela diferenciação desses casos e determinação
daqueles que terão terapia antimicrobiana indicada. Notar que nem o odor, nem piúria e nem a
característica de turvação da urina na bolsa coletora são preditivos de ITU. Valorizar febre, desconforto
supra-púbico, dor costo-vertebral (Sinal de Giordano positivo) ou no flanco e obstrução da sonda. Até 48
horas da retirada dos dispositivos uretrais/ vesicais, a ITU é considerada complicada. Em casos de sepse
sem foco definido, qualquer alteração deve ser valorizada e tratada.
Como os agentes causadores dessa infecção nessa população são diferentes do padrão
encontrado na comunidade, sugere-se individualizar o tratamento com culturas prévias, porém o manejo
empírico inicial pode ser feito com ceftriaxone, ou ciprofloxacina. O tempo de tratamento deve ser entre
07 e 14 dias e a SVD deve ser trocada se seu tempo de uso for maior que 02 semanas. Não tirar a sonda
no Pronto Atendimento sem uma avaliação cuidadosa de como ela será repassada - é possível que a
passagem seja complicada por fatores urológicos próprios do paciente e o cirurgião responsável deve ser
oportunamente avisado da necessidade da troca.
Doença renal crônica (DRC) / Lesão renal aguda (LRA): Em ambas as situações, existe maior risco de
piora da função renal e necessidade eventual de terapia de substituição renal, assim é proposta a coleta
de exames além de urocultura e urina I.
DRC - Pacientes com alteração da função renal sem a necessidade de terapia de substituição renal e
diagnóstico de ITU é necessário calcular o clearance de creatinina conforme fórmula (vide link
www.mdrd.com – usar creatinina em mg/dL) para ajuste de dose do antimicrobiano (Tabela 11), checar
eventual piora de função renal, eletrólitos e gasometria venosa. Em pacientes em terapias dialíticas
(hemodiálise ou diálise peritonial) pode haver infecção de urina mesmo naqueles que se apresentam
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oligoanúricos. No caso de infecção sem foco definido, sugere-se coleta de amostra de urina por
sondagem de alívio.
LRA - Pacientes que refiram problemas renais prévios como, por exemplo, pielonefrite complicada com
litíase, necessidade de diálise não mantida, nefrite ou outros antecedentes de doença renal, devem ser
suspeitos de piora circunstancial da função renal e deve-se sempre coletar a função renal, eletrólitos e
gasometria venosa.
Importante: a dose inicial intravenosa em casos de sepse (com ou sem critérios para sepse grave) ou
choque séptico não deverá ser corrigida, mesmo na presença de lesão renal.
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Tabela 11 - Doses corrigidas para o clearance dos principais antimicrobianos usados na ITU
Substância
Fosfomicina
Cefalexina
Apresentação
envelope
comprimido
Dose
03 gramas
500mg
Via
oral
oral
Cefalotina
frasco ampola
01 grama
endovenosa
SulfametoxazolTrimetoprima
comprimido
800-160mg
oral
Nitrofurantoína
cápsulas
100mg
oral
Ciprofloxacino
comprimido
500mg
oral
Ciprofloxacino
bolsa
400mg
endovenosa
Cefuroxima
Cefuroxima
comprimido
frasco ampola
250mg
750mg
oral
endovenosa
Ceftriaxona
frasco ampola
01 grama
2
Cl - clearance de creatinina (ml/min/m ).
endovenosa
Frequência
dose única sem correção
A cada 6 horas
Cl 10 a 50 - a cada 8 a 12 horas
Cl < 10 - a cada 12 horas
A cada 4 a 6 horas
Cl 10 a 50 - a cada 6 a 8 horas
Cl < 10 - a cada 12 horas
A cada 12 horas
Cl 10 a 50 - a cada 18 horas
Cl < 10 - a cada 24 a 48 horas
A cada 6 horas
Contraindicada na Insuficiência
Renal
A cada 12 horas
Cl< 10 - a cada 24 horas
A cada 08 ou 12 horas
Cl < 10 - a cada 24 horas
A cada 12 horas
A cada 8 horas
Cl 10 a 20 - a cada 12 horas
Cl < 10 - a cada 24 horas
a cada 12 horas
Escore de Risco: o quadro infeccioso deve apresentar melhora ao menos parcial em 48 - 72h do início do
tratamento, sendo comum na prática clínica a verificação da melhora em até 24h. O próprio diagnóstico
de ITU complicada já incorre em maior risco de complicações de sepse / choque séptico.
5. FLUXOGRAMA
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Infecção urinária em adultos
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Infecção urinária em adultos
Tabela 12 - Particularidades no manejo da ITU complicada
Diabéticos
Gestantes
Avaliar descompensação glicêmica. Se paciente com glicosimetria alterada,
rever necessidade de complementar com exames laboratoriais que avaliem
infecção sistêmica e função renal.
Tratar sempre bacteriúria assintomática,
USG de rins e vias urinárias se suspeita de pielonefrite.
Homens
Tratar bacteriúria assintomática se procedimento cirúrgico urológico
programado.
USG de rins e vias urinárias e USG de próstata.
Caso haja suspeita de prostatite: tempo de tratamento 21 a 28 dias
Não coletar PSA ou realizar massagem prostática.
Obstrução
Na suspeita de obstrução concomitante, iniciar investigação com USG rins
e vias urinárias (também USG de próstata em homens). Caso haja
persistência da dúvida diagnóstica, solicitar tomografia computadorizada
sem contraste.
Imunossuprimidos Atentar para terapia antimicrobiana individualizada.
Solicitar USG de rins e vias urinárias.
Receptores
de Coleta de urina, urocultura e Cr.
Transplante renal
Comparar com Cr prévia. Se houver alterações, ampliar investigação com
USG do enxerto renal.
ITU repetição
Atentar para culturas prévias ao escolher a terapia antimicrobiana.
Coleta de urina I e urocultura.
Disfunção vesical / Sinais e sintomas típicos ou inespecíficos podem determinar diagnóstico
uso
de
sonda mesmo com uroculturas com contagens abaixo de 100.000 UFC/ml; e a
vesical de demora presença de uroculturas positivas não necessariamente determina a
necessidade de terapia antimicrobiana.
Culturas prévias podem ajudar.
DRC
Se febre de etiologia indeterminada em pacientes oligoanúricos, realizar
sondagem vesical de alívio para avaliar foco urinário.
Coleta de exames em paciente com DRC conhecida em tratamento
conservador ou em pacientes dialíticos: Ur / Cr / Na / K / gasometria venosa
(ou perfil emergência com medida de Cr), além de hemograma, urina I e
urocultura.
Se optado por tratamento via oral, ambulatorial, atentar para dose de
antimicrobianos.
LRA
Ur / Cr / Na / K / gasometria venosa (ou perfil emergência com medida de
Cr), além de hemograma, urina I e urocultura.
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Infecção urinária em adultos
6. MEDIDA DE QUALIDADE

Coleta de urocultura em todos os casos em que haja prescrição de antimicrobianos.

Adequação da prescrição dos antimicrobianos dentre aqueles listados como primeira escolha, e
caso haja opção por antimicrobiano de segunda escolha, presença de resgistro adequado da
justificativa no prontuário.
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. Hooton TM. Recurrent urinary tract infection in women. Int J Antimicrob Agents. 2001
Apr;17(4):259-68.
2. Bent S, Nallamothu BK, Simel DL, Fihn SD, Saint S. Does this woman have an acute
uncomplicated urinary tract infection? JAMA. 2002 May 22-29;287(20):2701-10.
3. Foxman B, Brown P. Epidemiology of urinary tract infections: transmission and risk factors,
incidence, and costs. Infect Dis Clin North Am. 2003 Jun;17(2):227-41.
4. Gupta K, Hooton TM, Naber KG, Wullt B, Colgan R, Miller LG, Moran GJ, Nicolle LE, Raz R,
Schaeffer AJ, Soper DE; Infectious Diseases Society of America; European Society for
Microbiology and Infectious Diseases. International clinical practice guidelines for the treatment of
acute uncomplicated cystitis and pyelonephritis in women: A 2010 update by the Infectious
Diseases Society of America and the European Society for Microbiology and Infectious Diseases.
Clin Infect Dis. 2011 Mar 1;52(5):e103-20. doi: 10.1093/cid/ciq257.
5. Hooton TM. Clinical practice. Uncomplicated urinary tract infection. N Engl J Med. 2012 Mar
15;366(11):1028-37. doi: 10.1056/NEJMcp1104429.
6. Tekgül S, Riedmiller H, Hoebeke P, Kočvara R, Nijman RJ, Radmayr C, Stein R, Dogan HS;
European Association of Urology. EAU guidelines on vesicoureteral reflux in children. Eur Urol.
2012 Sep;62(3):534-42. doi: 10.1016/j.eururo.2012.05.059.
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Infecção urinária em adultos
7. Meister L, Morley EJ, Scheer D, Sinert R. History and physical examination plus laboratory testing
for the diagnosis of adult female urinary tract infection. Acad Emerg Med. 2013 Jul;20(7):631-45.
doi: 10.1111/acem.12171.
8. Mazzulli, T. Diagnosis and Management of Simple and Complicated Urinary Tract Infections. Can J
Urol 2012; 19(1): 42 - 48.
9. Heilberg, IT; Schor, N. Abordagem diagnóstica e terapêutica na Infecção do Trato Urinário. Rev
Assoc Med Bras 2003; 49(1): 109 – 116.
10. Nicolle, LE; Bradley, S; Colgan, R; Rice, JC; Schaeffer, A; Hooton, TM. Infectious Diseases
Society of America Guidelines for Diagnosis and Treatment of Asymptomatic Bacteriuria in Adults.
Clinical Infectious Diseases 2005; 40: 643 – 654.
11. Drekonja, DM; Rector, TS; Cutting, A; Johson, JR. Urinary Tract Infection in Male Veterans:
Treatment Patterns and Outcomes. JAMA Intern Med 2013; 171(1): 62 – 68.
12. Souza, RM; Olsburgh, J. Urinary Tract Infection in the Renal Transplant Recipient. Nature Clinical
Practice Nephrology 2008; 4(5): 252 – 264
8. ELABORAÇÃO DESTE DOCUMENTO
Autores: Maria Lucia B. Piruzeli, Patricia T. Goldenstein, Morad Amar, Victor Faria Seabra, Henrique Pott
Jr., Mauro Iervolino, Mauricio Alchorne, Luci Correa e Marines Dalla Valle Martino.
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Infecção urinária em adultos
Adendo: Bacteriúria assintomática (BA) e Piúria - definições e implicações práticas
As taxas de bacteriúria assintomática (BA) na população são estimadas em 3 a 8% em mulheres
pré-menopausa e 4 a 43% nas pós-menopausa.
Os grupos com evidência para tratamento da BA são: o de grávidas e o de homens que serão
submetidos a procedimento urológico envolvendo ressecção prostática transuretral ou de indivíduos em
que procedimento cirúrgico tenha previsão de sangramento (Quadro 2).
Quadro 2 - Condições que não justificam o tratamento da BA
Mulheres não grávidas e na pré-menopausa ou menopausa.
Mulheres diabéticas.
Idosos, independente de serem ou não institucionalizados.
Paciente com lesão espinhal e alteração funcione da bexiga
Pacientes com sondagem vesical de demora sem sintomas.*
Pacientes transplantados - órgãos sólidos
A piúria é definida como a presença de mais de 10 leucócitos por campo de grande aumentou ou
mais de 1.0000 leucócitos/ ml (varia de acordo com o padrão laboratorial).
Sua presença fala a favor de infecção (tuberculose, doença sexualmente transmissível - clamídia/
gonococo), porém pode refletir, por exemplo, glomerulopatias ou nefrites túbulo-intersticiais e até mesmo
litíase. Ainda, pode ter significado incerto em vários casos (Tabela 13).
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Infecção urinária em adultos
Tabela 13 - Incidência combinada de piúria e BA
População
Mulheres jovens
Diabéticas
Pacientes em diálise
Grávidas
Idosos
Sondagem vesical
Incidência
32%
70%
90%
30 a 70%
90%
Longa duração 50 – 100%
Curta duração 30 – 75%
A combinação de piúria com bacteriúria assintomática não deve mudar o tratamento proposto. A
apresentação clínica é a responsável por reclassificar um caso de BA em cistite ou pielonefrite e
determinar o tratamento.
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Infecção urinária em adultos
CISTITE NÃO COMPLICADA – MULHERES
ORIENTAÇÕES PÓS ALTA HOSPITALAR
Informações sobre a doença
Você foi diagnosticada com infecção urinária, e o que você sente é a reação do corpo a presença de
agentes microbianos na urina, em sua maioria bactérias. Isso trará incomodo miccional que, com o curso do
tratamento, será resolvido.
São esperados os seguintes sintomas: dor ao urinar, urina de coloração mais escura e odor fétido. Pode
haver ainda aumento da frequência de micções e sensação de esvaziamento incompleto da bexiga, além de dor
supra-púbica. Um pouco de sangue pode estar presente na urina ou voce poderá notar sua presença durante a
higiene habitual.
Sobre o tratamento
É essencial para a sua melhora mais rápida: hidratar-se, mantendo fluxo urinário claro e abundante e evitar
longos períodos sem urinar.
É recomendável evitar o uso de método contraceptivo que utilize espermicidas (diafragma ou condom).
Caso tenha sido coletada amostra de urina em sua consulta na unidade de pronto atendimento, é essencial
que ela seja vista por um médico - solicite senha para checar o exame, ele é o resultado de um método que avalia
qual microorganismo causou seus sintomas e permite muitas vezes adequar sua medicação, no entanto
ressaltamos que o processo leva ao menos 48 horas para fornecer algum resultado.
Caso haja sintomas de alteração do conteúdo vaginal/ corrimento, uma visita ao seu ginecologista deverá
ser planejada. Guarde consigo a informação de quando foi seu último episódio de infecção urinária e qual
medicação foi usada - isso vai ser importante se as infecções se repetirem.
Retorne com seu médico ou ao pronto atendimento se:
Começar a ter febre, dor nas costas, calafrios, mal estar excessivo, tonturas, diminuição do volume de urina
apesar de boa hidratação, persistencia de náuseas e vômitos (impedindo ou dificultando, inclusive, a tomada
adequada de sua prescrição de antimicrobiano).
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RESUMO
Descrição em forma de resumo para acesso em meios alternativos de conectividade como tablets ou celulares
ANEXOS
DOCUMENTOS RELACIONADOS
DESCRIÇÃO RESUMIDA DA REVISÃO
00
Elda Maria Stafuzza Gonçalves Pires (01/06/2015 10:47:33 AM) - Diretriz de atendimento UPAs.
Elda Maria Stafuzza Gonçalves Pires (21/08/2015 07:48:21 AM) - Revisão de formatação
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