Matriz de atividade individual* Módulo: 2 - Pensamento Econômico Atividade: Trabalho para Fórum Título: Das correntes econômicas e seus enfoques sobre a crise Aluno: Reginaldo Garcia Chaves Disciplina: Introdução à Economia Turma: 30 – C – Equipe 4 Introdução Vejo a economia como uma ciência em evolução, querendo dizer com isso que não acho que conceitos desenvolvidos desde o início da história da economia estivessem incorretos, mas sim adequados à época. Pois a economia segue também a forma com que as pessoas e entidades se relacionam em seu processo de venda ou troca, para satisfazer a necessidade entre essas mesmas entidades. Hoje com o uso massivo da mídia que geram demandas e a dinâmica dos mercados potencializados pela tecnologia, temos uma grande necessidade de compreender a ciência econômica para atuar em diversos segmentos profissionais. Os conceitos estudados em nosso curso podem ser observados nas políticas econômicas dos estados e até mesmo nas atividades diárias dos mercados. Este trabalho tem como objetivo desenvolver os temas solicitados, com minhas próprias palavras (por vezes compostas juntamente com frases que achei relevantes no meu raciocínio), sendo assim, apresentando e representando meu entendimento, que submeto ao grupo do fórum esperando críticas e sugestões para uma prazerosa discussão. Características principais da Escola Clássica A escola clássica se fez presente nos fins do Séc. XVIII e início do séc. XIX, Cuja base do pensamento foi o liberalismo (influência mínima do estado sobre a economia). Surgiu do estudo para manter em ordem a economia preservando os conceitos do liberalismo e aproveitamento das inovações tecnológicas desenvolvidas durante a revolução industrial, evento no qual teve grande influência na consolidação da escola clássica. Seu principal expoente foi Adam Smith (1723-1790) que, ao contestar a regulamentação comercial do sistema mercantilista, defendeu que a concorrência produz como resultado o desenvolvimento econômico. A escola foi caracterizada pela busca no equilíbrio do mercado (oferta e demanda) via ajuste de preços ("mão invisível"), pela não-intervenção estatal na atividade econômica, prevalecendo a atuação da "ordem natural" e pela satisfação das necessidades humanas através da divisão do trabalho, que por sua vez aloca a força de trabalho em várias linhas de emprego. Adam Smith defendia a idéia que deveria se beneficiar a participação do povo na economia, não mais beneficiando a riqueza apenas para as classes sociais mais favorecidas. Também publica a obra “Wealth of Nations” onde estabelece princípios sobre análise do valor, lucros, juros, divisão do trabalho e renda de terras. As teorias sobre crescimento econômico e riqueza. 1 Marx teve grande expressão como sendo o primeiro abalo na escola clássica, sua ideologia era baseada na crítica da "ordem natural" e "harmonia de interesses", devido a concentração de renda e exploração do trabalho. Um humanista cujo trabalho influenciou Lênin na formação da União das Repúblicas Socialista Soviéticas. Características principais da Escola Neoclássica A Teoria Neoclássica se fez presente no final do séc. XIX ao início do séc. XX. Teve como marco a consolidação do liberalismo através do equilíbrio do próprio homem para a racionalização dos recursos escassos, através da balança ganhos e gastos. O meio de produção prezava pela livre competição e se equilibrava através do próprio andamento do mercado. Os métodos de estudo da economia também foram marco importante na escola NeoClássica: uma nova teoria de valor, baseada na utilidade; a teoria do Equilíbrio Geral com a interdependência dos preços; A teoria do Equilíbrio Parcial que defendia que a economia era o estudo da atividade humana nos negócios e não apenas vinculada a riqueza e a tentativa de integrar a análise monetária à análise real. Novos conceitos de valor, trabalho e produção foram desenvolvidos na escola neoclássica. A principal preocupação dos neoclássicos era o funcionamento de mercado e como se chegar ao pleno emprego dos fatores de produção, baseada no pensamento liberal. Semelhanças entre as Escolas Clássica e Neoclássica Vejo as escolas como uma evolução e não exatamente como contrastes baseado em diferenças, com isso as semelhanças são bem expressivas. Certamente que diferenças existem, porém sempre acompanhando a sociedade e se adaptando as novas relações sociais com iniciativa privada, estado e povo. A teoria clássica e a marxista estavam em período conflitante, quando a Teoria Neoclássica pôs fim ao conflito. Se modificaram os métodos de estudo econômicos e através destes buscou-se a racionalização e a otimização dos recursos escassos. As principais semelhanças entre as escolas Clássica e Neoclássica estão no pensamento do liberalismo, caracterizado pela fraca participação do estado nos assuntos vinculados à economia. Características da Teoria Keynesiana “Keynes defendia a intervenção moderada do Estado. Afirmava que não havia razão para o socialismo do Estado, pois não seria a posse dos meios de produção que resolveria os problemas sociais, ao Estado compete incentivar o aumento dos meios de produção e a boa remuneração de seus detentores” (A Evolução do Pensamento 2 Econômico - Rafael Vasconcellos de Araujo Pereira) Através, por exemplo, de incentivos em taxas fiscais o controle da demanda poderia ser efetivo. Esse mecanismo de controle, com a presença do estado, teria função de alcançar o crescimento. Também iniciativas de investimentos do estado para promover o aquecimento do emprego para tentar intervir nas crises recessivas. O principio da Demanda Efetiva, como estratégia econômica, que decide atuar onde existe demanda ou, se possível, criar demandas para a população. Na crise de 1929, considerada a pior e mais demorada crise econômica mundial, os Estados Unidos, com o então presidente Roosevelt, limitou o liberalismo econômico implantando um plano elaborado por economistas consagrados que se basearam nas idéias de Keynes para impulsionar e controlar o crescimento econômico, retirando o país da forte depressão. O plano foi determinante para projetar os Estados Unidos como potência econômica mundial. Diferença entre a Teoria Keynesiana e a Escola Liberal Na Escola Liberal se prega a mínima participação do estado como órgão regulador da economia. O controle da economia é baseado filosoficamente no equilíbrio natural, onde um desequilíbrio entre oferta e demanda se regula pelas forças criadas pelos interesses. Keynes propõe um sistema bastante contrário a este pensamento liberal, com a efetiva, porém moderada, interferência do estado como órgão regulador de demanda, através de intervenções compondo nos impostos e taxas os incentivos, ou modos de reprimir, as demandas e assim obter um controle efetivo do crescimento econômico. Alternativas para a crise atual a partir da teoria Keynesiana e da Teoria Liberal Bem, segundo a teoria Keynesiana o governo poderia agir como órgão regulador moderado para o aumento de demanda. Acredito que isso foi feito no Brasil com o incentivo fiscal, bem representado na redução do IPI. Com a economia aquecida novos postos de trabalho acabam sendo criados, com mão de obra migrando de um segmento de mercado mais afetado para um outro mais aquecido pela criação da demanda, como ocorreu com o enfraquecimento da área financeira e o fortalecimento na indústria. Eu mesmo sou proprietário de uma empresa de TI e presto serviços para o mercado financeiro. Durante a crise iniciada no final de 2008 até os tempos atuais nós partimos para exploração de novos mercados, especialmente o Telecom e Mobile, aquecidos, puxados pelas demandas industriais (Telecom com novas políticas e leis de atendimento ao cliente) e Mobile com as novas versões de equipamentos móveis e seus constantes “bombardeio de marketing sugerindo 3 novas aplicações” exibidos na mídia (novas tecnologias para jogos, comunicação de redes de dados e produtos voltados à Internet. Para o mercado mundial seria muito complexo pensar em um modelo como o que acabou por acontecer no Brasil sobre o segmento da indústria, telecomunicações e móbile (telefonia celular e redes de dados), pois existem contextos nacionais vinculados a cultura, momento de desenvolvimento e hábitos que o povo brasileiro tem; considero muito difícil que uma análise superficial conseguissem os mesmos efeitos se propagariam positivamente em qualquer país envolvido na crise. Porém acho que seria uma alternativa para os estados, as intervenções e redução de taxas para criar demandas de consumo; como prega a teoria Keynesiana. Os noticiários mostravam claramente a intervenção de diversos Estados para auxiliar empresas e oferecer benefícios como reduções de taxas fiscais e facilidades de créditos. Conclusão Para mim o estudo de economia é novo, estudei engenharia e análise de sistema, mas não tive matéria de economia nos cursos. Portanto, abstrair conclusões centradas nos conceitos que acabo de estudar não é uma tarefa que está sendo tão fácil para mim. Penso na economia como sendo uma ciência vinculada às relações sociais, portanto evolutiva e adaptável a forma de vida da nossa sociedade. Uma ciência que estuda como os eventos que ocorrem em nosso social interferem nos resultados econômicos e, por vezes, demandam adaptações baseadas nos conceitos contidos na matéria. Penso que eventos como a crise de 1929, as guerras mundiais, os eventos das torres gêmeas e a própria recente crise econômica mundial afetaram diretamente a economia, e conceitos como o de Keynes me pareceram bastantes presentes nas atitudes dos estados para combate à recessão. Referências bibliográficas Apostila FVG – Introdução à Economia. A Evolução do Pensamento Econômico Rafael Vasconcellos de Araujo Pereira *Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática. 4