Redes PERT e CPM As técnicas de Redes denominadas PERT e CPM foram independentemente desenvolvidas para a Gestão e Controle de Projetos em torno de 1950, porém a grande semelhança entre estas fez com que o termo PERT/CPM fosse utilizado corriqueiramente como apenas uma técnica. Os termos PERT e CPM são acrônimos de Program Evaluation and Review Technique (PERT) e Critical Path Method (CPM). Exemplos de Projetos que podem utilizar PERT/CPM: 1. Construção de uma planta 2. Pesquisa e desenvolvimento de um produto 3. Produção de filmes 4. Construção de navios 5. Instalação de um sistema de informações 6. Condução de campanhas publicitárias, entre outras. PERT e CPM utilizam principalmente os conceitos de Redes (Grafos) para planejar e visualizar a coordenação das atividades do projeto. Enquanto PERT é o cálculo a partir da média ponderada de 3 durações possíveis de uma atividade (otimista, mais provável e pessimista), CPM é um método de apuração do caminho crítico dada uma sequência de atividades, isto é, quais atividades de uma sequência não podem sofrer alteração de duração sem que isso reflita na duração total de um projeto. Desta maneira, classificando-os em função do tratamento, a rede PERT é probabilística e o CPM é determinístico. Alguns exemplos clássicos de aplicação de PERT/CPM é a gestão e planejamento da construção civil, mecânica, naval, etc. 1. INTRODUÇÃO A REDE PERT/CPM 1.1.Conceito e objetivos das técnicas do caminho crítico Dá-se o nome de caminho crítico ao conjunto de atividades ou etapas de um projeto que não podem sofrer atrasos em sua execução, para não prejudicar o desenvolvimento desse projeto. As técnicas do caminho crítico objetivam, portanto: a) determinar, em um projeto, quais as etapas a executar dentro de uma rígida programação predeterminada, a fim de que esse projeto não sofra atrasos em sua execução; b) determinar, em um projeto, como devem ser executadas as etapas, para que não sejam excedidos os recursos disponíveis; c) determinar, em um projeto, o custo de sua execução, bem como se comporta o custo desse projeto quando se pretende acelerar sua execução. 1.2.Aplicações das técnicas do caminho crítico (CPM, PERT) As técnicas do caminho crítico (CPM, PERT) têm as mais diversas aplicações, desde a sua utilização na organização de um festival de música popular até a sua utilização na programação de construção de uma fábrica. Porém, nosso objetivo inicial é identificar, dentro de uma empresa, a área de sua maior utilização. Para tal, vamos classificar os problemas de gerência em: problemas de estabelecimento de políticas problemas de execução Como se pode notar pela classificação acima, Os problemas de estabelecimento de políticas referem-se principalmente a uma gerência de alto nível. Exemplo: - construção ou não de uma nova fábrica; aprovação de uma política de preços, etc. Os problemas de execução, por outro lado, estão relacionados a um nível abaixo da gerência, o que corresponderia a um nível de supervisão. Exemplo: estabelecimento de uma programação da produção. Nos interessaremos principalmente pelos problemas de execução, que podem ser subdivididos em dois itens principais: problemas de execução rotineiros problemas de execução de projetos. Os problemas de execução rotineiros referem-se principalmente aos problemas diários que ocorrem na supervisão de um departamento. Exemplo: estabelecimento de uma programação de produção, colocação de uma requisição de compra. Por outro lado, muitos dos supervisores têm que enfrentar problemas relativos a projetos que devem ser executados. Exemplo: construção de um galpão de manutenção. As técnicas do caminho crítico (CPM, PERT, etc.) são extremamente úteis no auxílio da execução de projetos. 1.3.Classificação dos projetos quanto à duração Podemos classificar os projetos quanto à sua duração em: projetos de longa duração ex.: construção de uma fábrica, construção de uma estrada transamazônica, etc. média duração ex.: redigir este curso, etc. curta duração ex.: um avião levantar vôo, manutenção de uma máquina. Como veremos a seguir, as técnicas do caminho critico podem ser aplicadas a todos os tipos de projetos, sejam eles de longa, média ou curta duração. Evidentemente, o importante é analisar se é econômica a sua aplicação na resolução dos projetos de curta e média duração. Os projetos de longa duração, devido aos vultosos recursos normal. mente envolvidos, como decorrência de um melhor planejamento (aumento da eficiência), possibilitam grandes economias. Estas economias por si só justificam a utilização de técnicas mais sofisticadas de planejamento. Os projetos de curta duração não possuem grandes recursos envolvidos, mas muitas vezes é compensadora a utilização das técnicas do caminho critico, devido à freqüência com que o projeto é executado. Exemplo: os recursos envolvidos e as economias provenientes de uma racionalização de um projeto de manutenção de uma máquina podem ser desprezíveis, porém, se a freqüência de execução deste projeto de manutenção for alta, no total a economia poderá ser considerável. 1.4.Fases de execução de um projeto Há algum tempo atrás, a mão-de-obra era relativamente barata e era necessário pouco equipamento para fabricação de um determinado produto. Sendo os transportes também pouco onerosos, não compensava despender tempo e dinheiro para executar pequenas economias. Com o desenvolvimento da tecnologia foi necessária uma mão-de-obra mais especializada e consequentemente mais dispendiosa para execução de um determinado produto. Exemplo: a fabricação de automóveis de 1910 não exigia da companhia todos os requintes de especificações que hoje existem. Uma mão-de-obra muito mais dispendiosa teve que ser contratada para executar estas especificações. Por outro lado, também, devido ao avanço da tecnologia, equipamentos mais sofisticados e em maior quantidade são necessários para a execução de um determinado produto. Exemplo: os equipamentos necessários à usinagem de um motor de automóvel, nos dias de hoje, silo muito mais sofisticados do que aqueles necessários nos idos de 1920. Atualmente um determinado projeto deve ser, sempre que se puder, executado no menor tempo possível. A minimização do tempo de execução de projetos é de primordial importância para a sobre de qualquer organização. As técnicas do caminho crítico têm sua mais importante aplicação na minimização do tempo de execução de projetos. É uma técnica que facilita a apresentação de informação sobre o projeto para a gerência, possibilitando uma tomada de decisão de modo a reduzir a duração total do projeto. As técnicas do caminho crítico prevêem três fases perfeitamente distintas na execução de um projeto. São elas: planejamento do projeto programação do projeto controle do projeto. As duas primeiras fases (planejamento e programação) deverão estar completas antes que o projeto comece, enquanto que o controle de projeto é o meio de reconhecer as dificuldades durante a execução desse projeto. 1ª fase: Planejamento Durante a fase de planejamento, devemos estabelecer as atividades que devem ser executadas para conclusão do projeto, bem como as relações de dependência entre as diversas atividades. Exemplo: no projeto de uma fábrica algumas atividades seriam: construção do teto, fundações, paredes. Ainda, durante a fase do planejamento devemos estabelecer que devem ser executadas primeiro as fundações, vindo a seguir o levantamento das paredes e por último o teto. Finalmente, deve-se executar a construção do diagrama de flechas. 2ª fase: Programação Na 2ª fase é necessário o tempo de execução de cada uma das atividades estabelecidas na primeira fase (planejamento), bem como, a identificação daquelas atividades nas quais o tempo é crucial para a execução do projeto. Devemos estabelecer nesta fase estimativas de tempo de construção das fundações, das paredes, do teto, etc. Quanto ao estabelecimento das atividades nas quais o tempo é crucial para execução do projeto, será abordado mais adiante, onde estudaremos esta fase com todos os detalhes. 3ª fase: Controle A fase final é a do controle do projeto e objetiva acompanhar de perto a execução do projeto, confrontando-o com o planejamento e a programação executados anteriormente. Caso haja desacordo entre o programado e o real, talvez sejam necessárias providências para que não haja atraso na conclusão do projeto. Havendo um atraso, entre o andamento do projeto e o programado, as técnicas do caminho crítico não farão que os atrasos sejam eliminados. Porém, as técnicas do caminho crítico (CPM, PERT) fornecem uma série de informações à gerência para que seja tomada uma decisão quanto ás tarefas que devem ser executadas em caráter de urgência a fim de que o projeto seja cumprido dentro do tempo previsto. 2. CPM A idéia de criação de um sistema de planejamento, programação e controle mais eficiente do que o famoso gráfico de Gantt, data de 1956. Nesta ocasião a companhia E.I. Du Pont de Nemoure encontrava-se numa fase de ampla expansão. Porém, devido à limitação dos sistemas de planejamento, programação e controle disponíveis na época, os custos de expansão eram muito altos, acarretando vultosos prejuízos à citada companhia. Um grupo de trabalho foi então constituído para estudo de novos métodos de planejamento, programação e controle. Por volta de 1957 a "Univac Applications Research Center" sob a direção do Dr. John W. Manchly associada a James E. Kelley Jr. pertencente à Remington Rand (Divisão Univac) e a Morgan R. Walker da Du Pont introduziram o método que foi chamado de Critical Path Method (CPM). Este método constituise em uma ferramenta poderosa, porém bastante simples para analisar, planejar e definir um projeto. Como alguns exemplos de aplicação de CPM podemos destacar: A Cia. Perini Pacific Ltd. encurtou em cerca de 100 dias de trabalho a construção de uma ponte chamada Port Mann Bridge com a utilização de CPM. A Intemational Minerais and Chemical economizou cerca de 100.000 dólares em decorrência da aplicação do CPM na manutenção de uma mina. O planejamento com a utilização de CPM mostrou a esta companhia como encurtar o tempo de manutenção de 137 horas para 100 horas mensais. 2.1.Introdução CPM Como foi ressaltado anteriormente, as técnicas do caminho critico delimitam três fases perfeitamente distintas na execução de um projeto. Sendo o CPM uma das técnicas do caminho crítico, temos: Vejamos cada uma destas fases e como silo executadas técnicas do caminho crítico (CPM). 2.2.Planejamento Ao executar o planejamento de um projeto, nosso primeiro problema será dividir o projeto total em seus sub-elementos. Por exemplo: Consideremos o seguinte projeto: Trocar um pneu furado de um carro. Osvaldo estava dirigindo o seu automóvel na avenida, junto com Antônio e João, quando um dos pneus furou. O projeto que Osvaldo, Antônio e João foram obrigados a executar foi o de trocar o pneu. Evidentemente, podemos e devemos dividir este projeto em uma série de pequenas operações: tirar o paletó abrir o capo tirar o macaco do capo pegar o jogo de ferramentas pegar a chave e afrouxar os parafusos da roda colocar o macaco levantar o carro retirar os parafusos da roda tirar a roda rodar a roda até o local do capo retirar o estepe do capo colocar o pneu furado no lugar rodar o estepe até a roda colocar o estepe na roda colocar os parafusos soltar o macaco apertar os parafusos guardar o macaco no capo guardar as ferramentas no capo fechar o capo seguir viagem. Atividades Estas pequenas operações (ou elementos que constituem o projeto) são chamadas de "atividades". Normalmente uma atividade "consome" na sua execução: tempo mão-de-obra material, etc. Assim: tirar o paletó: é uma atividade porque consome tempo, mão-de-obra, etc. retirar os parafuso da roda, colocar o estepe no carro, etc., são também atividades. Evento Um evento normalmente indica o início ou o fim de uma atividade e constitui um ponto importante do projeto. Portanto, os eventos "não consomem" na sua execução: tempo mão-de-obra material, etc. Assim: parafusos da roda retirados: é um evento, porque indica que a atividade retirar os parafusos da roda está terminada. começou a colocar o estepe no carro: é um evento, porque indica que se iniciou a execução da atividade colocar o estepe no carro. Detalhamento de um projeto Quando tivermos que executar o planejamento de um projeto, a primeira providência que devemos tomar é executar o detalhamento do projeto. O desmembramento de um projeto em atividades pode ser: com muitos detalhes (detalhamento excessivo) com a dosagem certa de detalhes (detalhamento ideal) com poucos detalhes (detalhamento escasso) Devemos ressaltar que â medida que um projeto é desmembrado com muitos detalhes, o planejamento, a programação e o controle tomam-se cada vez mais trabalhosos. Por outro lado, à medida que um projeto é desmembrado com poucos detalhes, o planejamento, a programação e o controle tomam-se cada vez mais simples. Porém, uma simplificação em demasia acarreta uma perda de informações preciosas na execução do projeto. Note-se que o detalhamento ideal, é um objetivo a ser atingido. Não existe regra geral para obter um detalhamento deste tipo. O que é um detalhamento ideal para um determinado empresário pode ser um detalhamento excessivo para um outro, bem como pode existir um terceiro empresário que ache o detalhamento escasso. Deste modo, a experiência do planejador das técnicas do caminho crítico auxiliará muito para a obtenção do detalhamento ideal das atividades que constituem o projeto. Não devemos esquecer que em muitos projetos uma única atividade pode constituir-se em um novo projeto sofrendo um novo detalhamento. Assim por exemplo, no projeto de troca do pneu furado omitimos a bem da simplificação certas atividades tais como: Osvaldo praguejar quando o pneu furou. Note-se que este elemento é uma atividade porque consome tempo e material. Porém, em lugar de complicarmos o detalhamento do projeto, podemos simplificá-lo drasticamente como por exemplo: tirar a roda com o pneu furado do carro colocar o estepe no carro (substituindo a roda do pneu furado). Note-se que a nova atividade "tirar a roda com o pneu furado do carro" pode constituir-se em um projeto, pois: abrir o capo tirar o macaco do capo seriam atividades deste projeto. Exemplo: Consideremos o projeto de "tomar banho" Existem inúmeras maneiras de detalharmos este projeto. Uma delas seria: 1 - ligar o chuveiro 2 - tirar a roupa 3 - preparar a roupa que será usada apôs o banho 4 - molhar-se 5 - ensaboar-se 6 - retirar o sabão do corpo 7 - cantar 8 - enxugar o' corpo 9 - desligar o chuveiro 10 - vestir-se 11 - esperar a água esquentar. Outra seria uma implicação do projeto acima detalhado (mas ainda possível): 1 - ligar o chuveiro 2 - tirar a roupa 3 - ensaboar-se passar o sabão no corpo debaixo do jato d'água) 4 - desligar o chuveiro 5 - enxugar-se 6 - vestir-se Qual o detalhamento ideal? aquele que fornecer as informações necessárias e suficientes para uma boa programação e controle do projeto. Relações de dependência entre as atividades Dentro da fase do Planejamento, temos que estabelecer uma relação de dependência entre as atividades. Qual atividade deve ser executada em primeiro lugar e qual deve ser executada em último lugar? Na construção de uma fábrica é evidente que a construção das fundações deve preceder â construção das paredes, e esta deve preceder à construção do teto. Normalmente, quando se executa a relação das atividades que compõem um projeto, automaticamente estamos estabelecendo a relação de dependência. Isto porque, muito freqüentemente, lançamos mão de perguntas-chaves para facilitar o raciocínio: Que atividade deve suceder a esta atividade? Quais atividades podem ser realizadas simultaneamente com esta atividade? Voltando ao projeto de troca de pneu furado, podemos, por meio das perguntas-chave acima, estabelecer o detalhamento e a relação de dependência entre as atividades. Diagrama de flechas A fim de possibilitar uma visualização total do projeto, ressaltando as relações de dependência entre as atividades componentes, vamos introduzir agora o diagrama de flechas. Associaremos a cada uma das atividades que compõem um projeto uma flecha. Aos eventos associaremos os nós. FLECHA = Atividade NÓ = Evento Repetindo este conceito importante: 1 - Vamos representar cada uma das atividades por uma flecha. 2 - Os nós que se situam no início e na ponta da flecha representam o início e o fim da atividade. Nada mais são do que os eventos anteriormente descritos. Assim, devemos fixar bem este conceito, tirar o macaco do capô é uma atividade, afrouxar os parafusos da roda é uma atividade, pneu trocado é um evento, parafusos apertados é um evento. Portanto, um evento ou um nó tem as seguintes características: indica claramente o início ou o fim de uma atividade; um evento ou um nó não consome nem tempo nem recursos; Uma atividade por outro lado tem a seguinte característica: ela consome tempo e/ou recursos; 2.3.Programação A fase de programação do projeto deve ser executada antes que o mesmo tenha o seu início. Esta fase, como foi ressaltado na introdução destinada à duração das atividades, bem como à determinação das atividades que não podem ser atrasadas, sem que haja atraso também na conclusão do projeto. O CPM é a técnica do caminho crítico determinística, ou seja, quando os tempos de execução das tarefas são conhecidas com precisão. Na verdade nunca se sabe com precisão qual deverá ser o tempo de duração de uma atividade. Porém muitas vezes assumimos como desconhecido um tempo de duração porque: 1 - é uma atividade que foi repetida muitas vezes e portanto conhecemos com razoável precisão o seu tempo de duração 2 - a bem da simplicidade, preferimos correr um risco maior. Identificação dos eventos: Normalmente, as redes de atividades possuem alguns milhares de atividades. Dependendo do número de atividades da rede (quando maior de 200) é mais econômico a utilização do computador eletrônico. Porém os computadores eletrônicos podem identificar uma atividade pelos nós ou eventos que a compõem. 2.4.Controle Enquanto as fases de planejamento e programação são executadas antes que se inicie a execução do projeto, a fase do controle se inicia simultaneamente com o início da execução do projeto e continua até sua conclusão. Porém o controle de fluxo de informações devem ser estabelecidos durante as fases de Planejamento e Programação de modo que tenhamos um sistema já estabelecido no início da execução do projeto. A eficiência de um controle deve ser avaliada pela rapidez com que identifica uma diferença entre o planejado o programado e o realmente executado. Assim, ao ser identificado um atraso na execução de uma atividade esta pode ser: uma atividade do caminho crítico; uma atividade que não seja do caminho crítico; Quando uma rede for muito grande, o seu controle é executado por um computador. Mesmo assim, é aconselhável desmembrar o diagrama total em subdiagramas menores para obtermos uma melhor visualização do detalhe. O armazenamento é feito num centro de controle que é responsável pela coleta de informações da área de execução do projeto, comparações destas informações com o planejado e o programado, para finalmente emitir os relatórios de acompanhamento de execução do projeto. 3. PERT PERT(Program Evaluation and Review Tecimique) Técnica de Elaboração e Controle de Programas Esta técnica foi elaborada no ano de 1958, pela equipe de projetos especiais da Marinha dos Estados Unidos, em colaboração com as empresas: Lockheed (empresa especializada em projetos balísticos) Cia. de Assessoria Industrial Booz, Allen & Hamilton International mc. objetivando planejar e controlar o complexo projeto de construção de submarinos atômicos dotados com projéteis balísticos Polaris. O objetivo final seria a conclusão do projeto de execução desses submarinos e dos projéteis balísticos num prazo prefixado. Esta nova técnica iria auxiliar a direção do projeto a coordenar e controlar os esforços de cerca de 250 empresários, 9000 subcontratistas e numerosas agências do governo dos Estados Unidos. A utilização do PERT propiciou que todos estes esforços fossem bem integrados e os problemas em potencial fossem descobertos com a devida antecedência, evitando-se então um atraso no projeto. Como conseqüência da utilização do PERT, o projeto foi concluído com dois anos de antecedência em relação ao prazo previsto. Este espetacular sucesso provocou uma divulgação sem precedentes das características do PERT. Em seguida, o PERT começou a ser utilizado nos meios industriais e mais uma vez a sua eficiência foi comprovada. A experiência adquirida após a aplicação em inúmeros projetos assegura que a utilização do PERT aumenta a eficiência do planejamento e controle de projetos, reduzindo o tempo de sua execução e possibilitando uma economia de cerca de 20% nos custos. 3.1.Introdução PERT Embora corramos o risco de nos tornarmos maçantes, convém mais uma vez ressaltarmos que as técnicas do caminho crítico prevêem três fases perfeitamente distintas na execução de um projeto. Sendo o PERT uma delas temos: 3.2.Planejamento A fase do planejamento para o PERT é idêntico ao CPM. 3.3.Programação Nesta fase é que o PERT se diferencia do CPM visto anteriormente. Quando introduzimos a fase de programação para o CPM estabelecemos um ÚnicO tempo de execução para cada atividade. Naquela altura dos acontecimentos, já tínhamo5 mencionado que na vida real nunca se sabe com precisão absoluta qual deverá ser a real duração de uma atividade. Porém: 1.Por termos que executar uma mesma atividade muito freqúente~ mente, conhecemos com razoável precisão o seu tempo de duração. Exemplo:Devido â frequ..ência com que é executado o projeto (ou atividade) "Fazer a barba" pode ser considerado como conhecido o seu tempo de execução. 2.Muitas vezes, por termos que planejar e controlar um projeto que não envolva muita responsabilidade, a bem da simplicidade, consideramos o tempo de execução das atividades como conhecido e corremos um risco maior de não conclusão do projeto dentro do prazo previsto. Uma pergunta então deverá ser levantada: E quando os Estados Unidos tiveram que enfrentar um projeto totalmente novo, como o de construção de submarinos atômicos dotados de foguetes Polaris? Neste caso, ninguém teve a experiência necessária para considerar como conhecida a duração de cada atividade e, sendo um projeto de tal envergadura, não era possivel correr um risco de ter falhas na obediência do prazo de conclusão do projeto. Neste caso, foi elaborado o PERT. Duração otimista, normal e pessimista de uma atividade O método PERT, baseia-se em três estimativas de duração (para cada atividade) que proporcionam ao planejador uma melhor visão da incerteza que envolve a duração da atividade. As estimativas são as seguintes: Duraçao otimista (to): E a estimativa de duração mínima de uma atividade. Significa uma duração que somente ocorre em ocasiões especiais onde a boa sorte nos favoreceu. Tudo que pode influenciar a duração da atividade saiu ás ruil maravilhas. Exemplo: Na atividade, terraplanagem do terreno, as máquinas funcionaram sem apresentar defeito, o tempo apresentou-se bom, o terreno encontrava-se em ôtimas condições. Duração mais provável ou normal (tm): E uma estimativa de duraçáo normai de uma atividade. Significa uma duração que deverá ocorrer mais freqú.entemente, se a mesma atividade for repetida independentemente uma da outra, um número muito grande de vezes. Exemplo: Na atividade terraplanagem do terreno, as máquinas irão apresentar problemas normais de funcionamento, o tempo se apresentará compatível com a estação e o terreno se encontrará em condições normais. Duração pessimista (tp): E uma estimativa ('e duração máxima de uma atividade. Significa uma duração que somente ocorre em ocasiões especiais, onde a má sorte nos atingiu em cheio. Exemplo: Na atividad~, terraplanagem do terreno, as máquinas irão apresentar problemas contínuos, o tempo se apresentará muito chuvoso, e o terreno se apresentará muito encharcado. E bastante intuitivo que, à medida que haja um maior afastamento entre a duração otimista e a duração pessimista, haverá um maior grau de incerteza quanto â duração reai da atividade. Exemplo: Jto = 3,OOmin t0 = 2,OOmin 1 t0 = l,OOmin tm = 3,05 min tm = 3,00 min tm = 6,00 mm tp = 3,lOmin tp = 4,3Omin tp = 8,OOmin exemplo 1 exemplo 2 exemplo 3 Assim, no exemplo 1 muito provavelmente a duração real da atividade estará compreendida entre 3,00 min e 3,10 min o que é muito mias preciso do que no exemplo 2 cuja duração real é muito provavelmente situada entre 2 min e 4,30 min (menos preciso que 1). Evidentemente se não coletássemos três estimativas de tempo para cada atividade e utilizássemos a técnica do CPM, muito provavelmente O tm do PERT seria o valor escolhido como duração da atividade no CPM 3.4.Controle Todos os comentários e instruções que abordamos na técnica CPM são válidos para a PERT. 4. Bibliografia CPM/PERT Planejamento Programação e Controle – Seidenthal, Waldir Ed. Mc Graw – Hill do Brasil Ltda; http://barney.sbe.csuhayward.edu/~sstarlin/MbPmWWW/MbaPml http://keys.marshall.edu/teaching/mgt674/9/sld020.htm