בֹֽזֲע ַ ־לֽ י ִ֗ת ָר ֽ֝ םֶ֑כָל י ִ ַ֣תָנ ב ֭ט חַקֶ֣ל יִ֤ [...] ׃ָהֶֽחָ ִ

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BS “D
‫ע ֹזֽב ׃‬
ֲ ַ ‫ֽל־‬
‫כ ֑ם ֽ ֝ ָרתִ֗ י‬
ֶ ‫ל‬
ָ ‫ל ֣קַ ח ֭ט ב נ ָתַ ֣ ִ י‬
ֶ ‫ִ ֤י‬
Pois eu vos dou boa doutrina (conhecimento); não abandoneis a minha Torah (Ensino).
Mishlei (Provérbios) 4:2
Shabat Shalom! Parashá Shemot – 19 de Tebet de 5772 (14/01/2012)
‫חֽהָ ׃‬
ֶ ָ ִ ‫ַו‬
ְ ‫ת‬
‫ָת‬
ָ ֖ ‫ל ֥ח אֶ ת־אֲ מ‬
ַ ְ ִ ‫ך הַ ֔ ף ַו‬
֣ ְ
Ano-5 N-240
֙‫בה‬
ָ ֵ ַ‫[ ַו ֵ ֶ֤רא אֶ ת־ה‬...]
“[...] E ela viu a arca dentro do carriçal e mandou que sua criada a pegasse.” (Shemot 2:5)
Todo substantivo próprio na Torah tem um significado. A palavra hebraica para Egito é Mitsraim, que
significa ‘limites’. Por conseguinte, entendemos que o exílio no Egito e o Êxodo subseqüente tinham a ver com
limites e limitações. Não éramos capazes de servir o Criador adequadamente uma vez que éramos escravos;
estávamos limitados! O nome hebraico do segundo livro da Torah não é Êxodo, mas Shemot, que significa ‘nomes’.
Um nome também limita algo, definindo o que é. Mas tal tipo de limitação permite que o objeto preencha seu
potencial. Saber o que é uma caneta ajuda você a usá-la em sua plena capacidade. Como uma nação, o povo de Israel
não tinha uma “definição” até a entrega da Torah no Monte Sinai. Faltava-nos uma verdadeira meta e um propósito
de existência. Somente quando fomos liberados do lugar físico de limites e limitações – Egito – fomos capazes de
receber o nosso propósito. Isto não é apenas um acontecimento histórico, mas uma metáfora para todos os tempos.
Quando se é capaz de se libertar de limitações, pode-se acessar um propósito mais elevado.
Quando Batya, a filha do Faraó, viu o bebê Moshê no Nilo, ela sabia que não havia maneira de alcançá-lo. Ela
queria salvá-lo, mas reconheceu sua limitação. Assim, ela fez algo que não faz sentido: ela estendeu a mão para ele
de qualquer maneira. O versículo diz algo aparentemente supérfluo: “Ela enviou sua serva para pegar a criança”.
‘Serva’ em hebraico é a mesma palavra que “o seu braço”. O Midrash diz que este versículo significa que ela esticou
o seu braço. O que isso significa? O Midrash explica que, quando Batya fez o esforço infrutífero de esticar o braço
para recuperar um bebê que estava muito fora de alcance, seu braço foi estendido milagrosamente e ela foi capaz de
alcançá-lo. Analogamente, em uma ocasião anterior, D-us fez Abraham sair de sua tenda, mostrou-lhe as estrelas e
pediu-lhe para contá-las. Então, D-us disse: “Assim serão seus filhos”. O que D-us quis dizer com isso? Se Ele
apenas quis dizer, como parece, que Abraham teria muitos descendentes, qual a necessidade deste episódio da
contagem das estrelas? Rabbi Noah Weinberg explica que, quando D-us disse a Abraham para sair e contar as
estrelas, Abraham fez exatamente isso: ele saiu e começou a contar “uma, duas, três ...”. É claro que é um esforço
infrutífero – afinal, há bilhões de estrelas! Mas, se D-us disse-lhe para fazê-lo, Abraham assim o fez. A bênção de
D-us era: “Assim serão de seus filhos” – ou seja, “tua progênie será exatamente como tu”. Eles vão fazer a Vontade
do Todo-Poderoso, apesar das aparentemente impossíveis limitações físicas. Quando Abraham fez isso, D-us lhe deu
a capacidade de ter um filho, aparentemente além das capacidades físicas de Abraham... (Baseado no artigo “Limitations and
Definitions” do Rabbi Max Weiman – www.aish.com)
Por Jaime Boukai (Hhazak Ubaruch)
Resumo da Parashá – Shemot (Início do Livro de Shemot – Êxodo 1:1 – 6:1)
Os Filhos de Israel se multiplicaram no Egito. Ameaçado por seu crescente número, o “novo” Faraó os
escraviza, lhes causa sofrimentos e ordena às parteiras judias, Shifrá e Puá (Yochebed e Miriam), que matem os
meninos recém-nascidos. Quando elas o desobedecem, ele ordena ao seu povo que joguem os bebês (meninos)
judeus no Nilo (o Faraó tinha medo do nascimento do salvador de Israel – Moshê). Uma criança, Moshê, nasce para
Yochebed, filha de Levi, e seu marido, Amram, e é colocado num cesto no rio, enquanto sua irmã, Miriam, o vigia à
distância. A filha do Faraó encontra o bebê, retira-o das águas, cuida dele como seu próprio filho e lhe dá o nome de
Moshê. O bebê recusa ser amamentado pelas egípcias, e Miriam aproveita e indica sua mãe para ama de leite. Ainda
jovem, Moshê deixa o palácio e descobre o sofrimento de seus irmãos. Ele vê um egípcio batendo em um judeu e
mata o egípcio. No dia seguinte, ele vê dois judeus lutando (Datán e Abiram); ao repreendê-los, eles revelam seu ato
do dia anterior e Moshê é forçado a fugir para Midian quando o fato é levado ao Faraó. Lá, ele salva as filhas de
Itroh, casa-se com uma delas – Tsipora – e se torna pastor do rebanho do sogro. D-us aparece para Moshê em um
arbusto ardente aos pés do Monte Sinai e o instrui a ir ao Faraó e exigir dele que “Deixe Meu povo ir para que possa
servir-Me”. O irmão de Moshê, Aharon, é indicado como seu porta-voz (Moshê era gago por ter posto carvão em
brasa na boca em sua infância). No Egito, Moshê e Aharon se reúnem com líderes de Israel para dizer-lhes que
chegara a hora da redenção. O povo acredita, mas o Faraó recusa a deixá-los ir e aumenta o sofrimento de povo
fazendo-o trabalhar no Shabat e dificultando o trabalho (por não fornecer palha). Moshê retorna a D-us para
protestar: “Por que Tu fizeste mal ao povo?”. D-us promete que a redenção está próxima e avisa que ele veria o que
Por Jaime Boukai
Ele iria fazer com o Faraó. (Baseado em “Parashá Numa Casca de Noz” e Torah-Mail)
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BS “D
Curiosidade da Semana:
Tornando-se um ‘Gadol’
É possível para algum de nós aproximar-se do nível de Moshê Rabenu? Moshê foi, certamente, o maior profeta que
já viveu. No entanto, ao estudar a história de seus primeiros anos, como contado na Parashá Shemot, vemos que as
qualidades excepcionais que caracterizam este grande líder de Israel são de fato atingíveis por todos e cada um de nós. A
Torah diz que, quando Moshê cresceu, ele “foi ter com seus irmãos e viu o seu sofrimento” (Shemot 2:11). Moshê foi
criado nos confortos e luxos do palácio do Faraó, e, ainda assim, ele decidiu sair e solidarizar-se com seus irmãos, os
B’nei Israel, e ajudá-los em seu trabalho escravo. A Torah, então, diz que Moshê testemunhou um egípcio espancando
um escravo hebreu. A maioria das pessoas na situação de Moshê simplesmente não se envolveria... Moshê, no entanto, foi
sensível ao sofrimento de seu irmão judeu e se sentiu obrigado a intervir, salvando o escravo hebreu. No dia seguinte,
Moshê encontrou dois judeus brigando entre si. Aqui, também, o instinto humano ditaria manter uma distância e não se
envolver nessa disputa... Mas Moshê, mais uma vez, não poderia ficar indiferente. Sua sensibilidade com o sofrimento da
vítima o levou a intervir e tentar impedir a injustiça. Esse padrão de comportamento continua na seção seguinte, que fala
da chegada de Moshê em Midian. Moshê chega a um poço e vê pastores violentos abusarem das sete filhas de Itroh.
Moshê era um estrangeiro, recém-chegado em Midian, uma circunstância em que, normalmente, uma pessoa se manteria
de fora, sem intervir. Mas Moshê corre para dar assistência às moças, resgata-as dos pastores e até mesmo tira água para o
rebanho! O Midrash conta que, da mesma forma, ocorreu uma vez, quando Moshê trabalhava como pastor de seu sogro,
Itroh, que uma das ovelhas fugiu do rebanho. Moshê perseguiu-a até que ela chegou a um riacho e começou a beber.
Moshê, então, entendeu que a ovelha tinha fugido porque estava com sede, e ele se desculpou com a ovelha para correr
atrás dela. Percebendo que a ovelha devia estar muito cansada depois de uma jornada tão intensa, Moshê pegou-a no colo
e a levou de volta para o rebanho. Foi nesse ponto, diz o Midrash, que D-us escolheu Moshê para o papel de liderança. Se
ele demonstrou essa sensibilidade e compaixão por uma ovelha, então tanto mais seria ele um líder zeloso, genuinamente
preocupado com as necessidades de seus seguidores. A Torah é muito seletiva em sua descrição sobre a vida de Moshê e
suas experiências antes de ser escolhido por D-us para libertar os B’nei Israel do Egito. O fato de a Torah ter escolhido
especificamente estes eventos, que refletem a empatia de Moshê e sua preocupação com o sofrimento dos outros, indica
que essa qualidade – mais do que qualquer outra – caracteriza Moshê. Foi devido principalmente a esta qualidade que ele
se ergueu como o maior líder judeu de todos os tempos. Neste sentido, todos nós podemos ser como Moshê Rabenu.
Mostrando preocupação com o nosso próximo, solidarizando-nos com os problemas, a dor e o sofrimento de nossos
irmãos em necessidade, podemos começar a elevar-nos à estatura de Moshê. Se nós mostrarmos empatia e preocupação
pelos outros, se seguirmos o exemplo de Moshê Rabenu e nos esforçarmos para sermos “Guedolim”, então o TodoPoderoso irá certamente responder mostrando essa mesma medida de simpatia por nós, nossas famílias, nossa
comunidade, e todo o ‘Am Israel. (Baseado no “Daily Halacha” do Rabbi Eli Mansour.)
Por Maurício Cagy (Hhazak Ubaruch)
Moshê Se Refugia na Casa de Itroh
Quando Moshê estava fugindo do Faraó, saiu da terra do Egito porque o Faraó era poderoso e tinha espiões em toda
parte. Viajou a países distantes por muitos anos, até que chegou à terra de Midian. Enquanto descansava junto a um poço,
viu sete irmãs com um rebanho de ovelhas que se aproximavam do poço. Uns pastores que estavam por perto não
permitiram que as moças dessem de beber às ovelhas, e jogaram as irmãs dentro do poço. Quando Moshê viu o ocorrido,
tirou as moças do poço e deu água às suas ovelhas. Também ajudou a dar de beber aos animais. As irmãs agradeceram e
foram para casa. Ao chegarem, o pai, Itroh, lhes perguntou: “Por que chegaram tão cedo hoje? Sempre chegam tarde,
pois os pastores as tratam mal e não as deixam dar água às ovelhas”. “Hoje, um estranho, um egípcio, nos ajudou; –
explicaram elas – tirou-nos do poço e deu de beber às ovelhas”. “Trata-se, sem dúvida, de um homem muito bondoso; –
disse Itroh – vão buscá-lo e convidem-no para jantar conosco”. Moshê foi à casa de Itroh. “Quem és, e o que fazes em
Midian?” – perguntou-lhe Itroh. Quando Moshê explicou que estava fugindo do Faraó porque este queria matá-lo, Itroh
se assustou porque temia que o Faraó o castigasse por dar abrigo a Moshê. Assim, Itroh ordenou aos serventes que
colocassem Moshê em um poço perto da casa, e o mantiveram ali por dez anos. Todos os dias, Tsipora, uma das filhas de
Itroh, levava-lhe comida, e assim Moshê pôde sobreviver. Finalmente, dez anos depois, Itroh o libertou. (Chabad.org)
Por Mair Haim Nigri (Hhazak Ubaruch)
Pérolas da Parashá:
Como D-us recompensou as parteiras judias por ignorarem o decreto do Faraó? Quando a Torah declara: “Em
virtude de as parteiras temerem a D-us, Ele lhes deu ‘casas’”, não significa ‘casas’ no sentido literal. Mais propriamente,
isto se refere às dinastias de sacerdócio e a tribo de Levi, que descenderam de Yochebed, e a Casa da Realeza de David,
que descendeu de Miriam. Esta é a implicação do passuk “D-us foi bom para com as parteiras”. (Baseado nos comentários de Rashi
sobre Shemot 1:20-21.)
Por Hhazan Mair Simantob Nigri (Hhazak Ubaruch)
Dedicado à pronta e total recuperação de Hhaim David ben Messodi, Shaul Eliahu ben Chana Rivka e Sh’muel ben Nehhama Dinah.
Em memória e elevação das almas de Carlos Beniste Ben Sarina, Miriam Nigri Bat Malka, Ramon Isaac Levy Ben Bahie, Efraim Matouk Nigri Ben Sarah,
Léa Jair, Sion Dib Acher Cohen Ben Moshe, Victor Carlos Dana Ben Vitória, Eduardo Lerner Ben Malka, Irene Cardonsky Lerner Bat Vergeny, Moyses
Simão Mansur Ben Vitória, Selim José Khalili Ben Raina, Simantob Meier Nigri Ben Raina, Baruch Zuri Rechtman, Rosa (Rose) Celeste Bat Latife e Saad
David Balassiano Ben Saniar.
A Equipe agradece ao Templo Sidon e a Gerson e Teresa Bergher pela colaboração na impressão e na distribuição ao público. Tizkú LaMitsvot!
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