Publicação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil Ano XII - nº 15 | março/abril| 2011 Medicamentos: Você sabe como e quando usá-los? Uso requer orientação médica ou farmacêutica para evitar prejuízos à saúde, como intoxicação página 3 página 4 Suas armas contra o câncer Superação: Conheça formas de prevenir a segunda doença que mais mata, mas que poderia ser evitada em 80% dos casos página 10 uma história de vida página 6 Jornal CASSI Família 1 EDITORIAL Vale a pena ter serviços próprios? Neste editorial, convido você, participante, a pensar sobre um tema do qual não podemos abdicar de todos os estudos necessários a uma decisão sensata. Trata-se da possibilidade de a CASSI vir a ter participação societária em prestadores de serviços médico-hospitalares, também chamada verticalização do atendimento (operadoras de planos de saúde construindo ou comprando hospitais e outros serviços próprios). É preciso fazer breve retrospecto da atuação das operadoras de saúde para entender melhor o tema. Nos últimos dois anos, o número de hospitais de operadoras saltou de 300 para 500 (crescimento de 66%). Os principais responsáveis por essa aceleração têm sido as empresas de medicina de grupo (como a Amil) e as cooperativas (como as Unimeds regionais). As chamadas autogestões (como a CASSI, CEF, Petrobrás etc) podem se valer de parte de suas reservas financeiras e até mesmo de parcerias com fundos de pensão para construir ou adquirir hospitais e outros serviços próprios. Especialistas afirmam que a viabilidade desse tipo de investimento está atrelada à situação do mercado de saúde: apenas é bom negócio quando o custo de serviços médico-hospitalares no mercado se mostra alto ou instável. Deve-se considerar ainda o tamanho da carteira. Por exemplo, é necessário algo como 80 mil potenciais usuários para assegurar escala para um hospital de 80 leitos. A operadora deve ter também a capacidade de direcionar seus filiados aos serviços próprios. E é preciso ter razoável conhecimento do negócio (hospitais e laboratórios são empresas altamente complexas). A CASSI gastou, em 2010, o equivalente a 78% de suas despesas assistenciais apenas com internações hospitalares e exames diversos (R$ 1,4 bilhão). Comparados com os mesmos gastos em 2009 (R$ 1,2 bilhão), houve crescimento de 16,5%, bem acima da inflação anual. São vantagens na verticalização em saúde suplementar a garantia de estabilidade na oferta dos serviços; a redução de gastos com acompanhamento de contratos e auditorias “in loco”; a melhor regulação do acesso a serviços mais complexos; o aumento do poder de negociação junto à rede complementar; a redução de incertezas quanto à evolução futura das despesas assistenciais etc. Temos consciência, entretanto, de que gerenciar um prestador de serviços é um negócio bem diferente do que administrar planos de saúde. Por isso, nossos estudos buscam avaliar se é viável firmar parcerias negociais com quem saiba fazê-lo e já esteja consolidado no mercado, para, na condição de acionista, passar a ter maior domínio sobre as despesas assistenciais. Esperamos trazer conclusões sobre o tema na próxima edição deste jornal. Boa leitura. Hayton Jurema da Rocha (presidente) ANS - nº 34665-9 Expediente Conselho Deliberativo Roosevelt Rui dos Santos (Presidente) Fernanda Duclos Carísio (Vice-presidente) Amauri Sebastião Niehues (Titular) Ana Lúcia Landin (Titular) Loreni Senger Correa (Titular) Marco Antonio Ascoli Mastroeni (Titular) Renato Donatello Ribeiro (Titular) Sergio Iunes Brito (Titular) Carlos Célio Andrade Santos (Suplente) Claudio Alberto Barbirato Tavares (Suplente) Fernando Sabbi Melgarejo (Suplente) Gilberto Lourenço da Aparecida (Suplente) Íris Carvalho Silva (Suplente) José Roberto Mendes do Amaral (Suplente) Milton dos Santos Rezende (Suplente) Ubaldo Evangelista Neto (Suplente) Conselho Fiscal Gilberto Antonio Vieira (Presidente) Eduardo Cesar Pasa (Titular) 2 Francisco Henrique Pinheiro Ellery (Titular) Frederico Guilherme F. de Queiroz Filho (Titular) Paulo Roberto Evangelista de Lima (Titular) Rodrigo Nunes Gurgel (Titular) Benilton Couto da Cunha (Suplente) Marcos José Ortolani Louzada (Suplente) Cesar Augusto Jacinto Teixeira (Suplente) Luiz Roberto Alarcão (Suplente) José Caetano de Andrade Minchillo (Suplente) Viviane Cristina Assôfra (Suplente) Diretoria Executiva Hayton Jurema da Rocha (Presidente) Denise Lopes Vianna (Diretora de Planos de Saúde e Relac. com Clientes) Maria das Graças C. Machado Costa (Diretora de Saúde e Rede de Atendimento) Geraldo A. B. Correia Júnior (Diretor de Administração e Finanças) Edição e Redação Editor: Sergio Freire (MTb-DF 7.630) Jornalistas: Liziane Bitencourt Rodrigues (MTb-RS 8.058), Marcelo Delalibera (MTb-SP 43.896), Pollyana Gadêlha (MTb-DF 4.089) e Tatiane Cortiano (MTb-PR 6.834) Edição de arte Projeto gráfico: Luís Carlos Pereira Aragão e Carlos Eduardo Peliceli Diagramação: Luís Carlos Pereira Aragão e Caroline Morais Produção Impressão: Fórmula Gráfica Tiragem: 212.789 exemplares Edição: março/abril 2011 Imagens: Divisão de Marketing, Stockxchng e Dreamstime Valor unitário impresso: R$ 0,18 Publicação da CASSI (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil). “É permitida a reprodução dos textos, desde que citada a fonte”. Jornal CASSI Família CAPA Medicamentos: Você sabe como e quando usá-los? Sem orientação médica ou farmacêutica, podem causar prejuízos à saúde, como intoxicação Elaborados com a finalidade de prevenir e tratar doenças ou aliviar seus sintomas, os medicamentos também podem fazer mal à saúde, causando reações adversas. No Brasil, eles lideram a lista das causas de intoxicação, segundo pesquisa do Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), à frente inclusive do ataque de animais peçonhentos e produtos de limpeza. Em 2009, ano do último levantamento, foram mais de 21,5 mil casos notificados de intoxicação por medicamentos, número inferior ao registrado em 2008, de aproximadamente 26,4 mil. Entretanto, a diminuição pode não representar uma melhora. “Muitas vezes, não recebemos os dados de todos os centros de informação espalhados pelo Brasil”, esclarece a coordenadora do Sinitox, Rosany Bochner. Segundo a pesquisadora, os principais motivos de intoxicação por medicamentos são tentativa de suicídio e causa acidental, com 8.913 e 7.368 Jornal CASSI Família casos registrados em 2009, respectivamente. Rosany explica que os acidentes mais frequentes são com crianças, por usarem indevidamente medicamento que estava armazenado em local inapropriado. O uso terapêutico aparece com 1.713 registros e o erro de administração, 1.170. Geralmente, as intoxicações são causadas pela ingestão de doses acima das recomendadas, uso prolongado de um determinado produto ou pelas interações com outros medicamentos tomados simultaneamente, que podem potencializar a ação da substância ingerida e produzir consequência similar ao uso de uma dose elevada. Para evitá-las, é preciso usar os produtos corretamente, seguindo orientação profissional. Segundo o farmacêutico Rogério Hoefler, do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (Cebrim) do Conselho Federal de Farmácia (CFF), a primeira orientação para o uso racional de medicamentos é saber que muitas doenças e sintomas podem ser tratados 3 CAPA adequadamente sem esses produtos. “Uma boa hidratação, por exemplo, pode abreviar a eliminação de secreções em episódios de resfriado e gripe, já febres amenas podem ser tratadas com banhos”, afirma. Nem sempre um produto apresenta o mesmo efeito se utilizado por pessoas diferentes, diz Hoefler. “O que foi bom para uma pessoa pode ser ineficaz ou até tóxico para outra pessoa com sintomas semelhantes”, diz. O importante, segundo ele, é sempre buscar orientação de um profissional antes de usar um medicamento. A bula também é uma fonte de conhecimento, além dos profissionais de saúde. “A bula orienta sobre as formas de uso, reações adversas e até armazenamento do produto, informação muitas vezes presente na embalagem”, informa a farmacêutica da CliniCASSI Florianópolis (SC), Silvia Andrea Pontes Coelho. Produzidos com rigoroso controle técnico e sujeitos às normas regulatórias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os diversos produtos disponíveis no mercado são compostos por uma ou mais substâncias ativas, com propriedades terapêuticas previamente testadas por meio de ensaios clínicos controlados. Como forma de gerenciar riscos, a Anvisa criou o Sistema de Notificação de Vigilância Sanitária (Notivisa), um serviço disponível na internet que recebe e analisa reclamações de profissionais de saúde sobre eventos adversos e queixas técnicas de medicamentos. As notificações recebidas pelo Notivisa são mantidas em sigilo e servem para subsidiar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) na identificação de reações adversas ou efeitos não-desejados de medicamentos. Os dados, segundo a Anvisa, servem também para aperfeiçoar o conhecimento dos efeitos dos produtos e, quando indicado, alterar recomendações sobre uso e cuidados. Os perigos da automedicação Embora os números de intoxicação por automedicação estejam abaixo daqueles das principais causas já mencionadas, a prática assume a sexta colocação no País. Em 2009, foram 503 notificações. De acordo com o farmacêutico Rogério Hoefler, existem medicamentos que são adquiridos em farmácias sem necessidade de prescrição médica. Geralmente, são os empregados no tratamento de sintomas de doenças, que apresentam baixa toxicidade relativa. Mas é importante ficar atento, pois todos os medicamentos podem causar efeitos adversos. “O paracetamol, por exemplo, que não requer prescrição médica, se tomado em doses excessivas ou em associação com álcool, pode ser altamente tóxico para o fígado”, exemplifica. Ele ainda cita outros produtos, como o ácido acetilsalicílico, que pode provocar graves sangramentos em algumas pessoas, principalmente quando administrado em conjunto com outros medicamentos, como anti-inflamatórios e anticoagulantes ou álcool, e a dipirona, que pode provocar reações alérgicas e queda brusca da pressão arterial. “Além disso, o uso de medicamentos que aliviam sintomas pode encobrir doenças graves, como infecções”, ressalta. Diante dos males que os medicamentos usados sem indicação podem causar, não é recomendado se automedicar. “A automedicação pode mascarar alguns problemas. Usar medicamentos sem prescrição médica é contraindicado. Em caso de dúvidas, é sempre importante procurar um médico”, afirma a enfermeira da CliniCASSI Brasília Norte (DF), Ana Flávia Saraiva dos Santos. 4 O farmacêutico do Cebrim esclarece que as pessoas até podem manter alguns medicamentos em casa para o caso de emergências, desde que evitem armazenar grandes quantidades e escolham um local fresco, seco e fora do alcance de crianças. “Deve-se também ter em mente que nem sempre a repetição de determinados sintomas representa a mesma doença e, portanto, pode requerer orientação de um profissional antes de se utilizar um medicamento”, conclui. Jornal CASSI Família CAPA CliniCASSI orienta sobre o uso correto Os participantes que apresentam dúvidas quanto ao uso e armazenamento corretos de medicamentos e entendimento da receita médica podem esclarecer essas e outras questões nos Serviços Próprios da Caixa de Assistência. Os profissionais da CliniCASSI são qualificados para prestar as informações necessárias e oferecer o acompanhamento adequado para cada beneficiário. Uma das vantagens do atendimento na CliniCASSI é o conhecimento que o profissional de saúde tem do histórico de vida do participante, o que favorece a orientação focada nas necessidades de cada um, de acordo com suas particularidades de rotina e hábitos. Os esclarecimentos aos beneficiários podem ocorrer de diversas formas, durante as consultas médicas e atividades coletivas, e ainda por telefone, pelo programa de telemonitoramento. “O assunto é sem- pre abordado. Recebemos questionamentos dos participantes, mas também procuramos, no dia a dia, conversar com eles. Todo contato com o paciente é um momento para educá-lo em saúde”, afirma a enfermeira Ana Flávia. Foi o que aconteceu com Paulo Seitiro Oguro, de 57 anos. Durante uma atividade coletiva do grupo de Gerenciamento do Cuidado de Participantes com Condições Crônicas (GCC), realizada na CliniCASSI Brasília Norte, o associado recebeu informações sobre a aplicação correta da insulina, medicamento que usa há oito anos para tratar o diabetes. “Por muito tempo apliquei a insulina no mesmo lugar do corpo, até que uma sobrinha me disse para escolher lugares diferentes a cada aplicação. A CliniCASSI confirmou essa informação e eu achei ótimo, pois nunca haviam me explicado sobre a forma correta de uso”, conta. Cuidados na hora de comprar e usar medicamentos • Só compre medicamentos em farmácias e drogarias, nunca em feiras e camelôs. • Fique atento às promoções, pois preços muito baixos podem indicar que o medicamento tem origem duvidosa, nenhuma garantia de qualidade ou pode ser produto roubado. • Exija sempre a nota fiscal e a guarde com você, junto com a embalagem e a cartela ou frasco do produto, pois serão os comprovantes para dar queixa em caso de irregularidade. • Não compre medicamentos com embalagens amassadas, lacres rompidos, rótulos que soltam facilmente ou estejam apagados e borrados. • Respeite a temperatura de conservação do medicamento, informada na bula ou rótulo. • Observe a data de validade. • Não reaproveite frascos usados para colocar outros líquidos. Pode causar intoxicação. Fonte: Anvisa • Conserve o medicamento na embalagem original, sem remover o rótulo. • Evite deixar o medicamento no interior do carro por muito tempo. • Se o produto deixar de fazer efeito, procure imediatamente o médico. Comente essa matéria. Envie email para [email protected] Jornal CASSI Família 5 PREVENÇÃO Suas armas contra o câncer Conheça formas de prevenir a segunda doença que mais mata, mas que poderia ser evitada em 80% dos casos A mesma ciência que prevê o aumento da ocorrência de câncer no Brasil, com 500 mil novos casos neste ano, traz um alento: ao menos 80% deles poderiam ser evitados porque estão relacionados a fatores ambientais, à alimentação e a hábitos que dependem do ser humano e que, portanto, podem ser mudados. Para ajudá-lo a evitar o surgimento da segunda doença que mais mata (o câncer só perde para as doenças cardiovasculares), a CASSI ouviu profissionais de sua rede e do Instituto O que é: Câncer é o nome dado a mais de 100 doenças provocadas pelo crescimento desordenado de células. • As células que formam os tecidos e órgãos do corpo têm, cada uma, um tempo específico de renovação. Aquelas que sofreram alguma alteração (provocada por vírus, tabaco, processos inflamatórios etc) deixam de morrer ou passam a se multiplicar com maior rapidez, virando cancerosas. • Todas as pessoas têm células malignas no corpo, mas o sistema imune de um organismo saudável consegue eliminá-las e impedir a multiplicação desordenada. 6 Nacional de Câncer (Inca) – órgão do Ministério da Saúde que define as ações de prevenção e controle da doença no País. Esses profissionais explicam, nesta e nas três páginas seguintes, como o fumo e o consumo de alimentos de alta densidade calórica provocam o surgimento das células malignas que formam os tumores. Eles ensinam, ainda, que o exercício físico é capaz de controlar a produção dos hormônios que favorecem o surgimento de células cancerosas. • Quando o organismo não consegue conter a divisão descontrolada dessas células anormais, elas tendem a ser muito agressivas e passam a se acumular umas sobre as outras, formando os tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. • O tumor benigno é formado por células que se multiplicam vagarosamente. Elas também se acumulam umas sobre as outras, mas mantêm a aparência do tecido original e raramente representam risco de vida. • Quando as células cancerosas de um tumor se espalham para partes diferentes do corpo, pela corrente sanguínea ou pelo sistema linfático, ocorre o que é chamado A descoberta de que os cânceres mais agressivos e comuns entre os brasileiros – de pulmão, de estômago, de próstata (homens), e de mama (em mulheres) – estão relacionados a problemas iniciados na infância e adolescência, como a obesidade, implica uma mudança de postura importante no combate ao surgimento dos tumores malignos. Recomenda-se que a prevenção comece nas duas primeiras décadas de vida, embora a doença seja ainda tipicamente um problema da terceira idade, pois se manifesta por volta dos 60 anos na maioria dos casos. de metástase. Nas metástases, as células cancerosas tendem a manter as características do tecido original – se começou na mama, o tumor conterá células com as características das da mama, ainda que se instale em outro órgão. Por que ocorre? O surgimento do câncer se dá por fatores combinados. Os internos estão relacionados à genética e à incapacidade de o organismo se defender de agressões externas. Os externos incluem o ambiente em que se vive (água, terra e ar), em que se trabalha (indústrias químicas e geradoras de fumaça), o consumo (alimentos, medicamentos), o ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida que incluem sedentarismo e tabagismo). Os fatores externos são responsáveis por 80% a 90% dos casos de câncer. Jornal CASSI Família PREVENÇÃO Dê preferência às gorduras de origem vegetal como o azeite extra virgem, óleo de soja e de girassol, entre outros (eles não devem ser expostos a altas temperaturas). A alimentação saudável pode reduzir as chances de câncer em pelo menos 40%. Coma diariamente pelo menos cinco porções de frutas, verduras e legumes e acrescente cereais à dieta. Pare de fumar! Esta é a regra mais importante para prevenir o câncer. Cuidados que dependem de você Reduza a ingestão de alimentos gordurosos, salgados e enlatados. Evite gorduras de origem animal (leite e derivados, carne de porco, carne vermelha, pele de frango etc) e algumas gorduras vegetais como margarinas e gordura hidrogenada. Evite ou limite a ingestão de bebidas alcoólicas: até dois drinques por dia para homens e um para mulheres. Pratique atividades físicas moderadamente durante pelo menos 30 minutos, cinco vezes por semana. Evite exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h e, quando se expuser, use sempre proteção adequada (chapéu, barraca e protetor solar). Se você trabalha exposto ao sol, procure usar chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça comprida. A partir dos 50 anos de idade, mulheres e homens devem realizar exame de sangue oculto nas fezes, a cada ano, preferencialmente, ou a cada dois anos. Homens cujo pai ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos devem procurar médico para investigar a doença a partir dos 45 anos de idade. Entre 50 e 70 anos, todos devem aproveitar consultas médicas para se orientar sobre a necessidade de examinar o surgimento da doença. Jornal CASSI Família Realize diariamente a higiene oral (escovação) e consulte o dentista regularmente. Mulheres devem realizar o exame clínico das mamas anualmente, a partir dos 40 anos. Todas entre 50 e 69 anos devem fazer uma mamografia a cada dois anos. Filhas, irmãs ou mães de mulheres com câncer de mama diagnosticado antes dos 50 anos e as que tiveram câncer de ovário devem realizar o exame clínico e mamografia anuais, a partir dos 35 anos. Mulheres com idade entre 25 e 59 anos devem realizar exame preventivo ginecológico periodicamente. Após dois exames com resultado normal com intervalo de um ano, o preventivo pode ser feito a cada três anos. 7 PREVENÇÃO A obesidade é tão vilã quanto o fumo O tabagismo, principal alvo das campanhas de combate ao câncer, segue na mira – até porque já é responsável por 90% dos cânceres de pulmão, mas agora divide espaço com a obesidade no posto de vilão. É que a presença excessiva de células de gordura no organismo vem cada vez mais sendo confirmada como causa de cânceres de mama, esôfago, rins, vesícula biliar, endométrio, colo, reto e rins. “As células de gordura geram fatores pré-inflamatórios que, jogados na corrente sanguínea, agridem as células saudáveis e alteram seu DNA, que controla a durabilidade das células. Isso provoca um erro: a célula para de receber a informação de que está na hora de morrer e passa a se multiplicar incontrolavelmente, o que leva ao câncer”, explica o nutricionista Fábio Gomes, analista do Programa Nacional de Controle do Câncer do Inca, órgão do Ministério da Saúde. Quanto mais numerosas e aumentadas as células de gordura no corpo humano, maior a geração do fator pré-inflamatório. Elas aumentam com OS CÂNCERES QUE MAIS AFETAM OS BRASILEIROS PULMÃO É o mais comum dos tumores malignos, altamente letal, com sobrevida média de cinco anos em 10% dos casos em países em desenvolvimento e em 21% dos casos que surgem em países desenvolvidos. Está associado ao fumo em 90% dos casos diagnosticados, e é a principal causa de mortes evitáveis no mundo. BOCA É o câncer que afeta lábios e o interior da cavidade oral: gengivas, bochechas, céu da boca, língua (principalmente as bordas), área embaixo da língua e amígdalas. O de lábio é mais comum em brancos, ocorre mais frequentemente no lábio inferior e está relacionado à exposição excessiva ao sol, sem proteção, e ao fumo. PELE NÃO MELANOMA É o câncer mais frequente no Brasil: corresponde a 25% de todos os tumores malignos, mas é o de mais baixa mortalidade. Apresenta alto percentual de cura, se for detectado precocemente. É mais comum acima dos 40 anos, raro em crianças e negros. Pessoas de pele clara ou com doenças cutâneas prévias são as principais vítimas. COLORRETAL São os que ocorrem no intestino grosso (cólon) e no reto. São tratáveis e curáveis na maioria dos casos, quando detectados precocemente e ainda não se espalharam para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. PELE MELANOMA É originado por células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele, e predomina em adultos brancos. Está relacionado a queimaduras provocadas pelo sol e responde por 4% dos tumores malignos de pele. Ocorre com menor frequência que não melanoma, mas é mais grave devido à alta possibilidade de metástase. A detecção em estágio inicial aumenta a chance de cura. ESTÔMAGO O câncer gástrico ou de estômago atinge prioritariamente homens e 65% dos diagnosticados têm mais de 50 anos. É o 3º que mais afeta homens e o 5º entre as mulheres brasileiras. A maior mortalidade por este câncer ocorre na América Latina. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, a doença está em declínio. 8 ESÔFAGO O câncer de esôfago (tubo que liga a garganta ao estômago) é o 6º que mais ataca homens e o 9º entre os tipos de câncer que mais afetam mulheres. A doença costuma apresentar sinais somente numa fase mais avançada: dificuldade e dores ao engolir, dor torácica, sensação de obstrução na passagem do alimento, náuseas, vômitos, perda do apetite e de peso. COLO DE ÚTERO É o 2º tumor mais frequente na população feminina e a 4ª causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. O câncer do colo do útero, ou cervical, demora anos para se desenvolver. As alterações das células que podem desencadear a doença são descobertas facilmente no exame preventivo conhecido como Papanicolau. A principal alteração que leva a esse tipo de câncer é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV, relacionado a mais de 90% dos casos de câncer de colo de útero. Jornal CASSI Família PREVENÇÃO a ingestão de alimentos de alta densidade calórica (que possuem duas ou mais calorias por grama, como biscoito e leite condensado). A multiplicação das células de gordura cessa na adolescência. Daí a importância de evitar a obesidade em crianças para controlar a multiplicação de células de gordura que, depois da infância, só aumentam de tamanho. As pessoas com excesso de peso corporal também produzem uma quantidade maior dos hormônios que favorecem ainda a multiplicação desordenada de células. “Se toda a população brasi- leira tivesse IMC normal (de 18,5 a 25), seriam evitados 20% dos casos de câncer de esôfago em homens e 26% em mulheres; 14% dos cânceres de mama e 29% dos tumores malígnos de endométrio.” O sedentarismo também é um estímulo ao aparecimento de cânceres, alerta a oncologista da Central CASSI Sônia Rossi Vianna. “Quanto maior a obesidade, menor a prática de atividade física, responsável pela queima as substâncias (como hormônios) que podem levar a mutações celulares”, explica. LEUCEMIA A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), geralmente, de origem indefinida, mas provavelmente relacionada à associação entre determinados fatores de risco, entre eles o tabagismo, a radiação (por radioterapia e raio-X), inalação de benzeno (presente na fumaça de cigarro, da gasolina e usado pela indústria química). A principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. MAMA Segundo tipo mais frequente no mundo, é o mais comum entre as mulheres. Surge normalmente após os 35 anos de idade. A incidência tem aumentado tanto em países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento e 61% dos pacientes sobrevivem (média após cinco anos do diagnóstico da doença). PRÓSTATA A glândula masculina fica abaixo da bexiga, envolve a porção inicial da uretra e produz parte do sêmen. O câncer de próstata é o mais comum entre os homens, excluindo-se o câncer de pele não melanoma, e a incidência é seis vezes maior em países desenvolvidos. A manifestação ocorre após os 65 anos em 75% dos casos. Quando o tumor cresce rapidamente, costuma se espalhar para outros órgãos e pode levar à morte. São previstos 52,3 mil novos casos este ano só no Brasil, sendo que a maior incidência deve ocorrer nas capitais. Fonte: Inca Comente essa matéria. Envie email para [email protected] Jornal CASSI Família 9 CASO DE SUCESSO Superação: uma história de vida A história de Thiago Santa Cecília poderia representar apenas mais uma das muitas fatalidades causadas por acidentes de trânsito, não fosse pela força de vontade e exemplo de superação desse mineiro de Uberlândia. Aos 32 anos, Thiago é o caçula dos três filhos do aposentado do Banco do Brasil José Antonio Santa Cecília e da assistente social Eurípedes Santa Cecília. Filho e neto de ex-bancários, representa a terceira geração da família ligada ao BB. O acidente Em 2002, aos 24 anos, Thiago cursava o quarto período de direito e trabalhava com promoção de eventos e shows em Uberlândia. Sua rotina era uma constante festa. Vivia intensamente sem se preocupar com o futuro profissional. Porém, no dia 23 de novembro, sofreu um grave acidente automobilístico que mudou sua vida radicalmente. Thiago voltava de um dos eventos que costumava frequentar, quando o carro que dirigia passou sobre um paralelepípedo solto, fazendo com que ele perdesse o controle do veículo e se chocasse contra um muro. O violento impacto lesionou as vértebras T7 e T8 e deixou Thiago paraplégico. “Acordei no hospital, não tinha mais sensibilidade nem me movimentava do umbigo para baixo”. Uma semana após o acidente, Thiago passou pela primeira cirurgia. O procedimento, realizado no hospital Santa Catarina, credenciado à CASSI, serviu para fixar a coluna e possibilitar que ele pudesse voltar a sustentar o peso do próprio corpo. Em seguida, começaram as sessões de fisioterapia. “Em 2003 não havia CliniCASSI na minha cidade, só dois profissionais administrativos e um médico cuidavam do atendimento. Mesmo assim, a CASSI ofereceu todo o suporte necessário que Thiago necessitou”, conta a colaboradora da Caixa de Assistência, Lenice Moura, que trabalhava em Uberlândia e atua hoje na Unidade Minas Gerais, em Belo Horizonte. Para o pai de Thiago, o que marcou foi a capacidade de o filho enfrentar o problema. “No começo ficamos em choque, mas, passado esse momento inicial, a gente se impressionou com a força de superação dele”, conta José Antonio. 10 Thiago com os pais, José Antônio e Eurípedes O recomeço Dois meses e meio depois do trauma, os pais conseguiram uma vaga para Thiago no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, referência em neurorreabilitação e neuropsicologia. “Nos dois meses em que fiquei no Sarah, aprendi a realizar atividades do dia a dia, como tomar banho, e a entender como meu corpo passaria a funcionar a partir da lesão na medula”, conta. Em julho de 2003, já de volta a Uberlândia, Thiago passou pela segunda cirurgia. Dessa vez para realização de novos ajustes na fixação da coluna. O procedimento aconteceu no Hospital Santa Genoveva, também credenciado à Caixa de Assistência. “Depois desta operação, passei a fazer fisioterapia diariamente, por aproximadamente um ano, com sessões custeadas pela CASSI. Meu pai era aposentado do BB, eu fazia parte do Plano CASSI Família. Nessa fase, eu já estava readaptado às limitações do meu corpo e voltei a estudar. Recomecei a faculdade do início, pois queria fazer o curso de uma melhor forma”, diz. A mãe de Thiago trabalhava com deficientes e tinha experiência em casos de superação, o que contribuía positivamente para recuperação do filho. “Na medida em que ajudei pessoas, fui muito ajudada. O Thiago gosta muito da vida. Levava a sério a fisioterapia e, percebendo o otimismo com que encarava o tratamento, o fisioterapeuta passou a trazer em nossa casa pessoas que estavam enfrentando o mesmo problema para que Thiago desse força”, orgulha-se Eurípedes. Volta por cima Em julho de 2005, após um ano do retorno à faculdade, Thiago foi nomeado para assumir um cargo no Banco do Brasil, em concurso que Jornal CASSI Família CASO DE SUCESSO havia prestado em 2003. “Foi uma feliz surpresa. Fiz o concurso em 2003, em meio a mudanças radicais na minha vida. Não esperava ser convocado. Depois que assumi o novo emprego, percebi as muitas outras vantagens de ser conveniado CASSI, que passou a custear 70% dos medicamentos e a sonda que utilizo”. Desde 2005, Thiago trabalha no BB. Também atua como advogado em Uberlândia, e continua estudando para concursos públicos. Após o trauma, mudou valores e a forma de encarar a vida. “Costumo dizer que o acidente foi um marco: me aproximei da família, adquiri maturidade, responsabilidade e descobri que não há ao que o ser humano não se adapte. Hoje tenho certeza que estou muito melhor do que antes de bater o carro. Consegui mais nesses oito anos após a lesão do que nos outros 24, em todos os sentidos da vida.” Ele destaca que a Caixa de Assistência o acompanhou desde os primeiros momentos após bater o carro. “A CASSI me deu todo o suporte na época do acidente e continua ao meu lado nos dias atuais. Confesso que sem um convênio seria difícil custear todas as despesas que ainda tenho por conta do tratamento.” A vida profissional ativa foi outro ponto a favor de Thiago. Para ele, o trabalho é a forma mais eficaz de incluir socialmente uma pessoa com deficiência. Logo que entrou no BB, descobriu que a empresa é pioneira em políticas de inclusão social. “É uma instituição preocupada com a inserção do deficiente, e isso me permite, hoje, buscar uma ascensão profissional.” Lidando com o preconceito Amparado no otimismo e bom humor, Thiago encara o mundo com resignação. “No começo de minha reabilitação, ao sair de casa, convivia com olhares que me incomodavam, mas aprendi a lidar muito bem com isso. Sempre que tenho uma oportunidade faço piada sobre minha deficiência. A vida é curta para amargura e reclamações, por isso a levo com alegria e perseverança. Se quer alguma coisa? Dedique-se, foque-se, seja persistente, tenha paciência, não desista ao primeiro sinal de fraqueza. Lute!” Os pais de Thiago, José Antonio e Eurípedes, reconhecem que as atitudes do filho são as de um vencedor. “Ele nunca reclamou. Nunca se queixou. Soube enfrentar tudo com otimismo. Ele é para todos nós um exemplo de vida”, afirma José. “Eu agradeço a Deus por ele poder dar sequência a seus sonhos e alcançar o que é melhor para si”, finaliza Eurípedes. Novo desafio Fã de esportes, Thiago vê nessa prática uma importante forma de inclusão social. Ele jogava tênis antes do acidente. Recentemente, comprou uma bicicleta de propulsão manual e quer praticar handbike para disputar corridas de rua. Como a modalidade implica custo alto com manutenção da bicicleta e viagens, ele tentará patrocínio. “Meu objetivo é poder participar da corrida de São Silvestre, e espero conseguir apoio financeiro para isso”, revela. A lesão medular ocorre quando um evento traumático, como os provocados por acidentes automobilísticos, resulta em uma lesão das estruturas da medula, interrompendo a passagem de estímulos nervosos. A lesão pode ser completa, quando não existe movimento voluntário abaixo do nível da lesão, ou incompleta, quando há algum movimento voluntário ou sensação abaixo do nível da lesão. A medula pode também ser lesionada por doenças (causas não traumáticas), como por exemplo, hemorragias, tumores e infecções por vírus. A medula espinhal O sistema nervoso central é formado pela medula espinhal e pelo encéfalo. A medula é constituída por células nervosas (neurônios) e por longas fibras nervosas chamadas axônios, que são prolonga- mentos dos neurônios e formam as vias espinhais. A medula espinhal é organizada em segmentos ao longo de sua extensão. Raízes nervosas de cada segmento inervam regiões específicas do corpo. Os segmentos da medula cervical são oito (C1 a C8) e controlam a sensibilidade e o movimento da região cervical e dos membros superiores. Os segmentos torácicos (T1 a T12) controlam o tórax, abdome e parte dos membros superiores. Os segmentos lombares (L1 a L5) estão relacionados com movimentos e sensibilidade dos membros inferiores. Os sacrais (S1 a S5) controlam parte dos membros inferiores, sensibilidade da região genital e funcionamento da bexiga e intestino. (Fonte: Rede Sarah) Entenda o que é lesão medular A coluna é formada, em média, por 33 vértebras (7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 ou 5 coccígeas). Comente essa matéria. Envie email para [email protected] Jornal CASSI Família 11 NOTAS DE SAÚDE O perigo das doenças crônicas A Organização Mundial da Saúde (OMS) descobriu que as doenças crônicas, como câncer e diabetes, causam mais mortes do que todas as outras doenças combinadas. Segundo a pesquisa, problemas crônicos são mais perigosos do que doenças infecciosas, como malária, aids e tuberculose, mesmo em países pobres. Em 2008, as doenças cardíacas, pulmonares, câncer e diabetes foram responsáveis por 36 milhões (63%) das 57 milhões de mortes no mundo. Diante do fato, a OMS listou dez ações que podem ajudar a diminuir o problema, como proibição do fumo em lugares públicos e restrição do acesso ao álcool. Azeite contra osteoporose Para prevenir a osteoporose, doença que afeta aproximadamente 25% das mulheres acima de 50 anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), as pessoas agora podem consumir azeite de oliva extravirgem, além do cálcio. É o que mostra um estudo da Universidade de Córdoba, na Espanha, ao afirmar que a oleuropeína, presente no alimento, aumenta a quantidade de células que fabricam osso novinho em folha. Com o consumo do azeite no dia a dia, no mínimo, o processo destrutivo dos ossos, provocado por envelhecimento e menopausa, demorariam mais tempo para ocorrer. Para substituir a fonte de oleuropeína de vez em quando, a pesquisa indica uma opção – a azeitona, de onde o óleo é extraído. O azeite ainda apresenta outros benefícios à saúde, como diminuição do colesterol ruim e da circunferência abdominal e aumento da saciedade. Refrigerante pode aumentar pressão arterial O consumo de bebidas com gás ou sucos de frutas com grande quantidade de açúcar traz riscos de elevação da pressão arterial. A constatação é de especialistas americanos e britânicos, que avaliaram alimentação, exame de urina e pressão de 2,5 mil pessoas, com idades entre 40 e 59 anos. O estudo, publicado na revista científica Hypertension, revela que beber mais de 355 ml por dia de refrigerante é o suficiente para desequilibrar a pressão. O recomendado, segundo a entidade American Heart Association, é que essa quantidade seja consumida em uma semana. A pesquisa evidenciou a forte relação entre bebidas açucaradas e pressão alta em pessoas que consomem grandes quantidades de sal e açúcar. Vale lembrar que pressão alta é fator de risco para doenças cardiovasculares. Fumo chega a 13% dos idosos Ao revisarem 49 estudos sobre o tabagismo em várias partes do mundo, cientistas brasileiros descobriram que 13,5% dos idosos têm o hábito de fumar, e a prevalência é maior entre os homens (22,5%) do que entre as mulheres (8,7%). Para um dos autores da pesquisa, as taxas são relativamente altas. O estudo foi feito por pesquisadores das Universidades Federal e Estadual do Rio de Janeiro (UFRJ e UERJ), Federal de São Paulo (Unifesp) e pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O número total de idosos avaliados foi de 140.058, de países como Brasil, Espanha, Portugal, Inglaterra, Rússia, Índia e Japão. Os participantes que desejam parar de fumar recebem o apoio multiprofissional da CASSI por meio do TABAS, programa de apoio ao tabagista. Basta procurar informações na CliniCASSI mais próxima. Jornal CASSI Família