Técnicas e ferramentas para o desenvolvimento do cronograma 1. Análise matemática Envolve calcular datas teóricas de início e término para todas as atividades do projeto, sem considerar qualquer limitação no quadro de recursos. As datas resultantes não são o cronograma, mas indicam os períodos de tempo dentro dos quais as atividades podem ser cronogramadas dado as limitações de recursos e outras restrições conhecidas. As técnicas de análise matemática mais amplamente conhecidas são: Método de Caminho Crítico (CPM Critical Path Method). Calcula uma única data mais cedo, mais tarde, de início e de término para cada atividade, baseado na seqüência lógica especificada na rede e em uma única duração estimada. O enfoque do CPM é o cálculo da flutuação com a finalidade de determinar quais as atividades têm a menor flexibilidade no cronograma. Os algoritmos básicos utilizados pelo CPM são freqüentemente usados em outros tipos de análises matemáticas. Avaliação Gráfica e Revisão Técnica (GERT – Graphical Evaluation and Review Technique). Permite o tratamento probabilístico tanto para rede lógica quanto para estimativas de duração das atividades (por exemplo, algumas atividades podem ser executadas por completo, algumas apenas em parte, e outras mais de uma vez). Programa de Avaliação e Revisão Técnica (PERT – Program Evaluation and Review Technique). Usa uma estimativa de média ponderada para calcular as durações da atividade. Embora existam diferenças superficiais, o PERT difere fundamentalmente do CPM por que usa distribuição de médias (valor esperado) em vez do valor mais provável, originalmente usado no CPM [...]. O PERT propriamente dito é muito pouco utilizado atualmente. 2. Compressão da duração A compressão da duração é um caso especial de análise matemática que procura alternativas para reduzir o cronograma do projeto sem alterar o escopo do projeto (por exemplo, satisfazer datas impostas ou outros objetivos do cronograma). A compressão de duração inclui técnicas tais como: Colisão (Crashing) - quais compensações de custo e cronograma são analisadas para determinar como, se de nenhuma maneira, obter a maior compressão para o mínimo aumento de custo. As colisões nem sempre produzem alternativas viáveis e freqüentemente resultam em aumento de custo. Caminho Rápido (Fast tracking) - realizar atividades em paralelo que normalmente seriam feitas em seqüência (por exemplo: começar a escrever o código de um projeto de software antes que o projeto esteja completo ou começar construir a fundação de uma usina de processamento de petróleo antes de se alcançar 25 por cento da solução de engenharia do processo – engenering point). O caminho rápido freqüentemente resulta em retrabalho e usualmente aumenta o risco. 3. Simulações As simulações envolvem vários cálculos de durações de projeto com diferentes hipóteses de conjunto de atividades. A técnica mais comum é Análise Monte Carlo, na qual uma distribuição de prováveis resultados para o projeto total [...]. Além disso, análises do tipo o que aconteceria se pudessem ser feitas usando a rede lógica para simular diferentes cenários, assim como atrasos na entrega de um 1 componente importante, estendendo a duração de uma engenharia específica, ou introduzindo fatores externos (assim como uma greve, ou permitir uma mudança em um processo). O resultado de simulações do tipo o que aconteceria se pode ser usado para avaliar a viabilidade do cronograma sujeito a condições adversas e no preparo de planos de respostas/contingência para superar ou mitigar o impacto de situações inesperadas. 4. Nivelamento heurístico dos recursos As análises matemáticas freqüentemente produzem um cronograma preliminar início mais cedo que requer mais recursos durante certos períodos de tempo do que os que estão disponíveis, ou requer mudanças nos níveis dos recursos que não são gerenciáveis. As heurísticas, tais como, “Alocar os recursos escassos primeiramente para as atividades do caminho crítico”, podem ser aplicadas para desenvolver um cronograma que reflete tal restrição. O nivelamento dos recursos freqüentemente resulta em uma duração maior para o projeto do que o cronograma preliminar. Esta técnica é algumas vezes chamada de método baseado em recursos (resource-based method), especialmente quando implementada com otimização computadorizada. Recursos realocados de atividades não-críticas para atividades críticas é um caminho comum para tentar tirar o atraso do cronograma, ou interromper a possibilidade de atraso, para manter a duração final pretendida. Utilização de horas extras, finais de semanas, ou múltiplos deslocamentos podem ser também considerados para reduzir a duração de atividades críticas. Aumento de produtividade baseado no uso de diferentes tecnologias e/ou maquinário (ex: soldagem automática, cortador de canos elétricos, etc.) é outro caminho para encurtar a duração que pode prolongar o cronograma preliminar. Fatos rastreados, se possível [...]. Alguns projetos podem ter recursos limitados ou críticos, requerendo que estes recursos sejam programados na reserva para a data final do projeto; esta é conhecida como cronogramação de alocação de recursos reservas. "Critical chain" é uma técnica que modifica o cronograma do projeto para satisfazer a limitações de recursos. 5. Softwares de gerência de projeto Os softwares de gerência de projeto são amplamente usados no desenvolvimento do cronograma. Outros softwares podem ser capazes de interagir diretamente ou indiretamente dentro de si mesmo, ou com outros softwares, para realizar os requerimentos de outras áreas de conhecimentos. Esses produtos automatizam o cálculo das análises matemáticas e do nivelamento dos recursos e, conseqüentemente, permitem uma rápida avaliação sobre muitas alternativas de cronograma. São amplamente usados para imprimir ou apresentar as saídas do desenvolvimento do cronograma. [...] Fonte WBS MANAGEMENT & TRAINING. Técnicas e ferramentas para o desenvolvimento do cronograma. In:______. Corpo do conhecimento em gerência de projetos – PMBOK – edição 2000. Disponível em: <http://www.cin.ufpe.br/~if717/Pmbok2000/pmbok_v2p/wsp_6.4.html>. Acesso em: 05 nov. 2007. 2