Disciplina: Economia ECN001 A Evolução da História do Pensamento Econômico Importância do estudo de HPE Marx Keynes A. Smith Marshall Serve para aprimorar o entendimento do pensamento econômico contemporâneo; além disto fornece perspectiva e entendimento de nosso passado, de ideias e problemas em mutação, além de nossa direção de movimento. Teoria econômica e cenário social Escolas de Pensamento Econômico Cenário social Um pouco de conhecimento sobre a época é essencial para entender porque as pessoas pensavam daquela maneira. Algumas teorias surgem claramente como consequencia das questões da atualidade. Conjuntura: quando e onde Pensamento anterior: elo entre correntes e autores Que grupo social a corrente/autor quer beneficiar Serve de ponto de partida para quais pensadores subsequentes As quatro grandes tradições analíticas •Escola •Escola •Escola •Escola Clássica Marxista Neoclássica keynesiana Economia Clássica Mercantilismo 1500 1756 1776 1850 1871 1930 Fisiocracia Escola Clássica Escola Neoclássica Escola Marxista Escola Keynesiana 1- A Escola Clássica – séc. XVIII Cenário Revolução Industrial (1760-1830) Crescimento da manufatura, do comércio, da invenções e da divisão do trabalho Ênfase no aspecto industrial da vida econômica no pensamento da época 1- A Escola Clássica – séc. XVIII Inglaterra •País mais eficiente e poderoso do mundo •Possuía grande império colonial, mercado lucrativo e fontes de matérias primas “Um século de explorações ultramarinas bem sucedidas, tráfico de escravos, pirataria, guerra e comércio tinha feito da Inglaterra a mais rica nação do mundo” (Heilbroner, em A formação da Sociedade Econômica) 1- A Escola Clássica – séc. XVIII Cenário na Inglaterra •Importância crescente da Indústria O excesso de regulamentação e intervenção governamental •Necessidade de maior liberdade preconizados pelo mercantilismo, comercial não se ajustavam às necessidades •Necessidade de uma força de de expansão econômica trabalho com maior mobilidade Presença do Estado nos assuntos econômicos 1- A Escola Clássica – séc. XVIII Economia Clássica: corpo de doutrinas criadas na Inglaterra por Adam Smith, Malthus, Ricardo, James Mill, Stuart Mill, Cairnes. Na França: Jean Baptiste Say. •Adam Smith – A riqueza das Nações – 1776 A Teoria dos Sentimentos Morais (1759): explica a origem da capacidade da humanidade em formar juízos morais 1- A Escola Clássica – séc. XVIII Problemas básicos abordados por Smith 1- Que fatores são responsáveis pela riqueza das nações e como se dá o crescimento econômico? É preciso aumentar a produtividade para se aumentar a riqueza (ampliar mercados) A acumulação aumenta as forças produtivas da nação e esta acumulação decorre da poupança, daí seu elogio à parcimônia e à frugalidade 1- A Escola Clássica – séc. XVIII Problemas básicos abordados por Smith 2- Como explicar a coesão social num mundo onde todos buscam os próprios interesses? • Ao seguir seus impulsos egoístas as pessoas interagem uma com as outras, numa harmonia social. • Deixada a si mesma, a economia caminha para o melhor dos resultados, conduzida por uma mão invisível. 1- A Escola Clássica – séc. XVIII Problemas básicos abordados por Smith 3- Qual o papel do Estado? • • • • • Proteger a sociedade contra os ataques externos Estabelecer a justiça Manter obras e instituições necessárias às sociedades Emissão de papel moeda Proteção da indústria nacional essencial à defesa do país Essa posição de não intervenção do Estado foi responsável pelo sucesso de sua obra. 1- A Escola Clássica – séc. XVIII Problemas básicos abordados por Smith 4- Para onde caminha a sociedade? Em que direção ela se move? • Acreditava no determinismo das leis naturais, que a riqueza só poderia crescer e, crescendo, beneficiaria a todos. Sua visão do mundo era a visão de um otimista 1- A Escola Clássica – séc. XVIII Preocupação central de todos os autores clássicos Crescimento a longo prazo e a distribuição de renda entre as classes sociais • Trabalhadores Divisão da sociedade para os clássicos • Latifundiários Renda dividida entre as três classes Como???? • Capitalistas Parte da renda é consumida no sustento dos trabalhadores e demais classes sociais; o restante estará nas mãos dos capitalistas e latifundiários, porque os trabalhadores destinam toda a sua renda à subsistência 1- A Escola Clássica – séc. XVIII Distribuição da renda • Salários: pago aos trabalhadores para que permita sobreviver e perpetuar a oferta de trabalho • Renda: preço pago pelo uso da terra • Lucro: rendimento dos proprietários de capital Os capitalistas eram, para os clássicos, os principais agentes através dos quais o rendimento líquido poderia ser convertido em acumulação. Assim, o tamanho da parcela do lucro poderia ser tido como determinante básico do ritmo de acumulação e, por sua vez, da taxa de expansão econômica. 1- A Escola Clássica – séc. XVIII Bases •Comportamento econômico de auto-interesse/harmonia de interesses: enfatizavam que ao correr atrás de seus interesses individuais (capitalistas: lucros; trabalhadores: salários; consumidores: satisfação de seus desejos) , as pessoas atendiam aos melhores interesses da sociedade •Interferência mínima do governo: a atividade do governo deveria ser limitada à aplicação dos direitos de propriedade e ao fornecimento da defesa nacional e da educação pública 1- A Escola Clássica – séc. XVIII A doutrina clássica é geralmente chamada de liberalismo econômico. Suas bases são liberdade pessoal, propriedade privada, empresa privada e interferência mínima do governo. O termo liberalismo deve ser considerado em seu contexto histórico: as ideias clássicas eram liberais em contraste com as restrições mercantilistas 1- A Escola Clássica – séc. XVIII • O lucro era visto como determinante básico do ritmo de acumulação e, por sua vez, da taxa de expansão econômica. • Sendo assim, quem eram os sujeitos mais importantes nessa visão clássica? • Qual a classe que a teoria beneficiava? 2- A Escola Marxista Dirigiu-se contra a tradição clássica do pensamento econômico. Atacou as análises empregadas pelos autores clássicos, assim como as conclusões a que eles tinham chegado. Contudo, apropriou-se de sua estrutura analítica. A função da análise econômica marxista buscou mostrar as leis da mudança histórica que previam a destruição do capitalismo, e a demonstrar a ineficácia de políticas que pretendessem minorar seus males 2- A Escola Marxista Marx Em 1849 exílio em Londres, Posto de observação privilegiado – laboratório do capitalismo nascente Pesquisador da dinâmica da sociedade e um intervencionista que buscava acelerar a mudança social 2- A Escola Marxista Contexto das análises de Marx Florescia a industrialização Classe trabalhadora fabril vivia grandes mazelas Crescimento da indústria não vinha acompanhado por um sistema de distribuição de renda, como esperava Smith. 2- A Escola Marxista Influências intelectuais de Marx I - Economia Política Inglesa (David Ricardo) •Estudou as obras de Smith e Ricardo, e deste último utilizou-se da teoria do valor-trabalho. •A partir desta teoria, que considerava falha, passou a elaborar sua própria teoria, com implicaçoes revolucionárias 2- A Escola Marxista Influências intelectuais de Marx II – O Materialismo •Ênfase à matéria, às coisas reais, ao mundo da realidade, em oposição ao campo das ideias (idealismo). •Importância das realidades materiais em oposição ao idealismo de Hegel 2- A Escola Marxista Influências intelectuais de Marx III - Filosofia alemã (Hegel) •Processo dialético desenvolvido por Hegel •Conhecimento e progresso histórico ocorrem por meio de conflito de ideias (tese – antítese – síntese - nova tese) Materialismo histórico: a evolução histórica se dá pelo confronto entre classes sociais decorrentes da exploração do homem pelo homem. (Parte sócio filosófico do marxismo) 2- A Escola Marxista Influências intelectuais de Marx IV - Socialismo francês •Compartilhava da indignação contra o capitalismo, da crítica severa à economia clássica e da visão socialista da sociedade futura 2- A Escola Marxista Crítica de Marx aos Clássicos 1. Não levavam em consideração cada estágio histórico e suas suas dinâmicas peculiares 2. Condenava as leis universais e eternas dos clássicos 3. Via nos clássicos representantes científicos da produção burguesa 4. Modelos clássicos construídos com propósito de lançar luz sobre tipos de políticas para melhorar o desempenho econômico, de natureza reformista e não construtivas. 5. Não pretendiam remediar os males econômicos 2- A Escola Marxista Divisão da sociedade Diferente dos clássicos, Marx dividia a sociedade em dois grupos sociais •Os que possuíam os meios de produção •Os que não possuíam os Proprietários de terra e capitalistas eram tidos como uma única classe meios de produção O ambiente econômico colocaria os homens em papéis particulares, que acabava dominando seu pensamento e comportamento (força da estrutura). Ligação entre papel econômico e atitude social → estímulo ao desenvolvimento de um sério estudo sociológico 2- A Escola Marxista Teoria do valor trabalho •Prolongamento consciente da teoria do valor trabalho exposta por Smith e Ricardo. •O socialismo marxista se apresenta antes como continuador do que como adversário da teoria clássica. Olhar para a mesma situação a partir de um ponto diferente. O lugar: o capitalismo. 2- A Escola Marxista Teoria do valor trabalho O que determinaria o valor de uma mercadoria é o tempo de trabalho socialmente necessário durante o processo de produção, é o tempo de trabalho contido numa mercadoria O que determinaria o valor da força de trabalho? Seria o valor da cesta de bens que possibilita a sobrevivência do trabalhador na sociedade em que ele opera (alimento, roupa, moradia, educação dos filhos, etc.). Custo de sua manutenção e de sua família. 2- A Escola Marxista Teoria do valor trabalho O trabalhador vende sua força de trabalho Tem um valor que é medido pelo tempo de trabalho necessário à sua reprodução. O que o capitalista paga é exatamente sua força de trabalho, não lhe paga o trabalho. 2- A Escola Marxista Como capitalistas obteriam lucros? Exigia-se dos trabalhadores mais tempo de trabalho do que o necessário para produzir valores equivalentes às suas necessidades. A posição dominante dos proprietários permitia que exigissem um dia de trabalho maior do que o tempo necessário, e apropriava-se do valor criado durante o tempo de trabalho excedente. 4 horas Tempo necessário 4 horas Tempo excedente Teoria da exploração do trabalho 2- A Escola Marxista A mais valia É o trabalho não pago ao operário Sendo o salário fixado em termos de mínimo vital para o operário e não em função da quantidade de coisas por ele produzidas, o capitalista prolongará ao máximo a duração da jornada de trabalho, a fim de aumentar a mais valia 2- A Escola Marxista A mais valia O trabalhador não recebe o valor integral do seu trabalho, assim é impossível adquirir o produzido por ele, tornando-se vítima da sociedade capitalista Para Marx, a essência do capitalismo é a formação do valor e a apropriação da mais valia pelo capital. A mais valia constitui uma consequência inevitável das trocas capitalistas e só poderia desaparecer com o desaparecimento do regime que o engendrou. Só o trabalho cria valor Assim, a essência do sistema é a exploração da força de trabalho 2- A Escola Marxista Valor e Preço Valor: equivale ao seu custo em trabalho (teoria do valor trabalho) Preço: depende da oferta e da procura Mas a oferta e a procura fazem oscilar o preço do mercado em determinado patamar; este patamar é o preço natural, ou seja, o valor do bem A crise a partir do próprio sistema, segundo Marx Pressões sobre Kistas para reinvestir parte do excedente. Busca pela eficiência, pelo barateamento das mercadorias Deslocamento de trabalho por máquinas. Queda no valor das mercadorias (medido em insumos de trabalho) O modo kista exigia isto para manter a posição de poder dos Kistas e também para garantir uma oferta abundante de trabalho a salários subsistência. Capitalismo se auto destruindo Miséria, desigualdade, conflito de classes Concentração da riqueza nas mãos de menos kistas Com a difusão da maquinaria, apenas os mais fortes poderiam sobreviver, isso aplica-se aos Kistas e aos operários. Marx e as leis econômicas As leis que Marx buscava não eram eternas nem universais, mas as únicas para estágios particulares da história. Para ele, as circunstâncias econômicas eram os determinantes fundamentais de todas as relações sociais. Seu estudo analítico, apesar de construído em torno de fenômenos econômicos, não se restringiu apenas a problemas econômicos, ele oferecia uma visão abrangente da sociedade, em que todos os eventos eram tidos como interligados. 3- A Escola Neoclássica Contexto •Vários problemas econômicos e sociais, que permaneceram sem solução até um século após o início da Revolução Industrial •Pobreza se espalhava, embora a produtividade crescesse. •Padrão geral de vida crescia, mas a distribuição era extremamente injusta Métodos de ataque aos problemas sociais da época •Apoio ao sindicalismo •Exigência ao governo de ações para melhorar as condições vigentes na época, basicamente controlando a economia •Distribuição de renda Neoclássicos repudiavam as três “soluções” Lamentavam a intervenção do governo, denunciavam o socialismo, procuravam desencorajar o sindicalismo trabalhista como ineficaz ou nocivo 3- A Escola Neoclássica •Surgiu por volta de 1870 •Para os neoclássicos o problema mais importante era o funcionamento do sistema de mercado e seu papel como alocador de recursos Escola Austríaca → Carl Menger Escola de Lausanne (Escola Matemática) → Walras Escola de Cambridge → Marshall • • • • • Bohn-Bawerk Von Wieser Von Mises Hayek Shumpeter • • Pareto Leontief • Pigou 3- A Escola Neoclássica A partir da época em que os clássicos tinham escrito sobre a ordem natural da economia, a estrutura econômica tinha se alterado de tamanho e capacidade, permitindo-lhe um poder econômico sem restrições → mudanças no ambiente econômico das sociedades ocidentais 3- A Escola Neoclássica A abordagem econômica dos teóricos neoclássicos era dado pelo comportamento do mercado dentro de períodos de tempo delimitados A discussão do preço já não estava subordinada a preocupações com o valor natural e sua determinação a longo prazo Para dar ênfase à teoria dos preços foi necessário deixar de lado preocupações como crescimento a longo prazo e com a distribuição, presentes nas tradições clássicas e marxistas O que interessava eram os problemas mais imediatos quanto ao tempo Nas mãos Neoclássica a economia foi removida do tempo histórico 3- A Escola Neoclássica Investigações se concentravam nos processos de mercado e de suas propriedades alocativas O ponto de partida passa a ser o comportamento humano, sob o ponto de vista de suas tendências econômicas Atenção para decisões tomadas por produtores e consumidores 3- A Escola Neoclássica Bases 1. Enfase nos aspectos microeconômicos – preocupação em estudar firmas individuais, unidades familiares e o relacionamento entre elas. Desaparece a preocupação com o crescimento econômico que tanto agitou os clássicos. 2. Oferta cria sua própria demanda– ao produzirmos alguma coisa, o próprio processo produtivo está criando poder de compra para este e outros produtos. Assim, não há superprodução nem desemprego generalizados 3. Enfase no equilíbrio – as forças econômicas internas e atuantes que tendem a levar o sistema ao equilíbrio 4. Liberalismo Econômico - Mínimo envolvimento governamental – deram continuidade, nesse ponto, aos clássicos 3- A Escola Neoclássica Ênfase nos preços O preço de um bem é sua relação de troca pelo dinheiro, isto é, a quantidade de moedas necessárias para obter em troca uma unidade do bem. Valor e preço são a mesma coisa. Isso não ocorria para os clássicos nem em Marx O preço se forma pela interação de duas ordens de influência, a da procura e da oferta Enfoque da oferta: valor de um bem determinado pelo trabalho aplicado na sua obtenção Enfoque da demanda: preço orientado pela procura – supremacia do consumidor 3- A Escola Neoclássica Teoria do Preço O preço significa que os bens têm uma utilidade, são escassos e apresentam, portanto, um valor. •Escola Clássica. Marx Teoria do Valor trabalho •O que determinaria o valor de uma mercadoria é o tempo de trabalho socialmente necessário durante o processo de produção •É o tempo de trabalho contido numa mercadoria Teoria do Preço orientado pela demanda •Para a microeconomia: a demanda é a principal força na determinação dos preços. Enfase na utilidade subjetiva (demanda depende da utilidade marginal, que é um fenômeno subjetivo e psicológico) Enfase na demanda •Para os clássicos: o custo de produção seria fator determinante e significativo do valor de troca Ênfase na oferta Microeconomia e a Escola Neoclássica Produtores e consumidores assumem o centro do palco na Escola Neoclássica, que é a ênfase microeconômica. Consideram o processo de tomada de decisões individuais, as condições de mercado para determinado tipo de bem, o resultado de empresas específicas 3- A Escola Neoclássica Uso de novas ferramentas analíticas Uso de poderosas ferramentas de análise: diagramas e técnicas matemáticas Transformação da economia numa ciência social mais exata Coeteris paribus Análise estática, fenômenos complexos da sociedade foram traduzidos e simplificados de maneira metódica e sistemática – tom de universalidade Abstraiu-se da complexidade do mundo real 3- A Escola Neoclássica O projeto científico •Removeram o tempo histórico - categoria importante da Escola Marxista •Projeto de pesquisa mais ligado ao método do que “ao fazer ciência” •O método sofreu grandes modificações desde seu surgimento, mas trabalham sobre os princípios do equilíbrio, que seriam leis universais, embora hoje em dia seja um campo mais cinza No mundo do neoclassicismo a economia tornou-se mais universal e mais científica em suas afirmações e menos melancólicas em suas conclusões 3- A Escola Neoclássica •Muitas de suas teorias permaneceram ilesas e são encontradas em livros contemporâneos de economia •Junto com as variações da macroeconomia keynesiana, domina a análise econômica nos países ocidentais Rompem com toda a tradição clássica e marxista do valor trabalho das mercadorias, é como se o trabalho não tivesse mais importância e como se a mercadoria em si ganhasse peso – uma humanização da mercadoria, e um desamparo do trabalho 4- A Escola Keynesiana (1883-1946) •Inicia-se em 1936 com a publicação da obra de Keynes – Teoria Geral do emprego, do juro e da moeda - representando uma ruptura com a teoria econômica prevalecente na época •Teoria predominante na época: Neoclássica, escola Keynesiana surge dela Para os neoclássicos o desemprego não existia Mas a realidade era outra 4- A Escola Keynesiana Economia mundial entre 1870 a 1930 •Mudança fantástica nos sistemas de produção, inovações tecnológicas. •Investimentos em setores como petróleo, siderurgia, maquinário… •Grandes expectativas de prosperidade •Consolidação dos bancos como agentes de intermediação financeira •Grande crescimento do PIB nas principais economias mundiais Grandes expectativas de prosperidade 4- A Escola Keynesiana A crise de 1929 •A crise de 29 provocou um espiral de expectativas negativas •Consumidores não compram •Empresas não investem •Bancos não emprestam Sem precedentes Ciclo vicioso 4- A escola Keynesiana Para Keynes…. Numa economia de mercado a produção requer demanda; A demanda de consumidores e empresas depende de suas expectativas (empregos e vendas) em relação à economia; A crise provocou um espiral de expectativas negativas, num ciclo vicioso: expectativas ruins, pessoas param de consumir. • • • • Consumidores não compram Empresas não investem, não há para quem vender então não produzem Bancos não emprestam Decisões individuais jogam contra 4- A Escola Keynesiana EUA entre 1929 e 1934 PIB caiu 53% 85 mil empresas fecharam Salários caíram em 60% 14 milhões de desempregados (25% da população economicamente ativa) Teoria Clássica: deixe a economia agir que ela mesma se equilibra 4- A Escola Keynesiana Até início do século XX Acreditava-se que a economia se corrigia automaticamente. Teoria Clássica, inspirada em Smith. O Estado não tinha função estabilizadora •Desconfiança quanto ao ajustamento automático Com a crise de 1929 da economia •A crise veio por em causa o pensamento clássico. •Se estendeu por anos. 4- A Escola Keynesiana Como os neoclássicos viam a crise •Desemprego devido aos salários elevados, acima do preço de mercado, por causa sindicalismo, que impedia a flexibilidade •Rigidez dos monopólios (segunda onda de industrialização – 1830-1890), que impediam a livre concorrência (grande número de empresas, produtos homogêneos) Problema: imperfeições do mercado O que estaria errado não era a teoria, mas sim os fatos 4- A Escola Keynesiana Explicação da economia até 1930 1. Demanda inesgotável 2. Preço equilibrando demanda e oferta (se houvesse demanda maior do que capacidade de produção, preços subiriam e consequentemente demanda cairia, voltando ao equilíbrio 3. Ganhos de eficiência e avanço tecnológico ampliando capacidade de produção 4- A Escola Keynesiana Como se define a produção de uma economia – PIB até 1930 Como se fizesse um bolo Para se fazer o bolo é preciso ingredientes (fatores de produção), como se mistura os ingredientes seria a tecnologia Fogo para assar o bolo: Demanda Quanto mais ingredientes, maior o bolo Para os clássicos essa chama é constante: oferta gera sua própria procura (demanda) Demanda inesgotável, sempre maior do que a economia pode oferecer (necessidades ilimitadas) 4- A Escola Keynesiana O olhar de Keynes O estado deveria estar atento ao desemprego e agir de modo a atenuar as flutuações das atividades econômicas Em termos simples: a idéia era o Estado baixar os impostos e aumentar o investimento público em tempo de crise, estimulando a economia A macroeconomia é uma invenção do século XX 4- A Escola Keynesiana A crise por Keynes Clássicos: não havia problema na demanda porque todos desejariam sempre consumir O problema deveria estar na demanda Olhar para a demanda e não para a oferta Quem demanda? Consumidores Empresas Outros países Governo 4- A escola Keynesiana Princípio da demanda efetiva •Apresentado no capítulo 3 da Teoria Geral •Oposto da Lei de Say (oferta cria sua própria demanda) •O que determina o volume da produção é a demanda efetiva – às variações na demanda os produtores respondem variando a produção •O desemprego é provocado pela deficiência de demanda Essência da teoria keynesiana 4- A Escola Keynesiana A demanda efetiva Se for maior que a capacidade produtiva Se for menor que a capacidade produtiva Tem-se inflação Tem-se desemprego Não existiria nenhum mecanismo de ajustamento automático para igualar a oferta e a demanda no pleno emprego, como preconizavam os clássicos Abre-se o campo para a política econômica 4- A Escola Keynesiana Máquinas paradas Trabalhadores desempregados Esses fatores não se juntam Preços que antes agiam como mediador não funciona mais. Economia parada sem utilizar os fatores de produção 4- A Escola Keynesiana A questão da moeda para entender a crise Forte contração da quantidade de moeda na economia Momentos de Crise • • Consumidores retiram moedas dos bancos e guardam; Bancos emprestam menos para não correrem riscos Sem moeda a economia não gira, a poupança não vira investimento, o fluxo é rompido, o sistema pára de funcionar E se o governo injetar moeda na economia???? Política Monetária: controle da quantidade de moeda na economia 4- A Escola Keynesiana Injetar dinheiro na economia não resolveria na crise de 1929 1. Não garante que os bancos vão emprestar para as pessoas por medo de não receberem de volta, 2. Não garante que as pessoas vão ter interesse em pegar $ com os bancos sem saber se poderão pagar, 3. Não garante que as empresas vão querer pegar $ para investir e ampliar EXPECTATIVAS NEGATIVAS Mesmo colocando $ na economia não se resolve o problema, porque os agentes vão guardá-lo, tirar de circulação. Mesmo tendo muita moeda as pessoas não consomem, não demandam. Armadilha da liquidez 4- A Escola Keynesiana A crítica de Keynes Verificou-se que o sistema econômico capitalista estava longe Laissez-faire de assegurar automaticamente o pleno emprego e o crescimento com duração indefinida, como pretendia a teoria econômica vigente Keynes não condenava o capitalismo, como fez Marx, mas apontou suas fraquezas e indicou remédios adequados. A missão de Keynes foi de reformar a Economia, trazê-la de volta ao contato com o mundo real do qual se afastara desde o rompimento com a tradição clássica no século XIX Orientação Keynesiana Se não há demanda, surge a ideia do governo demandar Demanda de gastos Formas de financiamento destes gastos •Poupança interna (pegando dinheiro emprestado que está parado na economia porque os agentes não querem gastar) •Poupança externa (recorrendo às instituições estrangeiras) •Imprimindo moeda Apenas jogar moeda na economia Keynes propõe que o governo gaste, estimulando a demanda 4- A Escola Keynesiana Orientação Keynesiana Estímulo à demanda de gastos Formas de gastos 1. Serviços públicos, oferecendo mais serviços que antes não eram oferecidos 2. Welfare State – economia do bem estar (aposentadoria, seguro desemprego) 3. Setores estratégicos na economia (empresas estatais) 4. Desperdício, que nessas situações seriam interessantes 5. Guerra 4- A Escola Keynesiana Nasce assim o conceito da macroeconomia Governo dando os estímulos corretos no momento correto para guiar a economia, gerindo as expectativas dos agentes Governo como maestro da economia •Política fiscal •Política Monetária Alternativa ao que se tinha na antiga União Soviética, de economia 100% planificada. Economistas nessa época acreditavam nesse modelo. Predominou pelo menos por 30 anos, voltando as economias a crescerem. 4- A Escola Keynesiana Êxito da economia keynesiana •Tratou de um problema urgente de seus dias: a depressão e o desemprego •Racionalizava o que já vinha sendo feito por necessidade •Os trabalhadores apoiavam as principais metas de Keynes