Matriz de atividade individual* Módulo: 2 Atividade: Título: Correntes do pensamento econômico Aluno: Silvana Moraes Garcia Disciplina: Economia Turma: 29 - C Introdução Neste trabalho vamos apresentar as principais características das correntes do pensamento economico das Escolas Clássica, Neoclássica e Keynesiana . O termo economia é definido da seguinte forma pela enciclopédia Wikipédia: Economia é a ciência social que estuda a produção, distribuição e consumo de bens e serviços. O termo economia vem do grego oikos (casa) e nomos (costume ou lei)ou também gerir, administrar: daí "regras da casa" (lar) e "administraçao da casa". Uma definição que captura muito da ciência econômica moderna é a de Lionel Robbins em um ensaio de 1932: "a ciência que estuda as formas de comportamento humano resultantes da relação existente entre as ilimitadas necessidades a satisfazer e os recursos que, embora escassos, se prestam a usos alternativos." Tendo conceituado o que se entende por economia vamos conhecer mais sobre suas escolas. Características principais da Escola Clássica A Escola Clássica nasce sob a influência do Iluminismo, baseada em idéias como a de John Locke: Embora a terra e todas as criaturas inferiores sejam comuns a todos os homens, cada homem tem uma propriedade em sua própria pessoa; a esta ninguém tem direito senão ele mesmo. O trabalho de seu corpo e a obra de suas mãos, pode dizer-se, são propriamente dele. Seja o que for que ele retire do estado que a natureza lhe forneceu e no qual deixou, fica-lhe misturado ao próprio trabalho, juntando-se-lhe algo que lhe pertence, e, por isso mesmo, tornando-se propriedade dele.” estava formada a idéia de propriedade privada. Em seguida temos os Fisiocratas e os Liberalistas, os primeiros têm a terra como única fonte de riqueza, consideravam que a riqueza e o poder nacionais não deveriam limitar-se aos estoques de metais preciosos e também eram contrários as idéias mercantilistas; os liberalistas por sua vez acreditavam na restrição das importações e estímulo as exportações, em um Estado que acumulasse material precioso, na acumulação de capital e distribuição de renda. Todavia o personagem mais importante da economia clássica foi Adam Smith, ele sistematizou a análise econômica com seu livro A Riqueza das Nações. Nesta obra Smith estabelece o trabalho como verdadeira fonte de riqueza, fundamenta os conceitos de propriedade privada, liberdade de empresa, contrato e câmbio; cria a expressão “Mão Invisível” a qual representa as forças que fazem o mercado atingir seu ponto de equilíbrio, sem qualquer intervenção do Estado. Para o Estado Smith reserva o papel de responsável pela defesa da nação, garantir a livre concorrência entre as empresas e a proteção à propriedade privada. Importante conclusão de sua obra é o valor que atribui ao trabalho, substituindo a noção de produtividade exclusiva de agricultura, pela noção de trabalho, fazendo referências a “povos pobres em terras vastíssimas e férteis, com climas mais 1 benéficos, em contraposição, inversamente, uma população numerosa vivendo na abundância em território exíguo, por vezes não favorecidos por dons naturais” (SMITH, 1776). Esta questão do valor do trabalho também será endossada por David Ricardo que também o colocará como determinante do valor de troca. A princípio a teoria de Ricardo é a de salários de subsistência, porém com o passar do tempo ele revê essa idéia e admite que “os salários poderiam ultrapassar esse nível mínimo, por um período indeterminado, desde que a sociedade estivesse em rápido desenvolvimento”. Este adendo ficaria conhecido como a teoria do fundo de salários. Esta teoria é válida para bens reproduzíveis. As características da Escola Clássica são o liberalismo econômico, o individualismo, o valor do trabalho, e a distribuição de renda. Características principais da Escola Neoclássica No final da década de 1850 temos a primeira grande crise econômica. Em 1871 é publicada A Teoria da Economia Política obra do economista Jevons marcando o início da Economia Neoclássica. Os conceitos de utilidade e de margem não eram novos, mas sendo agora apresentados em linguagem matemática agregaram a economia o status de ciência e obtiveram sucesso por isso. Os clássicos estudavam as relações de produção que surgiam entre as pessoas e as formas sociais no processo produtivo, os neoclássicos estudavam a relação entre pessoas e produção material. Os neoclássicos se preocupavam com alocação de recursos como conseqüência da Teoria da Utilidade Marginal e da Teoria de Preços. Teoria da Utilidade Marginal: relaciona o valor de um produto com sua capacidade de satisfazer a necessidade do consumidor. A satisfação proporcionada pela aquisição de cada unidade de qualquer bem é sempre inferior à propiciada pela aquisição da unidade anterior. Teoria de Preços: analisa a formação de preços, ou seja, a interação entre os interesse e necessidades das empresas e dos consumidores para determinar a quantidade e o preço de um determinado bem ou serviço, compatíveis com o equilíbrio do mercado. Na escola neoclássica surge o conceito de escassez – bens econômicos são bens escassos, e o valor desses bens aumenta de acordo com sua escassez. Ela também enfoca outros aspectos como a preocupação com o equilíbrio em relação à inflação; a abordagem econômica com ênfase nos aspectos microeconômicos, que, associada à alocação de recursos, desmistifica o problema do crescimento econômico. Semelhanças entre as Escolas Clássica e Neoclássica Estas duas correntes diferem muito pouco e o ponto mais semelhante entre elas é o papel que ambas atribuem ao Estado, considerando-o um agente que dá garantias a livre concorrência e proteção a propriedade privada. Características da Teoria Keynesiana Na Teoria Keynesiana a participação do Estado é como a de um motor propulsor de desenvolvimento, com isto ele influencia nos níveis de renda e emprego. Sua teoria 2 rejeita a idéia de pleno emprego. Segundo Keynes “o volume de emprego é fixado no ponto de interseção da curva de demanda agregada com a curva de oferta agregada, pois nesse ponto se maximizam as expectativas de lucros dos empresários.” Keynes também desenvolve o princípio de demanda efetiva. Demanda efetiva: afirma que não é toda oferta que gera sua própria demanda. Ao separar a demanda agregada em investimento e consumo, é possível demonstrar que a oferta inicial pode ser diferente da demanda final. Logo, é a demanda, ou melhor, as expectativas da demanda, que determinam a oferta. Diferença entre a Teoria Keynesiana e a Escola Liberal Os Liberais apontavam como causa do desemprego a rigidez dos monopólios, como os sindicatos. Para Keynes o capitalismo funciona mal por insuficiência de demanda. Enquanto os neoclássicos validavam a lei de Say “a oferta cria a sua própria demanda” no modelo keynesiano a decisão autônoma é a compra, não a venda. O nível de emprego deixa de ser determinado pelo cruzamento de oferta e demanda de trabalho, passando a subordinar-se ao princípio da demanda efetiva. Na escola clássica o estado deveria manter-se, tanto quanto possível, à margem da atividade econômica, ao contrário Keynes propõe um estado atuante capaz de gerar desenvolvimento. Alternativas para a crise atual a partir da teoria Keynesiana e da Teoria Liberal Sob a perspectiva da teoria keynesiana o caminho é a fiscalização da economia por parte do estado, pela teoria liberal é a retirada das últimas ferramentas de regulamentação. Segundo ROCHA (2009) “As idéias de Keynes ressurgem nesses momentos de turbulência, mas na bonança são as de Friedman que prevalecem. Assim, enquanto existirem idéias e Estados para abonar a doutrina de privatizar os lucros e socializar os prejuízos, o capitalismo financeiro seguirá seu rumo, a despeito dos entulhos deixados pelo caminho.” Conclusão A frase do texto de ROCHA (2009) “o capitalismo é liberal no que lhe é conveniente, mas é muito bem socialista no que lhe é prejudicial” sintetiza o espírito do regime capitalista. Até agora a história tem se repetido nas crises do sistema capitalista, quando uma crise surge o Estado vem em socorro da iniciativa privada usando dinheiro público para socorrer negócios mal sucedidos. Refletindo sobre o que apresentamos neste trabalho a economia é um processo dinâmico que evolui de acordo com as novas necessidades que vão surgindo. Como toda ciência a economia vai ser sempre renovada, melhorada, aperfeiçoada, etc. Existem pesquisas que apontam que se a China e a Índia chegarem ao nível de consumo dos USA, o planeta esgotará seus recursos naturais em 10 anos. Desta forma acredito que o grande desafio contemporâneo da economia é criar modelos de desenvolvimento sustentáveis para que possamos preservar nosso maior bem: a vida humana no planeta Terra. 3 Referências bibliográficas BENJAMIN, César. Desemprego em uma abordagem teórica: notas sobre neoclássicos, Keynes e Marx. Disponível em: <http://www.desempregozero.org.br/artigos/desemprego_em_uma_abordagem_te orica.pdf>. Acesso em: 20 dez. 2005. FLÓRIO, Antônio Simões. Origem da Escola Clássica. [S.l.: s.n.]. LIMA, Iara Vigo de . Advento da formalização matemática em Economia. Revista de Economia. Curitiba, 2000. Disponível em: <http://www.economia.ufpr.br/publica/textos/2000/txt1600%20Iara%20matemati za%e7%e3o.doc>. Acesso em: 20 dez. 2005. ROCHA, Alexandre Pereira. Soluções para crise, de Keynes a Friedman. Disponível em: <http://www.secom.unb.br/artigos/artigo.php?id=70>. Acesso em: 22 jan. 2009. *Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática. 4