porte às Síndrome Gripal – Diretrizes para o diagnóstico e tratamento

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Síndrome Gripal – Diretrizes para o diagnóstico e tratamento
TE-5
porte às Síndrome Gripal – Diretrizes para o diagnóstico e tratamento
1. DEFINIÇÃO
Síndrome Gripal
Indivíduo que apresente febre de início súbito (mesmo que referida) acompanhada de tosse ou
dor de garganta e pelo menos um dos seguintes sintomas: cefaleia, mialgia ou artralgia, na ausência
de outro diagnóstico específico.
Nas crianças menores de 2 anos, define-se síndrome gripal a febre de início súbito (mesmo
que referida) e sintomas respiratórios (tosse, coriza e obstrução nasal), na ausência de outro
diagnóstico específico.
Outros sintomas associados: calafrios, mal-estar, prostração, rinorréia, tosse seca. Podem
ainda estar presentes com menor frequência: diarreia, vômito, fadiga, rouquidão, hiperemia
conjuntival.
Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG)
Indivíduo de qualquer idade, com Síndrome Gripal (conforme definição acima) e que apresente
dispneia ou os seguintes sinais de gravidade:
• Saturação de SatO2 < 95% em ar ambiente;
• Sinais de desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória avaliada de acordo
com idade;
• Piora das condições clinicas da doença de base;
• Hipotensão em relação à pressão arterial habitual do paciente.
Em crianças, além dos itens acima, observar também batimento de asa de nariz, cianose,
tiragem intercostal, desidratação e inapetência.
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2. INCIDÊNCIA UPA
Em 2013, foram notificados no Brasil 36.134 casos de SRAG, destes 16,4% foram
confirmados para influenza. Nas Unidades de Pronto Atendimento do HIAE, em 2013, os casos de
infecção de via aérea superior foram responsáveis por aproximadamente 27% dos atendimentos,
sendo 4% confirmados para influenza.
3. DIAGNÓSTICO
3.1. Quadro clínico
O período de incubação habitual do vírus é de 1 a 4 dias (média de 2 dias) e o indivíduo
infectado elimina o vírus nas secreções respiratórias 1 dia antes até 5 dias após o surgimento dos
sintomas iniciais. As crianças, sobretudo lactentes, podem continuar transmitindo o vírus por até 10
dias, e imunossuprimidos tais como pacientes transplantados, em tratamento quimioterápico ou com
a síndrome da imunodeficiência humana adquirida, podem eliminar o vírus até o tratamento
adequado da infecção.
Os sintomas relacionados à infecção pelo vírus Influenza são comuns a outros vírus
respiratórios. Habitualmente o paciente apresenta uma síndrome gripal associada à febre de início
abrupto, sendo esta mais comum em crianças que em adultos. A curva febril tende a normalizar a
partir do terceiro ou quarto dia de sintomas. A sua persistência pode significar a ocorrência de
complicações com pneumonite pelo próprio vírus ou coinfecção bacteriana. Sobretudo a tosse, fadiga
e astenia duram em média 2 semanas, podendo chegar a 6 semanas.
O diagnóstico baseado somente em dados clínicos não é possível, uma vez que outros
agentes infecciosos se manifestam com sintomas muito semelhantes, como adenovírus, vírus
sincicial respiratório, vírus parainfluenza, M.pneumoniae e Legionella pneumophila. Sendo assim,
dados epidemiológicos (períodos de surtos e/ou história de exposição a um caso confirmado da
doença) associados aos testes diagnósticos são fundamentais para o tratamento adequado dos
casos.
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3.2. Estratificação de risco
Frente a um caso suspeito de Influenza é importante diferenciar os paciente com Síndrome
Gripal daqueles com Síndrome Respiratória Aguda Grave. Essa distinção indica os casos com maior
mortalidade, determinando as melhores opções de conduta frente a cada situação.
Os principais sinais e sintomas de má evolução são:

Dispneia ou hipoxemia (SatO2 < 95%)

Persistência de febre por mais de três dias

Exacerbação de doença crônica pré-existente (principalmente cardiopatia ou
doença pulmonar)

Disfunção orgânica aguda (insuficiência renal, miocardite, etc.)

Alteração do sensório

Desidratação

Miosite com elevação de CPK > 2 a 3 vezes os valores normais
Embora mesmo indivíduos adultos jovens sem comorbidades possam desenvolver formas
graves da doença, existem condições que são fatores de risco para deterioração clínica, que
seguem abaixo:

Gestação e puerpério até 14 dias após o parto

Idosos ≥ 60 anos

Crianças < 2 anos

População indígena aldeada

Indivíduos < 19 anos em uso prolongado de ácido acetilsalicílico

Obesidade com IMC > 40

Imunossupressão relacionada a medicamentos ou HIV/SIDA

Doença respiratória crônica, incluindo asma
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
Doença sistêmica com repercussão clínica significativa (cardiopatias – exceto
hipertensão arterial, hepatopatias, nefropatias, diabetes mellitus, anemias
hemolíticas crônicas e outras doenças hematológicas crônicas)

Doença neuromuscular que aumente o risco de aspiração
3.3. Exames de imagem e testes laboratoriais
O hemograma costuma apresentar linfopenia; leucocitose e neutrofilia com desvio à esquerda
pode indicar infecção bacteriana associada. Provas de atividade inflamatória se alteram de maneira
inespecífica, não existindo valores de corte que diferenciem infecções virais ou bacterianas.
A radiografia de tórax pode ser normal nos casos leves, assim como apresentar infiltrado
intersticial bilateral ou consolidação alveolar localizada, não sendo, portanto útil na diferenciação de
etiologias. Derrame pleural é uma alteração pouco frequentemente associada à pneumonite pela
Influenza e quando presente se deve suspeitar de infecção bacteriana associada ou
descompensação de doença pré-existente. A tomografia de tórax embora visualize com maior
detalhe os infiltrados pulmonares também não é capaz de firmar diagnóstico etiológico.
3.4. Testes de pesquisa viral
Constituem a principal ferramenta para auxílio diagnóstico de casos suspeitos de Influenza.
Amostras de trato respiratório superior (esfregaço de nasofaringe) ou de vias aéreas inferiores
(lavado broncoalveolar) podem ser utilizadas para análise.
No HIAE dispomos de diferentes métodos diagnósticos, que dependendo da situação clínica
podem ser utilizados na UPA. Na tabela 1 estão sumarizados estes testes e suas principais
características.
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Tabela 1: Testes de pesquisa viral
Método
Exame
PESQUISA RÁPIDA DE
INFLUENZA A E B
Imunocromatografia
INFLUENZA A E B POR
IMUNOFLUORESCÊNCIA
Imunofluorescência
TRIAGEM DE VÍRUS
RESPIRATÓRIOS
Imunofluorescência
PCR PARA H1N1
PAINEL DE VÍRUS
RESPIRATÓRIOS POR
PCR
Reação de Polimerase
em cadeia (PCR)
PCR
seguida
por
identificação de array
de baixa densidade
Características
Identifica Influenza A e B
Sensibilidade 50-70%, Especificidade 95%.
Menor sensibilidade para Influenza A H1N1
Identifica Influenza A e B
Sensibilidade 70%, Especificidade 80%.
Menor sensibilidade para Influenza A H1N1
Mesmo método anterior
Identifica outros vírus respiratórios
Tempo
Identifica Influenza A sazonal e H1N1
72hs
Identifica 19 tipos de vírus respiratórios, dentre
os quais Influenza A, B e C, além dos
Influenza A H1N1 e H3N2
72hs
1h
24h
24h
Apesar de pouco acurado o teste rápido para influenza pode ser útil na tomada de decisão em
um paciente com baixa suspeita clínica baseada em dados epidemiológicos e de tratamento
ambulatorial. Para pacientes com Síndrome gripal com fator de risco e tratamento ambulatorial, podese oferecer a realização da pesquisa rápida de influenza A e B, e PCR para H1N1 se a pesquisa for
negativa.
Nos pacientes com critérios de gravidade em que se opte pelo tratamento hospitalar se deve
sempre utilizar os métodos mais acurados com detecção de RNA na busca de diagnóstico etiológico e
eventualmente evitar desperdício de antibioticoterapia em casos de pneumonite viral. Recomenda-se a
realização de painel de vírus respiratórios por PCR para os pacientes internados em UTI e semiintensiva, e a realização de triagem de vírus respiratórios e PCR para H1N1 se a triagem for negativa,
para os internados em apartamento (ver fluxograma, ítem 6).
Em situações epidêmicas de influenza o diagnóstico clínico associado à situação
epidemiológica pode dispensar a realização de testes diagnósticos, sobretudo nos pacientes de
tratamento ambulatorial e sem fatores de risco.
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Nos pacientes imunossuprimidos (transplantados, portadores de neoplasias hematológicas,
portadores de HIV/SIDA) é fundamental a realização da pesquisa viral, preferencialmente pelo método
do PCR.
5. TRATAMENTO
O tratamento precoce está relacionado à redução da duração dos sintomas, do risco de
complicações (otite, pneumonia, insuficiência respiratória), de morte e do tempo de hospitalização.
Deve-se iniciar o tratamento o mais precoce possível após o início dos sintomas, idealmente
nas primeiras 48 horas. Porém, em pacientes com fatores de risco ou SRAG, o antiviral ainda
apresenta benefício mesmo se iniciado após as 48hs do início dos sintomas. Não se deve aguardar o
resultado de exames diagnósticos para iniciar o tratamento caso a suspeição diagnóstica seja muito
importante ou quadro clínico moderado a grave ou ainda fatores de risco importantes. A história de
vacinação para gripe não afasta a possibilidade de infecção pelo vírus influenza.
Em pacientes sem fatores de risco, com influenza suspeito ou confirmado, o tratamento deve
ser considerado baseado no julgamento clínico e iniciado nas primeiras 48hs do surgimento dos
sintomas.
Para o paciente com pneumonia adquirida na comunidade, durante a temporada de influenza,
considerar o diagnóstico de pneumonite primária por influenza e pneumonia bacteriana secundária.
Para este paciente, deve-se introduzir antibioticoterapia seguindo protocolo de pneumonia e introduzir
terapia antiviral, além de realizar teste de pesquisa viral.
O tratamento é baseado no uso de antivirais (nesse caso, inibidores de neuraminidases). Os
disponíveis no Brasil para uso são (doses na Tabela 2):
• Oseltamivir (Tamiflu®): cápsula ou pó para suspensão via oral
• Zanamivir (Relenza® - não disponível em nossa farmácia): medicação inalatória (contraindicada em crianças menores de 5 anos e em pacientes com patologias pulmonares pelo
risco de broncoespasmo). Usada apenas em situações onde há impossibilidade de uso de
oseltamivir. Não pode ser utilizado em pacientes em ventilação mecânica.
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Tabela 2: Doses de antivirais na Síndrome Gripal
MEDICAÇÃO
FAIXA ETÁRIA
Oseltamivir
Adultos
ESQUEMA DE TRATAMENTO
75mg 12/12hs por 5 dias
Crianças maiores de Menos de 15kg
30mg 12/12hs por 5 dias
1 ano
15 a 23kg
45mg 12/12hs por 5 dias
23 a 40kg
60mg 12/12hs por 5 dias
Mais de 40kg
75mg 12/12hs por 5 dias
Crianças menores de Menos 3 meses
12mg 12/12hs por 5 dias
1 ano
3 a 5 meses
20mg 12/12hs por 5 dias
6 a 11 meses
25mg 12/12hs por 5 dias
Zanamivir
Adultos
10mg: duas inalações de 5mg
Crianças maiores de 7 anos
12/12hs por 5 dias
Os pacientes que apresentam vômitos até 1 hora após a ingestão do medicamento devem
receber dose adicional. Pacientes com gastroenterites associadas podem ter menor absorção da
medicação.
A correção para função renal deve ser feita da seguinte forma:
 Clearence de creatinina menor que 30 ml/min: dose reduzida à metade (75mg 24/24hs).
 Pacientes em hemodiálise: dose complementar de 30mg após cada sessão.
 Em diálise peritoneal: dose complementar de 30mg uma vez por semana.
Há um possível benefício com dose dobrada de medicação e tempo mais prolongado de
tratamento em casos graves e imunossuprimidos.
A terapia antiviral introduzida empiricamente pode ser suspensa se a pesquisa rápida ou
triagem de vírus respiratórios e o PCR para H1N1 forem negativos, e se o paciente está clinicamente
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bem. Se houver piora clínica, o mesmo deve ser reavaliado. Pode-se considerar o tratamento do
Influenza B,
5.2 Quimioprofilaxia
Os antivirais apresentam efetividade de 70 a 90% na prevenção de influenza e servem por
auxiliar a vacinação no controle da doença (doses na Tabela 3). A recomendação da quimioprofilaxia é
ser iniciada com no máximo 48hs da exposição (contato com pessoa ou amostra suspeita ou
confirmada de influenza). Alternativamente, a avaliação precoce e frequente de indivíduo exposto,
pode evitar o uso de antivirais. Se iniciar sintomas, avaliar tratamento.
As indicações de quimioprofilaxia são:
 Pessoas com risco elevado de complicações, não vacinadas ou vacinadas há menos de
duas semanas, após exposição a caso suspeito ou confirmado de influenza;
 Crianças com menos de 9 anos de idade, primovacinadas, necessitam de uma segunda
dose de vacina com intervalo de um mês para serem consideradas vacinadas. Aquelas com
condições ou fatores de risco, e que foram expostas a caso suspeito ou confirmado no
intervalo entre a primeira e a segunda dose ou com menos de duas semanas após a
segunda dose, deverão receber quimioprofilaxia se tiverem comorbidades ou se tiverem
menos de dois anos de idade;
 Pessoas com graves deficiências imunológicas ou outros fatores que possam interferir na
resposta a vacinação contra a influenza, após contato com pessoa com infecção;
 Profissionais de laboratório, não vacinados ou vacinados a menos de 15 dias, e que tenham
manipulado amostras clinicas de origem respiratória que contenham o vírus influenza sem
uso adequado de EPI;
 Trabalhadores de saúde, não vacinados ou vacinados a menos de 15 dias, e que estiveram
envolvidos na realização de procedimentos invasivos geradores de aerossóis ou na
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manipulação de secreções de caso suspeito ou confirmado de influenza, sem o uso
adequado de EPI;
 Residentes de alto risco em instituições fechadas e hospitais de longa permanência, durante
surtos na instituição. Nessa situação indica-se a profilaxia por pelo menos 2 semanas, até 1
semana após a identificação do último caso.
Tabela 3: Doses de antivirais na quimioprofilaxia
MEDICAÇÃO
FAIXA ETÁRIA
Oseltamivir
Adultos
ESQUEMA DE TRATAMENTO
75mg/dia por 7-10 dias
Crianças maiores Menos de 15kg
30mg/dia por 7-10 dias
de 1 ano
15 a 23kg
45mg/dia por 7-10 dias
23 a 40kg
60mg/dia por 7-10 dias
Mais de 40kg
75mg/dia por 7-10 dias
Crianças menores Menos 3 meses
Indicado apenas em caso crítico
de 1 ano
3mg/kg/dia por 7-10 dias
3 a 5 meses
6 a 11 meses
Zanamivir
Adultos
10mg: duas inalações de 5mg ao
Crianças maiores de 7 anos
dia por 7-10 dias
6. FLUXOGRAMA
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7. VACINAÇÃO
7.1. Sobre a vacina
É uma vacina de vírus fragmentado e inativado, composta pelos 3 principais vírus que deverão
circular no ano de sua administração (baseado em estudos populacionais). Deve ser realizada
anualmente e visa reduzir os casos graves e óbitos. Sua administração é intramuscular (doses na
Tabela 4), mas em pacientes com coagulopatia ou anticoagulados, a via subcutânea pode ser utilizada
(eficiência da vacina é menor por essa via). Ela pode ser administrada em concomitância a outras
vacinas, desde que em sítios diferentes.
O uso de imunossupressores ou radioterapia pode reduzir ou anular a resposta imunológica à
vacina. Sua administração deve ser adiada em caso de vigência de doença febril aguda moderada ou
grave. Os anticorpos são detectáveis cerca de 2 semanas após a vacinação, conferindo proteção.
Sintomas constitucionais leves e autolimitados (1-2 dias) podem surgir após a vacina.
Tabela 4: Doses da vacina de influenza, segundo faixa etária
IDADE
NUM. DE DOSES
VOLUME/DOSE
6 meses a 2 anos
2
0,25ml
3 a 8 anos
2
0,5ml
A partir dos 9 anos
Única
0,5ml
INTERVALO
No mínimo 3 semanas
7.2. Indicações
É recomendada para qualquer pessoa acima de 6 meses de idade.
E indicada prioritariamente para as pessoas de maior risco:
• trabalhadores de saúde que exercem suas atividades em unidades que fazem
atendimento de pacientes com suspeita ou confirmação de influenza;
• indivíduos acima de 60 anos;
• população indígena;
• crianças na faixa etária de 6 a 24 meses incompletos
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• gestantes em qualquer período gestacional
• mulheres no puerpério (até 45 dias após o parto)
• portadores de doenças crônicas
8. MEDIDAS COMPORTAMENTAIS
• Frequente higienização das mãos, principalmente antes de consumir algum alimento
• Utilizar lenço descartável para higiene nasal;
• Cobrir nariz e boca quando espirrar ou tossir;
• Evitar tocar mucosas de olhos, nariz e boca;
• Higienizar as mãos após tossir ou espirrar;
• Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talheres, pratos, copos ou garrafas;
• Manter os ambientes bem ventilados;
• Evitar contato próximo a pessoas que apresentem sinais ou sintomas de influenza.
• Evitar sair de casa em período de transmissão da doença;
• Evitar aglomerações e ambientes fechados (procurar manter os ambientes ventilados);
• Adotar hábitos saudáveis, como alimentação balanceada e ingestão de líquidos.
• Transmissibilidade do vírus pode acontecer desde 1 dia antes do início dos sintomas até 57 dias após. Crianças podem transmitir por mais tempo, mas sempre relacionado com a
produção de gotículas (tosse, espirros, coriza)
9. ATENDIMENTO DE CASOS SUSPEITOS
Deve-se estabelecer precauções para gotículas, além das precauções padrão:
• Uso de máscara cirúrgica ao entrar no quarto, a menos de 1 metro do paciente (substituí-la
a cada contato com o paciente);
• Higienização das mãos antes e depois de cada contato com o paciente (água e sabão ou
álcool gel);
• Uso de máscara cirúrgica no paciente durante transporte;
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• Limitar procedimentos indutores de aerossóis (intubação, sucção, nebulização);
• Uso de dispositivos de sucção fechados.
Para os casos de produção de aerossóis (intubação, nebulização, sucção):
• Uso de Equipamentos de Proteção Individual – EPI (avental e luvas, óculos e máscara
(respirador) tipo N95, N99, PFF2 ou PFF3) pelo profissional de saúde durante o
procedimento de assistência ao paciente;
• Manter paciente preferencialmente em quarto privativo;
• Uso de máscara (respirador) tipo N95, N99, PFF2 ou PFF3 pelo profissional de saúde ao
entrar no quarto;
• Uso de máscara cirúrgica no paciente durante transporte.
10. MEDIDAS DE QUALIDADE

Prescrição de antiviral para todos os pacientes com fatores de risco para complicações e/ou
internados, independente da data de início dos sintomas.

Pesquisa por imunofluorescência ou PCR em todos os pacientes internados.
11. REFERÊNCIAS
1. Protocolo
de
tratamento
de
influenza
2013
–
Ministério
da
saúde:
http://portalsaude.saude.gov.br/portalsaude/arquivos/pdf/2013/Ago/20/protocolo_influenza_ago13
_web.pdf
2. Informe técnico sobre a campanha de vacinação influenza 2013 – Ministério da saúde:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/informe_tecnico_campanha_influenza_2013_svs_pni.
pdf
3. US Centers for Disease Control and Prevention (CDC): www.cdc.gov/flu
4. Uyeki TM. Preventing and controlling influenza with available interventions. C Engl J Med 2014 Jan
22 [Epub ahead of print]
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Aprovado por
Elda Maria Stafuzza
Gonçalves Pires
Elda Maria Stafuzza
Gonçalves Pires
Data Aprovação
25/04/2014
Código Legado
Código do Documento
DOCUMENTO OFICIAL
Antonio Silva B.
Neto | Oscar
Fernando Pavao
dos Santos
Tipo Documental
DiretrizAssistencial
Título Documento
Síndrome Gripal – Diretrizes para o diagnóstico e tratamento
12. ELABORAÇÃO DESTE DOCUMENTO
Autores: Rafael Carraro, Luis Felipe Lopes Prada, Rodrigo Bomeny de Paulo
Revisores: Luci Correa, Fernando Gatti de Menezes
Grupo de Protocolos de Clínica Médica das Unidades de Pronto Atendimento: Fernando Ramos,
Marcelo Hisato, Tarso Accorsi, Zied Rasslan, Sylvia Waksman, Ricardo Casalin, Eduardo Segalla e
Mauro Iervolino.
Diretoria
Espécie
Especialidade
PRATICA MEDICA
ASSISTENCIAL
MEDICO
Status
Aprovado
Versão
2
Data Criação
Data Revisão
DI.ASS.29.2
10/02/2014
25/04/2014
Elaborador
Revisor
Parecerista
Aprovado por
Elda Maria Stafuzza
Gonçalves Pires
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Gonçalves Pires
Data Aprovação
25/04/2014
Código Legado
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DOCUMENTO OFICIAL
Antonio Silva B.
Neto | Oscar
Fernando Pavao
dos Santos
Tipo Documental
DiretrizAssistencial
Título Documento
Síndrome Gripal – Diretrizes para o diagnóstico e tratamento
SÍNDROME GRIPAL
ORIENTAÇÕES PÓS ALTA HOSPITALAR
Informações sobre a doença
A gripe é uma infecção das vias respiratórias causada pelo vírus Influenza.
Febre, mal estar, dor no corpo, dor de cabeça, perda do apetite, tosse, coriza, dor de garganta
são os sintomas mais comuns. Algumas pessoas, especialmente crianças, podem apresentar
náuseas, vômitos e diarreia. Estes sintomas duram, em geral, uma semana, podendo a tosse persistir
por mais tempo.
A transmissão deste vírus ocorre de uma pessoa a outra por meio de gotículas eliminadas ao
tossir ou espirrar. Por esta via os microrganismos disseminam-se pelo ar e infectam outras pessoas
que estejam próximas. Alguns indivíduos também podem se infectar ao tocar superfícies que contem o
vírus e posteriormente, tocar o nariz ou a boca com a mão contaminada.
Sobre o tratamento
Para a maioria das pessoas a gripe é uma doença autolimitada, isto é, ela desaparece após
alguns dias e medicações sintomáticas (analgésicos e antitérmicos) podem reduzir a intensidade dos
sintomas. Porém há um grupo de pessoas que tem maior probabilidade de desenvolver complicações
e a gripe deve ser tratada com a administração de drogas antivirais, mais comumente o Oseltamivir
(Tamiflu®).
Pessoas que tem maior risco de desenvolver complicações relacionadas à gripe: idade <2 anos
ou ≥ 60 anos, < 19 anos que façam uso crônico de aspirina, possuir doenças crônicas (pulmonar,
cardíaca, renal crônica, insuficiência renal crônica, hematológica), diabetes mellitus, imunossupressão
primária ou adquirida, gestantes ou portadores de obesidade mórbida.
Diretoria
Espécie
Especialidade
PRATICA MEDICA
ASSISTENCIAL
MEDICO
Status
Aprovado
Versão
2
Data Criação
Data Revisão
DI.ASS.29.2
10/02/2014
25/04/2014
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Elda Maria Stafuzza
Gonçalves Pires
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25/04/2014
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Antonio Silva B.
Neto | Oscar
Fernando Pavao
dos Santos
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DiretrizAssistencial
Título Documento
Síndrome Gripal – Diretrizes para o diagnóstico e tratamento
Instruções para a casa
Permaneça em repouso até se sentir melhor. É recomendado que você permaneça em
repouso enquanto apresentar febre (desaparecimento da febre sem uso de antitérmicos, ex.
Paracetamol). Tome líquidos com frequência. Evite contato próximo com pessoas. Evite tocar olhos,
nariz ou boca. Mantenha o ambiente da sua casa bem ventilado. Lave as mãos com água e sabão
com frequência ou use gel alcoólico, especialmente após tossir ou espirrar. Cubra a sua boca e o nariz
com um lenço de papel ao tossir ou espirrar e depois jogue este papel no lixo. Fique atento a sua
“curva térmica”, medindo a sua temperatura corporal axilar, no mínimo, uma vez ao dia.
Retorne com seu médico ou ao pronto atendimento se:
Houver piora dos sintomas, tais como persistência por mais de 3 dias ou retorno da febre,
surgimento de falta de ar, confusão mental em idosos, piora da diarreia em crianças ou desidratação.
DESCRIÇÃO RESUMIDA DA REVISÃO
Elda Maria Stafuzza Gonçalves Pires (06/03/2014 07:15:14 AM) - O tratamento precoce da Síndrome
Gripal está relacionado à redução da duração dos sintomas, do risco de complicações (otite,
pneumonia, insuficiência respiratória), de morte e do tempo de hospitalização.Não se deve aguardar o
resultado de exames diagnósticos para iniciar o tratamento caso a suspeição diagnóstica seja muito
importante ou quadro clínico moderado a grave ou ainda fatores de risco importantes.
Elda Maria Stafuzza Gonçalves Pires (22/04/2014 08:03:06 PM) - Revisão da diretriz otimizando termos
do fluxograma.
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PRATICA MEDICA
ASSISTENCIAL
MEDICO
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Aprovado
Versão
2
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Data Revisão
DI.ASS.29.2
10/02/2014
25/04/2014
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Elda Maria Stafuzza
Gonçalves Pires
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