Matriz de atividade individual* Módulo: 2 Atividade: Individual Título: Crise econômica 2008, o que poderia ter sido feito? Aluno: Cristian Villaverde Disciplina: Introd. Economia Turma: 30 Introdução Nossa economia passa por mudanças profundas. Quem conheceu e conviveu com a economia brasileira nos anos 80, entende que a situação atual é extremamente melhor do que naquela época. O mesmo acontece com o mundo. Alguns melhor que outros, mas todos passam por mudanças, pois a economia hoje é global, e a ligação entre os países é quase dependente. Quando uma economia passa por dificuldades extremas (como problemas acontecidos no passado não muito distante, como no caso de Rússia, México, Japão, EUA, etc.) outras são diretamente afetadas. Com este trabalho, pretendo poder visualizar melhor as alternativas que existem, com base nas teorias de Keynes, da Escola Clássica e Liberal, para as alternativas da crise. Características principais da Escola Clássica As principais características da Escola Clássica são: - Estado regulador, dele se deve esperar a emissão do papel-moeda, controle da taxa de juros e proteção a propriedade privada. - Aumento de produção buscando novas técnicas, melhorando a qualidade dos produtos e reduzindo ao máximo o custo de produção, como forma de aumentar o capital e se obter o desenvolvimento e crescimento. - Criadora da Teoria do Valor do Trabalho, segundo a qual a força é equiparável ao mínimo necessário à subsistência do trabalhador. - Escola cujos principais representantes são David Ricardo, Adam Smith, Malthus e John Stuart Mill. - Estudavam-se as relações de produção que surgiam entre as pessoas e as formas sociais no processo produtivo. A escola Clássica, aborda mais assuntos relacionados ao trabalho como fonte de renda, e não como simples função social. Características principais da Escola Neoclássica As principais características da Escola Neoclássica são: - A Economia, deve ser livremente determinada pelo mercado, e não pelo estado. O Estado não deveria ter qualquer controle sobre a economia. - A margem de lucro – pensamento econômico marginalista – deveria ser o ponto de base em que decisões seriam tomadas. - Acreditava-se que as forças econômicas moveriam-se em direção ao equilíbrio geral. Como o da inflação por exemplo. E que por sua vez, se um mercado está em equilíbrio, outros também estarão. - Criação do conceito de Escassez, onde produtos com poucas ou reduzidas ofertas, teriam os seus valores mais elevados. - Os neoclássicos introduziram na teoria da procura e da oferta o conceito de utilidade marginal. As preferências dos consumidores – utilidade – são um dos fatores da procura de bens. Alguns pensadores defenderam a idéia de que os 1 mercados de produtos, fatores de meios de produção e trabalho se inter-relacionam num equilíbrio geral. Semelhanças entre as Escolas Clássica e Neoclássica Ambos se desenvolveram através das idéias e pensamentos de um mesmo autor: Adam Smith. Adam Smith, principal pensador econômico de sua época com base na escola Clássica, já se colocava a favor da intervenção do Estado, de garantir a segurança, a propriedade, e o controle sobre juros. Ou seja, dependeria do Estado, uma boa parcela de participação no sucesso do Capitalismo, baseado nas teorias desta escola. Tanto quanto na Neoclássica, que segundo um dos seus pensadores, Walras, que se preocupou com o equilíbrio geral e com a DEPENDÊNCIA INTERNA de todo sistema econômico. Características da Teoria Keynesiana - Capitalismo funciona mal, pela Insuficiência de demanda - Salário não obedece a lei de oferta e de procura - Criação de demandas por parte do estado, criando novos empregos, aumentando seus gastos, cortando impostos. - Keynes afirmava em sua teoria, que a economia, deveria ser fomentada por iniciativas de mercado e proteções do Estado. Em suma, Keynesianismo é a teoria econômica consolidada pelo economista inglês John Maynard Keynes em seu livro Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (General theory of employment, interest and money) e que consiste numa organização político-econômica, oposta às concepções neoliberalistas, fundamentada na afirmação do Estado como agente indispensável de controle da economia, com objetivo de conduzir a um sistema de pleno emprego. Tais teorias tiveram enorme influência na renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado. Atribuiu ao Estado o direito e o dever de conceder benefícios sociais que garantam à população um padrão mínimo de vida como a criação do salário-mínimo, do salário-desemprego, da redução da jornada de trabalho (que então superava 12 horas diárias) e assistência médica gratuita. O Keynesianismo ficou conhecido também como "Estado de Bem-Estar Social", ou "Estado Escandinavo" tendo sido originalmente adotado pelas políticas econômicas inauguradas por Roosevelt com o New Deal, que respaldaram, no início da década de 1930, a intervenção do Estado na Economia com o objetivo de tentar reverter uma depressão e uma crise social que ficou conhecida como a crise de 1929 e, quase simultaneamente, por Hjalmar Horace Greeley Schacht, na Alemanha nazista. Cerca de 3 anos mais tarde, em 1936, essas políticas econômicas foram teorizadas e racionalizadas por Keynes em sua obra clássica Teoria geral do emprego, do juro e da moeda! O objetivo de Keynes, ao defender a intervenção do Estado na economia não é, de modo algum, destruir o sistema capitalista de produção. Muito pelo contrário, segundo o autor, o capitalismo é o sistema mais eficiente que a humanidade já conheceu (incluindo aí o socialismo). O objetivo é o aperfeiçoamento do sistema, de modo que se una o altruísmo social (através do Estado) com os instintos do ganho individual (através da livre iniciativa privada). Segundo o autor, a intervenção estatal na economia é necessária porque essa união não ocorre por vias naturais, graças a problemas do livre mercado (desproporcionalidade entre a poupança e o 2 investimento e o "Estado de Ânimo" ou, como se diz no Brasil, o "Espírito Animal", dos empresários). http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Maynard_Keynes Diferença entre a Teoria Keynesiana e a Escola Liberal Os Liberais defendiam a Livre concorrência, a Lei da oferta e da procura e foram os primeiros a tratar a economia como ciência. As teses do liberalismo Econômico foram criadas no século XVIII com clara intenção de combater o mercantilismo, cujas práticas já não atendiam às novas necessidades do capitalismo. O pressuposto básico da teoria liberal é a emancipação da economia de qualquer dogma externo a ela mesma. Os economistas do final do século XVIII, eram contrários a intervenção do Estado na economia. Para eles o Estado deveria apenas dar condições para que o mercado seguisse de forma natural seu curso. Outro ponto fundamental é o fato de que todos os agentes econômicos são movidos por um impulso de crescimento e desenvolvimento econômico, que poderia ser entendido como uma ambição ou ganância individual, que no contexto macro traria benefícios para toda a sociedade, uma vez que a soma desses interesses particulares promoveria a evolução generalizada, um equilibrio perfeito. O criador da teoria mais aceita na economia moderna, nesse sentido, foi sem dúvida Adam Smith, economista Escocês, que desenvolveu a teoria do liberalismo, apontando como as nações iriam prosperar. Para Smith o elemento de geração de riqueza está no potencial de trabalho, trabalho livre sem ter, logicamente, o estado como regulador e interventor. http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_economico Já a Teoria de Keynes, ressalta mais o valor do papel do estado na economia, como prestador de serviços e controlador. A mais importante Agenda do Estado não está relacionada às atividades que os indivíduos particularmente já realizam, mas às funções que estão fora do âmbito individual, àquelas decisões que ninguém adota se o Estado não o faz Segundo a Teoria Keynesiana, fomentava-se principalmente o estímulo ao investimento externo, criando ambiente favorável para demandas externas de consumo de bens úteis e de utilidades. Alternativas para a crise atual a partir da teoria Keynesiana e da Teoria Liberal Fazer o que sugere, na Teoria de Keynes, está sendo feito sim, por alguns Estados, vejamos um exemplo, o Brasil. Se o governo aumenta seus gastos (não estou falando dos desvios de verba pública), reduz impostos, como por exemplo, do IPI sobre produtos industrializados – mais precisamente dos carros, que ninguém pode dizer o contrário, foi o trampolim para a economia não parar no Brasil, - economia essa que parece depender de segmentos como o da indústria automobilística- e o Brasil sair da crise primeiro do que outros países, principalmente porquê milhares de brasileiros quiseram aproveitar o período curto de imposto reduzido por parte do governo, para comprar o bem que mais gosta – carros. Isso tudo, é base da Teoria de Keynes. Além de quê, o governo Lula, aumentando o programa Social Fome-Zero, e o Bolsa Família, fez com que muitas famílias obtivessem uma renda. 3 Este consumo está fazendo a diferença no Brasil. Segundo a agência Estado, atualmente, pessoas de baixa renda gastam mais dinheiro no Brasil, do que os ricos!!! Juntando toda a renda ou os gastos com consumo dos pobres que consomem produtos no Brasil, os valores são maiores do que a soma dos valores gastos pelos ricos. E isso certamente tem haver com os programas Sociais do nosso governo. Em minha opinião, o Estado nunca deixou de ser importante para a economia, desde que agindo com responsabilidade. Conclusão Se há uma verdade a ser dita sobre a Crise Econômica do crédito em 2008, sobre o que poderia ter sido feito para evitá-la, é mera especulação. Aliás, a própria especulação deu início à crise. Foi especulando, que os bancos foram emprestando dinheiro a quem não poderia, pois de alguma forma, mesmo com péssimos perfis, especulou-se que os tomadores destes créditos “podres” poderiam pagar por suas dívidas. Então, de uma forma mais específica, e uma afirmação concreta, seja de quem for, será mera especulação. Mas depois de uma forte crise, sempre precisamos rever conceitos e estudar os pontos fracos pré-crise, e porque de fato aconteceu, para que seja evitada posteriormente. Ninguém gosta de passar por uma crise financeira, principalmente com um efeito dominó de tamanha abrangência. Referências bibliográficas FGV, apostila, Intr.Economia, pg 40, unidade 1.6.4 a pg 42 16.9. FGV, apostila, Intr.Economia, pg 50, unidade 3.1 a pg 51, unidade 3.3 http://pt.wikipedia.org/wiki/John_Maynard_Keynes http://pt.wikipedia.org/wiki/Liberalismo_economico http://pt.wikipedia.org/wiki/Escola_keynesiana ROCHA, Alexandre Pereira. Soluções para crise, de Keynes a Friedman. Disponível em: <http://www.secom.unb.br/artigos/artigo.php?id=70>. Acesso em: 22 jan. 2009. *Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática. 4