Hoje na Economia Edição 1334 11/08/2015 Mercados iniciam os negócios repercutindo a desvalorização da taxa de câmbio promovida pelo governo chinês, nesta manhã. O Banco Central da China desvalorizou o Yuan em 1,82% em um único movimento, a mais acentuada queda em um dia da história. Esse movimento que busca estimular o crescimento via aumento da competitividade do setor externo, desencadeou algumas desvalorizações competitivas na região, com destaque para as depreciações das moedas da Austrália, Coreia do Sul e Singapura. Os mercados de ações da Ásia fecharam em queda, atingindo o menor nível das últimas duas semanas. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com queda de 0,8%. As bolsas chinesas fecharam perto da estabilidade (Xangai Composto -0,01%), enquanto o índice Hang Seng de Hong Kong apurou discreta queda (-0,09%). Em Tókio, o índice Nikkei encerrou a sessão com queda de 0,42%, com investidores preocupados com a China, onde os problemas econômicos parecem estar se agravando. No mercado de câmbio, a moeda americana é cotada a 124,82 ienes, mantendo-se próximo ao patamar observado no dia de ontem. Na Europa, Grécia e seus credores chegaram a um acordo sobre os termos necessários para disponibilizar um terceiro pacote de resgate ao país, de até 86 bilhões de euros. A perspectiva de encerramento das negociações favorecem os bonds europeus como também a moeda comum. O euro vem sustentando o patamar conquistado frente à moeda americana, nos últimos dias, sendo cotado a US$ 1,1025, com valorização de 0,10%, nesta manhã. O mercado acionário opera em baixa, acompanhando as bolsas da Ásia, após a desvalorização da moeda chinesa. O índice STOXX600 recua 0,98% no momento. Em Londres, o FTSE100 perde 0,86%; em Paris o CAC40 recua 1,32% e o DAX de Frankfurt cai 1,68%. O índice futuro do S&P500 segue os mercados acionários internacionais, operando com queda de 0,63%, nesta manhã. O dólar não mostra tendência definida frente às principais moedas, enquanto o juro pago pela Treasury de 10 anos encontra-se em 2,15% ao ano. O brusco movimento cambial ocorrido na China impactou negativamente sobre o mercado de commodities em geral, especialmente sobre o mercado de óleo. As cotações futuras do petróleo recuam nesta manhã, com o produto tipo WTI sendo negociado a US$ 44,31/barril, com queda de 1,49%. A desvalorização da moeda chinesa deve repercutir negativamente sobre o mercado acionário brasileiro. A Bovespa deve acompanhar a tendência observada nas demais praças internacionais, devendo abrir os negócios em queda. Ante um ambiente de aversão ao risco, prejudicando os ativos de emergentes de forma geral, é provável que o dólar comece o dia em alta, pressionando também os vencimentos mais longos da curva de juros futuros. Superintendência de Economia SulAmérica Investimentos Sulamericainvestimentos.com.br