Química Orgânica – Aula 1 (Específica) ISOMERIA EM QUÍMICA ORGÂNICA Profº.: Wesley de Paula ISOMERIA INTRODUÇÃO • • • a substância A é um álcool: CH3-CH2-OH; a substância B é um éter: CH3-O-CH3; A e B são isômeros. “Isômeros são compostos de mesma forma molecular que apresentam propriedades diferentes devido a fórmulas estruturais diferentes”. 1. ISOMERIA PLANA , ESTRUTURAL OU CONSTITUCIONAL 2. ISOMERIA ESPACIAL OU ESTEREOISOMERIA ISOMERIA PLANA “Isomeria plana ocorre quando a diferença entre os isômeros pode ser explicada por fórmulas estruturais planas”. Isomeria de cadeia (ou de núcleo); Isomeria de posição; Isomeria de compensação (ou metameria); Isomeria de função (ou funcional); Tautomeria. ISOMERIA DE CADEIA (OU DE NÚCLEO) “Isomeria de cadeia (ou núcleo)é aquela em que os isômeros têm cadeias (ou núcleos) diferentes”. Exemplos: ISOMERIA DE POSIÇÃO “Isômeros de posição ocorre quando isômeros têm a mesma cadeia carbônica, mas diferem pela posição de ramificações ou de ligações duplas ou triplas”. ISOMERIA DE COMPENSAÇÃO (OU METAMERIA) “Isomeria de compensação (ou metameria) ocorre quando os isômeros diferem pela posição de um heteroátomo na cadeia carbônica”. ISOMERIA DE FUNÇÃO (OU FUNCIONAL) “Isomeria de função ou química é o caso de isomeria plana na qual os isômeros pertencem à funções químicas diferentes.” Os principais casos de isomeria funcional são: TAUTOMERIA “Tautomeria é o caso particular de isomeria funcional em que dois isômeros ficam em equilíbrio químico dinâmico”. Os casos mais comuns de tautomeria são entre: • aldeído e enol; • cetona e enol. ISOMERIA ESPACIAL “Isomeria espacial (ou estereoisomeria) é aquela que somente pode ser explicada por meio de fórmulas estruturais espaciais”. A isomeria espacial divide-se em: 2.1. isomeria cis-trans (ou geométrica); 2.2. isomeria óptica. Isomeria cis-trans (ou geometrica) Ocorre em dois casos: • em compostos com duplas ligações; • em compostos cíclicos. Isomeria cis-trans em compostos com duplas ligações Nos compostos com duplas ligações devermos ter a seguinte estrutura: Representando por a, b, c, e d os átomos ou radicais ligados aos átomos de carbono da dupla ligação: a) Compostos que não apresentam isômeros geométricos: b) Compostos que apresentam isômeros geométricos: “Os isômeros geométricos ou cis-trans de um composto diferem entre si nas suas constantes físicas (ponto de fusão, ponto de ebulição, densidade, solubilidade, etc.), e em certas propriedades químicas.” Exemplo 1: O ácido butenodióico cis é chamado ÁCIDO MALÊICO e o trans é chamado ÁCIDO FUMÁRICO. Isomeria cis-trans (E-Z) E→ Trans; Z→ Cis. Exemplo2: (2E)- 2 buteno – 2,3 diamina (2Z)- 2 buteno – 2,3 diamina (2E)- 2 buteno – 2,3 diamina (2Z)- 2 buteno – 2,3 diamina Isomeria cis-trans em compostos cíclicos ISOMERIA ÓPTICA Luz natural e luz polarizada Luz comum (ou natural); • É formada por ondas eletromagnéticas, sendo que as elétricas vibram em um plano e as magnéticas, em outro, perpendicular entre si; • E a medida que a “luz caminha”, esses dois planos giram em torno de seu próprio eixo de propagação; Luz polarizada • Se pudéssemos enxergar essas vibrações, teríamos algo parecido com a figura A. • Na luz polarizada, os planos de vibração elétrico e magnético não giram, “vendo-a de frente”, teríamos a figura B; • Mas é comum representar a luz polarizada apenas por um dos planos(figura c); Como polarizar a luz? • A maneira mais simples é usar o material denominado “polaróide”; Substâncias opticamente ativas • São substâncias que têm atividade óptica; • Formas geométricas assimétricas; • Esse tipo de assimetria é chamado de assimetria quiral (carbonos com quatro ligantes diferentes); • Logo, a luz polarizada sofre dois desvios um para a direita (dextrogira), e outra para a esquerda (levogira). Isomeria Óptica “A isomeria óptica é um caso particular da isomeria espacial que só ocorre em moléculas quirais. O termo quiral se refere a ausência de simetria(assimétrico).” O termo quiral vem da palavra grega cheir, que significa ‘mão’. Isomeria óptica com o carbono assimétrico • Ácido lático dextrogiro, e nós escrevemos ácido d-lático ou ácido (+) lático; • Ácido lático levogiro, e nós escrevemos ácido l-lático ou ácido (-) lático. Uma molécula quiral não é idêntica a sua imagem no espelho. As moléculas quirais não possuem plano de simetria. Isômeros ópticos Existem duas classes de isômeros ópticos: • Enantiômeros = estereoisômeros que são imagens especulares um do outro, que não se superpõem. • Diastereômeros = estereoisômeros que não são imagens especulares um do outro e que não se superpõem. Enantiômeros • Somente moléculas enantiômeros. quirais podem apresentar MISTURA RACÊMICA É uma mistura contendo 50% de isômero (d) e 50% de isômero ( l ) do tipo enantiomorfos. A mistura racêmica, portanto, não desvia o plano de luz polarizada, sendo opticamente inativa. No entanto, a mistura racêmica pode ser biologicamente ativa. Diastereômeros Cálculo do número de isômeros ópticos e racêmicos O cálculo do número de isômeros ópticos e racêmicos pode ser feito utilizando-se as seguintes equações: • n = Número de carbonos assimétricos; • 2n = Número de isômeros opticamente ativos (IOA); • 2n-1 = Número de racêmicos e número de pares de enantiômeros. Compostos com vários carbonos assimétricos diferentes Onde: • A e B; C e D são enantiômeros; • A e C; B e C; A e D; B e D são diastereoisômeros (não tem a imagem especular); Compostos cíclicos • Na forma cis é inativo; • Na forma trans, há isomeria óptica (transdextrogiro e translevogiro).