HOJE NA ECONOMIA Edição 507 14/03/2012 Ante uma agenda global esvaziada, mercados sustentam otimismo gerado pela avaliação positiva sobre a recuperação da economia americana efetuada pelo o Fed no comunicado divulgado após a reunião de política monetária (Fomc), realizada ontem. Diminuem as chances da necessidade de novas medidas de estímulo monetário. Além disso, foi bem recebido o resultado do teste de estresse efetuado junto a 19 grandes bancos americanos, que mostrou um sistema financeiro fortalecido, com instituições lucrativas, líquidas e capitalizadas. Afastada a hipótese de novas injeções de moeda na economia americana, dólar se fortalece frente às principais moedas. O euro é negociado a US$ 1,3071/€ (-0,11%) e o iene a ¥ 83,46/$ (-0,62%). Os futuros dos índices S&P e D&J operam em ligeira alta: 0,17% e 0,23%, respectivamente. Na Europa, com a superação da fase mais aguda da crise da dívida europeia, os investidores surfam o otimismo gerado pelo fortalecimento da economia americana. O índice STOXX600 registra ganhos de 0,82% neste momento, enquanto em Londres o FT-100 sobe 0,50%; na França o CAC-40 +1,0% e na Alemanha 0 DAX-30 +1,39%. No Japão, o índice Nikkei se valorizou 1,53% no pregão de hoje, voltando a operar acima dos 10 mil pontos. Uma moeda desvalorizada, favorecendo o setor exportador japonês, foi a principal motivação dos investidores no mercado de ações. Na China, a bolsa de Xangai registrou queda de 2,63%, em meio a rumores que o governo pretende mexer na banda cambial para dar maior coordenação ao movimento de desvalorização da moeda chinesa, que, segundo as autoridades locais, já se encontra próxima do equilíbrio. No mercado de commodities, com afastamento, pelo menos por ora, de novas medidas de ampliação de liquidez por parte do Fed, commodities em geral operam em queda. O petróleo tipo WTI é negociado a US$ 106,49/barril, com queda de 0,21%, O índice de commodities geral recua 0,43%, com metais recuando 0,52% e agrícolas -0,36%. Neste dia de menor aversão ao risco, os investidores deverão favorecer o Ibovespa, que deverá prosseguir em sua trajetória de alta. No entanto, a queda das cotações das principais commodities abre espaço para alguma realização após a forte alta de ontem. No mercado de juros futuros, sem uma agenda de destaque, espera-se por pequenas oscilações nos principais vértices, mas com viés de baixa. No mercado de cambio, o movimento deve ser no sentido de depreciação do real ante a moeda americana, não só pela tendência de valorização do dólar no dia de hoje, como em reação às declarações do ministro da Fazenda, Guido Mantega, admitindo que, no momento, o governo administra um sistema de bandas no regime flutuante. Superintendência de Economia Sul América Investimentos - Associada ao ING www.sulamericainvestimentos.com.br