A CASSI é sua e depende de você

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Publicação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil
Ano XII - nº 78 | setembro/outubro | 2011
A CASSI é sua
e depende
de você
página 6
EDITORIAL
Quando transparência é fundamental
Matéria assinada pelo jornalista Andrew
e poucas facilitam o acesso aos dados divulgados. Nenhuma delas publica
Jack, publicada há alguns dias no Finan-
informações sobre o custo substancial de “amostras”, o fornecimento gra-
cial Times, garante que apenas no pri-
tuito de medicamentos que induz os médicos a receitá-los, especialmente a
meiro semestre deste ano os principais
pacientes cobertos por seguro-saúde que cubra os gastos com medicação.
laboratórios já doaram mais de US$ 148
milhões a 165 mil médicos norte-america-
Boa parte dos médicos listados recebeu apoio muito modesto – na forma de
nos (entre eles US$ 48 milhões da Eli Lilly
brindes, como canetas com logotipos de farmacêuticas ou “almoços sandu-
e US$ 42 milhões da Pfizer) para gastos
íches”, uma moeda de troca usual quando representantes visitam médicos
com lazer, viagens, consultoria, educação
ocupados. No entanto, alguns estudos acadêmicos sugerem que esses itens
e apoio a pesquisas, num processo que a indústria farmacêutica afirma ser ético
criam laços de amizade que podem induzir os médicos a receitar medicamen-
e produzir resultados positivos para a saúde, mas que, argumentam os críticos,
tos, mesmo aqueles para os quais as evidências científicas são frágeis.
cria o risco de influenciar quais medicações são receitados pelos médicos.
Porém, bem acima desse tipo de prática, registram-se grandes pagamentos
Embora algumas empresas de grande porte, como a Sanofi, não tenham divul-
a médicos palestrantes em conferências. Alguns beneficiários reconheceram
gado nenhum dado, as companhias que já o fizeram registraram, juntas, paga-
que o resultado subconsciente foi de transformá-los em advogados dos me-
mentos de US$ 437 milhões a 262 mil médicos em 2010. Isso acontece quando
dicamentos dos que os patrocinam. Christopher Loder, um porta-voz da Pfizer,
se intensifica a fiscalização das práticas de marketing, já que as agências go-
chegou a dizer que a empresa continua sustentando o mérito de suas rela-
vernamentais estão concluindo as diretrizes que tornarão obrigatória, a partir
ções com os profissionais de saúde: “Através de nossas interações, aprende-
do 2013, a publicação de dados sobre apoio financeiro ao setor, como parte das
mos valiosas informações que podem nos ajudar a servir melhor médicos e
reformas nessa área nos EUA. O objetivo da publicação dos dados é permitir
pacientes, e compartilhamos conhecimentos que os profissionais de saúde
que as agências fiscalizadoras, as instituições médicas e os pacientes possam
podem usar para tomar decisões mais bem fundamentadas nos tratamentos”.
enxergar melhor as relações entre médicos e empresas, mas a extensão da divulgação e a forma como é apresentada variam muito, dificultando as análises.
Não se pode afirmar, com segurança, que tais práticas também acontecem
no Brasil, até porque não existe obrigatoriedade por aqui de dar transpa-
Os resultados permanecem confusos. Entre as empresas que liberaram in-
rência a esse tipo de estratégia de marketing.
formações, nenhuma forneceu dados comparáveis diretamente. Algumas
publicam números precisos, outras apenas faixas, algumas o fazem trimes-
Boa leitura.
tralmente, outras anualmente. Cada uma tem diferentes patamares mínimos,
Hayton Jurema da Rocha (presidente)
ANS - nº 34665-9
Expediente
Conselho Deliberativo
Roosevelt Rui dos Santos (Presidente)
Fernanda Duclos Carísio (Vice-presidente)
Amauri Sebastião Niehues (Titular)
Ana Lúcia Landin (Titular)
Loreni Senger Correa (Titular)
Marco Antonio Ascoli Mastroeni (Titular)
Renato Donatello Ribeiro (Titular)
Sergio Iunes Brito (Titular)
Vagner Lacerda Ribeiro (Suplente)
Claudio Alberto Barbirato Tavares (Suplente)
Fernando Sabbi Melgarejo (Suplente)
Gilberto Lourenço da Aparecida (Suplente)
Íris Carvalho Silva (Suplente)
José Roberto Mendes do Amaral (Suplente)
Milton dos Santos Rezende (Suplente)
Ubaldo Evangelista Neto (Suplente)
Conselho Fiscal
Gilberto Antonio Vieira (Presidente)
Eduardo Cesar Pasa (Titular)
2
Francisco Henrique Pinheiro Ellery (Titular)
Frederico Guilherme F. de Queiroz Filho (Titular)
Paulo Roberto Evangelista de Lima (Titular)
Rodrigo Nunes Gurgel (Titular)
Benilton Couto da Cunha (Suplente)
Marcos José Ortolani Louzada (Suplente)
Cesar Augusto Jacinto Teixeira (Suplente)
Luiz Roberto Alarcão (Suplente)
José Caetano de Andrade Minchillo (Suplente)
Viviane Cristina Assôfra (Suplente)
Diretoria Executiva
Hayton Jurema da Rocha
(Presidente)
Denise Lopes Vianna
(Diretora de Planos de Saúde e Relac. com Clientes)
Maria das Graças C. Machado Costa
(Diretora de Saúde e Rede de Atendimento)
Geraldo A. B. Correia Júnior
(Diretor de Administração e Finanças)
Edição e Redação
Editor: Sergio Freire (MTb-DF 7.630)
Jornalistas: Liziane Bitencourt Rodrigues (MTb-RS 8.058), Marcelo
Delalibera (MTb-SP 43.896), Pollyana Gadêlha (MTb-DF 4.089) e Tatiane
Cortiano (MTb-PR 6.834)
Edição de arte
Projeto gráfico: Luís Carlos Pereira Aragão
Diagramação: Luís Carlos Pereira Aragão e Caroline Morais
Produção
Impressão: Fórmula Gráfica
Tiragem: 148.918 exemplares
Edição: setembro/outubro 2011
Imagens: Divisão de Marketing, Stockxchng e Dreamstime
Valor unitário impresso: R$ 0,26
Publicação da CASSI (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do
Brasil). “É permitida a reprodução dos textos, desde que citada a fonte”.
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Envie seu comentário sobre as matérias para [email protected].
Reclamações e solicitações sobre outros assuntos devem ser encaminhadas pelo Contato Eletrônico, disponível em www.cassi.com.br, link
Fale com a CASSI.
Entrevista com médico de família
CASSI responde: Raimundo, a CASSI reconhece que, em alguns ca-
Muito oportuna e esclarecedora a entrevista com o competente dr. Gus-
dos médicos de família atua no Serviço Próprio há muitos anos, com
tavo Gusso (Jornal CASSI Associados, nº 77). Suas orientações são por
exceção daqueles que compõem a equipe de saúde na qual o se-
demais convincentes, no sentido de consultarmos um médico genera-
nhor é cadastrado. Nessa equipe, houve rotatividade de profissionais,
sos, houve troca de médicos nas CliniCASSI. Em Fortaleza, a maioria
lista. É o que farei daqui por diante, na CliniCASSI.
causada por diversos motivos. No entanto, a
Francisco Feliciano da Silva – João Pessoa (PB)
Caixa de Assistência esclarece que o acompanhamento de saúde dos participantes é feito
CASSI responde: Francisco, o seu comentário
por uma equipe multidisciplinar. A Instituição
ajuda a confirmar o que se pretende com as ma-
também dispõe do Prontuário Eletrônico do
térias de saúde do jornal da Caixa de Assistên-
Paciente (PEP), onde estão registradas todas
cia: passar informações claras e qualificadas e
as informações do histórico de saúde do par-
incentivar o cuidado com a própria saúde, com a
ticipante, o que facilita o acompanhamento
prevenção de doenças e a promoção da qualida-
pela equipe de saúde. Neste semestre, com o
de de vida. Esperamos, assim, contribuir para a
reajuste da remuneração dos médicos de fa-
conscientização de nossos associados sobre os
mília que atuam nas CliniCASSI de todo o País,
cuidados com sua saúde.
a Caixa de Assistência espera uma maior permanência desses profissionais, fortalecendo
sua atuação junto aos participantes.
Excelente a entrevista com o dr. Gustavo Gusso (Saúde em Risco). Na
linha de argumentação defendida pelo entrevistado, sugiro uma ação
mais forte e efetiva no âmbito das CliniCASSI, onde possamos dispor
de generalistas experientes e com estabilidade, evitando-se a alta
rotatividade de médicos de família. Falo da minha experiência que, ao
recorrer ao serviço, sempre constato mudança de profissional.
Raimundo Nonato Gomes – Fortaleza (CE)
4
Li a entrevista do dr. Gustavo Gusso e acredito muito nas suas colocações, mas gostaria de acrescentar que os médicos generalistas devem
ser competentes, prestando provas (tipo OAB) para analisarem e encaminharem os pacientes com segurança.
Roberto Paulo Fracalossi – Bento Gonçalves (RS)
Jornal CASSI Associados
EMAILS
Contribuição dos associados
A CASSI sempre foi modelo, padrão, nunca cópia! Lamento que a nossa
CASSI esteja sendo administrada como o Brasil, ou seja, sempre que
suas finanças se abalam, cria-se novo tipo de contribuição. Já houve
duas: primeiro, elevaram-se os valores das contribuições; segundo,
criou-se a contribuição sobre o 13º salário. Antes que venham com a
resposta de que tais fatos ocorreram mediante “votação”, devo dizer:
impossível passar pela cabeça de qualquer colega pagar por algo de
que não usufrui, pois não se adoece treze meses em um ano.
Gustavo Gusso
Presidente da Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
Pedro Rocha Matrícula – Guarapari (ES)
CASSI responde: Pedro, lembramos que, em 2010, a Caixa de Assis-
CASSI responde: Roberto, a especialidade Medicina de Família e Co-
tência autorizou mais de 24 milhões de procedimentos médicos e hos-
munidade, assim como as demais, possui residência. Há, inclusive, uma
pitalares, que totalizaram mais de R$ 1,8 bilhão em gastos com esse
prova para os médicos se tornarem especialistas na área, recomenda-
tipo de serviço – quantia superior ao que foi gasto em 2009 e que
da pela Sociedade Brasileira de Medicina de Família e Comunidade
sobe constantemente. O mais importante é cada colega refletir sobre
(SBMFC). No entanto, não é obrigatória. De forma geral, o setor de
se aquilo que está pagando é compatível com a cobertura dos riscos a
saúde tem atuado na educação dos profissionais para que sua prática
que estão sujeitos ele e seus depententes. Somos um plano solidário,
esteja, cada vez mais, sustentada por evidências científicas. Na CASSI,
em que a contribuição de todos precisa ser suficiente para pagar as
todos os médicos de família fazem um curso sobre a especialidade,
despesas em saúde, que crescem ano a ano. A contribuição sobre o
para que estejam habilitados para atender os participantes.
13º salário se soma aos recursos da CASSI, que têm a finalidade de
sustentar a utilização do Plano de Associados pelos seus 400 mil parti-
Gostaria de abordar dois assuntos enfocados no Jornal CASSI nº 77.
cipantes, entre titulares e dependentes.
1) Coparticipação dos associados: como bem disse a CASSI em sua resposta, trata-se de uma “participação inexpressiva”, quase simbólica,
com finalidade até educativa. 2) Saúde em Risco: da entrevista com o dr.
Gustavo Gusso, depreende-se que não há necessidade de fazer o exame
de PSA anualmente se o paciente não apresentar problemas urológicos.
Agradeceria se houvesse um esclarecimento sobre esse entendimento.
Raimundo Alberto Cordeiro Vinhas – Fortaleza (CE)
CASSI responde: Raimundo, a CASSI agradece a sua contribuição
com o debate sobre o tema copartipação. Quanto à entrevista, a Caixa de Assistência esclarece que as declarações do médico estão baseadas em evidências científicas e são direcionadas para a população
de um modo geral. Por isso, não devem ser individualizadas. Cada
pessoa deve ser avaliada por um profissional habilitado a fim de ter
suas necessidades de saúde determinadas. Para obter mais informações sobre a indicação para realização do seu exame laboratorial, é
importante consultar um médico.
Participe. Envie email para [email protected]
Jornal CASSI Associados
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CAPA
Modelo de atuação requer intensa par
Baixo custo e ampla oferta de serviços dependem da conscientização dos associ
Mesmo trabalhando como corretor de imóveis
e sua esposa sendo servidora do Tribunal Regional Eleitoral do Distrito Federal, Paulo César Araújo Rodrigues, 41 anos, precisava ficar
muito atento para que o
orçamento familiar não
saísse de controle.
Parte significativa da
renda mensal era comprometida com o pagamento de planos de
saúde. O da esposa
Cristiane custava R$ 195 e o da filha Bruna, de
4 anos, chegava a R$ 105. Como tinha ainda
de gastar com a creche para Bruna em período integral, entre outras despesas familiares,
Paulo decidiu que não pagaria plano de saúde,
ficando sem assistência médica e tendo de
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recorrer aos serviços públicos quando necessitasse de atendimento.
Essa situação começou a mudar há cerca de
quatro meses, quando Paulo
tomou posse como funcionário do Banco do Brasil,
na agência Liberty Mall,
em Brasília. Ele quase não
acreditou quando recebeu
o primeiro demonstrativo
de pagamento: “Eu e minha
esposa tomamos um susto
quando vimos que foram descontados apenas
R$ 48 para a CASSI, com cobertura para toda
a minha família”.
Além do baixo valor de contribuição, Paulo disse
que se sente “seguro pela cobertura e qualida-
de dos serviços da CASSI”, já que no plano anterior, além de pagar 525% a mais (com cobertura
apenas para a esposa e a filha), não confiava
na capacitação e experiência dos médicos credenciados. “A CASSI oferece um leque maior
de serviços de saúde e permite escolher profissionais mais preparados, vários deles inclusive
indicados por amigos”, constatou.
O novo funcionário do BB disse que o principal
motivo para prestar o concurso do Banco do
Brasil foi a possibilidade de ascensão profissional e, como segundo estímulo, a certeza de
contar com um plano de saúde de qualidade. “A
CASSI teve um peso muito grande em minha decisão de ingressar no Banco do Brasil”, afirmou.
Assim como Paulo, os brasileiros também valorizam possuir plano de saúde. Pesquisa do
Jornal CASSI Associados
CAPA
Hayton Jurema da Rocha
Presidente da CASSI
Contraponto
A avaliação positiva quanto à qualidade dos
serviços da Caixa de Assistência não é referendada por 26,5% dos funcionários e por
21% dos aposentados do BB, que se dizem
muito insatisfeitos com o Plano, segundo
apurou pesquisa realizada, no final de 2010,
por instituto contratado pela CASSI.
Para Paulo César, a CASSI oferece uma
ampla rede credenciada, com baixo custo
ticipação dos associados
ados sobre o funcionamento da Caixa de Assistência
Datafolha, realizada de 24 de janeiro a 4 de fevereiro deste ano, apontou que o segundo bem
mais desejado pelos brasileiros é o plano de
saúde, ficando atrás apenas da casa própria.
Essa é a opinião também de
Luciano José Barreto, de 36
anos, casado e pai de dois
meninos, de 10 e 11 anos.
Analista de telecomunicações de um grande banco,
ele comprometia 32% do
salário para pagar plano de
saúde para ele, a mulher e os filhos. Desistiu e
passou a pagar um mais barato apenas para
si, porque estava com problema de saúde.
Nesse novo plano, gastava R$ 69 por mês
(50% a mais do que Paulo, funcionário do BB
desembolsa com a CASSI para toda sua famí-
Jornal CASSI Associados
lia) e não conseguia atendimento adequado,
precisando recorrer à rede pública. Agora,
nas oportunidades de trabalho que busca,
olha com mais atenção para aquelas que
incluem plano de saúde
para sua família.
Ele também está se preparando para o concurso
do Banco do Brasil e já
se informou sobre a ampla cobertura da CASSI.
Luciano afirma que ter
plano de saúde “pesa 100%” em sua vida.
“Passei anos fugindo deles [planos de saúde], até que tive problemas no intestino e vi
o quanto é importante ter essa cobertura”.
Atualmente sem plano, é atendido no Hospital
Universitário de Brasília.
A maioria de funcionários e aposentados
avalia positivamente a Caixa de Assistência.
Mas será que esses índices demonstram
que os associados à CASSI são comprometidos o suficiente com a Instituição para
protegê-la e fortalecê-la diante das mudanças no setor de saúde? Hayton Jurema da
Rocha, presidente da CASSI, indica uma resposta para a questão: “Para os desafios que
a CASSI enfrentará, não basta apenas estar
satisfeito e ter uma atitude meio que passiva de receber os serviços e pensar que isso
é mais que obrigação da Caixa de Assistência. É preciso envolvimento”.
A história de Paulo, contada ao lado, permite afirmar que, sim, existem funcionários
que são defensores entusiastas da CASSI;
são os chamados “promotores da marca”
(pessoas que indicam seu plano a um amigo, sem ressalvas ou qualquer crítica, e o
defendem nas mais diversas situações).
A pesquisa de satisfação contratada pela
CASSI identificou que apenas 48,8% dos
associados têm esse nível de engajamento
com a Caixa de Assistência; outros 19,4% repercutem negativamente sua relação com a
CASSI e o restante tem uma atitude neutra
em relação ao tema.
7
CAPA
o associado com ampla oferta de serviços.
“Para que uma equação desse tipo se sustente, é preciso amplo envolvimento dos maiores
interessados: os associados”, constata Graça
Machado, diretora de Saúde e Rede de Atendimento da CASSI. A afirmação da gestora se
baseia na realidade praticada por qualquer
empresa, em que se estabelece seu posicionamento de mercado em uma das frentes: preço ou amplitude de serviços.
A CASSI precisa de promotores
A abrangência da cobertura dos serviços médicos e hospitalares do Plano de Associados da CASSI é reconhecidamente uma das maiores do
mercado. Nos últimos anos, a Agência Nacional de Saúde Suplementar
(ANS) vem obrigando os planos de saúde a aumentarem o número de
serviços oferecidos, incluindo diversos procedimentos médicos e hospitalares. Essa é uma forma de a agência reguladora proteger os consumidores de operadoras que não garantam padrões adequados de
qualidade de assistência à saúde.
Em todas as ocasiões em que a ANS impôs novos procedimentos, o
Plano de Associados já os contemplava em sua cobertura (atualmente,
existem 45 procedimentos a mais que o determinado pela normatização da agência reguladora).
O Programa de Assistência Farmacêutica da CASSI, que oferece abono
e descontos na aquisição de medicamentos, além de entregá-los na
residência do associado, é outro exemplo de benefício que os demais
planos não contemplam. A ANS somente agora começa a estudar como
obrigar os planos a oferecer esse tipo de cobertura.
E quanto se paga por tudo isso? Os relatos de Paulo e Luciano (página
anterior) demonstram como os valores das contribuições à CASSI estão
bem abaixo das mensalidades praticadas pelo mercado. Outra comprovação dos valores menores pagos pelos associados se refere à quase
inexistência de pedidos de desfiliação ao Plano de Associados. Em 2010,
de um total de 407.009 associados titulares, apenas 873 (0,2%) pediram
para sair do Plano. Outro dado que demonstra a fidelidade à CASSI se
refere ao tempo médio em que as pessoas permanecem associadas à
Caixa de Assistência. Aproximadamente 59% dos funcionários e aposentados do BB têm mais de 20 anos como associado à CASSI. O modelo
de negócios da Caixa de Assistência presume, então, baixo custo para
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Se a opção for por oferecer baixos preços, é claro que terá de haver
alguma restrição na oferta de serviço. Pense em uma companhia aérea,
por exemplo; aquela que oferece baixo preço restringe os serviços de
bordo, diminui o espaço entre os assentos e dificulta a remarcação de
passagens. Já a que opta por um serviço bastante qualificado ao consumidor cobra mais por isso. A CASSI vivencia uma realidade que não
se enquadra em nenhum dos modelos dos manuais de estratégia de
marketing. Cobra pouco por uma das maiores coberturas em serviços
médicos e hospitalares do sistema de saúde suplementar.
Para o consultor sênior da Salutis Consultoria,
empresa especializada em assessoria junto à
ANS, Hélio Augusto Mazza, a CASSI vem desafiando a lógica do mercado, oferecendo a
seus beneficiários uma ampla e qualificada
rede de credenciados e ao mesmo tempo
buscando manter os custos assistenciais no
menor patamar possível. Mazza cita o exemplo de operadoras que oferecem diversos
tipos de planos, com maior ou menor facilidade de acesso aos serviços, delegando aos beneficiários a escolha do plano de acordo com
suas conveniências, desde que eles paguem por isso. Ele menciona
os planos americanos em que se criam portas de entrada para os participantes. “Aquelas pessoas que quiserem escolher qual médico vão
se consultar pagam um adicional por isso. Os planos mais baratos direcionam a demanda, indicando com qual profissional de saúde cada
paciente deve se tratar.”
Diante de tamanha complexidade em se
conciliar preço baixo e ampla oferta de
serviços, Geraldo A. B. Correa Júnior, diretor de Administração e Finanças da
CASSI, avalia que somente um envolvimento pleno de cada associado pode favorecer a sustentabilidade da Instituição.
“Vemos associados que realizam exames e
não retiram o resultado e sabemos de solicitações de pessoas que querem credenciamento de profissionais
Jornal CASSI Associados
CAPA
de saúde que cobram mais de R$ 200 a consulta, quando a média
de mercado paga pelos planos não chega a um quarto desse valor”,
relata Geraldo ABC.
O diretor afirma que, por outro lado, existem associados que são exemplos de comprometimento com o Plano. “Temos relatos de pessoas
que conferem todas as guias de exames, consultas e internações, para
se certificar de que os débitos à CASSI estão corretos. Conhecemos
associados que sempre procuram primeiramente um médico generalista quando precisam de atendimento, tendo assim um tratamento mais
adequado e alinhado com as políticas de saúde da CASSI.”
O presidente da CASSI, Hayton Jurema da Rocha, destaca a necessidade de os associados terem a consciência de que a Institui-
Rede credenciada
Mesmo com 39 mil prestadores de
serviços, a CASSI ainda recebe muitas
reclamações dos participantes com
relação à sua rede credenciada. “Além
da inexistência de profissionais de saúde das mais diversas áreas nas cidades
do interior, existe a dificuldade de credenciar algumas especialidades médicas que são vitais para uma cobertura
assistencial adequada”, afirma Denise
Lopes Vianna, diretora de Planos de
Saúde e Relacionamento com Clientes.
O Conselho Federal de Medicina divulgou, no início de setembro
deste ano, que, no País, existe um profissional de saúde para cada
578 habitantes, número bastante superior ao recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que preconiza um médico para
cada mil pessoas. No entanto, a distribuição dos médicos esconde
distorções regionais significativas. À medida que se caminha da região Sul em direção à região Norte, a média de profissionais cai
significativamente, variando entre índices europeus, nas capitais, e
africanos, no interior do Norte e Nordeste, localidades em que se
vive um verdadeiro “apagão” de médicos.
Nas capitais, onde o índice de médicos por habitante é superior à média recomendada pela OMS, a CASSI encontra dificuldade em credenciar
algumas especialidades, como pediatria, endocrinologia, reumatologia
e psiquiatria. Esses profissionais, em quase sua totalidade, deixaram de
atender pelos planos de saúde. “São médicos que têm seu faturamento
Jornal CASSI Associados
ção é o patrimônio de cada um. “Somos uma caixa de assistência
sustentada pela contribuição de todos. Nossos recursos são limitados e com eles temos de buscar oferecer o melhor em saúde.
A valorização do patrimônio que temos é o que permitirá continuarmos usufruindo de assistência à saúde, sem termos de ficar à mercê dos preços
praticados pelas operadoras de mercado”, avalia.
Mazza dá mais um exemplo de como a CASSI se diferencia: “Em 2010
a Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil garantiu cobertura a cinco associados que gastaram, cada um, mais de
R$ 1 milhão em tratamento médico e hospitalar. Dificilmente uma operadora de mercado arcaria espontaneamente com tamanho gasto,
principalmente se levado em consideração o valor das contribuições
e mensalidades da CASSI”.
vinculado, exclusivamente, a consultas e querem ganhar honorários diferenciados das demais especialidades”, constata a diretora Denise Vianna.
Para diminuir ao máximo as dificuldades específicas de credenciamento
em todo o País, a diretoria da CASSI aprovou política de valorização de
consultas e de formação de redes diferenciadas, respeitando os recursos existentes e as diferentes realidades que se apresentam pelo Brasil. “Esse projeto facilitará a possibilidade de novos credenciamentos
e melhorará a qualidade da rede conveniada em um curto espaço de
tempo”, afirma a diretora.
Os desafios para o futuro
Quando comparado o perfil etário dos participantes da Caixa de Assistência com o dos demais planos de saúde, percebemos uma das principais
características de empresas de autogestão, como a CASSI: o crescimento
do número de usuários acima de 60 anos. A Instituição tem atualmente
em torno de 17% de participantes nessa faixa etária.
O consultor Helio Mazza explica que, enquanto as autogestões possuem 23,1% de seus usuários com idade acima de 60 anos, os demais
planos coletivos, conforme o Caderno de Informação da Saúde Suplementar da ANS, hoje detêm 8,7% de usuários com essa faixa etária (dados de setembro de 2011).
“Na CASSI, percebemos o alto nível de fidelização ao plano, com maioria de beneficiários idosos. Nesse contexto, vemos os desafios que terão seus gestores: conciliar a prática de ampla cobertura assistencial
(acima das práticas dos planos de mercado) por meio de uma excelente
rede credenciada; tudo isso para um público delimitado e que provavelmente terá a CASSI como seu plano de saúde até o fim da vida.”
9
CAPA
“
A CASSI vem desafiando a lógica de mercado,
oferecendo a seus beneficiários uma ampla e
qualificada rede de credenciados e ao mesmo
tempo buscando manter os custos assistenciais
no menor patamar possível
”
Hélio Mazza, consultor sênior da Salutis Consultoria
Atitudes que protegem o patrimônio
No final de 2010, a CASSI contabilizou R$ 1,3 bilhão em reservas, considerando o Plano de Associados e o CASSI Família. É uma situação
de certa forma confortável, já que a Caixa de Assistência gastou, no
último ano, em torno de R$ 1,8 bilhão para pagar mais de 24 milhões
de serviços médicos e hospitalares. Em uma breve análise, as reservas são suficientes para pagar em torno de nove meses de despesas
com assistência à saúde.
A diretora ainda ressalta a representatividade do plano CASSI Família
no mercado, considerado um dos melhores planos de saúde do Brasil.
“A relação entre custo e benefício proposta pelo CASSI Família torna-o
bastante atraente para quem quer ter cobertura nacional, com ampla
rede credenciada de estabelecimentos de saúde e mensalidades bastante competitivas”, explica Denise Vianna.
A reserva que a CASSI possui não pode acomodar os associados: “Com
preços baixos e muitos benefícios, não podemos descansar na nossa
tarefa de buscar, nos momentos em que precisamos da CASSI, a melhor
forma de utilizar o Plano”, diz o diretor Geraldo ABC. Ele afirma que pequenas atitudes do dia a dia, como não assinar guias de consultas
e exames em branco, podem contribuir muito para controlar as
despesas em saúde.
Outra forma de contribuir para fortalecer a CASSI é indicando parentes até terceiro grau para serem participantes da
Caixa de Assistência. A diretora Denise Vianna comenta
que, geralmente, beneficiários do Plano de Associados
acreditam que o aumento do número de usuários do
CASSI Família pode dificultar a marcação de consultas.
Contudo, quanto maior o número de pessoas assistidas pela Instituição, maior será a possibilidade de
obter ganhos de escala operacional. Também aumenta o poder de negociação da CASSI com clínicas, hospitais e
profissionais de saúde, já que a população assistida será bem maior,
pois é o volume de beneficiários que justifica a ampliação da rede de
credenciados. “Temos uma grande possibilidade de crescimento no
plano CASSI Família, cuja população é inferior à do Plano de Associados. Enquanto no primeiro possuímos 280 mil pessoas, no outro
temos 400 mil associados”, avalia Denise Vianna.
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10
Jornal CASSI Associados
PREVENÇÃO
Os sinais do AVC
Fatores de risco podem desencadear o acidente vascular
cerebral, doença que mata 100 mil pessoas por ano no Brasil
“Só não morri porque não fumava e não bebia.” A declaração é do
participante Enzio Alan Martins, ao relembrar o dia em que sofreu um
acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico, em 2004, aos 43 anos.
Hipertenso desde os 38, tudo aconteceu após um dia normal de
trabalho, quando ele foi se deitar. “Não senti nada. Apenas
perdi a consciência e vomitei. Minha esposa me encontrou
caído ao chão do quarto”, recorda.
Após o episódio, o lado esquerdo do corpo ficou paralisado. Desde então, ele usa medicamentos, faz sessões de
fisioterapia, hidroterapia, fonoaudiologia e aulas de pintura.
Hoje, com 50 anos, o associado movimenta-se com a ajuda de
bengala e conta com o apoio da família para realizar algumas
atividades diárias.
Enzio, com um dos dois filhos,
em Araçatuba (SP) – 2009
Enzio tem um dos principais fatores de risco para o acidente vascular cerebral, a
hipertensão. De acordo com a Sociedade Brasileira de Hipertensão, 40% das mortes
por AVC podem ser atribuídas à pressão alta – que atinge 24,4% da população adulta,
segundo dados do Ministério da Saúde. Mas outros fatores também contribuem para o
surgimento da doença, como diabetes, sobrepeso, tabagismo, consumo frequente de álcool
e drogas, colesterol alto, doenças cardiovasculares, sedentarismo, estresse, genética e idade
– pessoas com mais de 60 anos têm mais chances de ter um AVC. “Esses indicadores tornam a
doença previsível”, diz o neurocirurgião Luís Augusto Dias, credenciado à CASSI em Brasília (DF).
Estudos recentes têm mostrado que o AVC tornou-se um problema de saúde pública pelo alto índice de óbitos, aponta o neurocirurgião Henrique Almeida Barros, credenciado à CASSI em Belo
Horizonte (MG). Os dados comprovam essa afirmação. A cada cinco minutos um brasileiro morre
por doenças cerebrovasculares, sobretudo o acidente vascular cerebral. A informação é da Academia Brasileira de Neurologia (ABN), que ainda mostra que mais de 100 mil pessoas morrem
todos os anos no País em decorrência da doença. No ano passado, o Ministério da Saúde
registrou 174.189 internações por AVC, quase cinco mil a mais do que o verificado em 2009.
Jornal CASSI Associados
11
PREVENÇÃO
Entenda o que é o AVC
Popularmente chamado de derrame, o AVC ocorre quando há interrupção do fluxo sanguíneo em uma determinada área do cérebro, que
pode provocar lesão ou morte celular e danos nas funções neurológicas. Há dois tipos: o isquêmico e o hemorrágico.
AVC hemorrágico: é o tipo mais grave, com altos índices de mortalidade.
Ocorre com o rompimento de um vaso sanguíneo, provocando hemorragia. A ruptura do vaso pode ocorrer por diversos fatores, como pico de
hipertensão, aneurisma cerebral ou problemas na coagulação do sangue.
AVC isquêmico: responsável por 80% dos casos, origina-se pela formação de placas de gordura ou coágulos em alguma artéria que irriga o
cérebro, causando falta de circulação em uma determinada área.
Atenção: O ataque isquêmico transitório (AIT) é considerado um prenúncio do acidente vascular cerebral. Neste caso, há uma obstrução temporária da circulação sanguínea no cérebro, gerando sintomas breves e
transitórios, como fraqueza ou dormência em partes do corpo, que melhoram dentro de 24 horas.
Identificar os sintomas ajuda a diminuir os riscos
O neurocirurgião Luís Augusto Dias (DF) explica que a doença é
considerada uma emergência médica e o tratamento inicia nessa
situação. E, quanto mais rápido for o atendimento, menor é a mortalidade, os danos cerebrais e as sequelas para o paciente. “O intervalo máximo de tempo entre os sintomas do AVC e o atendimento
médico deve ser de quatro horas e meia.”
Conhecer os sintomas é o primeiro passo para procurar atendimento médico o mais rapidamente possível. No AVC isquêmico, que tem
início súbito e evolução rápida, os sinais variam conforme a área do
cérebro afetada, podendo ocorrer dificuldade para falar, comunicar-se ou enxergar, alteração da memória, fraqueza ou dormência,
geralmente afetando um dos lados do corpo, dificuldade ou incapacidade de movimentação, tontura e crises convulsivas em pessoas
que não têm epilepsia.
“Os sintomas do acidente vascular cerebral hemorrágico são os
mesmos do isquêmico, incluindo ainda dor de cabeça forte e súbita,
muitas vezes associada a vômitos”, explica o neurocirurgião Henrique Almeida Barros.
“O pronto reconhecimento dos sinais que podem ser de um AVC
torna-se importante para diminuir a mortalidade dos pacientes, melhorando seu prognóstico com um atendimento rápido e eficiente”,
afirma a médica de família da CliniCASSI Leste (SP), Marleide Corrêa
da Silva.
A pessoa que apresentar os sintomas ou observá-los em outra deve
procurar o serviço de emergência de um hospital. “Não se deve
perder tempo telefonando para outro familiar. Deve-se pedir imediatamente o socorro e depois avisar as demais pessoas, inclusive
o médico de confiança”, orienta a médica.
No hospital, após o diagnóstico, obtido por meio do quadro clínico e
de exames como tomografia e ressonância magnética, o tratamento
inclui desobstrução das artérias, controle da pressão arterial, glicemia e sinais vitais e cirurgia para drenagem do coágulo formado no
cérebro, quando necessário.
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PREVENÇÃO
AVC deixa sequelas na maioria dos casos
“Muitos pacientes sobrevivem ao acidente vascular cerebral e podem
levar uma vida produtiva, mas 80% deles ficam com algum tipo de
sequela e passam a conviver com a rigidez dos músculos, conhecida
como espasticidade”, diz o neurocirurgião Luís Augusto Dias. Dependendo do local do cérebro afetado, pode ocorrer também paralisia de
um lado do corpo, comprometimento psíquico, cognitivo e sensitivo,
dificuldade na fala e perda da visão.
O processo de reabilitação pode ser lento e exigir paciência e determinação, atributos que não faltam à Paulo Cristovam Cabreira e à sua
mulher, Elisabete Souza dos Santos Cabreira. Após três derrames, o
aposentado do Banco do Brasil conta com os cuidados da esposa na
luta pela recuperação.
Pela dificuldade de fala do marido, Elisabete é quem conta a história
dele. Segundo ela, aos 30 anos ele já apresentava vários fatores de
risco para a doença. “O Paulo sempre foi muito estressado e nunca
cuidou direito da saúde. Era fumante, tinha pressão alta e diabetes,
doença que descobriu em um dos Exames Periódicos de Saúde que
fez no Banco.”
Em 2003, quando tinha 43 anos, Paulo teve um AVC isquêmico leve. A
esposa conta que a boca dele estava um pouco torta e que apenas um
dos olhos se fechava. Desse primeiro episódio, o associado se recuperou rapidamente e logo voltou à rotina normal. Cinco anos mais tarde, um
AVC isquêmico, que evoluiu para o hemorrágico, mudaria a vida do casal.
O aposentado teve o lado direito do corpo paralisado e problemas na
fala. Quando já estava dando alguns passos com a ajuda de uma bengala, um terceiro AVC, em fevereiro de 2011, fez regredir sua evolução
com o tratamento.
Hoje, aos 51 anos, Paulo faz sessões de fisioterapia, hidroterapia e fonoaudiologia toda semana e toma os medicamentos corretamente com
Paulo Cabreira comemora o ano novo de 2007 com a esposa em Itanhaém (SP),
um ano antes de ter o segundo AVC
a ajuda da esposa, que ainda cuida da aparência do marido. “Faço a
barba dele, corto o cabelo e o levo para passear.”
Com dois filhos e cinco netos, o casal é motivado pela fé em Deus e
pela esperança. “Apesar das dificuldades, sou uma pessoa otimista.
Procuro ser realista, mas oferecer palavras de apoio e incentivo a
ele. Hoje, vivemos um dia de cada vez. É difícil, mas não impossível”, diz Elisabete.
O papel de cuidadora desempenhado por ela é fundamental para a
reabilitação, mas a médica de família da CliniCASSI Leste (SP) alerta para que a pessoa não faça as atividades no lugar do paciente.
“O cuidador que muito ajuda às vezes limita a pessoa com sequela, tornando sua recuperação ainda mais lenta”, diz Marleide Corrêa da Silva.
Após a alta do hospital, a médica explica que uma equipe multidisciplinar, formada por fisioterapeuta, nutricionista, fonoaudiólogo, psicólogo
e enfermeiro, pode ajudar o cuidador. “Os profissionais podem orientar
sobre os cuidados a serem tomados e delimitar até onde o paciente
tem condições de realizar suas tarefas sem ajuda.”
Prevenção: mudança de hábitos
Combater os fatores de risco e manter hábitos
de vida saudáveis ajudam a prevenir o AVC.
“É preciso ter alimentação balanceada, evitar
a obesidade, diminuir o estresse, parar de fumar e praticar exercícios físicos regularmente”,
exemplifica a médica de família Marleide. As
pessoas com doenças crônicas, como hipertensão, diabetes, obesidade, dislipidemia (colesterol e triglicerídeos altos) e arritmias cardíacas
também devem fazer o tratamento adequado
para manter essas enfermidades sob controle.
“A prevenção só pode ser orientada por um
profissional de saúde, pois um leigo não consegue manter a atenção necessária aos fatores
de risco”, observa o neurocirurgião Luís Augusto Dias. Ele afirma que a informação é a principal arma contra o AVC.
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NOTAS
Anvisa proíbe anfetamina
O bem-estar dos mais velhos
A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) manteve o registro
da sibutramina no Brasil e determinou a proibição da venda de inibidores de apetite derivados da anfetamina. A agência deu 60 dias a
partir de 4 de outubro para retirada dos medicamentos do mercado,
vendidos há mais de 30 anos. Mesmo com a liberação da sibutramina,
a Anvisa pretende aumentar o rigor do controle sobre a venda do produto. A decisão encerra uma discussão que se arrasta desde fevereiro,
quando a agência lançou a proposta de banir os inibidores de apetite,
com base em parecer da Câmara Técnica de Medicamentos (Cateme),
por causa dos riscos à saúde. Na época, o anúncio provocou forte reação de entidades médicas, que alegavam a importância do uso dos
remédios para pacientes com dificuldades de emagrecimento.
Uma pesquisa recente sugere que, com as políticas certas, um país
em desenvolvimento pode melhorar o bem-estar de cidadãos mais
velhos, como acontece no Brasil e na África do Sul. Nos dois países, o nível de satisfação melhorou entre 2002 e 2008 devido a uma
combinação de crescimento econômico e políticas sociais, segundo
estudo do New Dynamics of Ageing Programme, uma colaboração
única entre cinco institutos de pesquisa ingleses. O estudo avaliou
mil famílias e observou os fatores que influenciavam o bem-estar da
população mais velha. Satisfação com relacionamentos familiares, influência econômica, condições de mercado de trabalho e políticas sociais desempenharam papéis importantes na pesquisa. Para famílias
de baixa renda, os rendimentos recebidos pelos idosos foram fundamentais para o sentimento de melhora de vida observado no estudo.
Cuidado com as mamadeiras
A partir de janeiro de 2012, estará proibida a venda de mamadeiras plásticas com a substância bisfenol A (BPA), segundo resolução
publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As
empresas e os estabelecimentos comerciais serão responsáveis
por retirar das prateleiras e estoques os produtos não vendidos.
A regra vale para mamadeiras nacionais e importadas. Quem
descumprir a norma pagará multa de R$ 2 mil a R$ 1,5 milhão e
poderá ter o estabelecimento interditado. O bisfenol A é usado
na fabricação da maioria dos produtos plásticos, como potes,
escovas de dente, copos, cadeiras e no revestimento interno de
latas. Quando o plástico é aquecido ou congelado, moléculas
do bisfenol podem se desprender e contaminar os alimentos.
Não há estudos conclusivos sobre a possibilidade de a substância
causar doenças em seres humanos. No entanto, especialistas alegam
que a exposição ao bisfenol pode provocar deficiências físicas e câncer. Diante das suspeitas, a Anvisa decidiu, por precaução, proibir a
substância nas mamadeiras para proteger a saúde dos bebês.
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NOTAS
Tranquilizantes em excesso podem aumentar risco de Alzheimer
O uso abusivo de tranquilizantes e soníferos pode aumentar o risco
de uma pessoa sofrer de Alzheimer, conforme demonstra um estudo
francês divulgado na revista Sciences et Avenir. Atualmente, entre 16
mil e 31 mil casos de Alzheimer por ano seriam provocados na França
Hepatite C é pouco conhecida
Mais da metade da população brasileira (51%) não sabe o que é hepatite C e 84% nunca fizeram teste para a detecção da doença. As
constatações foram obtidas por meio de uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Hepatologia (SBH), realizada pelo Instituto Datafolha
com 1.137 pessoas em 11 regiões metropolitanas brasileiras. Segundo
o estudo, mesmo quem afirma conhecer a doença a confunde com
outras. Entre os entrevistados, por exemplo, 7% afirmaram já ter
tomado vacina contra hepatite C – quando não existe vacina para
combater a doença. Segundo a SBH, entre 3 e 4 milhões de pessoas
carregam o vírus da hepatite C no Brasil. Na maioria desses casos, as
pessoas não sabem que têm a doença.
por tratamentos com benzodiazepinas ou similares e seus genéricos:
Valium, Temesta, Xanax, Lexomil, Stilnox, Mogadon, Tranxène, dentre
outros, segundo a revista. O estudo recomenda cautela na utilização
desses medicamentos.
Genéricos: aumenta venda em
programa do governo
Os medicamentos genéricos já respondem por 65% dos produtos comercializados ou distribuídos pelo governo federal no programa Aqui Tem Farmácia Popular, que oferece medicamentos
gratuitamente para o controle de diabetes e hipertensão arterial.
De acordo com a Associação Brasileira das Indústrias de Medicamentos Genéricos, a Pró Genéricos, a participação desse tipo
de medicamento saltou de 51% em janeiro para os atuais 65%,
impactados pelo início da distribuição gratuita dos produtos para
diabetes e hipertensão, iniciada em fevereiro. De acordo com o
presidente da Pró Genéricos, Odnir Finotti, mais de 20 mil farmácias estão cadastradas no programa, responsáveis por atender
cerca de 7 milhões de pessoas.
Café é aliado contra a depressão feminina
Uma recente pesquisa realizada com mais de 50 mil enfermeiras indica que mulheres
que bebem duas ou mais xícaras de café por dia correm menos risco de sofrerem de
depressão. O estudo mostra ainda que café descafeinado não teria o mesmo efeito. Os
resultados da pesquisa foram divulgados na publicação especializada Archives of Internal Medicine e provêm de um estudo realizado por uma equipe de especialistas da Harvard Medical School. Entre as pesquisadas, apenas 2.600 deram sinais de depressão
ao longo dess e período. E, destas, a maior parte consumia pouco café ou não tomava
a bebida. Comparadas com as mulheres que bebiam apenas um copo de café
por semana ou até menos, aquelas que consumiam duas a três xícaras por
dia tinham 15% a menos de chance de sofrer depressão. Porém, segundo
os médicos, o excesso de cafeína pode ter efeito contrário e realçar sensações de ansiedade.
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SERVIÇOS
10 coisas que você faz pelo site
O site da CASSI oferece agilidade e rapidez na sua comunicação com a Caixa de Assistência e no acesso aos serviços mais procurados pelos
participantes. Confira o que é possível fazer no www.cassi.com.br.
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Localizar prestadores
A busca “Encontre seu credenciado” é feita por
especialidade, Estado, município, bairro e tipo de
prestador, a partir da página principal do site e na
página Associados. A busca no site é a mesma usada pela Central CASSI (0800 729 0080).
Registrar opinião, reclamação e crítica
No site, você pode fazer solicitações, registrar críticas, sugestões e elogios pelo contato eletrônico,
disponível no link Fale com a CASSI, e acompanhar
o andamento do seu registro.
Alterar dados pessoais
Para manter endereço e email atualizados, permitindo que toda comunicação feita pela Caixa de Assistência chegue até você, é possível fazer alterações
cadastrais pelo site. Basta informar seu email e senha de acesso na página Associados.
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Dúvidas mais comuns sobre cobertura e utilização
do Plano são respondidas pela opção Dúvidas Frequentes, localizada no menu à direita, no canto superior da página Associados.
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imprimir uma via dele em papel. Antes de pedir a
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