Matriz de atividade individual - Moodle

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Matriz de atividade individual*
Módulo: 2
Atividade: Forum
Título: Correntes do pensamento econômico
Aluno: Susi Hamada Faour Auad
Disciplina: Introdução à Economia
Turma: GRECEAD_T0029_1009
Introdução
Esse texto visa trazer de forma sucinta algumas das principais correntes do
pensamento econômico que nortearam o mundo na segunda metade do século
XVIII e no século XIX. São elas: a Clássica, a Neoclássica e a Keynesiana.
A Escola Clássica ou Liberalismo surgia na Inglaterra ao mesmo tempo que surgia a
Fisiocracia, na França. Ambas empenhadas em revisar as idéias econômicas
mercantilistas que embora tenham aumentado a expansão dos mercados
consumidores e, conseqüentemente, do comércio, tinham algumas preocupações
explícitas sobre a acumulação de riquezas de uma nação. Com isso, o
mercantilismo acabou estimulando guerras, um nacionalismo exarcebado e
manteve a poderosa e constante presença do Estado em assuntos econômicos.
A Escola Neoclássica e a Teoria Keynesiana merecem destaque por revolucionarem
o pensamento econômico. Na Escola Neoclássica o pensamento liberal se consolida
e surge a teoria subjetiva do valor. Na Teoria Keynesiana, procura-se explicar as
flutuações de mercado e o desemprego (suas causas, sua cura e seu
funcionamento).
Características principais da Escola Clássica
A Escola Clássica ou Liberalismo teve como principais pensadores Adam Smith,
David Ricardo, Thomas Malthus, Jean Baptiste Say e John Stuart Mill.
No entanto, existe um consenso de que essa Teoria Econômica, de forma
sistematizada, iniciou-se quando foi publicada a obra de Adam Smith "A riqueza das
Nações", em 1776. Em períodos anteriores, a atividade econômica do homem era
tratada e estudada como parte integrante da Filosofia Social, da Moral e da ética.
Adam Smith é considerado o fundador da economia política enquanto ciência
autônoma, sobrepondo os mercantilistas e os fisiocratas, pois nessa sua obra, ao
buscar explicar a natureza dessa riqueza e as formas de aumentá-la, Smith desloca
o campo de reflexão da economia da esfera de circulação das mercadorias para a
esfera da produção.
Dessa forma, contrapôs ao Mercantilismo com a idéia de produção crescente e
riqueza por meio do aumento de produtividade resultante de uma maior divisão do
trabalho.
Ao adotar uma teoria fundada na idéia de que o trabalho, ou seja, a atividade
produtiva, constituía a fonte da riqueza, Smith superou a noção fisiocrata de que
toda a riqueza era produzida na agricultura. O valor, enquanto sinônimo de riqueza,
seria produzido onde quer que fosse resultado de trabalho humano.
David Ricardo (1772-1823)
Deslocou o centro de gravidade da análise econômica da produção para a
distribuição, sendo uma de suas grandes contribuições a teoria do valor-preço.
Ele se interessou pelos preços relativos mais que pelos absolutos; queria descobrir
a base da relação de troca entre as mercadorias. As mercadorias obtêm seu valor
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de duas fontes: de sua escassez e da quantidade de trabalho necessário para obtêlas.
Thomas Malthus (1766-1834)
Autor de An Essay on the Principle of Population (1798; Ensaio sobre o princípio da
população) foi o primeiro economista a sintetizar uma teoria geral sobre a
população. Ao assinalar que o crescimento da população dependia rigidamente da
oferta de alimentos, Malthus deu apoio à teoria dos salários de subsistência.
Para Malthus, a causa de todos os males da sociedade residia no excesso
populacional: enquanto a população crescia em progressão geométrica, a produção
de alimentos seguia em progressão aritmética. Assim, o potencial da população
excederia em muito o potencial da terra na produção de alimentos.
Jean Baptiste Say (1768-1832)
O economista francês Jean Baptiste Say retomou a obra de Smith, ampliando-a.
Subordinou o problema das trocas de mercadorias a sua produção e popularizou a
chamada Lei de Say: " A oferta cria sua própria procura", ou seja, o aumento da
produção transforma-se-ia em renda dos trabalhadores e empresários, que seria
gasta na compra de outras mercadorias e serviços.
John Stuart Mill (1806-1873)
John Sturat Mill foi o último grande economista da escola clássica. Realizou
algumas contribuições importantes, sistematizou e divulgou o corpo completo do
pensamento econômico de seus predecessores.
Teve grande fé no progresso humano e amor pela liberdade; exerceu uma
apaixonada defesa pelos direitos da mulher.
Foi o sintetizador do pensamento clássico. Seu trabalho foi o principal texto
utilizado para o ensino de Economia no fim do período clássico e no início do
período neoclássico. A obra de Stuart Mill consolida o exposto por seus
antecessores, e avança ao incorporar elementos institucionais e ao definir melhor
as restrições, vantagens e funcionamento de uma economia de mercado.
A partir da contribuição desses economistas clássicos, a Economia passa a formar
um corpo teórico próprio e a desenvolver um instrumental de análise específico
para as questões econômicas. Apesar de existirem muitas aplicações normativas no
pensamento clássico, seu tema central pertence à ciência positiva, situando-se o
interesse primordial na análise abstrata das relações econômicas, com a finalidade
de descobrir leis gerais e regularidades do comportamento econômico.
As principais contribuições da escola clássica à teoria econômica foram:
 Fim da intervenção do Estado na economia, "laissez-faire, laissez-passer"
 Livre concorrência, baixar os custos de produção;
 “Mão invisível” lei natural do mercado;
 Fim das medidas protecionistas e dos monopólios;
 Elevar o nível de vida de todo o povo.
Características principais da Escola Neoclássica
A Escola econômica neoclássica surge no final do século XIX com uma nova teoria
da distribuição e do valor buscando a racionalização e otimização dos recursos
escassos.
Seus principais pensadores foram Carl Menger, Willian Stanley Jevons, Léon Walras
e Alfred Marshall.
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Essa escola baseia-se na maximização de lucros. A distribuição passa a ser feita
pela produtividade marginal do fator de produção.
A teoria do valor nasce baseada na filosofia utilitarista de Jeremy Bentham,
percebendo a utilidade como uma qualidade abstrata e, por isso, não inerente as
coisas, mas sim circunstancial que surge da relação objeto x homem e, que torna
esse apropriado aos fins individuais, compreende-se a subjetividade do conceito e
as dificuldades de se quantificar o aumento do prazer ou do desprazer
proporcionado por um bem em si mesmo, fora de contexto.
Desenvolveram o principio da utilidade marginal, que significa:
À medida que ocorre o consumo de um bem, o grau de satisfação das necessidades
e desejos humanos vai decrescendo; em virtude desse desejo ir sendo saciado,
aqui foi introduzido uma variável subjetiva para o consumo do bem ou serviço.
A principal preocupação marginalista era a alocação ótima dos recursos escassos
entre fins alternativos.
Para eles um produto é tanto
Exemplo clássico seria o paradoxo água X diamante, no qual teríamos uma relação
oposta entre a noção de utilidade, como conceito absoluto, e o valor. Analisando as
características dos bens comparados observou-se a relação positiva entre valor e a
escassez, contendo a idéia de que nem todas as porções do mesmo bem possuem a
mesma utilidade. Para somar esse fator como importante na valoração, cria-se o
conceito de utilidade marginal, função decrescente da quantidade.
Com base em novos modelos teóricos, com novas concepções de conceitos sobre
valor, trabalho, produção e outros, os neoclássicos se disporam a rever toda a
análise econômica clássica. Várias obras foram escritas tendo por fim alcançar a
cientificidade pura da economia. Alfred Marshall (1842-1924), em sua obra Síntese
Neoclássica, tenta provar de que forma o livre funcionamento das relações
comerciais garantiriam a plena alocação dos fatores de produção.
A principal preocupação dos neoclássicos era o funcionamento de mercado e como
se chegar ao pleno emprego dos fatores de produção, baseada no pensamento
liberal.
Alfred Marshal (1842-1924)
Formulou a noção de utilidade marginal decrescente e as condições necessárias que
"toda queda, por menor que seja, do preço de uma mercadoria de uso geral,
aumentará suas vendas totais, mantendo-se inalterada as outras coisas".
Uma das contribuições mais importante de Marshal foi a introdução dos conceitos
de que os empresários tentaram reduzir os custos de produção substituindo um
fator de produção por outro e que, quando a firma aumentava a quantidade usada
de um fator em relação a quantidade usada de outro fator, o incremento marginal
acrescentando a produção pelo aumento igual ao do primeiro fator, começaria a
partir de determinado ponto a diminuir.
León Walras (1834-1910)
No campo da economia pura preocupa - se com a causa do valor de troca e o
equilíbrio geral da economia. Na sua teoria do equilíbrio geral, Walras é puramente
matemático, querendo mostrar que há inter dependência entre todas as variáveis
econômicas é suscetível de uma aplicação matemática, que este mercado
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independente pode chegar ao equilíbrio geral e que a força que leva o mercado ao
equilíbrio é a livre concorrência.
Walras faz a distinção entre o mercado de produtos e o mercado de fatores, no
primeiro, os consumidores demandam bens e serviços. No segundo as empresas
demandam os fatores de produção, os fatores de produção para eles, os
neoclássicos são trabalho, capital, e recursos naturais.
Carl Menger (1840-1921)
Foi um dos fundadores da escola marginalista.
Publicou, seus princípios de economia política em 1871 apresentando a distinção
entre bens econômicos e bens não econômicos.
Menger mostra que o valor é uma espécie de força de atração que o bem exerce,
criada pela sua escassez.
Ele explica ainda a noção de utilidade marginal decrescente: A medida que a
pessoa supre a sua vontade, menor será a satisfação que cada acréscimo lhe
proporcionará.
William Stanley Jevons (1835-1882)
Jevons publicou a "teoria da Economia política", o qual considerava a verdadeira
teoria da economia. Ele afirmava que "o valor depende inteiramente da utilidade".
Jevons estava interessado apenas no preço, introduziu a nação de marginalismo na
economia utilitarista e procurou explicar como a utilidade marginal determinava os
preços, tentando mostrar como dois agentes de troca poderiam chegar a preços de
equilíbrio de duas mercadorias.
Ele também formulou uma teoria do capital que ressaltava a dimensão temporal da
produção, que tinha como principal objetivo contestar a conclusão de que a taxa de
lucro variava em sentindo inverso ao salário, ele dizia que a propriedade do capital
pelos capitalistas era sagrada e que cabe aos capitalistas manter os operários com
isso ampliou a definição de economia: "A economia não é, então, somente a ciência
da troca ou do valor, também é a ciência da capitalização".
As principais contribuições da escola neoclássica à teoria econômica foram:
 Maximização dos lucros;
 Teoria do valor;
 Equilíbrio geral dos mercados;
 Abordagem microeconômica
Semelhanças entre as Escolas Clássica e Neoclássica
Liberalismo econômico, base das duas escolas; e
Equilíbrio do mercado, “Mão Invisível”.
Características da Teoria Keynesiana
A Teoria Keynesiana surgiu em 1936 com a publicação da Teoria geral do emprego,
dos juros e da moeda, de John Maynard Keynes (1883-1946).
O Keynesiano define-se por um conjunto de idéias que propunham a intervenção
estatal na vida econômica com o objetivo de conduzir a um regime de pleno
emprego. As teorias de John Maynard Keynes tiveram enorme influência na
renovação das teorias clássicas e na reformulação da política de livre mercado.
Para Keynes cabe à procura (o consumo) o papel primordial de agente motor de
todo o sistema econômico, pois o emprego varia no mesmo sentido que o
rendimento global (gerador da procura global).
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O Keynesianismo representa críticas aos fundamentos clássicos do "laissez faire",
mas não um rompimento com os princípios do liberalismo econômico (propriedade
privada, iniciativa privada, competição). Acima de tudo, o Estado deveria agir para
sanar as deficiências do mercado, mas nunca deveria competir com a iniciativa
privada. Ele apresentava um novo perfil de Estado, um Estado que interferia na
economia para corrigir as distorções do mercado. Deste modo ele atuava na área
econômica e social, além de ser um agente direto na redistribuição de rendas através de uma política fiscal progressista.
Tais políticas propunham-se a selecionar o problema do desemprego pela
intervenção estatal, desencorajando o entesouramento em proveito das despesas
produtivas por meio da redução da taxa de juros e do incremento dos
investimentos públicos.
Diferença entre a Teoria Keynesiana e a Escola Liberal
A Teoria Keynesiana dava ênfase ao emprego, defendia a intervenção moderada do
estado na economia, moeda com valor real, a taxa de poupança aumenta em
função do aumento do emprego, modelo de equilíbrio a curto prazo, visão de
microeconomia.
A Escola Clássica dava ênfase à concorrência, defendia o liberalismo, moeda apenas
com um papel passivo nas trocas, os investimentos e a poupança são determinados
principalmente pelas taxas de juros, modelo de equilíbrio a curto prazo, visão de
macroeconomia.
Alternativas para a crise atual a partir da teoria Keynesiana e da Teoria
Liberal
Acredito que para toda crise o melhor seja a prática da idéia de Keynes, onde o
Estado, de uma maneira moderada, interviesse fomentando o mercado, gerando
empregos e criando novas políticas e programas sociais capazes de suprir
momentaneamente, tais necessidades.
Obviamente, a intervenção corretiva a das autoridades fiscais e monetárias não é
garantia suficiente para que a economia opere em posições sempre próximas do
pleno emprego, com crescimento firme, livre de oscilações na estrutura e nos níveis
dos preços. O mundo econômico é mais complexo que o sintetizado nos modelos
básicos do equilíbrio macroeconômico.
O total liberalismo causa com o tempo nova crise, pois o sistema capitalista
desenfreado focado no lucro, não se adéqua as mudanças que ocorrem nos
mercados. Vindo a fazer isso apenas no período pós-crise.
Ante qualquer crise, urge a necessidade de uma educação financeira para que o
povo não quebre o seu bolso e, conseqüentemente, as empresas do país sejam elas
nacionais ou não.
Conclusão
A diversidade de correntes de pensamento econômico contribui para o
aprimoramento de novas teorias capazes de minimizar os impactos causados por
futuras crises econômicas. Não havendo um pensamento mais correto que o outro,
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mas sim um mais apropriado para o momento. Embora, o melhor seria aquele que
buscasse o equilíbrio entre eles.
Referências bibliográficas
http://www.scribd.com/doc/18590230/Escola-classica
http://pt.wikipedia.org
http://www.janelanaweb.com
http://www.economistas.pop.com.br
ROCHA, Alexandre Pereira. Soluções para crise, de Keynes a Friedman. Disponível
em: <http://www.secom.unb.br/artigos/artigo.php?id=70>. Acesso em: 22 jan.
2009.
MARQUES, Luis Fernando Bicca. Economia Clássica.
www.ufrgs.br/comexfce/dvirtuais/eco245/Classica.htm
(04/2002)
PEREIRA, Rafael Vasconcellos de Araújo. A Evolução do pensamento
Econômico. Economia Clássica; www.factum.com.br/artigos/t002.htm (04/2002)
SKIDELSKY, Roberto. Keynes. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 1999.
VASCONCELLOS, Marco Antonio S. Fundamentos de Economia
*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de
raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.
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