Publicação da Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil Ano XII - nº 75 | março/abril | 2011 Câncer: caminhos da prevenção Brasil terá 500 mil novos casos em 2011 página 8 Reembolso Regras e direitos da utilização de serviços não credenciados página 14 Jornal CASSI Associados 1 EDITORIAL Vale a pena ter serviços próprios? Neste editorial, convido você, associado, a pensar sobre um tema do qual não podemos abdicar de todos os estudos necessários a uma decisão sensata. Trata-se da possibilidade de a CASSI vir a ter participação societária em prestadores de serviços médico-hospitalares, também chamada verticalização do atendimento (operadoras de planos de saúde construindo ou comprando hospitais e outros serviços próprios). É preciso fazer breve retrospecto da atuação das operadoras de saúde para entender melhor o tema. Nos últimos dois anos, o número de hospitais de operadoras saltou de 300 para 500 (crescimento de 66%). Os principais responsáveis por essa aceleração têm sido as empresas de medicina de grupo (como a Amil) e as cooperativas (como as Unimeds regionais). As chamadas autogestões (como a CASSI, Caixa, Petrobrás) podem se valer de parte de suas reservas financeiras e até mesmo de parcerias com fundos de pensão para construir ou adquirir hospitais e outros serviços próprios. Especialistas afirmam que a viabilidade desse tipo de investimento está atrelada à situação do mercado de saúde: apenas é bom negócio quando o custo de serviços médico-hospitalares no mercado se mostra alto ou instável. Deve-se considerar ainda o tamanho da carteira. Por exemplo, é necessário algo como 80 mil potenciais usuários para assegurar escala para um hospital de 80 leitos. A operadora deve ter também a capacidade de direcionar seus filiados aos serviços próprios. E é preciso ter razoável conhecimento do negócio (hospitais e laboratórios são empresas altamente complexas). Você, associado, que leu o Relatório Anual 2010, viu que a CASSI gastou o equivalente a 78% de suas despesas assistenciais apenas com internações hospitalares e exames diversos (R$ 1,4 bilhão). Comparados com os mesmos gastos em 2009 (R$ 1,2 bilhão), houve crescimento de 16,5%, bem acima da inflação anual. São vantagens na verticalização em saúde suplementar a garantia de estabilidade na oferta dos serviços; a redução de gastos com acompanhamento de contratos e auditorias “in loco”; a melhor regulação do acesso a serviços mais complexos; o aumento do poder de negociação junto à rede complementar credenciada; a redução de incertezas quanto à evolução futura das despesas assistenciais etc. Temos consciência, entretanto, de que gerenciar um prestador de serviços é um negócio bem diferente da administração de planos de saúde. Por isso, nossos estudos buscam avaliar se é viável firmar parcerias negociais com quem saiba fazê-lo e já esteja consolidado no mercado, para, na condição de acionista, passar a ter maior domínio sobre as despesas assistenciais. Esperamos trazer conclusões sobre o tema na próxima edição deste jornal. Boa leitura. Hayton Jurema da Rocha (presidente) ANS - nº 34665-9 Expediente Conselho Deliberativo Roosevelt Rui dos Santos (Presidente) Fernanda Duclos Carísio (Vice-presidente) Amauri Sebastião Niehues (Titular) Ana Lúcia Landin (Titular) Loreni Senger Correa (Titular) Marco Antonio Ascoli Mastroeni (Titular) Renato Donatello Ribeiro (Titular) Sergio Iunes Brito (Titular) Carlos Célio Andrade Santos (Suplente) Claudio Alberto Barbirato Tavares (Suplente) Fernando Sabbi Melgarejo (Suplente) Gilberto Lourenço da Aparecida (Suplente) Íris Carvalho Silva (Suplente) José Roberto Mendes do Amaral (Suplente) Milton dos Santos Rezende (Suplente) Ubaldo Evangelista Neto (Suplente) Conselho Fiscal Gilberto Antonio Vieira (Presidente) Eduardo Cesar Pasa (Titular) 2 Francisco Henrique Pinheiro Ellery (Titular) Frederico Guilherme F. de Queiroz Filho (Titular) Paulo Roberto Evangelista de Lima (Titular) Rodrigo Nunes Gurgel (Titular) Benilton Couto da Cunha (Suplente) Marcos José Ortolani Louzada (Suplente) Cesar Augusto Jacinto Teixeira (Suplente) Luiz Roberto Alarcão (Suplente) José Caetano de Andrade Minchillo (Suplente) Viviane Cristina Assôfra (Suplente) Diretoria Executiva Hayton Jurema da Rocha (Presidente) Denise Lopes Vianna (Diretora de Planos de Saúde e Relac. com Clientes) Maria das Graças C. Machado Costa (Diretora de Saúde e Rede de Atendimento) Geraldo A. B. Correia Júnior (Diretor de Administração e Finanças) Edição e Redação Editor: Sergio Freire (MTb-DF 7.630) Jornalistas: Liziane Bitencourt Rodrigues (MTb-RS 8.058), Marcelo Delalibera (MTb-SP 43.896), Pollyana Gadêlha (MTb-DF 4.089) e Tatiane Cortiano (MTb-PR 6.834) Edição de arte Projeto gráfico: Luís Carlos Pereira Aragão e Carlos Eduardo Peliceli Diagramação: Luís Carlos Pereira Aragão e Caroline Morais Produção Impressão: Fórmula Gráfica Tiragem: 148.796 exemplares Edição: março/abril 2011 Imagens: Divisão de Marketing, Stockxchng e Dreamstime Valor unitário impresso: R$ 0,27 Publicação da CASSI (Caixa de Assistência dos Funcionários do Banco do Brasil). “É permitida a reprodução dos textos, desde que citada a fonte”. Jornal CASSI Associados EMAILS fala ssociado Envie seu comentário sobre as matérias para [email protected]. Reclamações e solicitações sobre outros assuntos devem ser encaminhadas pelo Contato Eletrônico, disponível em www.cassi.com.br, link Fale com a CASSI. Rede própria de atendimento Credenciamento de prestadores Li com bastante atenção a entrevista do presidente do BB, Sr. Aldemir A A CASSI tem uma metodologia arcaica de credenciamento, que tem Amil, que hoje é considerada a mais rentável, a maior e a melhor opera- uma limitação de clínicas e hospitais credenciados por município, vi- dora de planos de saúde do País, atribui grande parcela de seu sucesso sando, em sua teoria, prestar um melhor atendimento ao participante. ao fato de possuir uma rede própria, composta por 22 hospitais e 51 cen- Acredito ser bem equivocado e nada democrático esse posiciona- tros médicos, para onde direciona os casos mais complexos. Se este tipo mento, uma vez que tal restrição para novos credenciados não é em de investimento é interessante para um dos maiores grupos privados do nada benéfico ao participante da CASSI, e não nos dá opção de livre mundo, por que CASSI e Previ, que pertecem ao mesmo “dono” – o fun- escolha, tendo que nos restringir ao atendimento dos médicos sele- cionalismo do BB, ativo e aposentado – não se unem de vez para estudar cionados por vocês. Essa política está vedando a entrada de institui- a possibilidade de adquirir participações societárias em grandes grupos ções e médicos que, apesar de novos no mercado, possam prestar hospitalares das principais cidades brasileiras, onde está concentrado atendimento mais atualizado e exames mais modernos. grande número de associados das duas instituições? Fabiana Friedrich Cararo – Curitiba (PR) Luciano Moraes – Jaboatão dos Guararapes (PE) Sou aposentado e moro em Salvador (BA) onde, quase todo ano, aconte- CASSI responde: Fabiana, o credenciamento de prestadores de ser- ce paralisação de hospitais credenciados. Por que a CASSI não adquire ou viços é uma questão muito importante e segue orientação e requisitos constrói hospital próprio nas principais capitais brasileiras para garantir o exigidos pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A CASSI atendimento aos seus associados, como acontece, por exemplo, com as adota critérios bem definidos para analisar as propostas de creden- Unimeds? ciamento, a fim de garantir a qualidade do atendimento, assegurando José Raymundo Aguilar Lemos – Salvador (BA) oferta adequada de credenciados . O processo de credenciamento na CASSI está aberto e, toda vez em que há suficiência na rede de CASSI responde: José Raymundo e Luciano, o presidente da CASSI, prestadores para uma determinada especialidade, os dados dos pro- Hayton Jurema da Rocha, aborda esse assunto no editorial desta edição fissionais de saúde que manifestaram interesse em se credenciar co- do Jornal CASSI Associados, na página 2. nosco, seja por meio do nosso site ou de uma das nossas Unidades, Jornal CASSI Associados 3 EMAILS são armazenados em banco de dados. Nas situações de aumento de população ou de descredenciamento de profissionais ou instituição de saúde, a CASSI consulta seu banco de dados de prestadores e avalia qual profissional ou instituição precisará credenciar para suprir sua necessidade de rede. Além dos esclarecimentos aqui prestados, você pode obter mais informações sobre as formas de credenciamento da CASSI lendo a matéria de capa da edição 73 (novembro/dezembro) deste Jornal, disponivel no nosso site. Acompanhamento da ESF Muito me estranha a nota alta da Estratégia Saúde da Família (ESF) que consta na reportagem da edição 74 do Jornal. Aqui em Porto Alegre ouço muita reclamação dos colegas. Eu também só tenho a reclamar. Segundo a ideia da CASSI, a ESF deveria ter um médico que fizesse o acompanhamento dos usuários, porém, em pouco mais de seis anos que sou cadastrado, já tive seis médicos de família. Quando estamos nos acostumando com um médico, ele é trocado ou demitido. Como vamos ter uma Estratégia de acompanhamento constante se a troca do médico também é constante? Silas Canoa – Porto Alegre (RS) Benefícios para credenciados CASSI responde: Silas, reconhecemos que, em alguns casos, pode haver troca de médicos nas CliniCASSI. Pedimos desculpas pelo desconforto que esse fato pode ter trazido para o senhor. Esclarecemos Entre os serviços oferecidos pelo BB aos prestadores da CASSI pode- que o acompanhamento de sua saúde é feito, na verdade, por uma riam ser incluídos ágeis atendimentos (VIP) preferenciais, inclusive às equipe multidisciplinar, formada por diversos profissionais. No Rio secretárias, distantes das demoradas filas de guichês. Máquinas de Grande do Sul, os integrantes dessa equipe permanecem os mesmos caixas eletrônicos seriam instaladas nos hospitais conveniados e teria e os médicos de família que o atenderam tiveram tempo médio de isenção ou redução de tarifas. permanência satisfatório na CliniCASSI, superior a cinco anos. Para Mário Bueno Júnior – Campinas (SP) tentar minimizar os possíveis impactos aos participantes, temos o Prontuário Eletrônico do Paciente, ferramenta que contribui para a CASSI responde: Mário, agradecemos sua sugestão. Reforçamos que qualidade do acompanhamento pela equipe da Estratégia Saúde da a CASSI, em parceria com o Banco do Brasil, já oferece uma série de Família, pois nele estão registradas todas as informações do histórico vantagens para os prestadores pessoas físicas e jurídicas, como forma de saúde do beneficiário. Quanto à pesquisa da ESF, os resultados de valorizar o relacionamento da Instituição com os credenciados. Al- são obtidos por amostras, representando a satisfação da maioria dos guns exemplos são as condições mais vantajosas em produtos como participantes. No entanto, houve, também, avaliações insatisfatórias cartões, pagamento eletrônico de salários, antecipação das vendas que não são desprezadas. Pelo contrário, são essas que identificam com cartões, financiamento de investimentos e de imóveis. A relação as oportunidades de melhoria que nos mobilizam para oferecermos de benefícios está na página Prestador do www.cassi.com.br. atendimento cada vez melhor. Participe. Envie email para [email protected] 4 Jornal CASSI Associados OUVIDORIA 0800 701 3766 SAC 0800 701 3766 No Clube de Compras você tem descontos exclusivos e vantagens especiais para comprar um presente de verdade no mundo virtual. Neste Dia das Mães, aproveite os descontos exclusivos e as condições especiais de pagamento do Clube de Compras, para comprar seus presentes online. E, para facilitar ainda mais, utilize as linhas de crédito da Cooperforte, com agilidade, rapidez e prazo de até 60 meses. Nossos parceiros: Bancorbrás, Compra Certa (Brastemp e Consul), Electrolux, SCA, SONY. Acesse o site www.cooperforte.org.br e fique por dentro das promoções dos nossos parceiros. CAPA Suas armas contra o câncer Conheça formas de prevenir a segunda doença que mais mata, mas que poderia ser evitada em 80% dos casos A mesma ciência que prevê o aumento da ocorrência de câncer no Brasil, com 500 mil novos casos neste ano, traz um alento: ao menos 80% deles poderiam ser evitados porque estão relacionados a fatores ambientais, à alimentação e a hábitos que dependem do ser humano e que, portanto, podem ser mudados. Para ajudá-lo a evitar o surgimento da segunda doença que mais mata (o câncer só perde para as doenças cardiovasculares), a CASSI ouviu profissionais de sua rede e do Instituto O que é: Câncer é o nome dado a mais de 100 doenças provocadas pelo crescimento desordenado de células. • As células que formam os tecidos e órgãos do corpo têm, cada uma, um tempo específico de renovação. Aquelas que sofreram alguma alteração (provocada por vírus, tabaco, procesos inflamatórios etc) deixam de morrer ou passam a se multiplicar com maior rapidez, virando cancerosas. • Todas as pessoas têm células malignas no corpo, mas o sistema imune de um organismo saudável consegue eliminá-las e impedir a multiplicação desordenada. 6 Nacional de Câncer (Inca) – órgão do Ministério da Saúde que define as ações de prevenção e controle da doença no País. Esses profissionais explicam, nesta e nas três páginas seguintes, como o fumo e o consumo de alimentos de alta densidade calórica provocam o surgimento das células malignas que formam os tumores. Eles ensinam, ainda, que o exercício físico é capaz de controlar a produção dos hormônios que favorecem o surgimento de células cancerosas. • Quando o organismo não consegue conter a divisão descontrolada dessas células anormais, elas tendem a ser muito agressivas e passam a se acumular umas sobre as outras, formando os tumores (acúmulo de células cancerosas) ou neoplasias malignas. • O tumor benigno é formado por células que se multiplicam vagarosamente. Elas também se acumulam umas sobre as outras, mas mantêm a aparência do tecido original e raramente representam risco de vida. • Quando as células cancerosas de um tumor se espalham para partes diferentes do corpo, pela corrente sanguínea ou pelo sistema linfático, ocorre o que é chamado A descoberta de que os cânceres mais agressivos e comuns entre os brasileiros – de pulmão, de estômago, de próstata (homens), e de mama (em mulheres) – estão relacionados a problemas iniciados na infância e adolescência, como a obesidade, implica uma mudança de postura importante no combate ao surgimento dos tumores malignos. Recomenda-se que a prevenção comece nas duas primeiras décadas de vida, embora a doença seja ainda tipicamente um problema da terceira idade, pois se manifesta por volta dos 60 anos na maioria dos casos. de metástase. Nas metástases, as células cancerosas tendem a manter as características do tecido original – se começou na mama, o tumor conterá células com as características das da mama, ainda que se instale em outro órgão. Por que ocorre? O surgimento do câncer se dá por fatores combinados. Os internos estão relacionados à genética e à incapacidade de o organismo se defender de agressões externas. Os externos incluem o ambiente em que se vive (água, terra e ar), em que se trabalha (indústrias químicas e geradoras de fumaça), o consumo (alimentos, medicamentos), o ambiente social e cultural (estilo e hábitos de vida que incluem sedentarismo e tabagismo). Os fatores externos são responsáveis por 80% a 90% dos casos de câncer. Jornal CASSI Associados CAPA Dê preferência às gorduras de origem vegetal como o azeite extra virgem, óleo de soja e de girassol, entre outros (eles não devem ser expostos a altas temperaturas). A alimentação saudável pode reduzir as chances de câncer em pelo menos 40%. Coma diariamente pelo menos cinco porções de frutas, verduras e legumes e acrescente cereais à dieta. Pare de fumar! Esta é a regra mais importante para prevenir o câncer. Cuidados que dependem de você Reduza a ingestão de alimentos gordurosos, salgados e enlatados. Evite gorduras de origem animal (leite e derivados, carne de porco, carne vermelha, pele de frango etc) e algumas gorduras vegetais como margarinas e gordura hidrogenada. Evite ou limite a ingestão de bebidas alcoólicas: até dois drinques por dia para homens e um para mulheres. Pratique atividades físicas moderadamente durante pelo menos 30 minutos, cinco vezes por semana. Evite exposição prolongada ao sol entre 10h e 16h e, quando se expuser, use sempre proteção adequada (chapéu, barraca e protetor solar). Se você trabalha exposto ao sol, procure usar chapéu de aba larga, camisa de manga longa e calça comprida. A partir dos 50 anos de idade, mulheres e homens devem realizar exame de sangue oculto nas fezes, a cada ano, preferencialmente, ou a cada dois anos. Homens cujo pai ou irmão tiveram câncer de próstata antes dos 60 anos devem procurar médico para investigar a doença a partir dos 45 anos de idade. Entre 50 e 70 anos, todos devem aproveitar consultas médicas para se orientar sobre a necessidade de examinar o surgimento da doença. Jornal CASSI Associados Realize diariamente a higiene oral (escovação) e consulte o dentista regularmente. Mulheres devem realizar o exame clínico das mamas anualmente, a partir dos 40 anos. Todas entre 50 e 69 anos devem fazer uma mamografia a cada dois anos. Filhas, irmãs ou mães de mulheres com câncer de mama diagnosticado antes dos 50 anos e as que tiveram câncer de ovário devem realizar o exame clínico e mamografia anuais, a partir dos 35 anos. Mulheres com idade entre 25 e 59 anos devem realizar exame preventivo ginecológico periodicamente. Após dois exames com resultado normal com intervalo de um ano, o preventivo pode ser feito a cada três anos. 7 CAPA A obesidade é tão vilã quanto o fumo O tabagismo, principal alvo das campanhas de combate ao câncer, segue na mira – até porque já é responsável por 90% dos cânceres de pulmão, mas agora divide espaço com a obesidade no posto de vilão. É que a presença excessiva de células de gordura no organismo vem cada vez mais sendo confirmada como causa de cânceres de mama, esôfago, rins, vesícula biliar, endométrio, colo, reto e rins. “As células de gordura geram fatores pré-inflamatórios que, jogados na corrente sanguínea, agridem as células saudáveis e alteram seu DNA, que controla a durabilidade das células. Isso provoca um erro: a célula para de receber a informação de que está na hora de morrer e passa a se multiplicar incontrolavelmente, o que leva ao câncer”, explica o nutricionista Fábio Gomes, analista do Programa Nacional de Controle do Câncer do Inca, órgão do Ministério da Saúde. Quanto mais numerosas e aumentadas as células de gordura no corpo humano, maior a geração do fator pré-inflamatório. Elas aumentam com OS CÂNCERES QUE MAIS AFETAM OS BRASILEIROS PULMÃO É o mais comum dos tumores malignos, altamente letal, com sobrevida média de cinco anos em 10% dos casos em países em desenvolvimento e em 21% dos casos que surgem em países desenvolvidos. Está associado ao fumo em 90% dos casos diagnosticados, e é a principal causa de mortes evitáveis no mundo. BOCA É o câncer que afeta lábios e o interior da cavidade oral: gengivas, bochechas, céu da boca, língua (principalmente as bordas), área embaixo da língua e amígdalas. O de lábio é mais comum em brancos, ocorre mais frequentemente no lábio inferior e está relacionado à exposição excessiva ao sol, sem proteção, e ao fumo. PELE NÃO MELANONA É o câncer mais frequente no Brasil: corresponde a 25% de todos os tumores malignos, mas é o de mais baixa mortalidade. Apresenta alto percentual de cura, se for detectado precocemente. É mais comum acima dos 40 anos, raro em crianças e negros. Pessoas de pele clara ou com doenças cutâneas prévias são as principais vítimas. COLORRETAL São os que ocorrem no intestino grosso (cólon) e no reto. São tratáveis e curáveis na maioria dos casos, quando detectados precocemente e ainda não se espalharam para outros órgãos. Grande parte desses tumores se inicia a partir de pólipos, lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. PELE MELANOMA É originado por células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele, e predomina em adultos brancos. Está relacionado a queimaduras provocadas pelo sol e responde por 4% dos tumores malignos de pele. Ocorre com menor frequência que não melanoma, mas é mais grave devido à alta possibilidade de metástase. A detecção em estágio inicial aumenta a chance de cura. ESTÔMAGO O câncer gástrico ou de estômago atinge prioritariamente homens e 65% dos diagnosticados têm mais de 50 anos. É o 3º que mais afeta homens e o 5º entre as mulheres brasileiras. A maior mortalidade por este câncer ocorre na América Latina. Nos Estados Unidos e na Inglaterra, a doença está em declínio. 8 ESÔFAGO O câncer de esôfago (tubo que liga a garganta ao estômago) é o 6º que mais ataca homens e o 9º entre os tipos de câncer que mais afetam mulheres. A doença costuma apresentar sinais somente numa fase mais avançada: dificuldade e dores ao engolir, dor torácica, sensação de obstrução na passagem do alimento, náuseas, vômitos, perda do apetite e de peso. COLO DE ÚTERO É o 2º tumor mais frequente na população feminina e a 4ª causa de morte de mulheres por câncer no Brasil. O câncer do colo do útero, ou cervical, demora anos para se desenvolver. As alterações das células que podem desencadear a doença são descobertas facilmente no exame preventivo conhecido como Papanicolau. A principal alteração que leva a esse tipo de câncer é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV, relacionado a mais de 90% dos casos de câncer de colo de útero. Jornal CASSI Associados CAPA a ingestão de alimentos de alta densidade calórica (que possuem duas ou mais calorias por grama, como biscoito e leite condensado). A multiplicação das células de gordura cessa na adolescência. Daí a importância de evitar a obesidade em crianças para controlar a multiplicação de células de gordura que, depois da infância, só aumentam de tamanho. As pessoas com excesso de peso corporal também produzem uma quantidade maior dos hormônios que favorecem ainda a multiplicação desordenada de células. “Se toda a população brasi- leira tivesse IMC normal (de 18,5 a 25), seriam evitados 20% dos casos de câncer de esôfago em homens e 26% em mulheres; 14% dos cânceres de mama e 29% dos tumores malígnos de endométrio.” O sedentarismo também é um estímulo ao aparecimento de cânceres, alerta a oncologista da Central CASSI Sônia Rossi Vianna. “Quanto maior a obesidade, menor a prática de atividade física, responsável pela queima as substâncias (como hormônios) que podem levar a mutações celulares”, explica. LEUCEMIA A leucemia é uma doença maligna dos glóbulos brancos (leucócitos), geralmente, de origem indefinida, mas provavelmente relacionada à associação entre determinados fatores de risco, entre eles o tabagismo, a radiação (por radioterapia e raio-X), inalação de benzeno (presente na fumaça de cigarro, da gasolina e usado pela indústria química). A principal característica é o acúmulo de células jovens anormais na medula óssea, que substituem as células sanguíneas normais. MAMA Segundo tipo mais frequente no mundo, é o mais comum entre as mulheres. Surge normalmente após os 35 anos de idade. A incidência tem aumentado tanto em países desenvolvidos como naqueles em desenvolvimento e 61% dos pacientes sobrevivem (média após cinco anos do diagnóstico da doença). PRÓSTATA A glândula masculina fica abaixo da bexiga, envolve a porção inicial da uretra e produz parte do sêmen. O câncer de próstata é o mais comum entre os homens, excluindo-se o câncer de pele não melanoma, e a incidência é seis vezes maior em países desenvolvidos. A manifestação ocorre após os 65 anos em 75% dos casos. Quando o tumor cresce rapidamente, costuma se espalhar para outros órgãos e pode levar à morte. São previstos 52,3 mil novos casos este ano só no Brasil, sendo que a maior incidência deve ocorrer nas capitais. Fonte: Inca Comente essa matéria. Envie email para [email protected] Jornal CASSI Associados 9 ORIENTAÇÃO Medicamentos: Você sabe como e quando usá-los? Sem orientação médica ou farmacêutica, podem causar prejuízos à saúde, como intoxicação Elaborados com a finalidade de prevenir e tratar doenças ou aliviar seus sintomas, os medicamentos também podem fazer mal à saúde, causando reações adversas. No Brasil, eles lideram a lista das causas de intoxicação, segundo pesquisa do Sistema Nacional de Informações Tóxico Farmacológicas (Sinitox), da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), à frente inclusive do ataque de animais peçonhentos e produtos de limpeza. Em 2009, ano do último levantamento, foram mais de 21,5 mil casos notificados de intoxicação por medicamentos, número inferior ao registrado em 2008, de aproximadamente 26,4 mil. Entretanto, a diminuição pode não representar uma melhora. “Muitas vezes, não recebemos os dados de todos os centros de informação espalhados pelo Brasil”, esclarece a coordenadora do Sinitox, Rosany Bochner. Segundo a pesquisadora, os principais motivos de intoxicação por medicamentos são tentativa de suicídio e causa acidental, com 8.913 e 7.368 10 casos registrados em 2009, respectivamente. Rosany explica que os acidentes mais frequentes são com crianças, por usarem indevidamente medicamento que estava armazenado em local inapropriado. O uso terapêutico aparece com 1.713 registros e o erro de administração, 1.170. Geralmente, as intoxicações são causadas pela ingestão de doses acima das recomendadas, uso prolongado de um determinado produto ou pelas interações com outros medicamentos tomados simultaneamente, que podem potencializar a ação da substância ingerida e produzir consequência similar ao uso de uma dose elevada. Para evitá-las, é preciso usar os produtos corretamente, seguindo orientação profissional. Segundo o farmacêutico Rogério Hoefler, do Centro Brasileiro de Informação sobre Medicamentos (Cebrim) do Conselho Federal de Farmácia (CFF), a primeira orientação para o uso racional de medicamentos é saber que muitas doenças e sintomas podem ser tratados Jornal CASSI Associados ORIENTAÇÃO adequadamente sem esses produtos. “Uma boa hidratação, por exemplo, pode abreviar a eliminação de secreções em episódios de resfriado e gripe, já febres amenas podem ser tratadas com banhos”, afirma. Nem sempre um produto apresenta o mesmo efeito se utilizado por pessoas diferentes, diz Hoefler. “O que foi bom para uma pessoa pode ser ineficaz ou até tóxico para outra pessoa com sintomas semelhantes”, diz. O importante, segundo ele, é sempre buscar orientação de um profissional antes de usar um medicamento. A bula também é uma fonte de conhecimento, além dos profissionais de saúde. “A bula orienta sobre as formas de uso, reações adversas e até armazenamento do produto, informação muitas vezes presente na embalagem”, informa a farmacêutica da CliniCASSI Florianópolis (SC), Silvia Andrea Pontes Coelho. Produzidos com rigoroso controle técnico e sujeitos às normas regulatórias da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), os diversos produtos disponíveis no mercado são compostos por uma ou mais substâncias ativas, com propriedades terapêuticas previamente testadas por meio de ensaios clínicos controlados. Como forma de gerenciar riscos, a Anvisa criou o Sistema de Notificação de Vigilância Sanitária (Notivisa), um serviço disponível na internet que recebe e analisa reclamações de profissionais de saúde sobre eventos adversos e queixas técnicas de medicamentos. As notificações recebidas pelo Notivisa são mantidas em sigilo e servem para subsidiar o Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS) na identificação de reações adversas ou efeitos não-desejados de medicamentos. Os dados, segundo a Anvisa, servem também para aperfeiçoar o conhecimento dos efeitos dos produtos e, quando indicado, alterar recomendações sobre uso e cuidados. Os perigos da automedicação Embora os números de intoxicação por automedicação estejam abaixo daqueles das principais causas já mencionadas, a prática assume a sexta colocação no País. Em 2009, foram 503 notificações. De acordo com o farmacêutico Rogério Hoefler, existem medicamentos que são adquiridos em farmácias sem necessidade de prescrição médica. Geralmente, são os empregados no tratamento de sintomas de doenças, que apresentam baixa toxicidade relativa. Mas é importante ficar atento, pois todos os medicamentos podem causar efeitos adversos. “O paracetamol, por exemplo, que não requer prescrição médica, se tomado em doses excessivas ou em associação com álcool, pode ser altamente tóxico para o fígado”, exemplifica. Ele ainda cita outros produtos, como o ácido acetilsalicílico, que pode provocar graves sangramentos em algumas pessoas, principalmente quando administrado em conjunto com outros medicamentos, como anti-inflamatórios e anticoagulantes ou álcool, e a dipirona, que pode provocar reações alérgicas e queda brusca da pressão arterial. “Além disso, o uso de medicamentos que aliviam sintomas pode encobrir doenças graves, como infecções”, ressalta. Diante dos males que os medicamentos usados sem indicação podem causar, não é recomendado se automedicar. “A automedicação pode mascarar alguns problemas. Usar medicamentos sem prescrição médica é contraindicado. Em caso de dúvidas, é sempre importante procurar um médico”, afirma a enfermeira da CliniCASSI Brasília Norte (DF), Ana Flávia Saraiva dos Santos. Jornal CASSI Associados O farmacêutico do Cebrim esclarece que as pessoas até podem manter alguns medicamentos em casa para o caso de emergências, desde que evitem armazenar grandes quantidades e escolham um local fresco, seco e fora do alcance de crianças. “Deve-se também ter em mente que nem sempre a repetição de determinados sintomas representa a mesma doença e, portanto, pode requerer orientação de um profissional antes de se utilizar um medicamento”, conclui. 11 ORIENTAÇÃO CliniCASSI orienta sobre o uso correto Os participantes que apresentam dúvidas quanto ao uso e armazenamento corretos de medicamentos e entendimento da receita médica podem esclarecer essas e outras questões nos Serviços Próprios da Caixa de Assistência. Os profissionais da CliniCASSI são qualificados para prestar as informações necessárias e oferecer o acompanhamento adequado para cada beneficiário. Uma das vantagens do atendimento na CliniCASSI é o conhecimento que o profissional de saúde tem do histórico de vida do participante, o que favorece a orientação focada nas necessidades de cada um, de acordo com suas particularidades de rotina e hábitos. Os esclarecimentos aos beneficiários podem ocorrer de diversas formas, durante as consultas médicas e atividades coletivas, e ainda por telefone, pelo programa de telemonitoramento. “O assunto é sempre abordado. Recebemos questionamentos dos participantes, mas também procuramos, no dia a dia, conversar com eles. Todo contato com o paciente é um momento para educá-lo em saúde”, afirma a enfermeira Ana Flávia Saraiva dos Santos. Foi o que aconteceu com Paulo Seitiro Oguro, de 57 anos. Durante uma atividade coletiva do grupo de Gerenciamento do Cuidado de Participantes com Condições Crônicas (GCC), realizada na CliniCASSI Brasília Norte, o associado recebeu informações sobre a aplicação correta da insulina, medicamento que usa há oito anos para tratar o diabetes. “Por muito tempo apliquei a insulina no mesmo lugar do corpo, até que uma sobrinha me disse para escolher lugares diferentes a cada aplicação. A CliniCASSI confirmou essa informação e eu achei ótimo, pois nunca haviam me explicado sobre a forma correta de uso”, conta. Cuidados na hora de comprar e usar medicamentos • Só compre medicamentos em farmácias e drogarias, nunca em feiras e camelôs. • Fique atento às promoções, pois preços muito baixos podem indicar que o medicamento tem origem duvidosa, nenhuma garantia de qualidade ou pode ser produto roubado. • Exija sempre a nota fiscal e a guarde com você, junto com a embalagem e a cartela ou frasco do produto, pois serão os comprovantes para dar queixa em caso de irregularidade. • Não compre medicamentos com embalagens amassadas, lacres rompidos, rótulos que soltam facilmente ou estejam apagados e borrados. • Respeite a temperatura de conservação do medicamento, informada na bula ou rótulo. • Conserve o medicamento na embalagem original, sem remover o rótulo. • Observe a data de validade. • Não reaproveite frascos usados para colocar outros líquidos. Pode causar intoxicação. • Evite deixar o medicamento no interior do carro por muito tempo. • Se o produto deixar de fazer efeito, procure imediatamente o médico. Fonte: Anvisa Comente essa matéria. Envie email para [email protected] 12 Jornal CASSI Associados PLANO Agenda médica está disponível no site da CASSI MaisCASSI oferece médico de referência Programa piloto já funciona em quatro cidades e conta com boa aprovação dos participantes Participantes da CASSI de quatro cidades já contam com um médico de referência, disponível para acompanhá-los sempre que precisarem de algum cuidado em saúde. São 18,9 mil pessoas cadastradas no Modelo de Atendimento Integrado em Saúde, o Mais CASSI, nas cidades de Londrina (PR), Jundiaí (SP), Maceió (AL), e Brasília (DF) – nas cidades satélites de Taguatinga, Águas Claras, Vicente Pires, Ceilândia e Samambaia. Esses locais, de regiões diferentes do País, foram escolhidos por reunirem realidades e perfis de participantes distintos. Isso permitirá a identificação de possíveis ajustes, necessários antes da ampliação do modelo para os beneficiários do restante do Brasil. Os participantes do Mais CASSI têm facilidade para marcar consultas. A agenda do médico de referência fica disponível no site da CASSI para seus pacientes, que podem agendar a consulta sem necessidade de ligar ou ir ao consultório. O acompanhamento por um mesmo profissional facilita o diagnóstico. Quando necessário, o médico de referência encaminhará o paciente a um especialista da rede referenciada do Mais CASSI. O programa é oferecido àqueles que não fazem parte da Estratégia Saúde da Família (ESF), pois esses já possuem um cuidado diferenciado e acesso a programas de prevenção de doenças e promoção de saúde. Quem aderiu ao Mais CASSI aprovou a iniciativa da Caixa de Assistência. É o caso do participante Nelson Luiz Brunelli, de Jundiaí, que já foi à pri- meira consulta com o médico referenciado e viu vantagem neste modelo. “Para cada novo profissional que eu procurava tinha de descrever o quadro (referente a problemas anteriores de saúde). Gostei de ter um médico que me acompanhará já sabendo do meu histórico, não vou precisar mais ficar repetindo e isso otimiza tempo e recursos (do Plano),” diz Nelson. Nelson também gostou do acesso à agenda do médico pelo site. “Marquei rapidamente. Fiquei até desconfiado de que funcionaria, então liguei para o consultório para confirmar e estava mesmo agendada.” Esta facilidade também teve a aprovação da pediatra Delci Rufino da Silva, médica de referência do Mais CASSI em Taguatinga, cidade satélite de Brasília. “O Mais CASSI auxilia no trabalho do médico, pois facilita o acesso ao consultório pelo paciente, graças à marcação de consultas pelo site”. Delci já está atendendo pelo Mais CASSI e vê ainda outros benefícios na vinculação. “O Mais CASSI proporciona o acompanhamento da saúde do paciente e o contato permanente com o médico. No caso da pediatria, isso facilita nas orientações que podemos passar para os pais, além de acompanhar o desenvolvimento da criança.” A adesão ao Mais CASSI é opcional. A vinculação ao médico de referência é realizada pela Caixa de Assistência, considerando sexo, idade e endereço do participante. Podem participar os beneficiários dos planos de Associados e seus dependentes, CASSI Família e FunciCASSI. Comente essa matéria. Envie email para [email protected] Jornal CASSI Associados 13 SERVIÇOS Reembolso Saiba mais sobre as regras e os direitos de o participante utilizar serviços não credenciados à CASSI. As despesas são ressarcidas até o limite previsto na Tabela Geral de Auxílios (TGA) da Caixa de Assistência Ao utilizar os serviços de um prestador não credenciado à CASSI, o participante pode pedir o reembolso das despesas, de acordo com as regras e critérios previstos no Regulamento do Plano de Associados (RPA). Essa alternativa é o sistema de reembolso (anteriormente chamado de Livre Escolha), termo utilizado no mercado de planos de saúde para designar a utilização, pelos beneficiários, de serviços não credenciados pela operadora de saúde. Como solicitar Primeiramente, o participante deve preencher e assinar o formulário de solicitação de reembolso, disponível na página da CASSI na internet (www.cassi.com.br) ou nas Unidades. Para encontrar o formulário no site, acesse a página Associados, faça login colocando email e senha e, em seguida, clique na opção “Solicitação de reembolso”. Existem dois documentos distintos para pedir ressarcimento das despesas: um para materiais descartáveis e medicamentos de uso domiciliar e outro para as demais coberturas previstas no Plano. Depois é preciso verificar 14 a documentação exigida conforme o procedimento que será reembolsado. As orientações sobre documentos estão disponíveis no formulário de solicitação de reembolso, na página da Caixa de Assistência, e também podem ser obtidas na Unidade mais próxima ou ligando para a Central CASSI (0800 729 0080). Para todos os pedidos é indispensável a apresentação dos comprovantes de pagamento das despesas médico-hospitalares originais (nota fiscal, cupom fiscal ou recibo, conforme a natureza do prestador de serviço – se pessoa jurídica, pessoa física, ou pessoa jurídica isenta de emissão de nota fiscal), contendo razão social e CNPJ, quando o prestador for pessoa jurídica, ou nome completo e CPF, quando for pessoa física. Após preencher o formulário, o beneficiário deve assiná-lo, anexar a documentação e encaminhar, preferencialmente, para a Central de Análise e Pagamento de Contas Médicas (Cepag), localizada no SGAS 613, Conjunto E, Bloco A, L2 Sul, CEP 70.200.903, Brasília (DF). A solicitação também pode ser entregue na Unidade CASSI mais próxima. Alguns procedimentos ou benefícios do Plano de Asso- ciados necessitam de autorização prévia da Unidade. O participante pode consultar a Central CASSI ou a Unidade CASSI mais próxima sobre a necessidade ou não de autorização. Veja alguns exemplos de procedimentos ou benefícios que necessitam de autorização prévia: • abono de aparelhos e objetos com finalidade médica; • assistência a pessoas com deficiência; • auxílio para pagamento de despesas com enfermagem domiciliar e cuidador (acompanhante domiciliar); • assistência farmacêutica para aquisição de materiais descartáveis e medicamentos de uso domiciliar; • abono de despesas com vacinas para prevenção de doenças infecto-contagiosas; • abono de despesa na aquisição de leites específicos para o tratamento de fenilcetonúria; Jornal CASSI Associados SERVIÇOS • cirurgias plásticas não estéticas, tais como Dermolipectomia Abdominal, Rinosseptoplastia, entre outras. mas no contato com o participante ou extravio de documentos, é necessário que os dados cadastrais estejam sempre atualizados junto à CASSI. Prazo de reembolso e valores É importante destacar que as despesas são ressarcidas até o limite previsto na Tabela Geral de Auxílios da CASSI (TGA) e os honorários somente podem ser pagos a não credenciados. O prazo para que a Caixa de Assistência efetue o crédito do reembolso é de até 30 dias corridos, contados da data de recebimento da documentação completa. Nos casos de falta ou inconsistências na documentação, o processo será devolvido ao participante para regularização. Para esses casos, o prazo de 30 dias começa a contar a partir da nova data de apresentação do processo com documentação completa. Para que não haja proble- O que não é reembolsado Crédito na conta de terceiros O crédito do reembolso é feito na conta corrente do participante titular cadastrada na CASSI. Em casos específicos, é possível creditar o ressarcimento na conta de terceiros. A Caixa de Assistência considera crédito em conta de Internações ocorridas após 15 dias da data do pedido médico Solicitação de reembolso com documentação incompleta, rasurada ou ilegível terceiros todos os casos em que o pagamento for realizado em conta diferente da registrada no cadastro do participante, mesmo que pertença a ele próprio. Nessas situações é preciso preencher o formulário específico para solicitação de crédito de reembolso em conta de terceiros, assiná-lo, reconhecer firma em cartório e encaminhá-lo à CASSI, anexado ao pedido de reembolso. O formulário está disponível para impressão na página da Caixa de Assistência na internet e também nas Unidades CASSI. Em caso de dúvida, o beneficiário pode consultar a Unidade CASSI mais próxima. Solicitação de reembolso sem assinatura do participante Solicitação de reembolso sem a devida autorização da Unidade CASSI, quando esta exigência for prevista Documentos para solicitação de reembolso Comente essa matéria. Envie email para [email protected] Jornal CASSI Associados 15 CASO DE SUCESSO Superação: uma história de vida A história de Thiago Santa Cecília poderia representar apenas mais uma das muitas fatalidades causadas por acidentes de trânsito, não fosse pela força de vontade e exemplo de superação desse mineiro de Uberlândia. Aos 32 anos, Thiago é o caçula dos três filhos do aposentado do Banco do Brasil José Antonio Santa Cecília e da assistente social Eurípedes Santa Cecília. Filho e neto de ex-bancários, representa a terceira geração da família ligada ao BB. O acidente Em 2002, aos 24 anos, Thiago cursava o quarto período de direito e trabalhava com promoção de eventos e shows em Uberlândia. Sua rotina era uma constante festa. Vivia intensamente sem se preocupar com o futuro profissional. Porém, no dia 23 de novembro, sofreu um grave acidente automobilístico que mudou sua vida radicalmente. Thiago voltava de um dos eventos que costumava frequentar, quando o carro que dirigia passou sobre um paralelepípedo solto, fazendo com que ele perdesse o controle do veículo e se chocasse contra um muro. O violento impacto lesionou as vértebras T7 e T8 e deixou Thiago paraplégico. “Acordei no hospital, não tinha mais sensibilidade nem me movimentava do umbigo para baixo”. Uma semana após o acidente, Thiago passou pela primeira cirurgia. O procedimento, realizado no hospital Santa Catarina, credenciado à CASSI, serviu para fixar a coluna e possibilitar que ele pudesse voltar a sustentar o peso do próprio corpo. Em seguida, começaram as sessões de fisioterapia. “Em 2003 não havia CliniCASSI na minha cidade, só dois profissionais administrativos e um médico cuidavam do atendimento. Mesmo assim, a CASSI ofereceu todo o suporte necessário que Thiago necessitou”, conta a colaboradora da Caixa de Assistência, Lenice Moura, que trabalhava em Uberlândia e atua hoje na Unidade Minas Gerais, em Belo Horizonte. Para o pai de Thiago, o que marcou foi a capacidade de o filho enfrentar o problema. “No começo ficamos em choque, mas, passado esse momento inicial, a gente se impressionou com a força de superação dele”, conta José Antonio. 16 Thiago com os pais, José Antônio e Eurípedes O recomeço Dois meses e meio depois do trauma, os pais conseguiram uma vaga para Thiago no Hospital Sarah Kubitschek, em Brasília, referência em neurorreabilitação e neuropsicologia. “Nos dois meses em que fiquei no Sarah, aprendi a realizar atividades do dia a dia, como tomar banho, e a entender como meu corpo passaria a funcionar a partir da lesão na medula”, conta. Em julho de 2003, já de volta a Uberlândia, Thiago passou pela segunda cirurgia. Dessa vez para realização de novos ajustes na fixação da coluna. O procedimento aconteceu no Hospital Santa Genoveva, também credenciado à Caixa de Assistência. “Depois desta operação, passei a fazer fisioterapia diariamente, por aproximadamente um ano, com sessões custeadas pela CASSI. Meu pai era aposentado do BB, eu fazia parte do Plano CASSI Família. Nessa fase, eu já estava readaptado às limitações do meu corpo e voltei a estudar. Recomecei a faculdade do início, pois queria fazer o curso de uma melhor forma”, diz. A mãe de Thiago trabalhava com deficientes e tinha experiência em casos de superação, o que contribuía positivamente para recuperação do filho. “Na medida em que ajudei pessoas, fui muito ajudada. O Thiago gosta muito da vida. Levava a sério a fisioterapia e, percebendo o otimismo com que encarava o tratamento, o fisioterapeuta passou a trazer em nossa casa pessoas que estavam enfrentando o mesmo problema para que Thiago desse força”, orgulha-se Eurípedes. Volta por cima Em julho de 2005, após um ano do retorno à faculdade, Thiago foi nomeado para assumir um cargo no Banco do Brasil, em concurso que Jornal CASSI Associados CASO DE SUCESSO havia prestado em 2003. “Foi uma feliz surpresa. Fiz o concurso em 2003, em meio a mudanças radicais na minha vida. Não esperava ser convocado. Depois que assumi o novo emprego, percebi as muitas outras vantagens de ser conveniado CASSI, que passou a custear 70% dos medicamentos e a sonda que utilizo”. Desde 2005, Thiago trabalha no BB. Também atua como advogado em Uberlândia, e continua estudando para concursos públicos. Após o trauma, mudou valores e a forma de encarar a vida. “Costumo dizer que o acidente foi um marco: me aproximei da família, adquiri maturidade, responsabilidade e descobri que não há ao que o ser humano não se adapte. Hoje tenho certeza que estou muito melhor do que antes de bater o carro. Consegui mais nesses oito anos após a lesão do que nos outros 24, em todos os sentidos da vida.” Ele destaca que a Caixa de Assistência o acompanhou desde os primeiros momentos após bater o carro. “A CASSI me deu todo o suporte na época do acidente e continua ao meu lado nos dias atuais. Confesso que sem um convênio seria difícil custear todas as despesas que ainda tenho por conta do tratamento.” A vida profissional ativa foi outro ponto a favor de Thiago. Para ele, o trabalho é a forma mais eficaz de incluir socialmente uma pessoa com deficiência. Logo que entrou no BB, descobriu que a empresa é pioneira em políticas de inclusão social. “É uma instituição preocupada com a inserção do deficiente, e isso me permite, hoje, buscar uma ascensão profissional.” Lidando com o preconceito Amparado no otimismo e bom humor, Thiago encara o mundo com resignação. “No começo de minha reabilitação, ao sair de casa, convivia com olhares que me incomodavam, mas aprendi a lidar muito bem com isso. Sempre que tenho uma oportunidade faço piada sobre minha deficiência. A vida é curta para amargura e reclamações, por isso a levo com alegria e perseverança. Se quer alguma coisa? Dedique-se, foque-se, seja persistente, tenha paciência, não desista ao primeiro sinal de fraqueza. Lute!” Os pais de Thiago, José Antonio e Eurípedes, reconhecem que as atitudes do filho são as de um vencedor. “Ele nunca reclamou. Nunca se queixou. Soube enfrentar tudo com otimismo. Ele é para todos nós um exemplo de vida”, afirma José. “Eu agradeço a Deus por ele poder dar sequência a seus sonhos e alcançar o que é melhor para si”, finaliza Eurípedes. Novo desafio Fã de esportes, Thiago vê nessa prática uma importante forma de inclusão social. Ele jogava tênis antes do acidente. Recentemente, comprou uma bicicleta de propulsão manual e quer praticar handbike para disputar corridas de rua. Como a modalidade implica custo alto com manutenção da bicicleta e viagens, ele tentará patrocínio. “Meu objetivo é poder participar da corrida de São Silvestre, e espero conseguir apoio financeiro para isso”, revela. A lesão medular ocorre quando um evento traumático, como os provocados por acidentes automobilísticos, resultam em uma lesão das estruturas da medula, interrompendo a passagem de estímulos nervosos. A lesão pode ser completa, quando não existe movimento voluntário abaixo do nível da lesão, ou incompleta, quando há algum movimento voluntário ou sensação abaixo do nível da lesão. A medula pode também ser lesionada por doenças (causas não traumáticas), como por exemplo, hemorragias, tumores e infecções por vírus. A medula espinhal O sistema nervoso central é formado pela medula espinhal e pelo encéfalo. A medula é constituída por células nervosas (neurônios) e por longas fibras nervosas chamadas axônios, que são prolonga- mentos dos neurônios e formam as vias espinhais. A medula espinhal é organizada em segmentos ao longo de sua extensão. Raízes nervosas de cada segmento inervam regiões específicas do corpo. Os segmentos da medula cervical são oito (C1 a C8) e controlam a sensibilidade e o movimento da região cervical e dos membros superiores. Os segmentos torácicos (T1 a T12) controlam o tórax, abdome e parte dos membros superiores. Os segmentos lombares (L1 a L5) estão relacionados com movimentos e sensibilidade dos membros inferiores. Os sacrais (S1 a S5) controlam parte dos membros inferiores, sensibilidade da região genital e funcionamento da bexiga e intestino. (Fonte: Rede Sarah) Entenda o que é lesão medular A coluna é formada, em média, por 33 vértebras (7 cervicais, 12 torácicas, 5 lombares, 5 sacrais e 4 ou 5 coccígeas). Comente essa matéria. Envie email para [email protected] Jornal CASSI Associados 17 NOVA SEDE CASSI inaugura nova Sede Com maior espaço físico, Sede, Cepag e CliniCASSI Brasília Sul aumentarão agilidade e qualidade do trabalho A CASSI inaugurou, dia 12 de abril, em Brasília, a sua nova Sede. As novas instalações passaram a abrigar também colaboradores da Central de Análise e Pagamento de Contas Médicas (Cepag) e CliniCASSI Brasília Sul. A mudança, além de possibilitar aumento do espaço físico, agilizará processos de trabalho e melhorará a sinergia entre os 674 profissionais e as diversas áreas da Caixa de Assistência. Em seu pronunciamento, o presidente Hayton Jurema da Rocha ressaltou que a Sede deverá permanecer no novo endereço, pelo menos, nos próximos 15 anos. O presidente da CASSI destacou que, embora a Instituição tenha 67 anos de existência, somente há 15 anos adquiriu autonomia em relação ao Banco do Brasil, patrocinador da Caixa de Assistência, e hoje é sólida e respeitada por todos. A cerimônia de inauguração ocorreu no auditório do novo prédio e contou com mais de 100 convidados, entre gerentes executivos, representantes do Banco do Brasil, entidades ligadas ao funcionalismo do BB e prestadores de serviços. O presidente ressaltou a importância da nova Sede para os profissionais da CASSI. “Os colaboradores trabalharão aqui de modo diferente, com mais espaço e ambiente muito melhor para o desempenho de suas atividades. Afinal, a Caixa de Assistência quer se perpetuar e a queremos forte e bem quista por nossos colaboradores.” Abrindo o evento, a colaboradora Maidê Vilela Machado, representando os funcionários, falou da importância da proximidade entre os profissionais da Instituição. “Hoje, a Caixa de Assistência reúne em um mesmo local as principais dependências localizadas em Brasília. Com isso, certamente seremos ainda mais ágeis, mais tempestivos e mais produtivos. Esta é a nossa nova casa, ainda mais unida, mais humana, uma CASSI ainda melhor.” 18 Para a diretora de Saúde e Rede de Atendimento, Graça Machado, o momento é de alegria. “A casa nova é um espaço adequado aos nossos colaboradores e, além disso, reunirá, em um único prédio, atendimento aos participantes, Diretoria Executiva, Conselhos, e a parte operacional. Tudo para agilizar a vida do beneficiário.” Jornal CASSI Associados NOVA SEDE A diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, Denise Vianna, acredita que a nova estrutura possibilitará uma maior integração entre as diversas áreas da CASSI. “Colocamos os setores de atendimento, pagamento e de administração em um mesmo local. Assim, geraremos uma maior sinergia entre a CliniCASSI Sul, Cepag e a Sede. Também proporcionamos uma estrutura melhor e mais moderna para nossos colaboradores e participantes”, disse. “Vejo com muitos bons olhos essa mudança. A CASSI tem, agora, melhores instalações e melhores condições para atender às demandas diárias”, avaliou o presidente do Conselho Fiscal, Gilberto Antônio Vieira. O presidente do Conselho Deliberativo da CASSI, Roosevelt Rui dos Santos, lembrou que, nos últimos dois anos, este é o terceiro local em que a Instituição está sendo instalada. “Assim como o Hayton disse, espero que possamos ficar aqui por pelo menos 15 anos”, afirmou. Flashes do evento 01 02 03 04 1- Presidente Hayton Jurema da Rocha. 2- Diretora de Saúde e Rede de Atendimento, Graça Machado. 3- Diretora de Planos de Saúde e Relacionamento com Clientes, Denise Lopes Vianna. 05 06 4- Josué Martins Neto, diretor da Cooperforte, e Loreni Senger Correa, Conselheira Deliberativa da CASSI. 5- Público durante a inauguração. 07 08 A nova Sede Novo espaço passou a abrigar 674 funcionários. Sede: 371 funcionários Cepag: 287 funcionários Brasília Sul: 16 funcionários Jornal CASSI Associados 6- Da esquerda para a direita: vice-presidente da FENABB, Rene Nunes dos Santos; presidente e vice-presidente do Conselho Fiscal da CASSI, Gilberto Antonio Vieira e Francisco Henrique Ellery, respectivamente; presidente da CASSI, Hayton Jurema da Rocha; membros do Conselho Fiscal, Paulo Roberto Evangelista de Lima; Frederico de Queiroz Filho e Benilton Couto da Cunha. 7- Presidente do Conselho Deliberativo, Roosevelt Rui dos Santos, e diretor de Administração e Finanças, Geraldo A. B. Correia Júnior. 8 - Presidente Hayton acompanhado das diretoras Denise Vianna e Graça Machado. 19 Central de Atendimento BB 4004 0001 ou 0800 729 0001 • SAC 0800 729 0722 • Ouvidoria BB 0800 729 5678 Deficiente Auditivo ou de Fala 0800 729 0088 ou acesse bb.com.br 20 Jornal CASSI Associados