UNIVERSIDADE REGIONAL DO NOROESTE DO ESTADO RIO GRANDE DO SUL - UNIJUI DACEC – DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS, CONTÁBEIS, ECONÔMICAS E DA COMUNICAÇÃO. CURSO DE ADMINISTRAÇÃO – BACHARELADO – MODALIDADE PRESENCIAL DIONÉIA PATRÍCIA SOARES DE MELO AUDITORIA DE MARKETING NA SILOS CONDOR AGROINDUSTRIAL LTDA Panambi, 2015 DIONÉIA PATRÍCIA SOARES DE MELO AUDITORIA DE MARKETING NA SILOS CONDOR AGROINDUSTRIAL LTDA Trabalho de Conclusão do Curso de Administração da Universidade Regional do Noroeste do Rio Grande do Sul – UNIJUI, como requisito parcial à Conclusão de Curso e consequente obtenção de título de Bacharel em Administração. Orientador: Professor Mestre Martin Ledermann Panambi, 2015 DIONÉIA PATRÍCIA SOARES DE MELO AUDITORIA DE MARKETING NA SILOS CONDOR Este Trabalho de Conclusão de Curso foi julgado adequado para a obtenção do título de BACHAREL EM ADMINISTRAÇÃO e aprovado em sua forma final pelo professor orientador e pelos membros da banca examinadora. Orientador: Professor Mestre Martin Ledermann - UNIJUÍ BANCA EXAMINADORA Professor __________________ (UNIJUÍ) Professor __________________ (UNIJUÍ) Panambi, ______ de __________ de 2015. AGRADECIMENTOS Agradeço em primeiro lugar a Deus, que iluminou o meu caminho durante esta caminhada, por dar-me a oportunidade e capacidade para realização deste curso, por sempre ter me guiado, me dado forças para superar as dificuldades. A Unijui, seu corpo docente, direção e administração. Ao meu orientador Professor Mestre Martin Ledermann, pela paciência na orientação pelos incentivos, correções, por ter me concedido todo suporte para realização deste trabalho. Aos meus pais Danilo Paz de Melo e Rute Soares de Melo, pelo amor, incentivo e apoio incondicional, sempre estiveram ao meu lado, sem medir esforços, me auxiliam em qualquer momento, louvo a Deus pela vida de vocês. Aos meus irmãos especiais na minha vida. Ao meu querido esposo Alencar, pela ajuda, companheirismo, pessoa com que amo compartilhar a vida, obrigado pelo carinho, paciência e por sua capacidade de me trazer paz na correria de cada semestre. Agradeço a empresa Silos Condor, na pessoa do Sr. Günter Rogério Pohl, pelo apoio e pela confiança ao fornecer os dados necessários para realização deste trabalho. Aos amigos e colegas, pelo incentivo e pelo apoio constante. E todos que direta ou indiretamente fizeram parte da minha formação, o meu muito obrigado. AUDITORIA DE MARKETING NA SILOS CONDOR AGROINDUSTRIAL LTDA¹ Dionéia Patrícia Soares de Melo², Professor Mestre Martin Ledermann³ ¹ Trabalho de Conclusão de Curso apresentado ao Curso de Graduação em Administração da Universidade Regional do Noroeste do Estado do Rio Grande do Sul (Unijuí), requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Administração. ² Acadêmica do Curso de Graduação em Administração da Unijuí. E-mail: [email protected] ³ Orientador, professor mestre do Departamento de Ciências Administrativas, Contábeis, Econômicas e da Comunicação. E-mail: [email protected] Introdução Auditoria está ganhando cada vez mais importância, pois independentemente do porte econômico ou tamanho físico da organização, isso faz com que aumente a necessidade das empresas em pensar no marketing sob ponto de vista estratégico. Num mercado cada vez mais competitivo as empresas preocupam-se com a conquista de novos mercados, vender mais e oferecer melhores produtos e ou serviços da mesma forma vem aumentando a preocupação das mesmas com a satisfação de seus clientes. Perceber o mercado é essencial para as empresas, pois assim conseguem chegar ao topo, através da definição de critérios de procura de produtos. Para que haja uma percepção deste mercado cada vez mais competitivo deve-se usar da Auditoria de Marketing. Para Day (2001) uma empresa orientada para o mercado será mais bem conduzida e apta a ter melhor relacionamento com seus clientes, deve ter clareza de sua visão estratégica para que possa antecipar os riscos e as oportunidades do mercado. Precisa ser melhor que seus concorrentes para que consiga manter-se no mercado competitivo. Neste contexto, o presente documento tem objetivo de elaborar uma Auditoria em Marketing na Empresa Silos Condor Agroindustrial Ltda, identificar erros atuais e potenciais, detectando oportunidades, recomendando um plano de ação com vista a melhorar a gestão de marketing. É composto por cinco partes, sendo a contextualização do estudo, o referencial teórico, a metodologia e a análise e interpretação dos resultados da pesquisa aplicada, bem como conclusão e referências, apêndices e anexos. Metodologia Conforme Zamberlan et al (2014) a classificação da pesquisa quanto à natureza, podem ser classificadas como básicas e aplicadas. Esta pesquisa é classificada como aplicada, pois tem como um dos seus objetivos propor ações de marketing à empresa que, por sua vez, têm a possibilidade de serem implementadas. Quanto à abordagem, as pesquisas se classificam em pesquisas quantitativas e qualitativas. A presente pesquisa se classifica como pesquisa qualitativa, porque se baseia em um roteiro de entrevista que visa identificar as ameaças e oportunidades de marketing na empresa e por não usar técnicas estatísticas. Quanto aos objetivos esta pesquisa foi exploratória, pois buscou identificar as ameaças e oportunidades de marketing à empresa bem como propor melhorias. Considera-se também como descritiva, pois descreveu as ações de marketing da “Silos Condor”. Esta pesquisa se classifica quanto aos procedimentos técnicos em pesquisa de campo, foi feita com base em observações diretas do ambiente organizacional, buscando aprofundar e detalhar de modo mais eficiente à organização do marketing utilizada pela empresa.Outro método utilizado foi pesquisas bibliográficas, desenvolvidas com base em material publicado em livros, redes eletrônicas e em fontes secundárias. Todos os meios utilizados neste trabalho são instrumentos para análise da organização e deram suporte ao estudo. É também um estudo de caso, porque trabalha com as oportunidades e ameaças relacionadas ao marketing da empresa Silos Condor, e uma pesquisa participante, pois envolve entrevistas com o Diretor Industrial da empresa. Resultados A pesquisa elaborou uma Auditoria de Marketing na empresa Silos Condor, ao buscar visão organizacional sistêmica, analisando e identificando dados e situações referentes às seguintes etapas: ambiente de marketing dividido em microambiente e macroambiente, segmentação de mercado, posicionamento, sistemas de informações e mix de marketing. No ambiente de marketing, foi feito diagnóstico do microambiente da empresa que é composto de ameaças, oportunidades e propostas sobre empresa, fornecedores, facilitadores e empresas de marketing, mercados e clientes, concorrentes, distribuição e revendedores, e públicos. A empresa Silos Condor é orientada para mercado, pois se preocupa com a satisfação e o atendimento das necessidades de seus clientes, num mercado aquecido nos investimentos em produtos de armazenagem de grãos e está conseguindo aumentar a participação no mercado que é muito concorrido. Referente a fornecedores, nos últimos 3 anos fez grande trabalho no setor de compras, tendo um melhor planejamento da programação de compras antecipadas, com prazos que os fornecedores possam atender, possuindo uma relação muito boa com os fornecedores, mas se sabe que tem uma gama muito restrita de fornecedores em várias das áreas, como proposta terá que no decorrer do tempo buscar novos fornecedores. Quanto aos facilitadores de marketing, ela possui boa relação com serviços terceirizados, como jornais locais e propagandas na rádio sul brasileira, tem relações com bancos de fomento. Em mercados e clientes, nos anos 2014/2015, houve um processo de maior complexidade da agricultura, portanto, o mercado de atuação da empresa terá um crescimento em investimento. O maior crescimento do investimento será no centro oeste do país o que deverá responder por 54,7% da produção nacional, seguindo região sul com 25,1%, região nordeste com 8,6%, região norte 5,3% e região sudeste 6,3%. Cada uma destas regiões representam oportunidades de negócio para empresa. Os principais concorrentes da empresa são a Kepler Weber, Comil Silos e Secadores e a Engegran Indústria e Montagens, todas atuam no mesmo ramo de atividade, e também estão em busca de novos clientes. Para isso, a Silos Condor deve ofertar a seus clientes produtos com novas tecnologias e qualidade. Como proposta e sugestão a empresa, deverá ter bem clara as estratégias para estar à frente de seus concorrentes, não deixando de satisfazer seus clientes melhor que a concorrência. Outra força próxima à empresa são os públicos, onde ela procura atender eficazmente, de acordo com a necessidade de cada um. Ela representa para a sociedade, como sendo uma empresa que trabalha com seriedade, com qualidade em seus produtos, e é orgulhosa por participar do mercado com seus produtos de qualidade, estando sempre ciente com as responsabilidades que deve ter perante seus clientes e fornecedores. Dentro do ambiente de marketing, também possuem forças externas conhecidas como forças do macroambiente, em que é apresentado ameaças, oportunidades e propostas do ambiente demográfico, ambiente econômico, ambiente natural, ambiente tecnológico e ambiente político, cultural. No ambiente demográfico, o desenvolvimento de novas regiões produtoras de grãos no País, e no estado estão sendo acompanhadas, e nestas regiões a empresa esta investindo no departamento comercial. Já no ambiente econômico, é raro hoje encontrar um agricultor que esteja em situação de aperto financeiro, a empresa está ampliando a atuação em vendas no momento para assim aumentar o volume de vendas, e entende que para ser atendido, deverá aumentar sua capacidade de produção. Na força do ambiente ambiental a Silos Condor preocupa-se com o destino correto dos resíduos do setor de pintura e também as sucatas de chapa preta, branca e granalhas, contratando empresas especializadas para o destino final desses resíduos. No ambiente tecnológico as mudanças tecnológicas de produtos ainda estão por serem implementadas nos equipamentos de armazenagem, secagem, limpeza e movimentação de grãos, terá que aumentar o ritmo de atualização dos produtos e processos, porém depende do próprio capital para fazer estes reinvestimentos o que torna a atualização tecnológica mais lenta. Nas forças do ambiente político pode-se perceber que a empresa fechou muitos negócios com seus clientes através de financiamentos oferecidos pelo Banco do Brasil, através dos recursos os agricultores conseguem investir em suas propriedades rurais com oportunidades de adquirir equipamentos de armazenagem e secagem de grãos, assim como maquinários de alta tecnologia. Quanto ao ambiente cultural, os diretores da empresa têm um espírito empreendedor e de desenvolvimento, e procuram sempre pensar na imagem e crescimento da sua empresa. No processo de segmentação de mercado, foram analisadas as ameaças, oportunidades e feito proposições. Os segmentos de mercado que a empresa atinge, são todos os produtores rurais de pequenos, médios e grande porte, assim como cooperativas e cerealistas, a empresa pode investir em pesquisas de pós – vendas, focalizando as atitudes e comportamentos dos clientes em relação à satisfação pela compra do produto. Quanto ao posicionamento, da mesma forma foram feitas análises das ameaças e oportunidades, bem como propostas. No momento com o mercado aquecido, a empresa não tem um trabalho de marketing, mas tem muitas fontes de referência do equipamento que fabrica, em unidades instaladas, tendo clientes bem atendidos, e esta referência é muito bem utilizada pela empresa nas negociações em andamento e futuras negociações, ela se posiciona no mercado, atuando no setor do agronegócio, sendo especializada no desenvolvimento de soluções completas para armazenagem de grãos, e participa todos os anos em feiras, como Expodireto, Expointer e Fenarroz. No sistema de informação de marketing da empresa, foram detectadas ameaças, oportunidades, e sugeridas propostas. Hoje a empresa não possui nenhum trabalho específico de marketing, mas está sempre atenta as informações de mercado, através de notícias televisivas e outras, as informações que empresa tem até o momento foram suficientes para definir ações de mercado, com relação a seus concorrentes, esta deve investir na tecnologia de marketing de relacionamento, ou seja, no software, CRM, conhecido como gestão de relacionamento com o cliente. Dentro do mix de marketing, foi feito diagnóstico, das ameaças, oportunidades e sugeridas propostas quanto à gestão do produto, gestão do preço, gestão da praça e da promoção. Na gestão de produto a empresa comercializa equipamentos para armazenagem, secagem, limpeza e transporte de granéis sólidos. Sendo eles: Silos, Secadores, Fornalha, Espalhador Gravitacional, Ventilador, Elevadores, Transportadores, Mesa Densimétrica, Empilhadeira de Sacos, Sistema de Aeração, Estrutura Metálica, Chupim, Mesclador de Cereais, Canalização, Captadores, Máquinas, Tulha Metálica, Rosca Varredoura. O objetivo da comercialização da linha de produtos fabricados pela empresa é principalmente a venda a médios e grandes produtores rurais, unidades de pequenas e médias cerealistas e cooperativas. A atual linha de produtos atende a este vasto mercado, para criar linhas de produtos mais extensas, ela deve buscar novos mercados para que seu crescimento seja rápido, tornando-se oportunidades para a empresa. Quanto à gestão de preço percebe-se que ela acompanha os preços dos concorrentes nas negociações e estas estão sempre muito semelhante o que comprova que a Silos Condor tem preços de venda para atuar no mercado. Ela esta iniciando um trabalho de custo total e real, obedecendo a critérios de competitividade e lucro. Já na gestão da praça, como oportunidade, ela possui canal de distribuição direto, possui canal de distribuição indireto. E na gestão de promoção, investe em propagadas na Rádio Sul Brasileira, esta ferramenta é toda e qualquer atividade de propaganda impessoal, ou seja, que necessite de mídia. Outra forma de promover seus produtos a empresa investe em propagandas em Jornais locais, catálogos e folhetos. Na gestão de promoção, a empresa expõe seus produtos em algumas das principais feiras do agronegócio nacional, sendo elas, Expodireto, Expointer, Fenarroz. Conclusão Todas as ações da empresa devem estar alinhadas com o conceito de marca e a imagem que deseja passar ao consumidor, a mesma imagem que precisa primeiramente disseminar internamente. Estratégia em vendas, hoje, é um ciclo, que precisa estar muito bem delineado para alcançar os resultados desejados. É preciso cuidar de todas as áreas de contato do cliente ou consumidor, produto, marca layout empresa, sites e profissionais treinados. Em um mundo sem fronteiras, estas áreas de contato estão cada vez mais abrangentes o que exige inovação e investimento sempre. Palavras chave: Auditoria. Clientes. Fidelização. Referências DAY, George S. A empresa orientada para o mercado. 1ª. Ed. Porto Alegre: Artmed, 2001. ZAMBERLAN, Luciano (Org.). Pesquisa em ciências sociais aplicadas. Ijuí : Ed. Unijuí, 2014. LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Etapas que compõe a Contextualização do Estudo. ................................................. 16 Figura 2 - Etapas que compõe Referencial Teórico. ................................................................ 20 Figura 3 - Visão do Marketing Holístico. ................................................................................. 25 Figura 4 - Forças que compõe Ambiente de Marketing de uma empresa. ............................... 29 Figura 5 - Fatores do Microambiente ....................................................................................... 30 Figura 6 - Organograma orientado para o cliente. .................................................................... 31 Figura 7 - Forças do Macroambiente. ....................................................................................... 33 Figura 8 - Etapas da Segmentação de Mercado, identificação do mercado-alvo e posicionamento mercadológico. ............................................................................................... 37 Figura 9 - Ampliação da Linha de Produtos. ............................................................................ 49 Figura 10 - Estágios do Ciclo de Vida dos Produtos. ............................................................... 51 Figura 11 - Análise de Investimento pela Matriz BCG. ........................................................... 53 Figura 12 - Seis fatores para determinação de preços. ............................................................. 55 Figura 13 - Etapas que compõe a Metodologia. ....................................................................... 63 Figura 14 - Etapas que compõe a Apresentação e Análise dos Resultados. ............................. 68 Figura 15 - Análise Matriz BCG. ............................................................................................. 95 Figura 16 - Canal de Distribuição Direto. ................................................................................ 99 Figura 17 - Canal de Distribuição Indireto. .............................................................................. 99 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Evolução das definições de marketing. .................................................................. 24 Quadro 2 - Variáveis de Segmentação para Mercados Consumidores. .................................... 40 Quadro 3 - Características dos mercados industriais. ............................................................... 43 Quadro 4 - Mix de Produtos. .................................................................................................... 51 Quadro 5 - Relação de Pontos Fortes, Pontos Fracos e Principais Estratégias dos concorrentes. 78 Quadro 6 - Linhas de Crédito – Agricultura Empresarial. ....................................................... 87 Quadro 7 - Pronaf Mais Alimentos. ......................................................................................... 88 Quadro 8 - Amplitude do composto de produtos da empresa Silos Condor. ........................... 94 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 1 - Projeções da área plantada com soja em grão, por região (milhões de hectares). . 72 LISTA DE ABREVIATURAS OU SIGLAS ABIMAQ Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos BADESUL Banco de Desenvolvimento do Rio Grande do Sul BNDES Bnaco Nacional do Desenvolvimento CONAB Companhia Nacional de Abastecimento CREA Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia CRM Customer Relationship Management CSMIA Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas CSN Companhia Siderúrgica Nacional EMBRAPA Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IICA Instituto Internacional de Cooperação para Agricultura MAPA Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento PACTO Programa de Aperfeiçoamento Comportamento e Técnico Operacional PRONAF Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar RT Responsabilidade Técnica SPA Secretária de Política Agrícola SUMÁRIO INTRODUÇÃO........................................................................................................ 14 1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO ............................................................... 16 1.1. Definição do Tema .................................................................................................... 16 1.2. Caracterização da Organização .............................................................................. 17 1.3. Questão de Estudo .................................................................................................... 18 1.4. Objetivos.................................................................................................................... 18 1.4.1. Objetivo Geral ............................................................................................................ 18 1.4.2. Objetivos Específicos ................................................................................................. 18 1.5. Justificativa ............................................................................................................... 19 2. REFERENCIAL TEÓRICO ................................................................................... 20 2.1. O Mercado de Armazenagem de Grãos no Brasil ................................................. 20 2.2. Conceitos de Marketing ........................................................................................... 23 2.2.1. Marketing Holístico .................................................................................................... 25 2.3. Conceitos de Auditoria ............................................................................................. 26 2.4. Auditoria de Marketing ........................................................................................... 27 2.4.1. Ambiente de Marketing .............................................................................................. 28 2.4.1.1. Microambiente de Marketing ..................................................................................... 29 2.4.1.2. Macroambiente de Marketing .................................................................................... 33 2.4.2. Segmentação de Mercado ........................................................................................... 36 2.4.2.1. Bases para Segmentação de Mercado ........................................................................ 39 2.4.2.2. Segmentação de Mercados Industriais ....................................................................... 43 2.4.3. Posicionamento .......................................................................................................... 44 2.4.4. Sistemas de Informações de Marketing (SIM) ........................................................... 44 2.4.4.1. Mix de marketing ....................................................................................................... 46 2.4.4.2. Produto ....................................................................................................................... 47 2.4.4.3. Preço ........................................................................................................................... 54 2.4.4.4. Distribuição ................................................................................................................ 58 2.4.4.5. Promoção .................................................................................................................... 59 3. METODOLOGIA .................................................................................................... 63 3.1. Classificação da Pesquisa ......................................................................................... 63 3.1.1. Pesquisa quanto à Natureza ........................................................................................ 63 3.1.2. Pesquisa quanto à Abordagem ................................................................................... 64 3.1.3. Pesquisa quanto aos Objetivos ................................................................................... 64 3.1.4. Pesquisa quanto aos Procedimentos Técnicos............................................................ 65 3.2. Universo Amostral .................................................................................................... 66 3.3. Sujeitos da Pesquisa ................................................................................................. 66 3.4. Coleta de Dados ........................................................................................................ 66 3.5. Análise e Interpretação dos dados .......................................................................... 67 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS ....................................... 68 4.1. Ameaças, Oportunidades e Proposições relacionadas ao Microambiente de Marketing da empresa ........................................................................................................... 68 4.1.1. Empresa ...................................................................................................................... 69 4.1.2. Fornecedores .............................................................................................................. 69 4.1.3. Facilitadores e Empresas de Marketing...................................................................... 71 4.1.4. Mercados e Clientes ................................................................................................... 72 4.1.5. Concorrentes ............................................................................................................... 77 4.1.6. Públicos ...................................................................................................................... 81 4.2. Ameaças e Oportunidades e Proposições relacionado ao Macroambiente ......... 82 4.2.1. Ambiente Demográfico .............................................................................................. 82 4.2.2. Ambiente Econômico ................................................................................................. 83 4.2.3. Ambiente Físico ......................................................................................................... 84 4.2.4. Ambiente Tecnológico ............................................................................................... 85 4.2.5. Ambiente Político ....................................................................................................... 86 4.2.6. Ambiente Cultural ...................................................................................................... 89 4.3. Ameaças e Oportunidades e Proposições relacionado ao Processo de Segmentação de Mercado ...................................................................................................... 89 4.4. Ameaças e Oportunidades e Proposições relacionado ao Posicionamento ......... 90 4.5. Ameaças e Oportunidades e Proposições relacionado ao Sistema de Informação de marketing da empresa ....................................................................................................... 91 4.6. Ameaças e Oportunidades e Proposições relacionado ao Mix de Marketing ..... 92 4.6.1. Gestão do Produto na empresa Silos Condor ............................................................. 93 4.6.2. Gestão do Preço na empresa Silos Condor ................................................................. 96 4.6.3. Gestão da Praça na empresa Silos Condor ................................................................. 98 4.6.4. Gestão da Promoção na empresa Silos Condor ........................................................ 100 CONCLUSÃO......................................................................................................... 103 REFERENCIAS ..................................................................................................... 106 APÊNDICES .............................................................. Erro! Indicador não definido. 14 INTRODUÇÃO É importante para as empresas a retenção e fidelização de seus clientes, ter uma construção constante de um bom relacionamento entre o cliente e a empresa, pois os clientes devem ser reconhecidos, e respondidos. Para isso é necessário a empresa conhecer bem e manter a comunicação para então ter clientes fiéis. Num mercado cada vez mais competitivo as empresas preocupam-se com a conquista de novos mercados, vender mais e oferecer melhores produtos e ou serviços. Da mesma forma, vem aumentando a preocupação das mesmas com a satisfação de seus clientes. Conforme Kotler (2002) os consumidores estão cada vez mais exigentes, e gostam de serem tratados de forma diferente, procurando sempre novas experiências, para isso cada segmento deve se concentrar na conquista da preferência dos clientes. Para que as empresas se mantenham no mercado competitivo, devem conhecer seus clientes, e gerenciem sua marca eficaz e efetiva, oferecendo produtos que agregam valores e atendam suas necessidades. É importante que as empresas saibam exatamente o que os seus concorrentes vendem, pois só assim terão diferenciais no mercado. Ela deve estar sempre atenta à concorrência e ao mercado, as oportunidades e ameaças. O ambiente da concorrência faz com que o profissional de marketing busque agregar valores no produto. Perceber o mercado é essencial para a empresa, pois assim consegue identificar as necessidades dos clientes. Para que haja uma percepção do mercado, cada vez mais competitivo, aconselha-se usar da Auditoria de Marketing. Um dos objetivos do marketing é entender o mercado, proporcionar inovações aos clientes e oferecer aquilo com que se identificam. O marketing faz com que a empresa se torne diferente, pois começa antes mesmo do produto existir. A empresa deve ter claro seu público-alvo. Ele envolve todas as fases de vida do produto, e está sempre presente na relação entre empresa e clientes. No entender de Day (2001) uma empresa orientada para o mercado, significa ter bom relacionamento com seus clientes, ter clareza de sua visão estratégica, antecipar os riscos e as oportunidades do mercado. Precisa ser melhor que seus concorrentes para que consiga manter-se no mercado competitivo. Este trabalho apresenta uma Auditoria em Marketing na Empresa Silos Condor Agroindustrial Ltda, empresa que está inserida no ramo do agronegócio na produção de equipamentos de armazenagem de grãos, com crescimento constante. Está orientada para o mercado, pois a preocupação com a satisfação e o atendimento das necessidades de seus 15 clientes, são características de uma empresa que focaliza sua atuação comercial em produtos aperfeiçoados, que assegurem um excelente desempenho. O tema abordado neste estudo foi a Auditoria em Marketing, indo além do simples diagnóstico de um problema corrente, como corrigir preços, entrar no mercado, desenvolver marcas, embalagens, entre outros. Tratou de identificar a realidade da empresa, ao detectar oportunidades e ameaças, recomendando um plano de ação com vista a melhorar a gestão de marketing. Auditoria está ganhando cada vez mais importância, pois independentemente do porte econômico ou tamanho físico da organização, essa ferramenta passa a ser uma necessidade das empresas, para planejar o marketing. O trabalho é composto por cinco partes. A primeira a contextualização do estudo, que apresenta o tema, questão de estudo, objetivo geral, objetivos específicos, justificativa. A segunda apresenta os elementos do referencial teórico, mediante a fundamentação teórica do tema em estudo, contendo os conceitos sobre o mercado de armazenagem de grãos no Brasil, conceitos de marketing, conceitos de auditoria, auditoria de marketing, ambiente de marketing, segmentação de mercado, posicionamento, Sistemas de Informações de Marketing (SIM) e mix de marketing. A terceira etapa apresenta a metodologia, o método e o tipo de pesquisa, procedimentos técnicos, definição de amostragens, coletas de dados, organização e análise dos dados. A quarta etapa apresenta análise dos resultados. Por fim, têm-se a conclusão, as referências bibliográficas e os apêndices. 16 1. CONTEXTUALIZAÇÃO DO ESTUDO Contextualizar um estudo remete o pesquisador (a) a apresentar o tema ou assunto que ele quer desenvolver; (b) caracterização da organização, apresentação da empresa objeto de estudo; (c) problematizar esse assunto, isto é, expor de forma clara, compreensível e operacional, qual a dúvida ou a dificuldade com que se defronta e que pretende resolver; (d) formular os objetivos, geral e específicos, que quer alcançar, voltado para resposta do problema; (e) expor o porquê do estudo, relatando assim as justificativas, como mostra a Figura 1. Figura 1 - Etapas que compõe a Contextualização do Estudo. Fonte: Elaborado pela autora. (2015) 1.1. Definição do Tema Para Kotler e Armstrong (1998), todos os negócios que obtêm sucesso, são fortemente centrados no cliente e comprometidos com o marketing, e estão absolutamente voltados para compreender e satisfazer as necessidades dos clientes em mercados – alvo bem definidos. Na era do relacionamento vender não é o suficiente, é preciso relacionar-se com os clientes. Para isso, as empresas devem ter consciência da importância de realizar ações de marketing para que possam captar clientes e aumentar suas vendas. Tudo o que está ao redor das atividades de uma empresa pode ser chamado de Ambiente de Marketing, e oferece oportunidades e ameaças, e isso serve para que as organizações observem o mercado de forma mais profunda, planejem estratégias e implementem ações para que possam aumentar a vantagem competitiva de seus produtos. 17 Todo planejamento e as operações devem ser orientadas para o cliente, isto é, todos os departamentos e funcionários, devem estar empenhados em contribuir para satisfação das necessidades do cliente. Com base nisso, foi definido este tema. O tema estudado foi Auditoria de Marketing na empresa Silos Condor. Segundo Cobra (1997) a Auditoria de Marketing é um redirecionamento das ações da empresa. Após feita revisão e avaliação dos processos e métodos que a organização está desempenhando, se descobre estas deficiências de marketing. Assim, a função da Auditoria de Marketing é se tornar uma aliada da empresa na missão de avaliar seu fluxo de informações, controles, investimento, e propiciar que indique erros atuais e potenciais. 1.2. Caracterização da Organização Fundada em 1º de fevereiro de 1984 pelo Sr Nelson Pohl, a Metalúrgica Condor Ltda iniciou suas atividades nos fundos da residência da família, onde prestava serviços de funilaria e serralheria, e nesta época contava apenas com um funcionário. As primeiras atividades se resumiam em telas e grades de segurança, chaminés para fogão a lenha, calhas d’água de diversos modelos, canos para instalações hidráulicas e janelas basculantes. Em 1986 investiu-se em uma nova atividade, a armazenagem de grãos, através da fabricação de peças para reposição em silos, elevadores e canalização. Logo, foi investido em novos projetos para desenvolver seus próprios produtos. Com o passar dos anos a diversidade dos produtos foi aumentando, atendendo a demanda dos clientes e conquistando o mercado agroindustrial com equipamentos de armazenagem, limpeza, pré-limpeza de grãos. A empresa Silos Condor Agroindustrial Ltda, situa-se na Rua Independência 287, esquina com Rua Mauricio Cardoso, bairro centro, na cidade de Condor, Cep: 98.290-000 está inserida no mercado no ramo do agronegócio com equipamentos de armazenagem de grãos, com crescimento constante, está orientada para o mercado, pois a preocupação com a satisfação e o atendimento das necessidades de seus clientes, são características de uma empresa que focaliza sua atuação comercial em produtos aperfeiçoados, que assegurem um excelente desempenho. A empresa tem a função de fornecer soluções integradas de engenharia para armazenagem, beneficiamento e transporte de granéis sólidos para satisfazer produtores rurais e cerealistas, como também proporcionar comodidade aos mesmos, para obterem seu próprio equipamento de armazenagem de grãos. Focaliza sua atuação comercial em: 18 Projetos de instalações de movimentação, beneficiamento e armazenagem de cereais. Projetos de fábricas de rações e alimentos. Projetos de instalações de carga, descarga e armazenagem portuária. Projetos de instalação de movimentação de minérios. Modernização e manutenção de equipamentos e instalações. Assistência técnica e completa relação de equipamentos e instalações. Os equipamentos fabricados pela Silos Condor são testados e permanentemente aperfeiçoados para assegurar seu excelente desempenho. A empresa produz atualmente uma linha completa de silos, elevadores, correias transportadoras, máquinas de limpeza e prélimpeza, secadores, captadores de impurezas, e roscas transportadoras. 1.3. Questão de Estudo Para a realização dos objetivos é levantada a seguinte questão de estudo: “Quais são as ameaças e oportunidades de marketing relacionadas à empresa Silos Condor?” 1.4. Objetivos Nos objetivos, apresentam-se os objetivos gerais e objetivos específicos. Conforme (RASIA; TEIXEIRA; ZAMBERLAM, 2009, p. 129) “O objetivo geral, se atingido, dá resposta ao problema. Os objetivos específicos são metas de cujo alcance depende a obtenção do objetivo geral”. 1.4.1. Objetivo Geral Propôr ações de Marketing para Empresa Silos Condor Agroindustrial Ltda. 1.4.2. Objetivos Específicos Identificar ameaças e oportunidades da empresa relacionadas ao micro e macroambiente de marketing; 19 Verificar ameaças e oportunidades relacionadas ao sistema de informações de marketing da empresa; Identificar ameaças e oportunidades relacionadas ao processo de segmentação e posicionamento da empresa; Identificar ameaças e oportunidades relacionadas ao mix de marketing na empresa; Propor ações para minimizar as ameaças e potencializar as oportunidades de marketing. 1.5. Justificativa Através da Auditoria de Marketing a organização pode identificar erros atuais e detectar oportunidades. Pois como um instrumento de avaliação serve para verificar assuntos como o ambiente da empresa, os objetivos, resultados operacionais em termos de lucro, volume de vendas, participação no mercado e o mais determinante em marketing: estratégia determinada. É com base nas estratégias que se prova a capacidade da empresa na antecipação das necessidades de seus clientes. Para uma organização se manter no mercado e atender as exigências de seus clientes, significa ter mais qualidade e serviços superiores, para tanto necessita de informações do mercado e de seus clientes. Por isso, a importância de se realizar uma Auditoria em Marketing na Silos Condor. Na qualidade de acadêmica em administração, ao realizar esta pesquisa, oportunizou enormes desafios para se posicionar como auditora de marketing, permitindo análise e estudo da Auditoria de Marketing no ambiente empresarial, ao instigar ações administrativas e aprofundar conhecimentos na área da gestão. O processo de conhecimento, ao elaborar a Auditoria em Marketing foi facilitado pelo diretor da empresa Silos Condor, tendo paciência e tolerância ao passar um conjunto de informações sobre a gestão da empresa, especialmente na área do marketing. 20 2. REFERENCIAL TEÓRICO O Referencial Teórico consiste em dar suporte e sustentação ao estudo, através da pesquisa de autores relevantes, buscando conceitos do Marketing. É o capítulo que tem por objetivo apresentar os estudos sobre o tema. Aborda teorias e conceitos sobre o assunto em questão, é composto das seguintes partes: o Mercado de Armazenagem de Grãos no Brasil, Conceitos de Marketing, Conceitos de Auditoria, Auditoria de Marketing, Ambiente de Marketing, Segmentação de Mercados Industriais, Posicionamento, Sistemas de Informações de marketing e Mix de marketing, conforme demonstra figura 2. Figura 2 - Etapas que compõe Referencial Teórico. Fonte: Elaborado pela autora. (2015) 2.1. O Mercado de Armazenagem de Grãos no Brasil De acordo com dados Gestão do Campo (2013) a soja teve sua origem no mundo a cerca de cinco mil anos, domesticada pelos chineses. Tem se espalhado pela Ásia a três mil anos, e vem sendo utilizada como alimento. No cenário mundial, a soja adquire grande importância no século XX, quando chega aos Estados Unidos, após a primeira grande guerra. No Brasil, o grão chegou com os primeiros imigrantes japoneses em 1908, mas foi introduzida oficialmente no Rio Grande do Sul em 1914. Porém, sua expansão somente ocorreu na década de 1960 junto à lavoura de trigo. De 1980 para 1990, o Brasil manteve estável a produção de soja, com pequenos períodos de crescimento de área. Isso porque o país enfrentava crise econômica que era derivada tanto de fatores internacionais (corte dos empréstimos e aumento taxas de juros) quanto nacionais (instabilidade doméstica). 21 Segundo dados da CONAB (2014) - Companhia Nacional de Abastecimento, na safra 2014/15 as principais áreas cultivadas com grãos são: algodão, amendoim, arroz, feijão, girassol, mamona, milho, soja, sorgo, aveia canola, centeio, cevada, trigo e triticale. Tem como estimativa de área plantada em 57,39 milhões de hectares, sendo 0,6% mais que à safra de 2013/14. A produtividade da soja para safra 2014/15 é considerada maior que a safra passada, que foi prejudicada pelos fatores climáticos, ou seja, estiagens nos importantes estados produtores. Portal do Agronegócio (2012) destaca na Agrishow, que o armazenamento de grãos está se tornando cada vez mais estratégico, pois o mercado está ficando muito competitivo e globalizado, dentro da produção agrícola. Afirmam também que a CSMIA (2012) - Câmara Setorial de Máquinas e Implementos Agrícolas, e ABIMAQ (2012) - Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos, que o setor de armazenagem de grãos das empresas nacionais movimenta cerca de R$ 1 bilhão ao ano, e que a capacidade de armazenagem destes grãos é de 140 milhões de toneladas aproximadamente, e tem projeção de aumento. Pesquisa realizada pelo MAPA (2013) - Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, em parceria com a EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária, informam que a estimativa de crescimento das cinco principais culturas de grãos deve aumentar 21,1% até 2022. Com isso a área plantada com soja deve crescer 4,8 milhões de hectares nos próximos dez anos, porque a agricultura brasileira vem crescendo impulsionada especialmente pelos aumentos de produtividade da mão de obra, do capital e da terra. Têm sido enormes os ganhos de produtividade desses três elementos. Outro fator responsável pelo aumento da produtividade foi o financiamento do Sistema Nacional de Crédito Rural cujos recursos vêm se elevando em valores reais, e em 2007 o volume de desembolsos é o maior dos últimos 20 anos. Complementam esse sistema, os mecanismos criados nos últimos anos para mobilizar recursos para custeio e investimento, e também as fontes disponibilizadas pela indústria ligada ao agronegócio. O mercado da área de atuação da Silos Condor aponta a necessidade em investimentos de Equipamentos Pós-Colheita pois está em desenvolvimento, pois sofre muitas influências internas e externas, onde o investimento faz parte do mercado consumidor é sazonal, a mão de obra concorre com setores mais desenvolvidos, tornando assim um custo elevado e escassa, bem como o constante aumento de custo das principais matérias-primas para fabricação dos equipamentos de pós-colheita. Dados publicados pelo Brasil Rural (2013) em 4 de junho foi anunciado pelo governo federal e destaque pelo Plano Safra que o setor de armazenagem de grãos, para os próximos 22 cinco anos, está prevista a destinação de R$ 25 bilhões, para construção de novos armazéns privados. De acordo com a CONAB (2014), os silos brasileiros têm capacidade para 146 milhões de toneladas, na safra de 2013 e 2014 a estimativa é de 190 milhões de toneladas. Conforme MAPA, os silos espalhados pelos campos brasileiros têm capacidade estática para armazenar pouco mais de 146,3 milhões de toneladas de grãos, não sendo suficiente para produção, já que a estimava é de 190 milhões de toneladas. Para Fundação das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação, informam que o ideal é que os países tenham capacidade para armazenar 120 % do que produzem, e a CONAB admite que pelo menos 40 milhões de toneladas fiquem fora dos armazéns todos os anos, por falta de espaço, sendo que o déficit maior é na região centro-sul, passando de 35,3 milhões de toneladas, depois o norte e nordeste com 5,6 milhões de toneladas. Segundo os dados, de 17.384 mil silos, 13.850 são de empresas privadas, as cooperativas têm 3029 armazéns, o que representa 20,57% da capacidade nacional de armazenagem e é insuficiente para absorver toda produção dos cooperados. Segundo dados do IBGE (2014) - Instituto Brasileiro de Geográfia e Estatística, o ano de 2013 bateu recorde com a produção de cereais, leguminosas e oleaginosas, pois foram colhidos 188,2 milhões de toneladas de grãos registrando aumento de 16,2% em relação a 2012 que teve recorde de 161,9 milhões de toneladas. De acordo com o levantamento da produção nacional de grãos, a área colhida em 2013 cobriu 52,8 milhões de hectares, crescendo 8,1% na comparação com 2012. A produção do arroz, do milho e da soja no ano de 2013, representou 92,4% da produção nacional de grãos e ocuparam 86,1% da área colhida, sendo que no período, a produção de soja foi a que mais cresceu 24,3%, seguida do milho 13% e do arroz 3,2%. Dados do IBGE mostram à estimativa de crescimento em 0,7% na produção de cereais, leguminosas e oleaginosas e chegue a 189 milhões de toneladas. As maiores expectativas são para crescimento nas regiões nordeste e sudeste. Em 2013 as regiões mais produtivas foram centro-oeste, que contribuiu para a safra nacional com 78,5 milhões de toneladas e a Região Sul com 73 milhões, no sudeste produziu 19,8 milhões de toneladas, o nordeste 12 milhões e o norte 4 milhões, liderando o estado do Mato Grosso sendo o maior produtor de grãos 24,5%, seguido do Paraná 19,4% e do Rio Grande do Sul 16,1 %, que somam 60% da safra nacional. 23 2.2. Conceitos de Marketing Marketing é a intenção de entender e atender o mercado, conhecendo e compreendendo os clientes tão bem que o produto se venda por si próprio, ou seja, fazer com que o esforço de venda seja menor (KOTLER, 1998). Também não deve ser compreendido apenas no antigo sentido de fazer uma venda, mas também no sentido de identificar as necessidades dos clientes, desenvolvendo produtos com valores superiores, e promovendo eficientemente. Para Etzel (2001, p.6), “o marketing é um sistema total de atividades de negócios desenvolvidas para planejar, dar preço, promover e distribuir produtos que satisfaçam os desejos do mercado-alvo e atingir objetivos organizacionais”. O marketing, diferentemente da venda, deve ser uma atividade de médio e longo prazo, pois ela faz com que assegure o maior benefício possível, aplicando conhecimentos avançados e sondando opiniões dos clientes. Tem como conceito central, uma forma de conceber as relações de trocas. Conforme afirmam Kotler e Armstrong (1998), a troca é o ato de obter-se um objeto desejado dando alguma coisa em retribuição. Já Cobra (1992, p.34) afirma que “marketing é o processo de planejamento e execução desde a concepção, apreçamento, promoção e distribuição de ideias, mercadorias e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos individuais e organizacionais”. Segundo Kotler (2000), agregar ou oferecer valor é um conceito diretamente relacionado com a satisfação do cliente, pois se trata de todos os benefícios gerados pela aquisição do produto. O conceito de marketing é uma das tarefas mais importantes para as organizações, pois determina quais são as necessidades e desejos dos consumidores. Por outro lado Rocha e Christensen (1999), afirmam que o marketing tem como tarefa o ajustamento do produto que a empresa oferece a um determinado grupo de consumidores no mercado, pois se sabe que todas as organizações sofrem constantemente por serem ameaçadas em perder sua posição neste mercado competitivo. Para Cobra (1997), o marketing surgiu através do desequilíbrio da economia de mercado, em função disso surgiu para estimular o consumo, com a redução dos preços dos produtos e a divulgação das ofertas através de propagandas. O quadro 1, destaca a evolução das definições de marketing. 24 Quadro 1 - Evolução das definições de marketing. Autor 1. American Ano Marketing 1960 “O desempenho das atividades de negócios que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou utilizador.” Association 2. Definição de Marketing Ohio State University 1965 “O processo na sociedade pelo qual a estrutura da demanda para bens econômicos e serviços é antecipada ou abrangida e satisfeita através da concepção, promoção, troca e distribuição física de bens e serviços.” 3. Kotler e Sidney Levy 1969 4. William Lazer 1969 5. David Luck 1969 6. Kotler e Gerald Zaltman 1969 “O conceito de marketing deveria abranger também as instituições não lucrativas.” “ O marketing deveria reconhecer as dimensões societais, isto é,levar em conta as mudanças verificadas nas relações sociais.” “O marketing deve limitar-se às atividades que resultam em transações de mercado.” “A criação, implementação e controle de programas calculados para influenciar a aceitabilidade das idéias sociais e envolvendo considerações de planejamento de produto, preço, comunicação, distribuição e pesquisa de marketing.” 7. Robert Bartls 1974 “Se o marketing é para ser olhado como abrangendo as atividades econômicas e não econômicas, talvez o marketing como foi originalmente concebido reapareça em breve com outro nome.” 8. Robert Haas 1978 “É o processo de descoberta e interpretação das necessidades e desejos do consumidor para as especificações de produto e serviço, criara demanda para esses produtos e serviços e continuar a expandir essa demanda.” 9. Robert Haas 1978 MARKETING INDUSTRIAL – “É o processo de descoberta e interpretação das necessidades, desejos e expectativas do consumidor industrial e das exigências para as especificações do produto e serviço e continuar através de efetiva promoção, distribuição, assistência pós-vendas a convencer mais e mais clientes a usarem e a continuarem usando esses produtos e serviços.” 10. Philip Kotler 1997 “É o processo de planejamento e execução desde a concepção, preço, promoção e distribuição de idéias, bens e serviços para criar trocas que satisfaçam os objetivos de pessoas e de organizações.” 1998 11. Philip Kotler “o marketing é um processo onde pessoas e grupos através da oferta e troca de produtos de valor, obtêm o que necessitam.” Fonte: Adaptado de Cobra (1997); Kotler (1998). É importante para empresas que estão neste mercado tão competitivo e globalizado, entender, que o marketing tem como objetivo obter e manter clientes. Para Kotler (1998) o objetivo de marketing é o gerenciamento da demanda e o estudo das trocas que se realizam no mercado. Kotler (2006) afirma que o marketing pode ser entendido de forma simples, em suprir as necessidades lucrativamente, envolvendo a identificação e satisfação das necessidades humanas e sociais. E tem como objetivo conhecer e entender muito bem o cliente para que os produtos ou serviços se vendam sozinhos, desde que esteja adequado ao cliente. 25 Para Kotler (2006) no marketing, existem maneiras para que as pessoas possam obter produtos, sendo elas: Troca: é considerada como sendo o conceito central do marketing, nela alguém oferece algo em troca para obtenção de um produto. Transação: ocorre quando há uma troca de valores entre duas ou mais partes. Transferência: a transação é diferente da transferência, pois na transferência umas das partes dá algum valor, porém não recebe nada em troca, pode ser citado como exemplo doações para caridade. Kotler (2006) afirma que existe diferença nas comparações entre as orientações de vendas e de marketing. Pois na venda percebe-se apenas as necessidades do vendedor em converter seus produtos em dinheiro, mas no marketing ocorre a preocupação com a satisfação das necessidades do comprador ou clientes. 2.2.1. Marketing Holístico Nas organizações o marketing holístico é considerado um conceito novo, pois procura integrar diversas áreas agregando assim um todo e não as partes isoladas. Estas áreas trabalhadas pelo marketing holístico são: Marketing Integrado, Marketing de Relacionamento, Marketing Interno e Marketing Socialmente Responsável. Para Kotler (2006) o marketing holístico também é conhecido como sendo marketing 360 graus, ou seja, todas as partes envolvidas na organização se relacionam, e que no marketing tudo é importante, o papel do consumidor, dos funcionários e a concorrência possuem grande importância numa organização. Figura 3 demonstra a Visão do Marketing Holístico. Figura 3 - Visão do Marketing Holístico. Fonte: Adaptado de Kotler (2006). 26 A figura 03 evidencia as áreas trabalhadas pelo marketing holístico: Marketing Integrado: no marketing integrado, todos os departamentos da empresa, juntamente com os indivíduos têm os mesmos objetivos, ou seja, procuram criar, comunicar e entregar valor aos consumidores. Marketing de Relacionamento: o marketing de relacionamento tem como objetivo a integração dos clientes com a empresa. Kotler (2006, p.16) “tem como meta construir relacionamentos de longo prazo, entre clientes, fornecedores, distribuidores, e outros parceiros de marketing”. Marketing Interno: no marketing interno, relacionam-se todas as ações de treinamentos e qualificações dos colaboradores da empresa. Kotler (2006, p.18) “garante que todos na organização, especialmente a alta gerência, tenham a tarefa de contratar, treinar e motivar funcionários capazes que queiram atender bem os clientes”. Marketing Socialmente Responsável: abrange questões ambientais, legal, social. Para Kotler (2006) para empresas que adotam estas responsabilidades do marketing socialmente responsável, tornam-se conhecidas no mercado por promoverem ações de responsabilidade social, assim como mantêm bons relacionamentos com seus funcionários e com a sociedade. Sustentabilidade é uma questão de atitude. Afirma Kotler (2006) a visão completa deste marketing, tem como objetivo o alcance de melhores resultados, tanto para a empresa quanto para os consumidores. 2.3. Conceitos de Auditoria Para Cobra (1992) a Auditoria é considerada como sendo análises cuidadosas de atividades desenvolvidas na empresa, tendo como benefícios contribuir para que se possam ter melhores informações sobre a real situação da empresa, o que pode ser feito apontamentos nas falhas da organização administrativa da empresa e nos controles internos. Afirma Cobra (1992) que a necessidade de Auditoria independe do tamanho ou porte da organização, pois o critério de aplicação da Auditoria se dá pelo fato de que o mercado está cada vez mais competitivo, e estão ocorrendo grandes mudanças nos comportamentos e nos padrões de consumo por parte dos consumidores. Para isso, faz – se necessário um redirecionamento de suas ações. Para Basso (2005) a Auditoria é realizada através de obtenção de informações internas e externas, pode ser documentação, registros, isso fará com que possa ser mensurado e a empresa possa tomar decisões após examinar tais informações. Estas informações comprovam 27 a legitimação dos atos administrativos. As informações externas podem ser consideradas buscas de registros em bancos, fornecedores ou até clientes, desde que tenham fontes direta ou indiretamente ligados com a empresa. Quando feito Auditoria na empresa, esta tem acesso a informações e confirmação destas com transparência, como também pode encontrar fraudes. Daí então cabe ao auditor intervir com medidas corretivas, e nestas situações deve se manifestar para que o procedimento de correção seja feito. Basso (2005, p.94) afirma que “na auditoria cabe a fiscalização dos procedimentos e registros e a certificação da contabilidade das demonstrações e informações contábeis por ela geradas”. De acordo com Gouveia (1984) a Auditoria interna tem como objetivo prevenir possíveis fraudes dentro de uma empresa, a partir de controles internos, os auditores internos dentro de uma organização são considerados como verdadeiros agentes de segurança. Já os auditores externos são prestadores de serviços para as empresas, ou seja, diferentemente dos internos onde são dependentes do emprego da organização, os auditores externos prestam seus serviços para empresas no geral. 2.4. Auditoria de Marketing Um processo de Auditoria de Marketing permite uma visão organizacional sistêmica, uma vez que analisa e identifica dados e situações referentes à determinada organização. Permite também conhecer e atuar em eventuais distorções na imagem e na marca da empresa. Para Cobra (1997, p.527) a Auditoria de Marketing é “uma revisão e uma avaliação sistemática, críticas e não tendenciosas dos objetivos e políticas básicas de marketing e da organização, dos métodos e dos processos e do pessoal empregado para implementação das políticas e a consecução dos objetivos de marketing”. Conforme Cobra (1997), para que haja um realinhamento de esforços, nenhuma informação deve ser omitida, para isso precisa das seguintes etapas: a) Desenvolver um plano de coleta de dados; b) Coletar os dados; c) Preparar um relatório de diagnóstico e de plano de ação corretiva; d) Apresentar e discutir o relatório. 28 Para Kotler (1998), Auditoria de Marketing é considerado como sendo um conjunto de técnicas, na realização de diagnósticos, e recomendações no planejamento de ações executivas. Já Kotler e Armstrong (1998) afirmam que a Auditoria de Marketing é uma importante ferramenta de controle estratégico para as empresas, pois é considerada como sendo um exame abrangente do ambiente empresarial, para que assim possa determinar áreas com problemas e oportunidades. Conforme Cobra (1991) a organização necessita de redirecionamento no momento em que a concorrência e as mudanças no padrão de consumo dos clientes revelarem fraquezas. A Auditoria de Marketing ganha importância dentro das organizações, em função das necessidades de controle, planejamento estratégico, e este redireciomento independe do porte econômico e/ou tamanho físico da empresa. Para Certo e Peter (1993) a Auditoria de Marketing envolve três etapas: 1) após implantada estratégia, deve-se medir os resultados; 2) comparar os objetivos com os resultados; 3) verifica se os objetivos foram alcançados de acordo com as estratégias estabelecidas. Depois de elaborado estas três etapas, verifica-se os objetivos foram alcançados, e se não foram alcançados recomenda-se que seja analisado se podem ou não se tornar viáveis, caso contrário, a empresa deve desenvolver novas estratégias. Cobra (1997) também afirma que a Auditoria de Marketing está associada ao diagnóstico dos pontos fortes e fracos da atividade global de uma organização, e pode ser efetuada internamente ou externamente da empresa, se é devidamente elaborada, é capaz de responder aos objetivos da empresa. As etapas que compõem a Auditoria de Marketing são: ambiente de marketing, segmentação de mercado, posicionamento, sistemas de informações e mix de marketing. 2.4.1. Ambiente de Marketing Para que empresas possam desenvolver ações para atender as necessidades e desejos de seus clientes e a obtenção dos objetivos, estas devem entender o ambiente de marketing, pois todas as ações de marketing da empresa são influenciadas por este ambiente. De acordo com Cobra (1992), para que um negócio seja bem administrado, se deve conhecer os ambientes internos e externos, pois a administração de marketing deve estar sempre monitorando estes ambientes a fim de descobrir novas oportunidades, e assim traçar estratégias para o alcance dos objetivos da empresa. 29 Conforme Rocha e Christensen (1999) muitos administradores das empresas não consideram o ambiente como fator importante, pois acham que a parte externa da empresa, ou seja, economia, tecnologia, política, legislação, não se altera constantemente. Para Kotler e Armstrong (1998) o ambiente de marketing é tudo que está ao redor das atividades de uma empresa, oferece oportunidades e ameaças, serve para as empresas observar o mercado de forma mais profunda, planejar estratégias e implementar ações que aumentem a vantagem competitiva de seus produtos. Kotler (2000, p.122) “o ambiente de marketing está mudando a um ritmo cada vez mais acelerado. Sendo assim, a necessidade de informações de mercado em tempo real é maior do que em qualquer outra época.” De acordo com Kotler (2000), o ambiente de marketing é constituído de forças externas ao marketing e, oferece oportunidades e ameaças às empresas. Segundo ele, o ambiente de marketing é composto de um microambiente (forças próximas à empresa: a empresa, os fornecedores, intermediários de marketing, os mercados de clientes, os concorrentes e os públicos) e um macroambiente (forças demográficas, econômicas, naturais, tecnológicas, políticas e culturais). Para Kotler (2002), existem empresas que enfrentam dificuldades para manter-se no mercado competitivo, porque ignoram as mudanças que ocorrem no ambiente de marketing. As empresas devem monitorar as forças microambientais e os fatores macroambientais, conforme demonstra figura 4. Figura 4 - Forças que compõe Ambiente de Marketing de uma empresa. Fonte: Elaborado pela autora. (2015) 2.4.1.1. Microambiente de Marketing A tarefa de administração de marketing é atrair e reter clientes e se relacionar com eles, oferecendo valor e satisfação. Para Kotler e Armstrong (1998), o microambiente é composto por forças próximas à empresa que afetam sua capacidade de servir seus clientes, sendo elas os fornecedores, os intermediários de marketing, os mercados e clientes, os concorrentes e os públicos em geral. Figura 5 mostra estas forças. 30 Figura 5 - Fatores do Microambiente Fonte: Elaborado pela autora. (2015) Fornecedores De acordo com Kotler e Armstrong (1998) quando ocorrem mudanças no ambiente dos fornecedores, para empresa pode causar grandes impactos nas operações de marketing, pois se houver aumento dos custos das matérias-primas, conseqüentemente o produto sofrerá aumentos em seu preço ou até mesmo diminuição em seu tamanho, por isso que as organizações sempre devem ter clareza se de fato estão satisfeitas com os mesmos, saber quais seus pontos fortes e fracos em termos de qualidade, prazos de entrega. Kotler (2006) os fornecedores são um elo importante no sistema geral da empresa de oferta de valor aos consumidores. Eles provêm os recursos necessários para a empresa produzir, e podem afetar o marketing. Sendo assim, os responsáveis pelo marketing devem controlar os suprimentos, pois suas alterações afetam nos custos e no preço final do produto. Para Etzel (2001) para que não haja falta na entrega de matéria-prima para a empresa, para que seja fabricado seu produto, deve haver uma cooperação mútua entre a empresa e o fornecedor, por isso é considerado como parte vital do ambiente de marketing. Intermediários de Marketing Para Kotler e Armstrong (1998) os intermediários de mercado ou marketing também conhecidos como facilitadores, são canais que ajudam a empresa a encontrar consumidores, até mesmo ajudam a promover a marca, podendo ser revendedores, firmas de distribuição física, agências de serviços de marketing e intermediários financeiros. As empresas devem dar total importância para estas duas forças, mantendo sempre bom relacionamento para que implique na satisfação do cliente otimizando seu próprio desempenho. Os intermediários de marketing ajudam promover, vender e distribuir bens e serviços aos compradores finais. Para Etzel (2001) os intermediários de marketing, também podem ser chamados de canais de distribuição, estes ajudam a empresa a promover, vender e distribuir 31 seus produtos aos consumidores, estes canais de distribuição, podem ser revendedores, empresas de distribuição, atacadistas e varejistas. Como as necessidades dos clientes não são estáticas e a tendência da empresa é centrar o seu negócio nas necessidades, essas mudanças obrigam a empresa alterar suas estratégias de marketing. Clientes Toda empresa deve estudar seus clientes, para Kotler e Armstrong (1998) os clientes podem ser qualquer grupo de pessoas que possuam um interesse em algum produto da empresa ou que possam vir a serem consumidores em potencial. De acordo com Kotler (1998) os clientes são considerados como ouro, pois as empresas não devem estar orientadas somente para seus produtos ou para as tecnologias, devem estar cada vez mais orientadas para seus clientes. Para Day (2001) nas últimas décadas os clientes consumidores, estão tendo hábitos diferentes, e exigem das empresas produtos com melhor qualidade, entregas rápidas, melhores serviços, e preços baixos. No entender de Kotler (2006) uma empresa moderna e orientada para o cliente deve fazer com que todos da organização estejam envolvidos, atentos e preocupados com a satisfação do cliente. Pois os clientes podem ser considerados como centro de lucro de uma organização, devido a isso considera-se que o organograma tradicional pode sim ser invertido. Figura 6 demonstra o organograma da empresa moderna. Figura 6 - Organograma orientado para o cliente. Fonte: Adaptado de Kotler (2006). 32 Para o autor o organograma de empresa moderna orientada para o cliente, pode inverter seu organograma tradicional, desde que domine bem o marketing. Nela apresentam no topo os clientes, como sendo principal fonte de lucro, abaixo, pessoal da linha de frente, atendem e satisfazem os clientes, após, gerencia de nível médio, estes dão suporte ao pessoal da linha de frente, e na base do organograma, alta administração, sua tarefa é contratar gerentes capazes e qualificados, dando suporte aos mesmos. Todos na organização devem estar envolvidos nos processos internos, para assim ofertarem ao cliente produtos de qualidade para satisfazer as necessidades dos clientes. Para Etzel (2001) somente as empresas centradas nos clientes, conseguirão construir clientes. A satisfação das necessidades dos clientes não é considerada sendo a principal diferença competitiva, o que fará de fato a empresa ser diferente é cada vez mais surpreender seus clientes, fazer com que as expectativas dos clientes sejam excedidas. Concorrentes Afirma Kotler e Armstrong (1998) os gerentes de marketing da empresa devem possuir estratégias para estarem à frente de seus concorrentes no mercado que hoje esta muito competitiva, e para que sejam bem-sucedidas devem satisfazer as necessidades dos clientes melhor que seus concorrentes. Quanto aos concorrentes, os profissionais de marketing devem alcançar vantagens estratégicas, posicionando suas ofertas contra as de seus concorrentes na cabeça de seus consumidores. Para ser bem sucedida a empresa deve satisfazer melhor as necessidades e desejos dos consumidores em relação à de seus concorrentes. Não existe estratégia competitiva de marketing que se adapte a todas as companhias. Cada companhia deve considerar seu tamanho e sua posição no mercado comparando a de seus concorrentes. Para Etzel (2001) alcançar vantagens estratégicas na empresa deve ser tarefa a ser cumprida pelos profissionais de marketing, pois devem alcançar vantagens estratégicas, posicionando suas ofertas contra as de seus concorrentes na cabeça de seus consumidores. Uma empresa só será de sucesso se satisfazer melhor as necessidades e desejos dos consumidores em relação à de seus concorrentes. Públicos Para Kotler e Armstrong (1998, p.48) “o público é qualquer grupo que tenha interesse real ou potencial ou que cause impacto na capacidade da empresa atingir seus objetivos”. O ambiente de marketing inclui diversos tipos de públicos. Entre eles: público financeiro (Bancos, empresas de investimento e acionistas); públicos de mídia (jornais, revistas, rádios e televisão); públicos governamentais (refere-se a consultar advogados sobre questões de segurança do produto); grupos de interesses (consumidores, grupos ambientalistas, 33 representantes de minoria entre outros); públicos locais (vizinhos e organizações comunitárias); público geral (imagem que o publico tem da empresa afeta suas compras); públicos internos (empregados, gerentes, voluntários e diretores). O público é qualquer grupo de indivíduos que tem interesse real ou potencial que cause impacto na capacidade da empresa atingir seus objetivos. 2.4.1.2. Macroambiente de marketing Para Kotler e Armstrong (1998), no macroambiente se encontra as variáveis incontroláveis, que são forças competitivas sobre as quais a empresa não controla. A empresa é afetada pelo macroambiente, que configura as ameaças e oportunidades à empresa, devendo adaptar-se a ela. Kotler (1998), afirma que as empresas devem monitorar as seis forças do macroambiente, que podem apresentar tanto oportunidades quanto ameaças para a empresa. A figura 7 demonstra estas forças. Figura 7 - Forças do Macroambiente. Fonte: Elaborado pela autora. (2015) Forças Demográficas O ambiente demográfico apresenta desafios enfrentados pelos profissionais de marketing quanto às mudanças da estrutura etária da população e da estrutura familiar, quanto aos fluxos demográficos, diversidade étnica e racial, quanto ao nível de escolaridade. De acordo com Kotler (1998) o ambiente demográfico é a primeira força a ser monitorada, ou seja, a população, porque são as pessoas que representam os mercados. No 34 ambiente competitivo entre as empresas, estas estão cada vez mais interessadas no tamanho e taxa de crescimento da população. Kotler (2006) os profissionais de marketing, necessitam conhecer o crescimento populacional, distribuição das faixas etárias, as características das regiões, as empresas podem confiar nestas tendências demográficas, e pode monitorar seus negócios a curto e longo prazo. Forças Econômicas De acordo com Kotler (2006) o ambiente econômico, mostra mudanças na renda real e nos hábitos de gastos dos consumidores. Os mercados exigem poder de compra Este poder de compra exige uma economia que depende da renda, empréstimos, poupanças, preços. Os profissionais de marketing devem estar atentos as principais tendências e padrões de dispêndio dos consumidores nos mercados. Para Kotler e Armstrong (1998) no ambiente econômico as variáveis econômicas correspondem às características da economia global e nacional, envolvem questões de crescimento econômico, distribuição de renda, investimentos de infra-estrutura, disponibilidade de créditos, taxas de juros, câmbio, inflação. De acordo com Kotler (1998, p. 149) “as empresas devem prestar muita atenção às principais tendências nos padrões de renda e de gastos em bens de consumo.” Para Cobra (1997, p. 54) as forças econômicas “podem estimular a compra, como a facilidade de crédito, ou que podem inibir a compra, como as restrições de crédito; a inflação, que pode estar diminuindo o poder aquisitivo dos compradores etc.” Forças Naturais Neste ambiente, trata-se da preocupação global. Para Kotler (2006) inclui os recursos naturais que os profissionais de marketing usam. Mostra a escassez de certas matérias-primas, o aumento dos custos de energia, a crescente poluição e a intervenção dos governos. O ambiente natural é um assunto mundial de muita importância tanto para as empresas como para o público. Inclui a preocupação com a destruição da camada de ozônio e ao efeito estufa. Para Kotler e Armstrong (1998) ambiente natural envolve recursos naturais disponíveis para a empresa ou que são afetados por sua atuação, como mudanças nas forças naturais podem ocasionar escassez de matéria-prima, aumento nos custos de produção, prejuízo na qualidade dos produtos, também podem provocar a sazonalidade da demanda por determinados produtos e serviços, como por exemplo, clima, estações do ano, chuvas, secas, tempestades, pragas, safras, fontes de energia, etc. Afirma Kotler (1998) as empresas juntamente com os profissionais de marketing, devem estar cientes das ameaças e oportunidades relacionadas ao ambiente natural, pois 35 ocorre à escassez de matérias-primas, os custos da energia estão sempre crescentes, aumenta cada vez mais o nível de poluição, e ocorrem mudanças do papel dos governos referente à proteção ambiental. Forças Tecnológicas Para Kotler (2006) o ambiente tecnológico mostra as rápidas mudanças tecnológicas. A tecnologia afeta as relações entre consumidores e empresas. Pois novas tecnologias são sinônimos de novas oportunidades de mercados. Conforme a tecnologia avança, ela permite e capacita as empresas a desenvolver novos mercados. Também afirma Kotler (2006, p.90) “o profissional de marketing deve acompanhar as tendências da tecnologia, sendo elas, aceleração do ritmo das mudanças tecnológicas, oportunidades ilimitadas para inovação, variações nos orçamentos de P&D, regulamentação rigorosa”. Para Cobra (1997, p.54) “as inovações tecnológicas que tornam obsoleta uma série de bens, as expectativas de inovações tecnológicas que podem retardar a compra etc.” As inovações tecnológicas são fortes elementos de transformação das características dos mercados, as empresas que não se mantêm atualizadas quanto às mudanças tecnológicas vêem em breve seus produtos se tornarem obsoletos e perdem novas oportunidades de produtos e mercados. Investir em Pesquisas e Desenvolvimento, ou seja, as pesquisas do governo podem constituir uma rica fonte de novas ideias para produtos e serviços, muitas empresas estão fazendo pequenos aprimoramentos em seus produtos no lugar de grandes inovações, pois estão ficando cautelosas, de acordo com Kotler e Armstrong (1998). Forças Políticas Afirma Kotler (2006) ambiente político é constituído por leis, agências governamentais e grupos de pressão que influenciam e limitam várias organizações e indivíduos na sociedade. Para Kotler (1998) este ambiente é composto por leis, órgãos governamentais, e as decisões de marketing podem ser afetadas por este ambiente político, como também podem criar oportunidades para as empresas. Por outro lado Cobra (1997, p.54) “o sistema político vigente em um país poderá estimular o consumo de certos produtos e inibir outros.” As empresas que possuem uma visão ampla estimulam seus administradores a ver além dos regulamentos para fazer tudo correto. São empresas voltadas para responsabilidade social, que procuram proteger seus negócios em longo prazo. Esta legislação afeta os negócios, pois legisla sobre concorrências, práticas comerciais justas, proteção ao meio 36 ambiente, segurança do produto. Pois o propósito da regulamentação do governo é proteger os consumidores de praticas comerciais desleais. Os profissionais de marketing devem conhecer as principais leis relativas à proteção da concorrência, consumidores e sociedade, nos níveis local, estadual, nacional e internacional. Forças Culturais Para Kotler e Armstrong (1998) o ambiente cultural é constituído por forças que podem afetar os valores básicos, e os comportamentos das sociedades. De acordo com Kotler (1998) os profissionais de marketing precisam prever tais mudanças culturais para identificar novas oportunidades e ameaças. Os principais valores de uma sociedade são expressas através da visão das pessoas de si mesmas, e também dos outros, das organizações, da sociedade, da natureza e do universo. Os valores e crenças básicas são passadas de pais para filhos e reforçadas pelas escolas, igrejas, trabalho e governo, os profissionais de marketing devem prever essas mudanças culturais para poderem identificar novas oportunidades ou ameaças. A cultura expressa maneira como as pessoas vêem elas e os outros, elas usam produtos, marcas e serviços como meios de auto-expressão. Já Kotler (2006) a sociedade por ter suas crenças, valores e normas, moldam suas preferências e gostos pela compra de algum tipo de produto. Para Cobra (1997) nós consumidores somos influenciados pelos meios de comunicação, como por exemplo, programas de TV, ou seja, estes exercem poder de persuasão sobre o consumidor. 2.4.2. Segmentação de Mercado São inúmeras variáveis de segmentação de mercado que podem ser adotadas pelas empresas. A segmentação de mercado é considerada como sendo um processo de identificação e análise de clientes que possuem necessidades e preferências por determinados produtos, também auxilia as empresas a adaptar suas políticas de marketing ao seu mercado alvo. De acordo com Cobra (1992, p.278) “o mercado é constituído de compradores, e esses compradores são individualizados em gostos e preferências”. Para Rocha e Christensen (1999), a segmentação de mercados é um processo dinâmico, pois os consumidores estão cada vez mais preocupados em satisfazer seus desejos e suas necessidades. 37 É importante que as empresas, ao invés de concorrerem com todos os mercados, e muita das vezes com concorrentes mais fortes, então podem identificar parcelas do mercado que possam atender melhor. Figura 8 demonstra etapas da Segmentação de mercado. Figura 8 - Etapas da Segmentação de Mercado, identificação do mercado-alvo e posicionamento mercadológico. Fonte: Adaptado de Kotler e Armstrong (1998). Conforme figura 8, os três principais passos do marketing de segmento para segmentação do mercado é dividido em grupos distintos de compradores com diferentes necessidades, características ou comportamentos que possam exigir produtos ou compostos de marketing específicos. Segmentação de mercado Segundo Kotler e Armstrong (1998), a segmentação é uma ferramenta que agrupa clientes com necessidades semelhantes, para que se possa atender de forma diferenciada a necessidades diferenciadas. Desta forma, segmentação é o processo de dividir o mercado em grupos de potenciais consumidores com necessidades e/ou características similares e que estão propensos a ter um mesmo comportamento de compra. A segmentação de mercado só faz sentido se ajudar a empresa a penetrar mais fundo nos mercados que escolheu como prioritários, e contribuir para aumentar a diferenciação entre produtos e serviços. Para Kotler (1998, p. 225) a segmentação de mercado é a “ação de identificar e classificar grupos distintos de compradores que podem exigir produtos e/ou compostos de marketing separados.” 38 Também afirma Kotler (1998) que um segmento de mercado é constituído por grupo de compradores que são identificáveis em um mercado. Para empresas que praticam o marketing por segmento, estas conseguem identificar os desejos, hábitos e atitudes de compra de seus clientes e/ou consumidores. Para Cobra (1992) segmentação pode ser definida como sendo uma técnica de pesquisa, uma vez que os profissionais devem ir à busca de dados, fazer levantamentos sobre as necessidades dos consumidores-alvos, suas atitudes e comportamentos mais usuais de compra. Já Kotler (2006) os profissionais de marketing devem identificar e decidir em qual segmento a empresa irá atuar no mercado, pode ser considerado como sendo uma estratégia de marketing que facilita a ação da empresa, pois a empresa deve ter características em seus produtos de acordo com o que cada segmento esteja demandando. Identificação do Mercado-Alvo Na identificação do mercado-alvo, é feita a avaliação de atratividade de cada segmento e seleção de um ou mais segmentos para atuação. E no posicionamento mercadológico é o estabelecimento da posição competitiva para cada produto e criação de um mix de marketing detalhado. Para selecionar os segmentos do mercado, após avaliar os diversos segmentos, a empresa deve decidir quais e quantos segmentos irá atender, ou seja, deve fazer uma seleção do mercado-alvo. Para Kotler e Armstrong (1998, p. 170) “o mercado-alvo consiste em um grupo de compradores com necessidades e características comuns, às quais a empresa decide atender”. A seleção de mercado alvo possui cinco modelos de seleção, sendo eles: a) Concentração em um único segmento; b) Especialização seletiva; c) Especialização por produto; d) Especialização por mercado; e) Cobertura total de mercado. Conforme Kotler e Armstrong (1998) a seleção de mercado-alvo possui as seguintes estratégias de cobertura de mercado: 1º Marketing Indiferenciado: neste tipo de marketing a empresa tem como vantagem a redução de custos, pelo fato de projetar produto e programa de marketing que sirva para um grande número de consumidores, ignorando as diferenças dos segmentos e ofertando a todos um único produto. 39 2º Marketing Diferenciado: no marketing diferenciado a empresa atinge inúmeros segmentos e planeja um a um de forma diferente, ao contrário do marketing indiferenciado, este possui maiores custos para empresa, pois o profissional de marketing precisa desenvolver planos de marketing distintos para os vários segmentos. 3º Marketing Concentrado: no marketing concentrado, é melhor ser grande em um determinado mercado do que pequeno em todos. Posicionamento Mercadológico No posicionamento mercadológico é necessário que o mercado onde a empresa e/ou produto está inserida seja devidamente analisada. Para Kotler e Armstrong (1998) o posicionamento mercadológico não pode ser igual ao da concorrência, na mente dos consumidores a empresa e seus produtos devem ser liderança. Cobra (1992) destaca que a empresa deve mapear o posicionamento diante da concorrência, analisando os principais clientes da empresa e seu concorrente, a posição que a concorrência ocupa no mercado em termos de segmentos, a imagem da marca, preço e serviços da concorrência, com estes pontos analisados cabe aos profissionais de marketing evidenciar os desafios a serem enfrentados diante a concorrência no mercado competitivo. Para cobra (1997) o posicionamento mercadológico, não apenas deve ser uma parte de sua estratégia, mas deve ser considerada como coluna dorsal do plano de negócios da empresa. Este item será aprofundado na seção 2.4.3 deste trabalho. 2.4.2.1. Bases para Segmentação de Mercado Para Kotler e Armastrong (1998, p. 162) “não há uma maneira única de segmentar um mercado. Os profissionais de marketing devem testar diferentes variáveis de segmentação isoladas e combinadas, para encontrar a melhor forma de visualizar a estrutura do mercado.” O quadro 2 demonstra as principais variáveis de segmentação para os mercados consumidores. 40 Quadro 2 - Variáveis de Segmentação para Mercados Consumidores. VARIÁVEIS GEOGRÁFICAS Região População da Cidade Concentração Clima VARIÁVEIS DEMOGRÁFICAS Faixa Etária Tamanho da Família Ciclo de vida da família Sexo Renda Ocupação Religião Raça Geração Nacionalidade Classe Social VARIÁVEIS PSICOGRÁFICAS Estilo de Vida Personalidade VARIÁVEIS COMPORTAMENTAIS Ocasiões Benefícios Status de usuário Status de lealdade Estágio de aptidão de compra Atitude relativa ao produto Fonte: Adaptado de Kotler (1998). Segmentação Geográfica Para Kotler e Armstrong (1998) a segmentação geográfica divide o mercado em países, estados, regiões, cidades e bairros. A empresa tem livre arbítrio em operar em qualquer destas áreas, até mesmo em todas elas. De acordo com Kotler (1998) a empresa deve estar atenta para as necessidades e preferências geográficas. Pois os consumidores podem ter atitudes de compra diferente de um lugar para outro. Para Kotler e Armstrong (1998) a segmentação geográfica requer uma divisão do mercado em diferentes unidades geográficas, como países, estados, regiões, municípios, 41 cidades ou bairros. Uma empresa pode decidir operar em uma área, em poucos ou em todos, mas dando especial atenção as diferenças geográficas em termos de necessidades e preferência. Muitas empresas hoje estão “regionalizando” seus programas de marketing, posicionando seus produtos, propaganda, promoções e esforços de vendas para atenderem às necessidades individuais de regiões, cidades e bairros. Para Rocha e Christensen (1999), consumidores de diferentes áreas geográficas podem ter gostos e comportamentos distintos em uma mesma linha de produto, por isso a empresa deve ter critérios para segmentar tal mercado. No entender de Cobra (1992), os programas de marketing podem ser de fácil aplicação na segmentação geográfica. Afirma também por mais diferentes sejam as áreas geográficas, pode-se distribuir produtos, preços diferentemente, e utilizar meios de comunicação diferenciados. Segmentação Demográfica Conforme Kotler e Armastrong (1998) segmentação demográfica é dividida em grupos baseados em variáveis como idade, tamanho da família, sexo, renda, ocupação, formação educacional, religião, raça, geração, nacionalidade ou classe social. Para Kotler (1998) deve ser dividido com base em características da população. Conforme Rocha e Christensen (1999), segmentação demográfica consiste na divisão do mercado em diferentes grupos, com base em variáveis demográficas, como idade, sexo, tamanho da família, clico de vida familiar, renda, ocupação, nível de instrução, religião, raça e nacionalidade. Já Cobra (1992), uma das características demográficas para segmentação de mercado é a renda, onde para as diferentes classes dos consumidores é permitido oferecer produtos e preços diferenciados. Segmentação Psicográfica Para Kotler e Armstrong (1998) a segmentação psicográfica divide-se de acordo com os estilos de vida e/ou personalidade dos compradores. Kotler (2006) afirma que podem existir pessoas num mesmo grupo demográfico, porém cada um pode ter perfil diferente, explica que a demografia mais psicologia estuda como entender melhor os consumidores. Já Cobra (1997) destaca algumas características psicológicas na segmentação de mercado, são elas: Personalidade, na compra de produtos e definição por marcas, cada cliente apresenta um tipo de personalidade. Atitudes dependem de cada consumidor para que determine um alto ou baixo consumo por um produto. Estilo de vida existe três fatores que 42 determinam o estilo de vida dos consumidores, sendo: atividades profissionais ou sociais, interesses sociais ou culturais, opiniões ou valores sobre negócios, economia, educação e cultura. Estes fatores podem de certa forma determinar o estilo de vida dos indivíduos. Para Rocha e Christensen (1999, p.42) “... consumidores com perfis distintos apresentam matizes distintos em suas necessidades que podem ser atendidas de forma melhor por meio de programas de marketing diferenciado”. Segmentação Comportamental A Segmentação Comportamental para Kotler (1998) divide os compradores em termos do conhecimento, atitudes, usos ou resposta a um dado produto. Muitos profissionais de marketing acreditam que variáveis comportamentais são o melhor ponto de partida para a construção de segmentos de mercado. Nela deve ser analisada ocasião da compra, quais benefícios procurados pelos consumidores, status do usuário, seu grau de lealdade, estágio cognitivo, ou seja, se conhecem ou desconhecem o produto, se estão interessados, desejam ou pretendem comprar. Esta segmentação é considerada a que mais gera resultados para as organizações. Kotler (2006) afirma que existem variáveis comportamentais que podem ser consideradas melhores pontos para segmentar mercado, são eles: Ocasiões: esta variável é considerada de acordo com a necessidade ao adquirir um produto pelo consumidor, ou seja, em termos de hora do dia, semana, mês ou ano. Benefícios: nesta variável consideram-se quais benefícios que os compradores procuram em relação ao produto. Status do Usuário: empresas líderes no mercado podem ser focar nos usuários em que têm a ganhar, e para as empresas pequenas estas devem conquistar estes usuários. Índice de utilização: nesta variável existem três tipos de perfil que pode ser segmentado o mercado, Light-users (usuários que representam grande parte do mercado, porém com baixo consumo freqüente), Heavy-users (usuários que representam pequena parte do mercado, porém com alto consumo freqüente) Medium-users (os usuários estão entre os dois perfis, é considerado um faturamento significativo). Estágio de prontidão: nesta variável considera-se que o mercado é formado por pessoas com vários níveis de interesse pela compra de um produto. Status de fidelidade: esta variável refere-se ao status de fidelidade à marca, é importante a empresa identificar os usuários convictos para que possa analisar os pontos fortes de seus produtos, identificar os usuários divididos para analisar qual marca da 43 concorrência é ameaça, e para aqueles que não compram mais o produto identificar os pontos fracos com relação ao marketing da empresa. Atitude em relação ao produto: para se ter uma visão ampla de um mercado e seus segmentos deve haver uma combinação entre os cinco tipos de grupos de atitudes são eles: entusiasta, positiva, indiferente, negativa e hostil. 2.4.2.2. Segmentação de Mercados Industriais O processo de segmentação requer que sejam identificados os fatores que afetam as decisões de compra dos consumidores. Para Kotler (1998), o mercado industrial são organizações que adquirem bens e serviços usados na produção de outros produtos e que são vendidos a seus consumidores. Uns dos setores que compõe o mercado industrial são empresas ligadas a agricultura. Na segmentação destes mercados industriais, deve ser feito a segmentação demográfica, segmentar o mercado por variáveis operacionais, por abordagens de compra, fatores situacionais, e também por características pessoais. Existem várias características dos mercados industriais, conforme demonstra o quadro 3. Quadro 3 - Características dos mercados industriais. Poucos Compradores Lida com menor número de compradores. Grandes Compradores Muitos mercados industriais caracterizados por uma elevada taxa de concentração de compradores. Compromisso entre vendedor e comprador, ou seja, os fornecedores devem ajustar suas ofertas de acordo com às necessidades do comprador. Empresas industriais devem monitorar mudanças regionais de certos setores industriais, exemplo, produção agrícola, compradores concentradores nestas regiões, para assim se obter menores custos de vendas. A demanda por bens industriais é derivada da demanda por bens de consumo. As empresas destes bens industriais devem monitorar constantemente os padrões de compra de seus consumidores. A demanda não é afetada pelas mudanças dos preços. Relacionamento estreito entre fornecedor-comprador Compradores concentrados geograficamente Demanda derivada Demanda inelástica Demanda flutuante Faz com que empresas diversifiquem seus produtos e mercados para balancear as vendas durante o ciclo dos negócios. Compra profissional Os compradores são treinados, e seguem as políticas, restrições e exigências da organização. Várias influências de compras As empresas industriais devem enviar vendedores bem treinados para lidar com compradores bem treinados. Compra direta Compras feitas diretamente de fabricantes por serem itens tecnicamente complexos. Seleção de fornecedores que também compram de suas empresas. Reciprocidade Leasing Maior renda liquida e chances de vender aos clientes que não podem enfrentar a compra direta Fonte: Adaptado Kotler e Armstrong (1998). 44 Para Kotler e Armstrong (1998) as organizações que operam no mercado industrial tendem a orientar-se para a produção, produto e/ou tecnologia. Neste marketing industrial os benefícios procurados dependem menos de características psicológicas do comprador e mais do uso final do produto. 2.4.3. Posicionamento Para Kotler (2006) a estratégia de posicionamento no mercado orienta a empresa quanto às posições que ela deve ocupar no segmento escolhido. Esta tarefa de posicionamento consiste em três etapas: identificar um grupo de possíveis vantagens competitivas sobre as quais construam uma posição, selecionar as vantagens competitivas corretas, e efetivamente desenvolver e comunicar a posição escolhida para o mercado. O vendedor pode posicionar seus produtos sobre seus atributos específicos, para certas classes de mercado, por classes de produtos, ou conforme ocasião de uso. No entender de Kotler (1998) para que a empresa possa decidir que posição quer ocupar nos mais diversos segmentos, esta deve primeiramente ter claro e escolhido que segmento que ter no mercado. Este também afirma que os profissionais de marketing devem planejar as posições que darão maiores vantagens aos seus produtos, para que possa ficar bem claro na mente dos consumidores quais são suas percepções em relação a este produto comparado ao do concorrente. Conforme Cobra (1997) a preferência pelo produto pode ser analisado através de gráficos, e para análise de produtos industriais e sua marca pode - se utilizar do modelo de posicionamento bidimensional. Segundo Cobra (1992) o posicionamento é a arte de configurar a imagem da empresa e o valor oferecido do produto em cada segmento do mercado, de forma que os clientes possam entender e apreciar o que a empresa proporciona em relação à concorrência. Para Rocha e Christensen (1999, p.51) “posicionamento tem sido utilizado com vários enfoques distintos: posicionamento do produto, posicionamento de marca, posicionamento na mente do consumidor, posicionamento de vendas etc.” 2.4.4. Sistemas de Informações de Marketing (SIM) Para que empresas possam tomar decisões de marketing, é importante ter Sistemas de Informações de Marketing, estes sistemas são conjuntos de procedimentos que visão gerir, 45 analisar, disseminar e armazenar informações para que estas decisões possam ser tomadas de forma mais eficaz. Para Kotler (1998) todo profissional de marketing depende de pesquisas, e sabe-se que o excesso de informações pode ser tão prejudicial quanto à escassez de informações. Conforme Cobra (1992) o uso da ferramenta SIM pelas empresas faz com obtenham maiores desempenhos em marketing. Os Sistemas de Informações auxiliam as organizações na busca de entender o comportamento e as expectativas dos consumidores, identificando oportunidades e ameaças, mapeando as ameaças da concorrência, e com um sistema bem sustentado de informações facilita os profissionais de marketing para que possam tomar decisões, e propor ações para a empresa. Conforme Kotler (1998, p.75) “a informação necessária aos profissionais de marketing pode ser obtida por intermédio de registros internos, serviço de inteligência e pesquisa de marketing”. Registros Internos: no sistema de dados internos, são informações que a empresa já possui de seus próprios sistemas de informações e controle. Inteligência de marketing: neste sistema de inteligência de marketing, possui informações sobre o ambiente de marketing, ou seja, o que está acontecendo no mercado e deve ser feito de forma regular, isto é, diariamente, nele podem ser coletadas informações sobre concorrência, taxas de juros, situações climáticas, enfim, são vários os indicadores que podem afetar o consumidor. Pesquisa de Marketing: na pesquisa de marketing, são feitas coletas de dados e analisadas as informações relacionadas ao marketing, como pesquisa sobre o consumidor, concorrência, fornecedores, localização da empresa. Nas organizações a responsabilidade pela busca de informações rastreando tendências e oportunidades no mercado, fica a cargo dos profissionais de marketing, para isso o método utilizado pelos mesmos para coleta das informações devem ser consistentes. Para Kotler (2006, p.71) “é por meio destas informações que eles podem identificar oportunidades e problemas importantes”. Atualmente muitas empresas não adotam este sistema, e muitas não possuem departamentos de pesquisa de marketing, por isso muitos gerentes não conseguem tomar decisões importantes dentro da organização, por não saberem onde estão as informações importantes. No mundo atual e competitivo organizações deixam de ser competitivas por não obterem sistemas de informações. 46 É importante empresas investir em tecnologia e no marketing de relacionamento, a aquisição de software que contenha banco de dados com informações variadas dos clientes. Para Kotler (2006) uma ferramenta importante da gestão do relacionamento com o cliente, é o CRM (Customer Relationship Management) identificação das necessidades dos clientes, segmentação, retenção de clientes. Conforme Kotler (2006) o sistema de informações de marketing das empresas deve ser composto por equipamentos e pessoas capazes e dedicadas para coleta, classificação, análise e avaliação das informações obtidas, para que se possa ter uma certeira tomada de decisão por parte dos gestores. É importante que as empresas tenham banco de dados em seu sistema, obtendo informações de seus clientes, produtos e dos vendedores, mantendo este banco de dados alimentado com informações atualizadas a empresa economiza tempo e obtêm ganho efetivo. De acordo com Kotler (2006) no banco de dados do cliente, deve ter informações relativas ao cliente, como nome, endereço, seu histórico com a empresa, críticas e opiniões. 2.4.4.1. Mix de marketing O composto mercadológico ou o mix de marketing trata-se de um conjunto de pontos de interesse para os quais a organização deve estar atenta se deseja perseguir seus objetivos de marketing. O composto é dividido em 4 seções freqüentemente chamadas de "quatro P's". Elas são: Produto, Preço, Praça (Ponto de Venda/Distribuição) e Promoção. O mix de marketing se divide em 4 Ps, que são formas de influências sobre os canais de comercialização e dos consumidores finais, que correspondem aos 4 C’s do cliente que correspondem as necessidades e desejos dos clientes, custo para o consumidor, conveniência e comunicação. Para Kotler e Armstrong (1998) o mix de marketing também chamado de composto de marketing são variáveis controláveis, e a empresa através de ações se utiliza para que possa influenciar e atender as demandas dos consumidores através de seus produtos. De acordo com Cobra (1992) o mix de marketing é considerado uma das formas mais utilizadas pelas empresas através do preço, da marca, promoção das vendas. Para Kotler (2006) os três elementos do mix de marketing devem estar atrelados um ao outro, pois só assim a empresa terá uma oferta atraente aos seus consumidores. Nestes elementos o consumidor considera as características e qualidade do produto, qualidade dos serviços e preço adequado. 47 2.4.4.2. Produto Produto é qualquer coisa que possa ser oferecida e que satisfaça as necessidades e desejos de um mercado. Produto inclui não só bens ou serviços, mas também marcas, embalagens, serviços aos clientes e outras características. Para Kotler (2006) são classificados quanto à durabilidade (bens não – duráveis e bens duráveis), tangibilidade (bens tangíveis e intangíveis) e uso (produtos consumos e produtos industriais). Os profissionais de marketing tomam decisões sobre produtos industriais, inclusive decisões de atributos do produto, marca, embalagens, rótulo e serviços de apoio ao produto. Os atributos oferecem benefícios através de aspectos tangíveis, como qualidade, características e design. Marca é a forma de identificação e diferenciação de bens e serviços através de um nome ou elemento distintivo de design, resultando em um valor em longo prazo chamado de valorização da marca. Embalagem e rótulo são elementos importantes na decisão sobre o composto de produtos, pois ambos são veículos da valorização de marca através da sua aparência e afeta o desempenho do produto como funcionalidade. O nível dos serviços apoiada ao produto pode também ter grande efeito sobre o apelo do produto a um comprador potencial. Para Cobra (1997) se o produto atender as necessidades do consumidor, então o consumidor atribuirá valor ao produto. Afirma Kotler (2002, p. 416) “os produtos comercializados incluem bens físicos, serviços, experiências, eventos, pessoas, lugares, propriedades, organizações, informações e idéias”. De acordo com Rocha e Christensen (1999) o produto poderá ser objeto de troca entre as pessoas desde que haja valor, ou seja, se este resolve os problemas do consumidor. Kotler (1998) os profissionais de marketing devem auxiliar os criadores de produto, para que se preocupem em projetar algo que de fato fique claro ao consumidor em saber o que esta comprando, produto este que propicie benefícios. Os profissionais da área de marketing devem ter uma das principais ferramentas de posicionamento, que é a qualidade do produto, pois é a qualidade deste produto que irá posicionar a empresa no mercado. Conforme Kotler (1998) qualidade de um produto é extremamente importante porque os consumidores farão suas escolhas através da qualidade e do preço do produto. E também servirá como estratégias para obter mais clientes em relação aos seus concorrentes, pois deverá atender as preferências de qualidade dos consumidores. 48 Os produtos devem ter suas características, pois a apresentação destes serão o diferencial da empresa com seu concorrente, uma vez que o produto não deve só ter qualidade mas deve aparentar esta qualidade, ou seja, através das cores, da embalagem, mas sempre estando de forma coerente com o público-alvo. Para Kotler (1998, p.193) “o design do produto pode ser uma das armas competitivas mais eficazes do arsenal de marketing de uma empresa”. É compensador para empresa investir em design, a aparência do produto pode fazer com que o cliente se torne ainda mais fiel à marca e ao produto, através dele mostrará ao cliente que o produto possui o que ele deseja, isto é, apresentando a funcionalidade, à qualidade, custo-benefício entre outros. Outro ponto importante em relação ao produto é a marca, pois uma marca só é forte se haver relacionamentos satisfatórios da empresa com seu mercado-alvo, pois as melhores marcas devem garantir qualidade e garantia ao consumidor. Para Kotler (1998) a marca de um produto necessita de investimentos em longo prazo, ou seja, investimentos em propagandas, promoção e embalagem. Conforme Rocha e Christensen (1999) quando o indivíduo tem a necessidade de comprar um produto, na qual em outra situação já tenha comprado o mesmo, desde que satisfeito com a qualidade do produto, este irá ter referência para tomada da nova decisão, pois a função da marca é identificar o produto diante do consumidor. Um elemento na estratégia do produto é a embalagem, pois tempos atrás empresas investiam em embalagens apenas para proteger o produto, mas hoje os profissionais de marketing estão investindo cada vez mais nesta ferramenta, pois entendem que esta serve para atrair a atenção do consumidor, descrendo o produto e através dela pode ocorrer à venda. Para Kotler e Armstrong (1998) “a embalagem inovadora pode dar à empresa uma vantagem sobre seus concorrentes”. Linha de Produtos Kotler e Armstrong (1998) afirmam que tratando de estratégias de produtos os profissionais de marketing devem pensar nas linhas de produtos, esta linha de produtos é um grupo de produtos que são vendidos para os mesmos grupos de consumidores. Já Kotler (2006) na empresa o mix de produtos possui abrangência (quantas linhas de produtos que a empresa oferece ao consumidor), extensão (número total de itens do mix de produtos), profundidade (quais opções são oferecidas por produto) e consistência específica (quando há grande relação entre as várias linhas de produtos). 49 Dentro da linha de produtos existe a extensão da linha de produtos. Kotler (1998) afirma que as linhas de produtos tendem a ampliar-se com o tempo, pois para empresas que querem ter grande participação no mercado devem possuir linhas completas de produtos, mas para aquelas que desejam obter lucros em curto prazo devem ter linhas de produtos menores. Para Cobra (1997) quando é feita análise de posicionamento dos produtos da empresa, faz com que as empresas consigam detectar se seu composto de produtos é ou não adequado para tal mercado. Rocha e Christensen (1999, p. 88) “algumas empresas preferem definir-se como especialistas em determinadas linhas de produtos, enquanto outras se tornam empresas diversificadas, atendendo vários mercados com produtos diferentes”. Kotler e Armstrong (1998, p. 205) afirmam que a “ampliação da linha de produtos ocorre quando a empresa amplia sua linha de produtos além da sua faixa corrente”. Existem três formas de ampliação que a empresa pode optar em desenvolver, ampliação para baixo, ampliação para cima ou ampliação nos dois sentidos. Figura 9, ilustração destas formas de ampliação de produtos. Figura 9 - Ampliação da Linha de Produtos. Fonte: Adaptado de Kotler (1998, p.205). Ampliação para Baixo Nesta forma de ampliação, as empresas podem perceber oportunidades de crescimento no mercado mais abaixo, e procuram atrair compradores para seus produtos com menos tecnologia e preços baixos. Kotler (2006) afirma que muitas empresas quando se localizam na faixa superior do mercado ampliam suas linhas de produtos para baixo. A ampliação da linha de produtos para baixo tem como objetivos ter espaço no segmento abaixo, assim como entrada de concorrentes. 50 Ampliação para Cima Kotler (2006, p.378) “as empresas podem desejar entrar na faixa superior do mercado para obter maior crescimento ou maiores margens, ou simplesmente para se posicionar como fabricantes de linha completa”. Kotler e Armstrong (1998) afirmam que empresas que decidem em estender sua linha de produtos para cima pode ser uma decisão arriscada, pois os concorrentes podem contraatacar por estarem já bem estabelecidos, e os consumidores muitas das vezes não acreditam que a nova empresa poderá atender suas necessidades com produtos de alta-qualidade. A ampliação da linha de produtos para cima tem como objetivo a obtenção de maiores margens de lucro, assim como dar prestígio à sua marca. Ampliação nos dois sentidos Para Kotler e Armstrong (1998) as empresas estando na faixa média podem decidir ampliar sua linha de produtos nos dois sentidos, ou seja, cada linha de produto atende um mercado-alvo diferente. Ainda, Kotler (2006) nesta ampliação da linha de produtos nos dois sentidos, as empresas procuram atingir suas metas tanto no mercado abaixo quanto no marcado acima. A ampliação da linha de produtos nos dois sentidos tem como objetivos atender o maior número de clientes possíveis. Modernização da Linha de Produtos No entender de Kotler (2006) as linhas de produtos da empresas devem ser modernizadas, para isso ela deve analisar se sua linha de produtos devem ser renovados gradativamente ou de uma só vez, esta renovação faz com que os concorrentes percebam estas mudanças e comecem a reprojetar suas linhas. Para Kotler e Armstrong (1998) é importante que empresas que não conseguem perceber as necessidades de seus consumidores e não modernizam suas linhas de produtos, estas podem estar sendo esquecidas no mercado competitivo. Mix de Produtos Para Kotler e Armstrong (1998) mix de produtos é o conjunto de todos os produtos que a empresa vende, ou seja, o mix é composto por várias linhas de produtos. O mix de produtos possui quatro dimensões importantes: amplitude, extensão, profundidade e consistência. Quadro 4 descreve estas dimensões importantes do mix de produtos. 51 Quadro 4 - Mix de Produtos. Fonte: Elaborado pela autora. (2015) Ciclo de vida dos produtos Para Kotler e Armstrong (1998) após esforços e recursos investidos num produto para ser lançado no mercado, à empresa espera que esta tenha vida longa e produtiva, também se espera a obtenção de lucros com o determinado produto. Existem cinco estágios neste ciclo: desenvolvimento, introdução, crescimento, maturidade e declínio, figura 10 demonstra estes estágios. Figura 10 - Estágios do Ciclo de Vida dos Produtos. Fonte: Elaborado pela autora. (2015) Desenvolvimento Para Kotler (2006) este estágio ocorre quando a empresa está desenvolvendo um novo produto para colocar no mercado, neste processo de desenvolvimento as vendas são iguais a zero, porém existem os custos de investimento. 52 Já Cobra (1997) afirma que este estágio é também conhecido como sendo fase pioneira, onde se caracteriza pela presença de poucas empresas concorrentes, e devido à produção serem pequenas os custos de desenvolvimento estabelecem preços altos para os produtos. Introdução Rocha e Christensen (1999, p. 212) “quando o produto é lançado no mercado, sem que haja demanda já existente pelo mesmo. Seu ritmo de crescimento é considerado lento”. Para Kotler e Armstrong (1998) por ter altos custos da introdução do produto no mercado, não há lucros neste estágio. Já Kotler (2006) por ser produto novo no mercado as empresas devem investir em campanhas promocionais, passando aos clientes todas as informações sobre características do produto. Crescimento Quando as vendas começam a expandir-se, e o produto a satisfazer os consumidores pode-se dizer que este entrou no estágio de crescimento. Para Kotler e Armstrong (1998, p.225) “período de rápida aceitação no mercado e de lucros crescentes”. Já Cobra (1997) este estágio é também conhecido como sendo fase de expansão, quando há o crescimento rápido do produto ocorre o aumento de empresas concorrentes, e isso faz com que muitas vezes os preços sejam praticados para baixo. Rocha e Christensen (1999, p. 212) “esse período vai desde o nascimento comercial até a venda máxima mensal para o produto”. Maturidade Para Kotler e Armstrong (1998) no estágio de maturidade do produto os lucros podem reduzir, pois ocorrem gastos com marketing para defesa do produto dos concorrentes. Kotler (2006) o produto por aceitação pelos compradores potenciais, o crescimento das vendas neste estágio diminui. Já Cobra (1997) devido o volume de compras dos produtos se estabilizarem, isso faz com que desestimule a concorrência, os preços começam a cair para que a empresa permaneça no mercado, como conseqüência disso, o lucro também cai. Declínio Cobra (1997) com a entrada de produtos novos e tecnológicos no mercado, as preferências dos compradores alternam-se, os preços ficam estabilizados em preços baixos, então ocorre o declínio. Para Kotler e Armstrong (1998, p. 225) “período em que as vendas e os lucros caem”. 53 Kotler (2006) afirma que neste período, devido a grandes esforços promocionais da empresa os compradores fiéis continuam comprando, então surge novas oportunidades de investimentos em novos produtos. Matriz BCG A Matriz BCG (Boston Consulting Group) é conhecida como sendo modelo de portfólio de produtos. Para Cobra (1992, p. 62) “através de uma matriz, na vertical há duas colunas para designar a alta ou baixa participação de mercado, e na horizontal há duas linhas para registrar o alto e o baixo crescimento de mercado”. Também afirma que a empresa deve ter um portfólio de produtos que contenha mercadorias com altas e baixas taxas de crescimento, estas altas taxas de crescimento no mercado necessitam de investimento, e para as baixas taxas de crescimento devem gerar receitas. A análise BCG procura identificar a situação de crescimento e participação de mercado, comparando a empresa analisada com seus principais concorrentes. Figura 11 mostra a análise de investimento pela Matriz BCG. Figura 11 - Análise de Investimento pela Matriz BCG. Fonte: Elaborado pela autora. (2015) A figura 11 representa análise de investimento pela Matriz BCG, ela serve para orientar os investimentos, para Cobra (1992) a classificação dos produtos dentro da matriz de portfólio é feita de quatro categorias, são elas: Estrela, Em Questionamento, Abacaxi e Estrela. 54 1º Abacaxi: nesta categoria a empresa deve desinvestir ou liquidar, pois são produtos com pequenas participações em mercados de baixo crescimento, geram baixos lucros ou até prejuízos. Estes produtos “abacaxis” devem ser evitados ou minimizados na empresa. 2º Em Questionamento: a empresa deve investir para aumentar mercado em áreas em que tem potencial para dominar, exige altos investimentos, e por ter baixa participação de mercado apresenta baixo retorno de ativos. 3º Estrela: os produtos são considerados como sendo referência no mercado, exige grandes investimentos, nesta categoria gera grandes receitas, a empresa deve manter-se esta participação de mercado para que não caia para categoria de vaca leiteira. 4º Vaca Leiteira: a empresa deve colher resultados dos produtos bem sucedidos e manter investimentos mínimos. O crescimento do mercado é baixo e não são necessários grandes investimentos. 2.4.4.3. Preço Preço é o volume de dinheiro cobrado por um produto e/ou serviço. Preço é a quantidade de dinheiro, bens ou serviços que deve ser dada para se adquirir a propriedade ou uso de um produto. Para Kotler (2006) um fator interno importante na estratégia de apreçamento, é determinado pelos objetivos de marketing da empresa. Os objetivos de apreçamento incluem sobrevivência, maximização de lucro corrente, liderança na participação de mercado e liderança na qualidade do produto. Os fatores externos que influenciam nas decisões incluem a natureza do mercado e da demanda, os preços e ofertas dos concorrentes, e outros fatores como conjuntura econômica, necessidades dos revendedores e ações governamentais. Conforme Kotler (1998) preço é uma das ferramentas que a empresa atinja seus objetivos. Para Rocha e Christensen (1999, p.109) “o preço é um dos atributos usados pelo consumidor para avaliar a qualidade do produto”. Afirma Kotler (2002) o preço é um dos elementos mais flexíveis do mix de marketing, muitas empresas não ficam atentas a determinação do preço de seus produtos, ou seja, não fazem revisão dos custos com freqüência, e isso pode ou não afetar no bolso do consumidor. Com isso a empresa pode sair perdendo muitas das vezes. Para Kotler (2006) dentro do mix de marketing, o preço é considerado um dos elementos mais flexíveis, pois agilmente pode ser alterado, comprado as características dos 55 produtos que não podem ser alteradas com rapidez. Se um produto proporcionar ao cliente maior valor em termos de benefícios, este pode ter um preço superior, conseqüentemente o lucro da empresa poderá ser maior. Kotler (2006) destaca que existem seis fatores para que a empresa estabeleça sua política de determinação de preços, conforme figura 12. Figura 12 - Seis fatores para determinação de preços. Fonte: Elaborado pela autora. (2015) Seleção do objetivo da determinação de preços Neste passo de seleção do objetivo da determinação de preços, a empresa deve ter definido seus objetivos para que assim possam ser determinados os preços. Para esta seleção existem cinco objetivos: sobrevivência, maximização do lucro atual, maximização da participação de mercado, desnatamento máximo do mercado, liderança na qualidade do produto. Sobrevivência: devida concorrência ser muito forte, e os desejos dos consumidores alternar bastante, neste objetivo a empresa somente permanece no mercado para sobrevivência, pois na formatação de seus preços apenas se preocupa em cobrir seus custos fixos e variáveis, mas deve ter cuidado por tratar de um objetivo a curto prazo. Maximização do lucro atual: este objetivo serve para empresas que determinam seus preços para maximizar seu lucro atual, para isso a empresa deve ter conhecimento da demanda e de seus custos. Maximização da participação de mercado: este objetivo também conhecido como sendo determinação por penetração de mercado, ou seja, a empresa tende a maximizar sua participação de mercado determinando preços baixos para seus produtos, pois para ela o mercado é sensível a preço, então poderá ter um grande volume de vendas com custos unitários baixo, e tendo grandes lucros em longo prazo. 56 Desnatamento máximo do mercado: este objetivo serve para empresas que lançam freqüentemente novas tecnologias no mercado com preços inicialmente altos e que com o passar do tempo vai baixando. O desnantamento do mercado tem estratégias de que se o produto possui preço elevado significa que possui qualidade superior ao do concorrente, e o preço inicial elevado não atrai concorrente. Liderança na qualidade do produto: este objetivo refere-se a empresas que possuem estratégias e objetivos para serem líderes no mercado em qualidade de seus produtos, possuem preços altos, mas alto nível de qualidade, pôr ter preços altos não fica fora do alcance dos consumidores. Para isso as empresas que possuem este objetivo investem em marketing interno e externo, para assim ser sucesso no mercado. Determinação da demanda Neste passo o preço será de acordo com o nível da demanda, nela existe objetivos como, sensibilidade a preço, estimativa das curvas de demanda, elasticidade de preço da demanda. Sensibilidade a preço: neste objetivo existem reações com relação à sensibilidade de preço, pois existem consumidores menos sensíveis para produtos com preços altos, ou produtos com baixa demanda. Para as empresas permanecerem competitivas no mercado deve entender a sensibilidade de seus clientes, e ofertar produtos de acordo com a sensibilidade do cliente. Estimativa das curvas de demanda: para este objetivo a empresa deve fazer levantamentos sobre o que os consumidores estão dispostos a pagar pelo produto, comparado ao preço do concorrente. Elasticidade de preço da demanda: neste objetivo a empresa e seus profissionais de marketing devem ter claro o que os consumidores estão aptos a pagar pelo produto, se a demanda não alterar com uma mudança de preço isso quer dizer que será inelástica, mas se a demanda alterar pode ser considerada sendo elástica. Estimativa de custos Neste passo de estimativa de custos é a demanda que institui o preço que a empresa poderá cobrar por seus produtos. Na formatação dos preços a empresa não pode levar em consideração apenas que cubra todos seus custos, mas sim devem saber como seus custos podem variar de acordo com os níveis de produção. Análise de custos, preços e ofertas dos concorrentes 57 No passo 4, a empresa deve fazer análise de custos, preços e as ofertas dos concorrentes, primeiramente faz-se análise dos preços da concorrência, desde as características do produtos. Seleção de um método de determinação de preços Existem três objetivos que a empresa deve levar em consideração para formatação de seus preços, neste quinto passo, sendo demanda de seus clientes, os custos, e os preços dos concorrentes. Mas além destes objetivos existem outros métodos que podem ser considerados: preço de markup, preço de retorno-alvo, preço de valor percebido, preço de valor, preço de mercado e preço de leilão. Preço de markup: muitas empresas utilizam este método, para a formação de preço é considerado os custos do produto e adicionado um percentual de markup que a empresa determina. Preço de retorno-alvo: neste método a empresa determina seus preços conforme rende sua taxa de ROI (retorno sobre o investimento). Preço de valor percebido: neste método a empresa utiliza-se dos elementos do mix de marketing como propaganda e força de vendas para aumentar o valor percebido pelo cliente. Neste método existem 3 grupos de compradores: compradores orientados para preço, aqueles que precisam de produtos simples. Compradores orientados para valor deve haver inovação nos valores. Compradores fiéis, a empresa deve estar cada vez mais próxima de seus clientes fiéis. Determinação de preços com base no valor: neste objetivo, a empresa tem como fator principal ofertar aos seus clientes produtos com preços baixos, porém com alta qualidade. Isso faz com a empresa possua um número maior de clientes. Determinação de preços de mercado: neste objetivo a empresa pode definir seus preços de acordo com a do seu concorrente. Determinação de preços por leilão: este método é utilizado por empresas que vendem pela internet, para que possam diminuir seus estoques ou produtos de segunda linha. Seleção do preço final No sexto passo, existem dois objetivos que a empresa pode levar em consideração para seleção do preço final, são elas: influência de outros elementos do mix de marketing e políticas de determinação de preço da empresa. Influência de outros elementos do mix de marketing: a empresa deve levar em consideração, a comparação com a concorrência referente à qualidade e a marca de seu 58 produto, pois os consumidores consideram muito mais a qualidade e benefícios que o produto proporciona, do o próprio preço estipulado pelo fornecedor. Políticas de determinação de preços da empresa: a formatação dos preços deve ser de acordo com as políticas da empresa. Para Kotler e Armstrong (1998) existem estratégias de fixação de preços dos produtos, sendo: Fixação de preços por Skimming, onde se usa da estratégia de preço alto, para segmentos altos, esta estratégia é utilizada para produtos de alta qualidade, aqui deve ser feito análise dos clientes potenciais que valorizam muito mais o benefício do produto do que o preço. Fixação de preços por penetração no mercado usa-se da estratégia de preços baixos, para ganhar mercado rapidamente, onde se valoriza mais o preço. 2.4.4.4. Distribuição Praça é conhecida como ponto de venda ou canal de distribuição, no qual executam todas as funções necessárias para ligar os fabricantes aos usuários-finais a fim de realizar a tarefa de marketing, ou seja, significa disponibilizar o produto ou serviço ao cliente da forma mais fácil e conveniente para ser adquirido. Os canais de distribuição é o caminho escolhido pelas empresas para fazer com que seus produtos cheguem até seu público-alvo, no local e no momento exato. Existem muitos tipos de distribuição de produto/ serviço. Mas as mais usadas são as distribuições diretas (lojas de fabricas) ou indiretas (supermercados, conveniências). Para o cliente a distribuição deve ir ao encontro de suas necessidades e maior conveniência. Para McCarthy (1997) as empresas devem considerar a distribuição uma estratégia importante de marketing, fazendo com que os bens e serviços estejam disponíveis em locais certos, para que quando os consumidores desejarem comprar. Também pode ser entendido como atividades da empresa que tornam disponível os produtos aos clientes. McCarthy (1997) também afirma que as decisões de canais de distribuição têm efeitos em longo prazo, porque é difícil a movimentação de instalações quando são estabelecidas, e cada vez que a linha de produtos cresce a distribuição de certa forma tem de acompanhar este amadurecimento, para que a empresa atinja ainda mais o seu mercado-alvo. Existem duas opções para que as empresas possam conduzir seus produtos aos clientes, utilizando-se da distribuição direta e indireta. Na distribuição direta, é quando a empresa é responsável pela venda e entrega de seus produtos, não havendo nenhum intermediário envolvido neste processo, é considerada como 59 sendo a forma mais simples e mais curta da distribuição. É importante destacar que quanto mais a empresa tem contato direto com o consumidor e houver reclamações ou algum problema com relação ao produto ou serviço, esta poderá ajustar-se as mudanças e atitudes, é de certa forma mais ágil estes ajustes porque não depende de convencer a outros membros do canal. Afirma McCarthy (1997, p. 182) “muitas empresas preferem vender diretamente ao cliente final ou consumidor porque desejam controlar a tarefa global de marketing”. A distribuição direta pode ter vantagens tanto para a empresa quanto ao cliente, pois este tipo de distribuição faz com a empresa tenha um melhor relacionamento direto com seus clientes, isso faz com que possa conhecê-las, entender suas necessidades com relação ao produto, tendo assim feedback por ambas as partes. A distribuição indireta é considerada um sistema de distribuição e venda onde o produtor, ou seja, a empresa utiliza de organizações ou outras empresas independentes para disponibilizar seus produtos no mercado-alvo. De acordo com McCarthy (1997), os canais de distribuição indireta ajudam num melhor atendimento as necessidades dos consumidores, faz também com que haja menores custos para empresa, ao contrário da distribuição direta que requer investimentos em instalações e pessoas. Vale ressaltar que o canal de distribuição indireto possui como vantagem um menor investimento em estrutura, pois a empresa não atenderá o consumidor final diretamente, é importante que ela encontre parceiros dedicados, para que haja uma combinação de forças para que incremente as vendas, assim sendo ocorre à expansão de mercado. 2.4.4.5. Promoção Promoção é a comunicação. Ela é composta por um mix amplo de ferramentas promocionais, no qual estão inclusos a propaganda, as relações públicas, venda pessoal, promoção de vendas, merchandising e marketing direto. Para Kotler (2002, p.136) “a promoção cobre todas aquelas ferramentas de comunicação que fazem chegar uma mensagem ao público-alvo”. A promoção possui cinco categorias, são elas: Propaganda. Promoção de vendas. Relações públicas. 60 Força de vendas. Marketing direto. Propaganda: A decisão da propaganda é um processo que consiste em cinco etapas: objetivos, orçamento, mensagem, mídia e avaliação dos resultados. Os anunciantes devem estabelecer objetivos claros que determinem se a propaganda deve informar, persuadir ou relembrar aos compradores. O orçamento da propaganda baseia-se na disponibilidade de gastos da empresa, em uma percentagem de vendas, nos gastos do concorrente, ou em objetivos–tarefas. Kotler (2002) afirma que a propaganda deve causar impacto na mente do consumidor, ser criativa, para que possa ser construída a imagem da marca possibilitando assim sua aceitação. Kotler (2000, p. 596) “propaganda é qualquer forma remunerada de apresentação nãopessoal e promocional de ideias, bens ou serviços por um patrocinador identificado”. No mercado ocorrem todo ano constantes mudanças mercadológicas, e empresas despreparadas não sobrevivem no mundo competitivo. A propaganda é uma ferramenta indispensável para o mercado globalizado, pois tem o poder de criar novas demandas, ou seja, para aquelas empresas que queiram lançar um novo produto no mercado ou até explorar outros mercados. Para McCarthy (1997), a propaganda é a principal forma de venda em massa, pois se utiliza do uso de mídia, revistas, jornais, rádios, TV, entre outros meios. Promoção de Vendas: A promoção de vendas é um dos quatro aspectos do mix de marketing, pois é uma ferramenta que auxilia no desenvolvimento e aceleramento das vendas do produto ou serviço da empresa. É considerado um conjunto de atitudes tomadas para que um produto ou serviço tenha maior aceitação no mercado. Conforme Kotler (2002) os anúncios da promoção de vendas trabalha mais com a mente dos consumidores que com seu comportamento, seus objetivos variam de acordo com o mercado-alvo. Para Las Casas (2000) “a promoção é possível em três diferentes níveis: junto à própria empresa, por meio de intermediários e diretamente com os clientes”. Relações Públicas: As relações públicas têm um papel muito importante dentro de marketing, pois ajuda as empresas a se comunicar com seu público, servem para antecipar ataques de concorrentes, dentro do marketing é considerada uma ferramenta mercadológica. 61 Para Kotler (2000) os gerentes de marketing devem ter estabelecidos os objetivos de marketing, escolhendo os veículos e mensagens de relações publicas e após avaliar os resultados. Dentro de relações públicas ainda se desenvolvem várias outras ferramentas que podem ser utilizadas, e de total importância, sendo elas, as publicações em revistas, panfletos entre outros, os eventos, sendo os patrocínios para atividades da sociedade, a identidade visual, trata-se do vestuário, cartões de visita e, social quando a empresa tem boa reputação e um bom comportamento perante a sociedade. Conforme Kotler (2002) relações públicas trata-se do envolvimento da empresa com a sociedade, investindo em patrocínios, atividades filantrópicas. De acordo com Las Casas (2000) relações públicas avalia as atitudes, as políticas e os procedimentos de uma organização ou de indivíduos, após aplicam ações para conseguir entender os mesmos. Força de vendas: A força de vendas é considerada uma ferramenta de extrema importância dentro do marketing, pois a força de vendas leva a empresa até o cliente, quando marketing traz o cliente para a empresa. No atual mercado competitivo, não basta às empresas terem um bom produto, uma ótima marca, se a equipes de vendas não está empenhada e não traduz os valores e os diferenciais do produto e da empresa para o cliente. É importante o elo entre cliente e empresa, pois passou o tempo em que o departamento comercial das empresas preocupava-se somente com o volume das vendas ou ao atingir de suas metas. Para Kotler (2000) os profissionais de vendas devem ser valorizados, pois são eles que buscam informações importantes sobre os clientes, e os profissionais de marketing devem ter os objetivos específicos bem definidos para que suas forças de vendas possam atingir. Kotler (2002) a força de vendas da empresa se preocupa em manter os clientes atuais satisfeitos, e vai à busca de novos clientes no mercado. A força de vendas deve garantir a satisfação do cliente, entendendo sua real necessidade, estudando o consumidor, e oferecer ao mesmo os benefícios adequados do produto. Para equipe de vendas da empresa deve haver um alinhamento, ou seja, ter certeza do que fazer, como fazer e querer fazer. Deve ser monitorada constantemente a demanda devido o sofrimento com a alteração referente às tecnologias e as inovações dos concorrentes. Marketing direto: O marketing direto é considerado uma ferramenta fundamental na fidelização de clientes, pois se utiliza um ou mais meios de propaganda, serve para dar respostas às necessidades das empresas em satisfazerem as necessidades de seus clientes, que estão cada vez mais informados e exigentes. 62 Para Kotler (2000) “o marketing direto é um sistema de marketing interativo que usa um ou mais meios de propaganda para obter uma resposta mensurável e/ou uma transação em qualquer local”. 63 3. METODOLOGIA Na metodologia definem-se estratégias para a execução do estudo. Nesse capítulo apresenta os tipos de pesquisas que serão realizados, sendo eles, a classificação da pesquisa, universo amostral, coleta de dados, análise e interpretação dos dados, e tem como objetivo fazer uma proposta de estruturação do relatório a ser elaborado como parte final deste estudo. Conforme demonstra figura 13. Figura 13 - Etapas que compõe a Metodologia. Fonte: Elaborado pela autora. (2015) 3.1. Classificação da Pesquisa Para Zamberlan et al (2014), as pesquisas classificam-se em pesquisa quanto à natureza, pesquisa quanto à abordagem, pesquisa quanto aos objetivos. 3.1.1. Pesquisa quanto à Natureza Quanto à natureza, as pesquisas de acordo com Zamberlan et al (2014) são classificadas em pesquisa básica e pesquisa aplicada. Pesquisa Básica: tem como objetivo o aumento ou originar novos conhecimentos, tanto na construção de teorias, tanto na descoberta de aplicações básicas no futuro, envolvendo verdades e interesses universais. Pesquisa Aplicada: tem como objetivo originar conhecimentos, e como estes conhecimentos podem ser aplicados na prática para que sejam solucionados problemas voltados à realidade. A fonte deste tipo de pesquisa é voltada a problemas e preocupações reais e, com isso, ir à busca de soluções para estes problemas, isso tudo deve ter um referencial teórico. 64 Esta pesquisa é classificada como aplicada, pois tem como um dos seus objetivos propor ações de marketing à empresa que, por sua vez, têm a possibilidade de serem implementadas. 3.1.2. Pesquisa quanto à Abordagem Conforme Zamberlan et al (2014) as pesquisas quanto à abordagem se classificam em pesquisas quantitativas e qualitativas. Pesquisa Quantitativa: Esta pesquisa exige recursos e técnicas estatísticas, ou seja, os resultados da pesquisa quantitativa podem ser quantificados. Pesquisa Qualitativa: Na pesquisa qualitativa, existe uma maior proximidade do pesquisador em relação aos fenômenos estudados, é de forma descritiva, não solicita o uso de métodos e técnicas estatísticas. A presente pesquisa se classifica como pesquisa qualitativa, porque se baseia em um roteiro de entrevista que visa identificar as ameaças e oportunidades de marketing na empresa. Também se classifica em qualitativa por não usar técnicas estatísticas. 3.1.3. Pesquisa quanto aos Objetivos Para Malhotra (2001) as pesquisas quanto aos objetivos se classificam em exploratória, descritiva e explicativa. Pesquisa Exploratória: para Zamberlan et al (2014) a pesquisa exploratória tem como objetivo investigar, ser flexível a uma situação problema, fornece ao pesquisador uma real importância do problema, tem como finalidade, identificar ações que o pesquisador pode ter realizado pesquisa. Pesquisa Descritiva: afirmam Zamberlan et al (2014) que a pesquisa descritiva identifica, expõe e descreve os fatos pesquisados. Pesquisa Explicativa: para Zamberlan et al (2014) a pesquisa explicativa é considerada sendo mais complexa que a pesquisa exploratória e descritiva, pois além de registrar analisar e interpretar os dados, vai além, procura esclarecer todos os fatores que ocasionaram tal fenômeno. Quanto aos objetivos esta pesquisa pode ser classificada como exploratória, pois buscou identificar as ameaças e oportunidades de marketing à empresa bem como propor 65 melhorias. Considera-se também como descritiva, pois descreveu as ações de marketing da “Silos Condor”. 3.1.4. Pesquisa quanto aos Procedimentos Técnicos Para Zamberlan et al (2014) as pesquisas quanto aos procedimentos técnicos, dividemse em vários tipos, sendo elas, pesquisa bibliográfica, pesquisa documental, pesquisa experimental, ex-post facto, levantamento (survey), laboratório, pesquisa de campo, pesquisa participante, pesquisa ação, estudo de caso e observação. Pesquisa Bibliográfica: a pesquisa bibliográfica, quando se desenvolve o referencial teórico com livros e artigos científicos, esta pesquisa se baseia fundamentalmente de contribuições de diversos autores sobre um determinado assunto. Pesquisa Documental: na pesquisa documental, esta pode se utilizar de documentos, mas que podem ter valor científico. Pesquisa Experimental: nesta o experimento representa o melhor exemplo de pesquisa científica. Definem-se formas de controle e de observação dos efeitos que a variável produz no objeto. Ex-Post Facto: quando a pesquisa ou experimento ocorre a partir do fato passado, neste tipo de pesquisa, o pesquisador procura identificar situações que se desenvolveram naturalmente e trabalhar sobre elas como se estivessem submetidas a controles. Levantamento (Survey): quando o pesquisador faz uma sondagem pública, referente ao tema de estudo. Neste tipo de pesquisa, o pesquisador recolhe informações de todos os integrantes do universo pesquisado. Laboratório: a pesquisa de laboratório ocorre quando se realiza e fazem simulações em computadores referente ao que foi pesquisado em campo. Pesquisa de Campo: na pesquisa de campo o pesquisador procura aprofundar as questões propostas, apresentando maior flexibilidade, se constitui do modelo de investigação no campo, ela é desenvolvida por meio de observação, o pesquisador tem de realizar o trabalho pessoalmente e ter experiência direta com a situação de estudo. Pesquisa Participante: quando a pesquisa é desenvolvida com a interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas. 66 Pesquisa-Ação: quando há uma cooperação entre o pesquisador e os participantes representativos da situação problema. Estudo de Caso: tem como objetivo, explorar situações da vida real, descrever a situação do contexto em que está sendo feita determinada investigação. Observação: tem por objetivo captar os aspectos (fatos), é o método observacional. Esta pesquisa se classifica quanto aos procedimentos técnicos, em pesquisa de campo, pois foi feita com base em observações diretas do ambiente organizacional, buscando aprofundar e detalhar de modo mais eficiente à organização do marketing utilizada pela empresa. Outro método utilizado foi pesquisas bibliográficas, desenvolvidas com base em material publicado em livros, redes eletrônicas e em fontes secundárias. Todos os meios utilizados neste trabalho são instrumentos para análise da organização e deram suporte ao estudo. É também um estudo de caso, porque trabalha com as oportunidades e ameaças relacionadas ao marketing da empresa Silos Condor. E é pesquisa participante, pois a autora deste trabalho exerce sua atividade profissional na empresa e interagiu com os demais sujeitos da pesquisa. 3.2. Universo Amostral Como sujeitos de pesquisa são definidos quais as pessoas que fornecerão os dados de que o pesquisador necessita. O sujeito de pesquisa para permitir a obtenção adequada dos dados foi o Diretor Industrial da empresa. 3.3. Sujeitos da Pesquisa Os sujeitos da pesquisa na qual forneceram os dados para realização da pesquisa, foi o Diretor Industrial da empresa Silos Condor e gerente do Banco do Brasil. 3.4. Coleta de Dados Foi feita aplicação de um roteiro de entrevista com o Diretor Industrial da empresa, conforme apêndice A durante o mês de fevereiro, também pesquisas junto aos sites IBGE e Ministério da Agricultura, entrevista com o gerente do Banco do Brasil, conforme apêndice B. 67 3.5. Análise e Interpretação dos dados Depois de feita identificação do tipo de pesquisa e as formas de pesquisa, foi necessário determinar o detalhamento da pesquisa que será usado para análise. Aqui foi explicitado como foram tratados os dados coletados. Uma vez coletados, através da aplicação de entrevista estruturada, os dados foram analisados de forma qualitativa com análise de conteúdo. A análise se deu concomitantemente com a aplicação da entrevista. 68 4. APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS A apresentação e análise dos resultados, consiste em apresentar o diagnóstico e análise da empresa Silos Condor Agroindustrial Ltda, é composto pelos seguintes capítulos: Ameaças, oportunidades e proposições relacionadas ao microambiente de marketing da empresa; Ameaças, oportunidades e proposições relacionadas ao macroambiente do marketing da empresa; Ameaças, oportunidades e proposições relacionadas à segmentação de mercado do marketing da empresa; Ameaças, oportunidades e proposições relacionadas ao posicionamento do marketing da empresa; Ameaças, oportunidades e proposições relacionadas ao Sistema de Informação do Marketing da empresa; Ameaças, oportunidades e proposições relacionadas ao mix de marketing da empresa. Conforme demonstra figura 14. Figura 14 - Etapas que compõe a Apresentação e Análise dos Resultados. Fonte: Elaborado pela autora (2015). 4.1. Ameaças, Oportunidades e Proposições relacionadas ao Microambiente de Marketing da empresa A seguir será desenvolvido o diagnóstico do microambiente da empresa em estudo, que é composto de: Ameaças, Oportunidades e Propostas sobre Empresa, Fornecedores, Facilitadores e Empresas de Marketing, Mercados e Clientes, Concorrentes, Distribuição e Revendedores, e Públicos. 69 4.1.1. Empresa No entender de Cobra (1992) para que empresas sejam bem sucedidas, devem ser bem administradas, conhecendo os ambientes internos e externos, para isso estes ambientes devem ser monitorados, para que possam perceber as oportunidades, e fazer planejamentos estratégicos, para que todos os objetivos da organização sejam alcançados. A Silos Condor Agroindustrial tem a função de fornecer soluções integradas de engenharia para armazenagem, beneficiamento e transporte de granéis sólidos para satisfazer produtores rurais e cerealistas, como também proporcionar comodidade aos mesmos, para obterem seu próprio equipamento de armazenagem de grãos. Essa empresa está orientada para o mercado, pois a preocupação com a satisfação e o atendimento das necessidades de seus clientes, são características de uma empresa que focaliza sua atuação comercial em produtos aperfeiçoados, que assegurem um excelente desempenho. Pois, atualmente produz uma linha completa de silos, elevadores, correias transportadoras, máquinas de limpeza e pré-limpeza, secadores, captadores de impurezas e roscas transportadoras. Sendo que a orientação e a fabricação de equipamentos de alta performance é a fabricação do produto para entrega total ao cliente, e produto com a melhor qualidade possível. Na venda são apresentados todo o conjunto de produtos para persuadir o cliente a comprar os mesmos, a qualidade do equipamento, a pontualidade na entrega. A performance no funcionamento são ferramentas fundamentais do marketing da empresa. Assim, a Silos Condor está conseguindo aumentar a participação no mercado que é muito concorrido. No momento, o mercado em que atua está aquecido pelas sucessivas safras com colheitas de alta produção, e está ampliando os mercados de atuação nas principais regiões produtoras de grãos do país, e terá um crescimento em 2015 em termos de mercado. 4.1.2. Fornecedores Para Kotler (2006) são os fornecedores que provêm os recursos necessários para a empresa produzir seus produtos, estes são um elo importante no sistema geral da empresa de oferta de valor aos consumidores. Para os profissionais de marketing, fica responsabilidade de controlar os suprimentos, pois suas alterações afetam nos custos e no preço final do produto. Como oportunidade, a empresa Silos Condor no decorrer dos últimos 3 anos fez um grande trabalho no setor de compras, aliado a um melhor planejamento de produção através 70 da programação de compras antecipadas com prazos que os fornecedores pudessem atender, com volume maior de compras a empresa teve melhores condições de preços. Ela não teve ainda a oportunidade de importação de matéria-prima e insumos, que no momento certo terá que desenvolver. Com a economia estagnada, a Silos Condor não tem maiores problemas com a disponibilidade das principais matérias-primas e insumos, mas sabe que devido ao aquecimento da economia principalmente o aumento do consumo de aços planos e laminados, começa o risco de se ter falta de insumos para produção, o que pode se tornar uma ameaça. Outra oportunidade, é a boa realação que tem com seus fornecedores, mas se sabe que tem uma gama muito restrita de fornecedores em várias das áreas. Como proposta, a empresa terá que com o decorrer do tempo conquistar novos fornecedores. A matéria-prima principal na linha de equipamentos de armazenagem é o aço, e este a Silos negocia direto com a empresa fornecedora de aço a CSN (Companhia Siderúrgica Nacional). As imposições da CSN são compras com pagamentos antecipados para assim obter melhor preço e garantia do estoque do produto. Apresenta os lotes de bobinas de aço assim como chapas disponíveis para empresa, então, empresa deve fazer seu planejamento de compra dos materiais de acordo com a sua necessidade, isso faz com que a empresa obtenha bons preços e ótima qualidade em seus produtos. Pode – se considerar uma ameaça, pois a fornecedora é considerada como monopólio, e trabalha com outras marcas, controla todas as empresas, e com isso impõe volume de compra das mercadorias e preço. Como oportunidades, a empresa dá total atenção ao preço estipulado pelos fornecedores, pois este influencia no preço final do produto. A Silos Condor sempre está em busca de fornecedores que ofereçam materiais de ótima qualidade e custo baixo. O que se pode analisar referente aos fornecedores, é que atualmente não é o fornecedor que se preocupa com os clientes e sim, o cliente “correndo” atrás de produtos e prazos de entrega. Em períodos anteriores, a Silos Condor enfrentava problemas com relação a prazos de entrega, pois muitos fornecedores deixavam a desejar, isso era considerada uma ameaça para empresa, porque o atraso da matéria-prima conseqüentemente produz atraso na entrega do produto ao cliente final. Atualmente a empresa faz as programações de compra, o que se torna oportunidade e vantagem positiva. Como proposta para empresa Silos, aconselha-se criar uma planilha de fornecedores de matérias-primas e de serviços, adotando critérios para seleção dos mesmos, tais como capacidade técnica, localização, regularidade fiscal, assistência técnica. Outros pontos são a 71 determinação dos requisitos para fornecimento, como prazo, quantidade e atendimento as especificações ou ao contrato. A avaliação é realizada preenchendo-se a planilha, verificandose o atendimento e comunicando o desempenho. A empresa deve ter os fornecedores como parceiros, e tendo um feedback constante sobre o que está se percebendo, tanto positivo quanto negativo, em relação a preços, qualidade e prazo de entrega. E como afirma Etzel (2001) para que não haja falta na entrega da matéria-prima, deve haver esta cooperação mútua entre empresa e fornecedores. 4.1.3. Facilitadores e Empresas de Marketing Para Kotler e Armstrong (1998) os facilitadores de marketing são canais que ajudam a empresa a encontrar consumidores, assim como promover sua marca, é uma força que tem total importância, sempre pensando no bom relacionamento com seus clientes. A empresa tem uma boa relação com serviços terceirizados, investindo em propagandas na rádio Sul Brasileira de Panambi, no jornal local, bem como em patrocínios. Essa relação produz grandes oportunidades, pois tem relações com bancos, como Banco do Brasil, Banrisul, Bradesco, Sicredi, com isso o cliente tem várias opções, tornando assim uma grande oportunidade de negociação. As propagandas em rádios e jornais são uma forma da empresa mostrar o que produz, por que produz e para quem produz. Com relação aos bancos a empresa tem uma relação muito boa administrativa para acompanhamentos a aprovação e liberação dos recursos dos financiamentos das unidades vendidas aos clientes, mas com relação a administração da empresa, ainda se tem alguns limitantes junto aos órgãos financeiros, devido as sucessivas crises que o setor de produção de unidades de armazenagem atravessaram nas últimas 3 décadas. Outro fator que pode ser melhorado, para aumentar mais suas vendas, é investir em site de divulgação, expondo seus produtos, sendo utilizada como ferramenta para que o cliente tenha contato como, por exemplo, um orçamentista interno facilitando ainda mais as vendas de seus produtos. O site é, em geral, o primeiro lugar em que potenciais clientes buscam saber mais sobre o negócio, é fundamental que a aparência do site seja atual. Imaginar um consumidor seguindo um caminho lógico em seu site, passo a passo para chegar a uma compra. Garantir que todos os materiais e mensagens estejam disponíveis facilmente. A cada dia há mais consumidores na web, esta é uma ótima maneira de alavancar as vendas. 72 4.1.4. Mercados e Clientes Para Kotler (1998) os clientes são considerados como ouro, pois as empresas não devem estar orientadas somente para seus produtos ou para as tecnologias, devem estar cada vez mais orientadas para seus clientes. Devido ao crescimento da complexidade da agricultura nos últimos anos, a Secretária de Política Agrícola (SPA) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) juntamente com o Instituto Interamericano de Cooperação para Agricultura (IICA) publicam informações atualizadas sobre as principais cadeias produtivas do Brasil, conhecida como a Série Agronegócios. (MAPA/SPA, 2007) O mercado da área de atuação da empresa terá um crescimento em investimento crescente. Na atual década, o maior crescimento do investimento será no centro oeste do País, em termos de lucratividade. Devido à expansão da produção, em 2014/2015 a região CentroOeste deverá responder por 54,7% da produção nacional, seguindo região Sul com 25,1%, região Nordeste com 8,6%, região Norte 5,3 % e região Sudeste 6,3%. Gráfico 1 demonstra estes dados. Gráfico 1 - Projeções da área plantada com soja em grão, por região (milhões de hectares). Fonte: Mapa/SPA (2007, p. 87). Na região Centro-Oeste, o estado do Mato Grosso, é o maior estado produtor de soja, a área plantada deverá passar de 6 milhões de hectares para 9,7 milhões de hectares em 2014/2015, então a produção da soja passou de 17,4 milhões de toneladas em 2004/2005, para 30,6 milhões de toneladas em 2014/2015. Já o estado Mato-Grosso do Sul tem projeção de crescimento de 2 milhões de hectares para 3,3 milhões de hectares em 2014/2015, esta estimativa é de 3,7 milhões de toneladas 2004/2005, para 10,1 milhões de toneladas em 2014/2015. 73 Na região Sul, o estado Paraná é o segundo maior produtor de soja no Brasil, em 2004/2005 a área plantada era de 4,1 milhões de hectares e passou para 4,7 milhões em 2014/2015, em termos de produção em toneladas teve um salto de 9,6 milhões de toneladas para 15,3 milhões de toneladas. O estado do Rio Grande do Sul teve sua área plantada passando de 4,1 milhões de hectares para 4,2 milhões de hectares nos anos 2014/2015, em produção 2,4 milhões de toneladas para 11 milhões de toneladas nos últimos anos. Já o estado de Santa Catarina teve uma queda na sua produção devido à forte concorrência com a produção de milho, a área plantada de soja neste estado entre os anos 2004/2005 era de 325 mil hectares e caiu para 323 mil em 2014/2015, porem esta projeção em toneladas subiu de 559 mil toneladas para 946 mil toneladas. Na região Sudeste, o estado de Minas Gerais apenas a região noroeste do estado terá crescimento, a área plantada com soja em Minas Gerais passará de 1,1 milhão de hectares para 1,4 milhão em 2014/2015, em produção esta estimativa passará de 3 milhões de toneladas obtidas em 2004/2005 para 4,2 milhões de toneladas em 2014/2015. No estado de São Paulo devido à concorrência da produção de cana-de-açúcar não há grandes taxas de crescimento na produção da soja, mas este pequeno crescimento variou de 784 mil hectares plantados para 870 mil hectares, em produção passou de 1,8 milhões de toneladas para 2,6 milhões. Nas regiões Nordeste e Norte, no estado da Bahia o crescimento tem sido constate, a área plantada com soja passou de 878 mil hectares para 1,8 milhões de hectares em 2014/2015. Na seqüência o estado do Maranhão apresenta melhores taxas de crescimento para produção de soja, área plantada passou de 381 mil hectares para 1061 mil hectares em 2014/2015, em termos de produção a estimativa foi de 1048 mil toneladas para 3170 mil toneladas. Piauí passou sua área plantada em 2004/2005 de 196 mil hectares para 343 mil hectares plantados em 2014/2015, a produção foi de 557 mil toneladas para 979 mil em 2014/15. Tocantins, por ter condições climáticas a favor da produção da soja apresenta grande potencial de expansão, a área plantada passou de 347 mil hectares para 902 mil hectares plantados em 2014/15, em produção este crescimento passa de 912 mil toneladas em 2004/2005 para 2068 mil toneladas. Rondônia também é considerado potencial na produção da soja, com isso sua área plantada passou de 67 mil hectares para 256 mil, em produções teve um salte de 201 mil toneladas para 787 mil toneladas em 2014/15. Na região norte, Roraima tem potencial de crescimento sua área plantada passou de 20 mil para 321 mil hectares, sua produção em toneladas passou de 56 mil toneladas para 988 mil toneladas em 2014/2015. No Pará a área plantada passou de 62 mil para 266 mil hectares, projeção de produção 179 mil 74 toneladas para 789 mil toneladas em 2014/15. E o estado de Amazonas, a área plantada deverá passar dos 3mil hectares para 189 mil, e como resultado projeta-se produção de soja passe dos 9 mil toneladas em 2004/2005, para 561 mil toneladas em 2014/2015. Como oportunidade com relação ao mercado, a empresa está ampliando a sua equipe comercial, e diferenciando as Regiões de atuação do departamento de vendas, em todo país, além de estar trabalhando na projeção do mercado internacional, especialmente a América Latina e a África. O mercado de Equipamentos Pós-Colheita se divide em 10 grandes nichos de mercado. Sendo eles: as Cooperativas, as Grandes Multinacionais do Agronegócio Internacional, as empresas estatais parceiras da Pétrobras, as Grandes cerealistas nacionais do Agronegócio, os grandes produtores Rurais, os Médios produtores Rurais e os pequenos Produtores Rurais, além de Usinas Portuárias, onde cada um destes grupos tem suas particularidades e seus ciclos de investimento, desenvolvimento e crescimento. Devido o setor de armazenagem de grãos continuar em crescimento, a distribuição dos investimentos está muito bem distribuída em todas as regiões produtoras de grãos do país, o que torna difícil a atuação em todas as regiões do país o departamento comercial. Mesmo com todas as dificuldades a empresa está fazendo investimento em um centro de distribuição de peças e componentes no centro oeste do país, e investindo no departamento comercial e de marketing para difundir a marca e a forma de atuação da empresa no mercado. Cada um destes segmentos representa oportunidades de negócio. A empresa tem como prioridade atender, cerealistas e produtores Rurais, estes dois segmentos procuram em suas negociações fornecedoras que garantam assistência técnica, direto do fabricante. O principal segmento do mercado no atual momento é o investimento do produtor rural que está capitalizando, aliado às linhas de financiamentos disponíveis, investe em unidades de armazenagem. O trabalho de vendas atende aos três segmentos de investimentos, ao produtor rural em nível de fazenda, as cooperativas e cerealistas, pois o produtor rural em um determinado momento não terá mais necessidade de investimento em armazenagem, com esta visão de mercado, a Silos Condor atua nestes segmentos. As principais necessidades dos clientes são silos de armazenagem e o secador de cereais. A unidade de secagem e armazenagem se completa com a máquina de limpeza e os transportadores para carga, descarga e movimentação dos cereais. O processo de compra é longo. Após o projeto é feito orçamento, após aprovação do orçamento, é definido a forma de pagamento que no momento 95% das unidades são financiadas através de linhas de crédito oficiais. O período entre o início do planejamento até a execução da unidade varia de 8 meses 75 a 2 anos, dependendo da grandiosidade do equipamento e as situações adversas encontradas durante o processo, as unidades não são compradas regularmente pelos produtores rurais, mas por cerealistas e cooperativas. Diversificar a atuação de vendas propicia boas oportunidades, a atuação nos mercados de cooperativas e cerealistas, trará à empresa clientes que têm em seu plano de investimentos, investimentos praticamente todos os anos em sistemas de armazenagem e a venda a produtores rurais diversificam a clientela e expande as regiões de atuação do departamento comercial. Os clientes têm como maior necessidade a compra da Unidade de Armazenagem e Secagem, bem como para o setor que atendam suas necessidades atuais e futuras por um determinado tempo ou que o setor implantado permita sua aplicação modular e, com custo adequado e racional. O processo de compra passa por uma visita técnica, para definir o projeto, após é feito o layout do projeto com a definição dos equipamentos, após a definição do equipamento é feito orçamento, passado este passo é feito a apresentação do projeto e do orçamento ao cliente. Nesta apresentação pode acontecer à negociação ou o cliente pedir outro projeto e orçamento, para adequar a necessidade ao investimento, normalmente esta nova opção passa novamente pelo setor de projetos da empresa (layout) e orçamento, até estar adequado de fato a necessidade do cliente, em sua capacidade de secagem e armazenagem parcial ou total, ao valor do investimento proposto, passando esta particularidade do processo o cliente opta ao investimento ou não, ao fabricante escolhido, e a forma de investimento, se terá com recursos próprios ou se será feito um projeto de viabilidade e encaminhado a aprovação de financiamento a um Banco de Fomento. Os clientes produtores rurais não têm seu fluxo de investimento, regularmente o investimento em unidades de armazenagem ou a ampliação do mesmo. Os demais nichos citados têm Planos de investimentos regulares. As ameaças estão em todos os nichos de mercado, pois onde a empresa vende, os equipamentos do primeiro investimento por exemplo de um produtor rural, os demais concorrentes, todos estarão prontos a atender o mesmo cliente no seu próximo investimento com custos menores e condições gerais de venda melhores do que na proposta da primeira negociação, para a futura ampliação. Nos demais nichos, onde os investimentos são regulares, estas casualidades da concorrência são ainda mais usuais. 76 As oportunidades que envolvem todos os nichos de mercado envolvem a constante visitação e interação com clientes, onde a empresa já vende, e teve sucesso como um todo no atendimento por completo ao cliente. Mesmo onde o atendimento deixou a desejar deve-se ter um plano de ação sobre a visitação ao cliente, e aos clientes atendidos pelos concorrentes, para no momento de novas negociações a Silos seja agraciada com uma nova venda, seja por indicação de clientes ou pelo mau atendimento dos concorrentes, abrindo uma parceria com a equipe da empresa. No atual momento os potenciais clientes, estão avaliando seu fornecedor de equipamentos pós-colheita, em vários aspectos, alguns já citados, mas que pode ser descrito como a qualidade do projeto proposto, da apresentação da funcionalidade da unidade por completo, da qualidade dos equipamentos, da qualidade dos serviços de montagem dos equipamentos, além da assistência técnica disponibilizada, da tecnologia empregada, ainda o preço de venda em relação ao praticado pelo mercado, pela qualidade da equipe de vendas, o acompanhamento de visitas e interação da equipe de vendas ao cliente e lógico a indicação de clientes já atendidos pela empresa além da visitação a unidade já implementada com sucesso. Destaca-se que a empresa tem uma relação boa com seus clientes por todos estes aspectos lógicos, tem muito a agregar e acrescentar a este aspecto e a empresa estará neste ano implementando setores para medir, avaliar e melhorar estes aspectos, profissionalizando e implementando os setores de marketing, qualidade e pós-vendas. A Silos terá um aumento de custo fixo na empresa, com o reflexo da implementação destas ações. Isto fará com que tenha de fazer contratação de recursos humanos e treinamento, o investimento para adequar a implementação destas áreas de atuação, depende de investimentos, móveis e imóveis e equipamentos diversos. Em termos de oportunidades a implementação destas áreas na empresa, trará uma eficácia maior para detectar oportunidades de melhor atendimento ao cliente, além de proporcionar uma eficiência, através da excelência proposta pela atenção destas áreas no desenvolvimento da empresa nos setores administrativo e produtivos. Em termos de oportunidades, sempre que o cliente deixa claro seus objetivos tanto em relação ao projeto, ao preço de compra as condições de negociação a empresa pouca vezes não obtém êxito nas negociações, por se adaptar as necessidades e exigências do cliente. Como proposta à empresa, para conquistar novos clientes deve investir em mais vendedores externos, proporcionando cursos, palestras, treinamentos, de como conquistar novos clientes. A empresa poderá investir no site de divulgação de seus produtos. Assim, se tiver algum cliente em qualquer parte do Brasil, que necessite de algum equipamento e 77 armazenagem, este procurará na internet fornecedores, então encontrará a Silos Condor, menos ela, pois se tivesse contato ali divulgado. Como proposta para empresa para que esteja orientada para cliente deverá fazer com que todos da organização estejam envolvidos, atentos e preocupados com a satisfação do cliente, sabendo que os clientes são considerados como centro de lucros da organização. 4.1.5. Concorrentes Para Kotler e Armstrong (1998) o mercado está cada vez mais competitivo, para isso as empresas devem possuir estratégias para estarem à frente de seus concorrentes, devem satisfazer as necessidades de seus clientes melhor que os concorrentes. O principal concorrente da Silos Condor é a Kepler Weber de Panambi, que tem como objetivo proporcionar soluções inovadoras para surpreender os clientes, no que diz respeito a armazenagem agrícola e movimentação de granéis sólidos. As estratégias da Kepler Weber são claras, como a qualidade, tecnologia, serviços e pontualidade na entrega como diferenciais, melhoria contínua nos produtos e processos, a ética e sustentabilidade são formas de atuar, a preocupação com o meio ambiente e a segurança do trabalho. Outro concorrente que influência o mercado é a Comil Silos e Secadores de Cascavel no Paraná. Empresa que está a mais 50 anos atuando no mercado, e vem desenvolvendo e investindo em tecnologia para suprir as necessidades do homem do campo. E também pode ser citado a Engegran Indústria e Montagens Ltda, localizada na cidade de Panambi/RS, atua no mercado desde 1992, tem sua atuação voltada para segmento agroindustrial como fabricante de equipamentos para secagem e armazenagem de grãos, atuando também na representação comercial, montagem e manutenção de máquinas e equipamentos agrícolas. Para a análise, são identificados os pontos fortes, pontos fracos e principais estratégias dos principais concorrentes em relação a Silos Condor, conforme quadro 5. 78 Quadro 5 - Relação de Pontos Fortes, Pontos Fracos e Principais Estratégias dos concorrentes. Pontos Fortes Kepler Weber Comil Engegran Pontos Fracos - Melhoria continua do sistema de gestão, bem como nos produtos e processos; - Desenvolvimento das competências individuais; - Ética em todas as relações; - Compromisso na entrega dos produtos, para atingimento de seus resultados. - Alto índice de rotatividade por parte dos funcionários; - Desenvolvimento de trabalhos em equipe, com incentivo a criatividade; - Programa profissionalizante para qualificar funcionários, com cursos e treinamentos técnicos e comportamentais (PACTO), assim melhorando a qualidade do produto e a relação com clientes. - Como está localizado na região do Paraná, seu produto é pouco visto no Rio Grande do Sul; - Respeito entre todas as pessoas envolvidas no processo Ambiente de trabalho (organizado, limpo, seguro); - Possui uma linha de crédito específica para financiamentos em infraestrutura da propriedade rural; - Além de armazenagens de grãos, a empresa é segmentada também em montagens e manutenção de máquinas e equipamentos agrícolas. - Pouca divulgação de seus produtos; - Pouco tempo de atuação no mercado (19 anos), comparado com as outras empresas em questão; - Não existe espaço para pós-vendas no site da empresa. Principais Estratégias - Qualidade dos produtos; - Produtos tecnológicos; - Serviços e pontualidade na entrega; - Sustentabilidade; - Preocupação meio ambiente; - Segurança do trabalho; - Programa estratégico (5 S), que passa a ser incorporado na rotina da empresa, contribuindo da qualidade total e tendo como vantagem, a mudança comportamental em todos os níveis hierárquicos; - Investimento em produtos tecnológicos; - Ações de marketing e de publicidade; Preocupação meio ambiente - Procura ser percebida como fabricante e distribuidora de produtos de armazenagem de grãos; Fonte: Elaborado pela autora (2015). A empresa Kepler Weber, tem como missão ser líder no segmento de armazenagem agrícola e movimentação de granéis sólidos, através de soluções inovadoras para surpreender os clientes e gerar valor para os acionistas. Procura estar comprometida: Desenvolver e fornecer soluções inovadoras para armazenagem agrícola e movimentação de granéis sólidos; Melhorar continuamente o sistema de gestão; Surpreender nossos clientes; Atuar de forma ética e sustentável; Proteger o meio ambiente, a saúde e segurança no trabalho; Respeitar a legislação aplicável. Seu valores: Desenvolvimento das competências individuais, valorizando desempenhos superiores; Qualidade, tecnologia, serviços e pontualidade na entrega como diferenciais; 79 Compromisso com o atingimento dos resultados planejados; Ética em todos os relacionamentos; Melhoria contínua nos produtos e processos; Respeito ao ser humano. A empresa Comil, tem como estratégia, programa “5S”, ou seja, o “5 S” é um plano estratégico que, ao longo do tempo, passa a ser incorporado na rotina, contribuindo para a conquista da qualidade total e tendo como vantagem o fato de provocar mudanças comportamentais em todos os níveis hierárquicos. Melhoria do ambiente de trabalho; Prevenção de acidentes; Incentivo à criatividade; Redução de custos; Eliminação de desperdício; Desenvolvimento do trabalho em equipe; Melhoria das relações humanas; Melhoria da qualidade de produtos e serviços. Também utiliza do programa Jovem Aprendiz, tendo como objetivo de incorporar e preparar jovens para o trabalho. O programa Jovem Aprendiz prevê um curso de qualificação oferecido com o apoio técnico do Senai. Para isto jovens de18 á 23 anos permanecem meio período no Senai estudando e no outro período trabalham na empresa aplicando o conhecimento adquirido. Além disto, recebem uma bolsa e auxílio transporte. Outro programa é o Programa de Aperfeiçoamento Comportamental e Técnico Operacional (PACTO), este programa foi criado com o objetivo de profissionalizar e qualificar os funcionários da empresa através de cursos e treinamentos técnicos e comportamentais, com o PACTO também conseguiram melhorar a qualidade de seus produtos. Também investe em ações de marketing, pois se preocupa com a preservação da imagem de respeitabilidade e confiança da empresa junto aos diferentes públicos, expressando a honestidade e a integridade das suas políticas e práticas. Preocupa-se com meio ambiente, atuam em todas as localidades onde desenvolve atividades comerciais de forma a proteger o meio ambiente. Todos os colaboradores devem conduzir suas operações e seus projetos em conformidade com as regulamentações aplicáveis, usando recursos naturais sem prejuízo ao meio ambiente. A Engegran Indústria e Montagens busca a satisfação total de seus clientes e das demais pessoas envolvidas no processo da empresa. A qualidade nos produtos e serviços 80 (projetos, fabricação, acabamento, entrega, funcionamento). Respeito entre as pessoas do ambiente de trabalho também é destacado como ponto principal na empresa, ambiente limpo, organizado e seguro para recepção dos clientes. A empresa busca ser percebida como fabricante e distribuidora de produtos no segmento de Armazenagem Agrícola e Beneficiamento de Grãos. No segmento pós – colheita tem as empresas de grande, médio e pequeno porte. As empresas de grande porte têm como ponto forte, a amplitude continental de atuação no mercado de vendas, o custo menor das suas principais mercadorias, como pontos fracos não tem uma personalização no atendimento ao cliente, e nas negociações um consumo de regras que, muitas vezes não atende as perspectivas do cliente. As empresas de médio porte têm como ponto forte o atendimento personalizado ao cliente, como pontos fracos a regionalização de atuação e o custo maior. Com relação aos principais grupos de matériaprima e a constante troca de seu patrimônio. As empresas de pequeno porte têm como ponto forte a assistência técnica próxima ao cliente, e pontos fracos a regionalização de atuação, o custo maior das matérias-primas principais e a constante formação de recursos humanos. Em termos de novas tecnologias, muito pouco tem se apresentado ao mercado consumidor até o momento, e muitas experiências estão em fase inicial de teste e protótipos. Várias tecnologias usadas em mercados desenvolvidos como o europeu e o norte americano foram implantadas em nosso País e não se adaptaram aos nichos de mercado. Mas a nova tecnologia, como a energia solar, para secadores e silos, equipamentos de resíduos de produtos, com uma otimização maior para fornalha de secadores, automação de todos os equipamentos. O desenvolvimento de aços mais resistentes assim com a camada de superfície de zinco maior, possibilidade nova nas estruturas para os armazenadores e uma maior durabilidade dos mesmos. Novas tecnologias em termos de areação de manutenção e secagem em silos serão desenvolvidas para otimizar custos de energia, e custos de armazenagem e manutenção e conservação de grãos além da diminuição do desperdício dos mesmos. Em termos de ameaças destaca o constante avanço em busca do mercado pelas grandes empresas, e a regionalização do atendimento das pequenas empresas, assim com a personalização apresentada das médias empresas ao mercado. Em termos de oportunidades, o desenvolvimento de vendas e atuação de mercado pela especialização das equipes de vendas fazendo com que o atendimento personalizado seja ampliado e apresentado a todos os clientes, com o crescimento sustentável da empresa através 81 da otimização dos custos de produto e processo e a constante diminuição dos custos de compra das matérias-primas, terão lucratividade ao negócio, com o aumento econômico e crescimento do mercado de atuação. Os principais produtos fabricados pelas empresas são silos armazenadores, secador de cereais, transportadores horizontais e verticais, máquinas de limpeza, bem como os consumos de interligação e a instalação destes equipamentos. Empresas com organização superior estão desenvolvendo estes produtos e logo estarão disponibilizando os mesmos ao mercado, aumentando sua gama de clientes e negócios, o que torna-se ameaça para Silos Condor. Estes novos produtos devem de uma ou outra forma fazer parte do desenvolvimento de produtos e novos produtos da empresa, devem ter lançado ao mercado com vários testes e aprovação, para fornecer novas oportunidades de vendas de produto e mercado a empresa. Pensando nos principais concorrentes da empresa Silos Condor, por serem empresas que atuam todas no mesmo ramo de atividade, e todas estão em busca de novos clientes, diante disso, a Silos Condor poderá ofertar a seus clientes produtos com novas tecnologias e qualidade. Como proposta e sugestão para empresa, poderá desenvolver estratégias para estar à frente de seus concorrentes, não deixando de satisfazer seus clientes melhor que a concorrência, ao apostar em novas tecnologias, redução de custos, pós-vendas, implementando um conjunto de ações na área do marketing. 4.1.6. Públicos Para Kotler e Armstrong (1998, p.48) “o público é qualquer grupo que tenha interesse real ou potencial ou que cause impacto na capacidade da empresa de atingir seus objetivos”. Em um mercado cada vez mais globalizado, competitivo e exigente, o armazenamento de grãos torna-se estratégico no desenvolvimento econômico de toda a cadeia produtiva agrícola. Como oportunidades a empresa Silos Condor procura atender eficazmente cada público, de acordo com a necessidade de cada um. Ela representa para a sociedade, como sendo uma empresa que trabalha com seriedade, qualidade em seus produtos e orgulhosa por participar do mercado com produtos de qualidade, estando sempre ciente com as responsabilidades que deve ter perante seus clientes e fornecedores. 82 Como oportunidade a empresa tem parceria com público financeiro, sendo os bancos, também com públicos de mídia, sendo jornais e rádio local. Públicos governamentais, consulta a advogado sobre questões de segurança do produto. Esta credibilidade que a sociedade em geral ou público geral tem da Silos Condor, por estar sempre atenta à demanda do mercado por tecnologias capazes de absorver constantes ganhos de produtividade agrícola. E procura sempre oferecer aos seus clientes produtos mais eficientes e completas soluções de armazenagem. Como proposta para empresa, aconselha-se investir em seus colaboradores, com treinamentos, cursos de aperfeiçoamento para que os mesmos tenham qualificação que possa causar impacto na capacidade da empresa alcançar seus objetivos, pois os colaboradores são considerados como sendo públicos internos. 4.2. Ameaças e Oportunidades e Proposições relacionado ao Macroambiente Para Kotler e Armstrong (1998), no macroambiente existem forças que a empresa não controla, também chamadas de variáveis incontroláveis. A seguir será apresentado Ameaças, Oportunidades e Propostas do Macroambiente da Silos Condor, neste diagnóstico é composto do: Ambiente Demográfico, Ambiente Econômico, Ambiente Físico, Ambiente Tecnológico e Ambiente Político. 4.2.1. Ambiente Demográfico De acordo com Kotler (1998) o ambiente demográfico é a primeira força a ser monitorada, ou seja, a população, porque são as pessoas que representam os mercados. No ambiente competitivo entre as empresas, estas estão cada vez mais interessadas no tamanho e taxa de crescimento da população. O desenvolvimento de novas regiões produtoras de grãos no País e no estado, este processo está sendo acompanhado, e nestas regiões a empresa esta investindo no departamento comercial. No estado do Rio Grande do Sul a região centro sul tem um aumento de áreas e produtividade muito grande nos últimos anos, e como oportunidades a Silos Condor está fazendo parte deste desenvolvimento, através das vendas e instalação de unidades de armazenagem nesta região. 83 Nas regiões centro-oeste e norte do País, a empresa está retomando sua posição comercial, e já se efetivaram mais negócios para incrementar o faturamento e crescimento da empresa, o que torna mais oportunidades. A agricultura brasileira vem crescendo impulsionada especialmente pelos aumentos de produtividade da mão de obra, do capital e da terra. Têm sido enormes os ganhos de produtividade desses três elementos. Quanto às ameaças ao ambiente demográfico, muitos agricultores continuam com dívidas pendentes e elevada soma de recursos exigidos para a construção de silos dificultando a ampliação e a modernização do setor. Para os pequenos produtores a contração dos financiamentos é difícil por exigir um volume de produção compensatória. Quanto às oportunidades ao ambiente demográfico, para que o produtor evite perdas qualitativas e quantitativas que ocorrem no campo, pelo atraso da colheita ou durante o armazenamento em locais inadequados ele deve dar atenção especial para a armazenagem do produto depositando em cooperativas ou cerealistas de sua confiança. Outra oportunidade para se obter maior rendimento na colheita é investir em seus próprios equipamentos de armazenagens de grãos evitando assim a espera dos caminhões nas filas nas unidades coletoras ou intermediárias. Outra ação proposta para a empresa é ocupar o mercado em localidades com maior área de plantio, como Mato Grosso, Goiás, Tocantins, Piauí. Enquanto a produção agrícola do Brasil apresentou um grande salto nos últimos anos, resultado da eficiência de nossos agricultores e do emprego crescente de insumos modernos (fertilizantes, defensivos e sementes certificadas, principalmente), a logística ficou estagnada. Além de ter representantes nessas regiões propostas, a criação de uma filial, em algum ponto estratégico nos estados citados se faz necessário a partir de um estudo de localização para ver onde ficaria melhor essa filial. 4.2.2. Ambiente Econômico Para Kotler e Armstrong (1998) no ambiente econômico as variáveis econômicas correspondem às características da economia global e nacional, envolvem questões de crescimento econômico, distribuição de renda, investimentos de infra-estrutura, disponibilidade de créditos, taxas de juros, câmbio, inflação. O mercado de atuação da Silos Condor no momento é um dos segmentos econômicos que não está sendo afetado, especialmente pela pouca presença de recursos financeiros dos 84 órgãos de fomento público, mas ainda é uma incógnita para o restante do ano de 2015. Como ameaças, a médio e longo prazo poderá ter crises, como já tem acompanhado em 3 décadas de atuação no mercado. O segmento não é muito rentável e no atual momento econômico, se tem a incerteza de preços nos insumos e matéria-prima, o aumento dos juros nos financiamentos o que reduz ou diminui o impacto pelo investimento, que se tornam mais caro o valor final do produto. Em uma economia estável, isto influência o investimento, com as sucessivas safras em crescimento e com o potencial de incremento de produção de grãos, uma recessão no mercado é descartada, mas uma frustração de safra ou sucessivas, irá sim afetar os investimentos. Hoje é raro encontrar um agricultor que esteja em situação de vulnerabilidade financeira. A empresa está ampliando a atuação em vendas no momento para assim aumentar o volume de vendas, que para ser atendido, deverá aumentar sua capacidade de produção, não está ampliando o departamento comercial para manter o atual volume de vendas e mercado. A atividade da Silos Condor é fornecer soluções na armazenagem de grãos. Como o grão mais cultivado é a soja, e por isso, tem maior necessidade de armazenamento, pode-se analisar o ambiente econômico da mesma, onde suas variações de preço afetam os produtores rurais na hora da colheita. Outra ameaça do ambiente econômico é o alto custo dos insumos agrícolas para a produção da soja. Com uma safra muito lucrativa, os fornecedores de insumos aproveitam a oportunidade e aumentam consideravelmente os preços para a cultura da soja, como fertilizantes, sementes e defensivos agrícolas. Os clientes da empresa, os agricultores e cooperativas utilizam as formas de financiamentos, BADESUL, Banco do Brasil. Como proposta a empresa poderia buscar incentivos Estaduais como, por exemplo, EMATER, assim poderia auxiliar o agricultor com outras formas ganhando incentivos para adquirirem equipamentos de armazenagem e secagem de grãos especialmente para agricultura familiar. 4.2.3. Ambiente Físico Afirma Kotler (1998) que as empresas juntamente com os profissionais de marketing, devem estar cientes das ameaças e oportunidades relacionadas ao ambiente natural, pois ocorre à escassez de matérias-primas, os custos da energia estão sempre crescentes, aumenta cada vez mais o nível de poluição, e ocorrem mudanças do papel dos governos referente à proteção ambiental. 85 A matéria-prima principal da empresa Silos Condor é o aço, que é produzido a partir do ferro. A empresa está fazendo um trabalho de preservação ambiental com ênfase, tendo cuidados com os resíduos químicos, tem ainda que melhorar a sua atuação, com a escassez de recursos como um todo, ao longo dos anos, estará otimizando matéria-prima, insumos, energia, e neste ano irá aumentar este trabalho, com uma melhor coordenação para minimizar os efeitos. A empresa Silos Condor preocupa-se com o destino correto dos resíduos do setor de pintura e também as sucatas de chapa preta, branca e granalhas, contratando empresas especializadas para o destino final desses resíduos. A empresa poderia adotar o método de reaproveitamento do aço, pois é uma solução simples e barata para prevenir a escassez do minério de ferro e diminuir as despesas. Hoje, a matéria prima existe em abundância no Brasil, mas a sua extração ao longo dos anos pode gerar sérios problemas ao meio ambiente e dificultar a produção de aço. 4.2.4. Ambiente Tecnológico Para Kotler (2006) o ambiente tecnológico, mostra as rápidas mudanças tecnológicas. A tecnologia afeta as relações entre consumidores e empresas. Pois novas tecnologias são sinônimos de novas oportunidades de mercados. Conforme a tecnologia avança, ela permite e capacita as empresas a desenvolver novos mercados. Na empresa Silos Condor as mudanças tecnológicas de produtos ainda estão por serem implementadas nos equipamentos de armazenagem, secagem, limpeza e movimentação de grãos. Já com relação às tecnologias de produtos, com a importação de equipamentos que algumas empresas nacionais do ramo de atividade de armazenagem estão fazendo o aumento da condição de produção será muito grande. Pois as mudanças tecnológicas principalmente de processo deverão afetar a empresa, pois ela está defasada tecnologicamente. Com relação à tecnologia de produto, a Silos Condor procura estar se atualizando, mas deve aumentar a velocidade e capacidade de investimentos em desenvolvimento e aprimoramento de novos produtos e a atualização de outros, se não tomar esta atitude logo, se tornará uma ameaça para empresa, já que os concorrentes estão investindo em tecnologia em seus produtos. De uma forma geral, terá que aumentar o ritmo de atualização dos produtos e processos, porém depende do próprio capital para fazer estes reinvestimentos o que torna a atualização tecnológica mais lenta. Empresas que atuam no mesmo ramo de atividade faliram há uma década e tiveram suas ações vendidas a bancos privados. Desta forma, retornaram ao 86 mercado, e neste momento estão investindo na atualização tecnológica de uma maneira rápida o que elevará muito suas capacidades produtivas, sendo esta a maior ameaça ao mercado do momento, mas para minimizar estes efeitos, a Silos Condor terá que fazer a contrapartida de acordo com sua capacidade de reinvestimento. Neste ambiente as inovações tecnológicas são fortes elementos de transformação das características dos mercados. Como oportunidade ela faz pequenos aprimoramentos em produtos em vez de grandes inovações. Nessa parte ela é cautelosa. E como ameaça ela não investe muito em pesquisas e desenvolvimento para assim se constituir fontes de novas ideias para seus produtos. Como proposta, a empresa deve investir na tecnologia de seus produtos, pois se a empresa não se mantiver atualizada quanto às mudanças tecnológicas verá em breve seus produtos se tornarem obsoletos, o que irá perder novas oportunidades de produtos no mercado. Também poderá investir no intelecto humano, ou seja, premiar os colaboradores que tiverem ideias inovadoras, através de pesquisas, mas para isso a empresa deverá disponibilizar tempo e ferramentas para eles. Outra proposta seria fazer rotatividade do pessoal dentro da empresa, para que todos possam encontrar melhorias dentro de cada setor. Tendo como foco sempre os consumidores, assim o colaborador dará total importância e valor para o devido setor. Isso fará com que as novas ideias que irão surgindo possam ser implantadas, tornando o processo mais produtivo. Outro ponto interessante de ser proposto é não tornar a tecnologia um padrão, a empresa pode oferecer soluções mais tecnológicas na hora de projetar produtos customizados, de acordo com a necessidade do cliente. Assim, se o cliente precisar de um silo mais moderno e com características tecnológicas, por exemplo, com dispositivo que mantenha o grão por mais tempo armazenado, este poderá ter. Se outro cliente procura um silo mais simples, apenas para a função de armazenar, suas necessidades também poderão ser atendidas. Deixar a cargo do cliente escolher. 4.2.5. Ambiente político Para Kotler (1998) este ambiente é composto por leis, órgãos governamentais, e as decisões de marketing podem ser afetadas por este ambiente político, como também podem criar oportunidades para as empresas. 87 A produção de grãos no ano de 2014/2015 pode-se considerar anos com safras muito produtivas, e os agricultores com linhas de crédito, para assim efetuarem seus investimentos em armazenagem de grãos. Quanto ao ambiente político pode-se perceber que a empresa Silos Condor fechou muitos negócios com seus clientes através de financiamentos oferecidos pelo Banco do Brasil. O quadro 6, demonstra algumas destas linhas de crédito disponíveis aos produtores rurais e cooperativas, para investimentos em armazenagem, dados este concedidos pelo Banco do Brasil da cidade de Condor. Quadro 6 - Linhas de Crédito – Agricultura Empresarial. Linha Beneficiários Finalidade Prodecoop Cooperativas agropecuárias e cooperados, quando utilizada a sistemática de cotas-partes BNDES – Programa de incentivo à armazenagem para Empresas e Cooperativas Cerealistas Nacionais Empresas ou cooperativas agropecuárias, cerealistas, com sede e administração no país, que exerçam cumulativamente as atividades de secar, limpar, padronizar, armazenar e comercializar produtos in natura de origem vegetal Incrementar a competitividade do complexo agroindustrial das cooperativas agropecuárias, por meio da modernização dos sistemas produtivos e de comercialização -Apoiar o desenvolvimento e a modernização do setor de armazenagem nacional efetuado por empresas ou cooperativas cerealistas nacionais que trabalham diretamente com o produtor rural integrado e suas cooperativas. -Ampliar a capacidade de armazenamento nacional no segmento que atende diretamente ao produtor rural. Moderninfra Produtor rural, PF e PJ, e suas Cooperativas Investimento Agropecuário Tradicional – Benfeitorias, Acessões e Reformas Produtor Rural, PF e PJ Apoiar o desenvolvimento da agropecuária irrigada sustentável, econômica e ambiental, ampliar a capacidade de armazenagem e apoiar a construção, modernização, reforma e ampliação das instalações destinadas a guarda de máquinas e implementos agrícolas e a estocagem de insumos agropecuários. Financiamento de investimentos destinados à construção reforma ou ampliação de armazéns ou silos, galpões, currais, eletrificação e telefonia rural, obras de irrigação, açudagem, e drenagem, proteção e recuperação do solo e outras benfeitorias e instalações relacionadas à atividade. Fonte de Recursos BNDES MCR 6-4 (controlado ) Teto Financiamento/ Limite (R$) R$ 100 milhões BNDES Até 20 milhões BNDES/Fi name MCR 6-4 (controlado ) R$ 2 milhões por beneficiários, em empreendimentos individuais. R$ 6 milhões para empreendimento coletivo, respeitado o teto individual. MCR 6-2 (controlado ) MCR 64(não controlado Recursos controlados: R$ 385 mil Recursos não controlados não há teto. Juros 6,5% a.a Prazo/Forma de Pagamento Mínimo de 30 meses e máximo de 12 anos, com carência de até 3 anos. 1)(exceto para beneficiarias Cooperativas Agropecuárias) -4,5%a.a. para proponentes com ROB anual até R$ 90 milhões; -6% a.a. para proponentes com ROB anual superior a R$ 90 milhões. 2) Variável (TJLP+remuneração básica do BNDES+taxa de intermediação financeira+taxa de juros prefixada). 4,0%a.a quando se tratar de financiamento destinado a itens inerentes a sistemas de irrigação. 6,5%a.a para os demais itens. -para operações com taxa de juros fixa (4,5%a.a.)-até 180 meses, incluída carência de até 36 meses; -para taxa variávelaté 144 meses, incluída carência de até 36 meses. Rec. Controlados:6,5%a.a. Rec. Não controlados:taxa prefixada, divulgada no Caderno Indicadores Financeiros. Recursos Controlados: a) irrigação ou drenagem : até 12 anos, incluídos até 3 anos de carência; b)demais benfeitorias associadas a projetos de investimento: até 8 anos, incluídos até 3 anos de carência. Recursos não controláveis: mínimo de 30 dias e máximo de 3 anos, incluída carência de até 6 meses. Fonte: Banco do Brasil (2014/2015, p.10). Até 12 anos, com carência de até 3 anos. 88 Conforme dados do BNDES, também existe forma de financiamento Programa Mais Alimentos, quem pode solicitar são pessoas físicas enquadradas como agricultores familiares no PRONAF. Quadro 7, demonstra as finalidades do Programa Mais Alimentos. Quadro 7 - Pronaf Mais Alimentos. Linha Beneficiários Finalidade Fonte de Juros Recursos Teto Prazo/Forma Financimento/Limite de Pagamento (R$) Pronaf Mais Alimentos Pessoas físicas enquadradas como agricultores familiares no Pronaf Os créditos de investimento podem ser utilizados para aquisição isoladas de matrizes, reprodutores e/ou animais de serviço, isoladamente, até o limite de 40% do valor do financiamento, aquisição de animais para recriação e engorda, desde que no projeto fique comprovado os demais fatores necessários ao bom desempenho da exploração, especialmente, alimentação, fornecimento de água , instalações, mão de obra e equipamentos. BNDES 1% a.a – operações até R$ 10 mil. 2% a.a – operações acima R$ 10 mil. R$ 300 mil, atividades suinocultura, avicultura fruticultura. R$ 150 mil demais. para de e para Até 6 anos, incluído 1 ano de carência, para financiamento de caminhonetes de carga e motocicletas adaptadas à atividade rural. Até 15 anos, incluídos 3 anos de carência, para financiamentos de estruturas de armazenagem. Até 10 anos, incluídos até 3 anos de carência, para demais itens financiáveis. Fonte: bnds.gov.br. Como oportunidades, através desses recursos os agricultores conseguem investir em suas propriedades rurais com oportunidades de adquirir equipamentos de armazenagem e secagem de grãos, assim como maquinários de alta tecnologia. Como ameaças, os produtores muitas vezes se empolgam por existir esta facilidade de adquirirem produtos de tecnologia de ponta. Criando muitas expectativas em relação à safra, muitas vezes se frustrando com resultados das colheitas, não conseguindo saldar suas dividas dentro dos prazos. Atualmente a empresa está muito dependente de programas governamentais, para que ela não fique refém destes programas de governo, sugere-se que possa oferecer aos clientes 89 uma linha de crédito própria, com características de seu perfil, fazendo parcerias com bancos e com a própria prefeitura, diferenciando para cada cliente. A participação de alguma associação de produtores poderia favorecer a Silos Condor, a fim de discutir as necessidades dos mesmos e desenvolver soluções, esta linha de crédito própria da empresa poderá minimizar esta situação, destacando também que dependerá de capital próprio para colocar em prática. 4.2.6. Ambiente Cultural Para Kotler e Armstrong (1998) o ambiente cultural é constituído por forças que podem afetar os valores básicos, e os comportamentos das sociedades. Com o aumento da produção de grãos no país, os agricultores estão investindo em suas propriedades, através dos meios de comunicação pode-se dizer que são influenciados por programas de TV, anúncios em jornais ou revistas. A empresa Silos Condor deve investir em anúncios em revistas especializadas do ramos do agronegócio, isso fará com exerçam poder de persuasão sobre o consumidor. Como oportunidade, é possível identificar nos diretores da empresa um espírito empreendedor e de desenvolvimento, então, para que isso aconteça, os diretores da empresa podem desenvolver um plano de marketing. 4.3. Ameaças e Oportunidades e Proposições relacionado ao Processo de Segmentação de Mercado Para Kotler e Armstrong (1998) a segmentação é uma ferramenta que agrupa clientes com necessidades semelhantes, para que se possa atender de forma diferenciada a necessidades diferenciadas. Ao verificar o segmento no mercado, a empresa percebeu a grande possibilidade de entrar neste ramo de atividade, devido à alta demanda de produtores rurais principalmente na Região Sul e Centro Oeste, uma segmentação geográfica, e utilizou o estágio de classificação de perfil, analisando a demografia, e alto índice de produtores rurais investindo em suas propriedades, e conquistando novas fronteiras agrícolas. Como ameaça, a empresa não tem um estudo de mercado para definir ou adotar critérios e estratégias comerciais para determinar à maior ou menor atuação em determinado segmento de mercado, mas poderá desenvolver um estudo no futuro. Caso faça este estudo a 90 empresa poderá fazer como que minimize este e outros impactos produtivos, segmentar o ramo de atividade, com linhas pré-definidas de equipamentos e clientes, mas dependerá de um estudo de mercado e aprovação dos diretores e do departamento comercial da empresa. A empresa adotando os critérios de segmentação de mercado poderá penetrar mais fundo nos mercados em que escolheu como prioritário. Para isso deverá usar a técnica de pesquisa, indo à busca de dados, e fazer levantamentos sobre as necessidades dos consumidores-alvos. A empresa deverá medir o tamanho do mercado antes de decidir atendelo, esta medição se dá pela análise das principais variáveis de segmentação, onde deverá avaliar as variáveis geográficas, qual região, clima. As variáveis demográficas, faixa etária, renda, ou seja, análise das condições financeiras dos consumidores. Fazendo esta avaliação ela poderá fazer avaliação se terá condições de atender tais públicos. 4.4. Ameaças e Oportunidades e Proposições relacionado ao Posicionamento Para Cobra (1992) o posicionamento é a arte de configurar a imagem da empresa e o valor oferecido do produto em cada segmento do mercado, de forma que os clientes possam entender e apreciar o que a empresa proporciona em relação à concorrência. O posicionamento é a forma como um produto é definido pelos consumidores quanto aos seus atributos mais importantes. É o lugar que ele ocupa na mente dos consumidores com relação aos produtos dos concorrentes. No momento o mercado está aquecido, porém a empresa não tem um trabalho de marketing, mas tem muitas fontes de referência do equipamento que fabrica, em unidades instaladas, tendo clientes bem atendidos, e esta referência é muito bem utilizada pela empresa nas negociações em andamento e futuras negociações. No mercado a empresa se posiciona de forma a atuar nos diferentes segmentos de mercado e nas diferentes regiões produtoras, porém a empresa junto com seus diretores são sabedores que os fabricantes de equipamentos de armazenagem do País, e a concorrência é voraz. Hoje as maiores oportunidades estão muito claras, o aumento da capacidade de armazenagem é muito grande, pelo aumento de produtividade, e aumento das áreas de plantio, a tendência para os próximos anos é a mesma. Porém uma das principais ameaças poderá ser uma ou sucessivas estiagens. Mas para minimizar estes efeitos o constante aumento no investimento em equipamentos de irrigação anda ao lado com a necessidade de aumento no 91 investimento em unidades de secagem e armazenagem, pois quanto maior a produção maior será a necessidade em armazenagem. A empresa Silos Condor se posiciona no mercado, atuando no setor do Agronegócio, sendo especializada no desenvolvimento de soluções completas para armazenagem de grãos. Ela é bastante cautelosa no quesito inovações, mas participa todos os anos em feiras, como Expodireto, Expointer e Fenarroz. Como oportunidade, analisando o lugar que a empresa ocupa na mente de seus consumidores com relação aos produtos concorrentes, ou seja, o diferencial diante seus concorrentes, é que ela tem sua marca alternativa obtendo produtos com qualidade, porém com preços baixos. Pode-se afirmar que ela está no caminho certo em termos de posicionamento de mercado, e este posicionamento representa um diferencial, já que não bate de frente com seus principais concorrentes, pois a Keple Weber é conhecida por obter produtos com alta tecnologia, Comil produtos de qualidade, e a Silos Condor preços baixos, mas com produtos de qualidade e alta durabilidade. Outra oportunidade, é que os atributos de seus produtos possuem ótimo desempenho e qualidade, e proporciona benefícios como, comodidade aos produtores, tendo como ocasião de uso épocas de safras. Como proposta e sugestão, a empresa deve investir em novos vendedores no exterior para assim aumentar sua carteira de clientes e levar sua marca para fora do Brasil o que fará que aumente ainda mais sua lucratividade. Outra proposta, a empresa poderá mapear o posicionamento diante da concorrência, analisando os principais clientes da empresa e seu concorrente, analisar qual é a posição que a concorrência ocupa no mercado em termos de imagem, marca e preço. 4.5. Ameaças e Oportunidades e Proposições relacionado ao Sistema de Informação de marketing da empresa Conforme Kotler (2006) o sistema de informações de marketing das empresas deve ser composto por equipamentos e pessoas capazes e dedicadas para coleta, classificação, análise e avaliação das informações obtidas, para assim serem necessárias para uma melhor e certeira tomada de decisão por parte dos gestores. Com relação ao ambiente de mercado como ameaça, a empresa não possui nenhum trabalho específico de marketing, mas está sempre atenta às informações de mercado, através de notícias televisivas e outras, as informações que a empresa tem até o momento foram 92 suficientes para definir ações de mercado, com relação a concorrentes. O mercado ao longo destes anos foi muito instável, problemas na economia e frustrações de safras, queda de preços dos produtos ajudaram neste processo. Como ameaça a empresa não utiliza nenhum método de avaliação de mercado, até o momento toma as decisões, baseando-se em informações de notícias e pela percepção de mercado dos diretores. Como proposta, para que a empresa possa tomar decisões mais certeiras é importante se ter os sistemas de informação de marketing. É importante destacar que a escassez de informações para empresa pode ser muito prejudicial. A Silos Condor deve investir na tecnologia de marketing de relacionamento, ou seja, no software, CRM, conhecido como gestão de relacionamento com o cliente. A empresa ao adquirir este software de CRM, estará desenvolvendo marketing de relacionamento, pois sua aplicação nas empresas da atualidade é porque se preocupam em manterem-se competitivas, fazendo com se tornem mais rentáveis e lucrativas, devido à proximidade com o cliente. Este programa de gestão de relacionamento faz com a empresa possa melhor conhecer as necessidades de seus clientes, e se o cliente ficar satisfeito, a probabilidade de o relacionamento continuar e ocorrer um novo processo de consumo será maior do que se ele ficar insatisfeito. Este software faz com que a empresa possa de forma eficaz e eficiente atender as necessidades e desejos de seus clientes. Devido a empresa não possuir nenhum método de avaliação de mercado, sugere-se que invista em um banco de dados em seu sistema, e pessoas aptas para irem em busca de informações das necessidades dos clientes, investigando as principais ações dos concorrentes, dos produtos mais procurados e demandas futuras. Fazendo isso os gerentes conseguirão tomar decisões importantes dentro da organização. 4.6. Ameaças e Oportunidades e Proposições relacionado ao Mix de Marketing Para Kotler e Armstrong (1998) o mix de marketing também chamado de composto de marketing são variáveis controláveis, e a empresa através de ações se utiliza para que possa influenciar e atender as demandas dos consumidores através de seus produtos. A seguir será apresentado ameaças, oportunidades e propostas do mix de marketing da Silos Condor, neste diagnóstico é composto do: Gestão do Produto, Gestão do Preço, Gestão da Praça e da Promoção. 93 4.6.1. Gestão do Produto na empresa Silos Condor De acordo com Rocha e Christensen (1999) o produto poderá ser objeto de troca entre as pessoas desde que haja valor este produto, ou seja, se este resolve os problemas do consumidor. A empresa comercializa equipamentos para armazenagem, secagem, limpeza e transporte de granéis sólidos. Sendo eles: Silos, Secadores, Fornalha, Espalhador Gravitacional, Ventilador, Elevadores, Transportadores, Mesa Densimétrica, Empilhadeira de Sacos, Sistema de Aeração, Estrutura Metálica, Chupim, Mesclador de Cereais, Canalização, Captadores, Máquinas, Tulha Metálica, Rosca Varredoura. O objetivo da comercialização da linha de produtos fabricados pela empresa é principalmente a venda a médios e grandes produtores rurais, unidades de pequenas e médias cerealistas e cooperativas, e esta atual linha de produtos atende a este vasto mercado. A Silos Condor fabrica esta vasta linha de produtos, inclusive muitos equipamentos e produtos especiais. Esta linha toda de produtos poderia ser reduzida, porém podem perder parte de seus clientes. Pois com a alta tecnologia nas máquinas colheitadeiras não se faz necessário que produtores adquirem máquinas de limpeza de grãos, já que o grão ao colher sai limpo. Mas sabe-se que muitos pequenos agricultores ainda não adquiriram estas colheitadeiras altamente tecnológicas, então fica inviável a empresa eliminar este produto de sua linha de produtos. Mas por outro lado reduzindo a linha de produtos para se trabalhar em engenharia e produção, seria melhor para otimizar todos os processos. Portanto a gestão de produtos representa hoje para a empresa uma ameaça, tratando-se de produção e processos, mas a não comercialização dos mesmos representa uma ameaça para setor comercial. Baseada no princípio de atendimento customizado, a Silos Condor oferece suporte pós-venda, com peças de reposição e departamento pronto para o atendimento ao consumidor do Brasil e do exterior, para a assistência técnica, além de prestar atendimento de manutenções preventivas e corretivas e reforma de equipamentos. Para criar linhas de produtos mais extensas, ela deve participar ainda mais no mercado para que seu crescimento seja rápido, tornando-se oportunidades para a empresa. Mas é ameaça devido a pouco espaço em sua parte fabril, então a empresa necessita de capital para que haja este investimento na expansão na linha de produtos, quanto processos. 94 Como oportunidade, observa-se que a atual linha de produtos da empresa Silos Condor atinge seus objetivos e suas metas de acordo com o seu planejamento estratégico para manterse no mercado competitivo. Essas informações estão descritas na quadro 8. Quadro 8 - Amplitude do composto de produtos da empresa Silos Condor. LINHA DE PRODUTOS EXTENSÃO DA LINHA LINHA PRODUTOS LINHA DE PRODUTOS AMPLITUDE DO COMPOSTO DE PRODUTOS Silos Secadores Silo Armazenador Aerado Metálico com Dispositivo de Cereais Continuo Silo Armazenador Aerado Metálico sem dispositivo de Ar Natural Silo Pulmão de Resíduos Silo Ração ( Moinho Martelo) Silo Expedição Espalhador Gravitacional Fornalha para secador de cereais Ventilador Elevadores Cabeça (Acionamento EA10,EA11,EA12) Módulos Pés EXTENSÃO DA LINHA LINHA PRODUTOS LINHA DE PRODUTOS EXTENSÃO DA LINHA LINHA PRODUTOS Bico de Saída D150,D200,D240,D320,para E10,EA11,EA12,EA14,Ea15 Canecas Transportadores de Corrente para Cereais de ação continua de Correia para Cereais de ação continua Helicoidal para cereais de ação continua LINHA DE PRODUTOS Sistema de Aeração LINHA DE PRODUTOS Mesclador de Cereais EXTENSÃO DA LINHA LINHA PRODUTOS LINHA DE PRODUTOS EXTENSÃO DA LINHA LINHA PRODUTOS Maquinas Maquinas de Limpeza Maquinas de Pré Limpeza Mesa Densimétrica Empilhadeira de Sacos Estrutura Metálica Chupim Canalização Braçadeira Presilha Curva Tulha Metálica Captadores de pó ou partículas Rosca Varredoura Fonte: Elaborado pela autora (2015). Se analisar as fontes de recursos disponibilizados pelos bancos, a empresa então poderia criar novas linhas de produtos, como por exemplo, linha de irrigação, mas irá necessitar de grandes investimentos, tanto em estrutura, processos, recursos humanos. Hoje a principal ferramenta de posicionamento é produtos com preços baixos e com qualidade, o que torna uma oportunidade para empresa, pois os preços baixos e a qualidade de seus produtos posicionam ela no mercado. Outra oportunidade, é que possui uma linha completa de seus produtos, isso faz com que tenha grandes participações no mercado. 95 Atualmente a empresa Silos Condor, opta em desenvolver a ampliação para baixo na sua linha de produtos. Pois procura atrair os compradores para seus produtos com menos tecnologia e preços baixos. Como proposta para empresa, é na modernização na sua linha de produtos, mesmo que dependa de capital, seus produtos deverão ser modernizados gradativamente, para que com o tempo não vá sendo esquecida pelo mercado hoje muito competitivo. Pensando no ciclo de vida dos produtos da Silos Condor, estes estão no estágio de crescimento, já que os investimentos por parte dos agricultores e cooperativas está em alta, mas deverá ser investindo em tecnologia e ir se modernizando. A empresa deve preocupar-se com a entrada de novos produtos tecnológicos no mercado, e se não se atualizar as preferências pelos compradores irão se alternar, o que levará que seus produtos entrem no estágio de declínio. Fazendo análise da Matriz BCG da empresa, esta deve ter um portfólio de produtos que contenha mercadorias com altas e baixas taxas de crescimento. Figura 15, demonstra esta análise de investimento pela Matriz BCG. Figura 15 - Análise Matriz BCG. Fonte: Elaborado pela autora (2015). Estrela: são considerados produtos estrela, ou seja, produtos bem sucedidos, com referência no mercado, exigem grandes investimentos, e geram grandes receitas. 96 Em questionamento: contribuem para o crescimento, absorvem recursos financeiros, possui crescimento de mercado, toda linha de produtos da empresa estão nesta categoria. Pois para que sejam estrela deverão ser aperfeiçoados tecnologicamente, e exigem altos investimentos. Abacaxis: os produtos ou serviços desta categoria apresentam pequenas participações de mercado, geram lucros ou até prejuízos. Vaca leiteira: os produtos que estão em crescimento no mercado, mas que não são consideradas estrela. Como oportunidade, os diretores administram outros segmentos, sendo elas, uma construtora civil, serralheria, marcenaria e uma empresa de prestação de serviços com guindastes. Se a agricultura entrar em recessão, por médio ou longo período de tempo, a empresa poderá permanecer no mercado oferecendo estes outros serviços/produtos, por exemplo, com a construtora poderá entrar ainda mais no ramo de construção civil, o que hoje conta com engenheiro civil e pedreiros, com a serralheria ela poderá expandir sua linha de produtos, tais como, grades, portas contra-peso, portões, estruturas metálicas, com a marcenaria, poderá focar na fabricação de embalagens de madeira, o que hoje é feito apenas para consumo da própria empresa Silos Condor, e sugere-se também que faça serviços terceirizados, como corte, dobra, centro de usinagem, soldas. 4.6.2. Gestão do Preço na empresa Silos Condor Para Kotler (2002) o preço é um dos elementos mais flexíveis do mix de marketing, muitas empresas não ficam atentas a determinação do preço de seus produtos, ou seja, não fazem revisão dos custos com freqüência, e isso pode ou não afetar no bolso do consumidor. Com isso a empresa pode sair perdendo muitas das vezes. Os preços de venda hoje aplicados, estão baseados em um trabalho de custo feito a vários anos, estas bases continuam sendo revistas de acordo com a alteração dos custos de insumos, matéria-prima e mão de obra. A empresa acompanha os preços dos concorrentes nas negociações e estas estão sempre muito semelhante o que comprova que a Silos Condor tem preços de venda para atuar no mercado. Ela está iniciando um trabalho de custo total e real, obedecendo a critérios de competitividade e lucro. Para os clientes da Silos Condor se tem certeza que o preço de venda de seus equipamentos possuem ótimo custo benefício, pois possui um dos mesmos equipamentos no mercado e um preço de venda baixo em comparação com a qualidade aplicada. 97 A empresa Silos Condor pratica seus preços em relação aos equipamentos de armazenagem de grãos, considerando todas as variáveis da obra do cliente, analisando a questão de equipamentos que o cliente necessita sua montagem e questões legais como, por exemplo, Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (CREA) e Responsabilidade Técnica (RT). Avaliado todos estes pontos, a empresa então passa o preço da obra completa ao cliente, e como todos os clientes procuram negociar por preços ainda mais baixos então, ela baixa seu preço equiparando-se com os preços de mercado. Para formação de preços dos equipamentos, o setor comercial tem uma tabela pré pronta dos preços, então é avaliado o preço da concorrência pra chegar ao preço final praticado ao cliente. Para formação de preços de peças que a Silos Condor também vende, ela utiliza da seguinte estratégia de formação de preços. Utilizando o preço de custo da matéria-prima, somado aos encargos, despesas e mais a margem de mão de obra de produção. É lançado no sistema o custo da matéria-prima, os impostos, o frete a comissão e o lucro, então o sistema fornece o preço de venda do produto. O sistema fornece quatro sugestões de margem de lucro, então é repassado ao cliente normalmente o preço mais alto para que ela consiga conceder descontos, esta é umas das estratégias que a empresa utiliza na hora de suas negociações, pois com estas quatro margens, ela consegue analisar os preços dos concorrentes. Hoje é formalizada no sistema, a formação de preços para as peças ou revenda. O que ainda é feito paralelo e manualmente no Excel a formatação de porcentagem de fretes e do custo de fabricação, ou seja, mão de obra. Para conquistar novos clientes a Silos Condor procura praticar preços diferenciados, para que o cliente possa conhecer seus produtos e sua qualidade. Como oportunidade a empresa juntamente com consultorias busca aprimorar, melhores estratégias para formação de preços de seus produtos, pois está revendo passo a passo todo formato do mesmo, para assim obter melhor alcance de seus objetivos. Analisando a forma que a empresa utiliza na formatação dos preços de seus produtos, esta é compatível com a ótima qualidade, pois já está no mercado há um bom tempo, e inclusive fabrica seus equipamentos pra exportação. A empresa Silos Condor utiliza da estratégia de Fixação de preço por Penetração no Mercado, pois procura conquistar mercado rapidamente com preços baixos, pois valoriza muito mais o preço apesar de seus produtos serem de ótima qualidade, pois vê que o mercado deve ser sensível ao preço, e acredita que o preço baixo ajuda a afastar a concorrência. 98 Como proposta e sugestão a empresa Silos Condor, não necessita conceder tantos descontos na hora da negociação junto ao cliente, visto que seus produtos são de ótima qualidade, mas para manter-se no mercado ela deve oferecer seus produtos com preços que sejam adequados ao da concorrência, pois ela ainda está em fase de crescimento no mercado. Outra proposta para empresa, é que esta deve ter conhecimento da demanda e de seus custos, para que possa ter a maximização do lucro total, isso faz com que possa determinar seus preços para maximizar seu lucro atual, mas sempre fazendo levantamentos sobre o que os consumidores estão dispostos a pagar pelo produto sempre comparado com a concorrência. Como proposta e sugestão ela pode utilizar da estratégia de fixação de preços por Skimming, já que possui produtos com ótima qualidade, podendo assim elevar seus preços assim estará valorizando os benefícios de seus produtos do que o preço, isso fará com possa obter receitas rapidamente. 4.6.3. Gestão da Praça na empresa Silos Condor Para McCarthy (1997) as empresas devem considerar a distribuição uma estratégia importante de marketing, fazendo com que os bens e serviços estejam disponíveis em locais certos, para quando os consumidores desejarem comprar. Também pode ser entendido como atividades da empresa que tornam disponível os produtos aos clientes. Os canais de Distribuição é o caminho escolhido pelas empresas para fazer com que seus produtos cheguem até seu público-alvo, no local e no momento exato. A empresa Silos Condor opera no desenvolvimento de equipamentos para recepção, limpeza, secagem, transporte e armazenagem de grãos. Como oportunidade, ela possui canal de distribuição direto, conforme figura 16, em que a própria empresa é responsável pela venda e entrega de seus produtos através de seus vendedores internos, sem que haja nenhum intermediário envolvido neste processo, ou seja, a distribuição dos equipamentos é feita pela própria empresa diretamente ao consumidor final. Para contratação dos vendedores, o diretor comercial juntamente com o departamento de Recursos Humanos, selecionam currículos, e os melhores são contratados, assalariados da empresa e recebem comissão de acordo com suas vendas. 99 Figura 16 - Canal de Distribuição Direto. Fonte: Elaborado pela autora (2015). Este Canal Direto é uma oportunidade pra empresa, pois proporciona algumas vantagens, tendo relacionamento direto com o cliente, e obtém maior controle sobre a cadeia de distribuição. Outra oportunidade, é que a empresa possui canal de distribuição indireto, conforme demonstra figura 17, ou seja, seus representantes, assim ela repassa a eles a responsabilidade de conquistarem novos clientes, e venderem seus equipamentos. Para que o revendedor seja parte integrante nas vendas da empresa, o Diretor Comercial junto com os outros diretores, planejam cada ano a porcentagem de vendas que querem atingir no ano em todo Brasil e exterior, assim contratam os revendedores, para cada região, em que possuem suas metas, para atingir suas vendas, então é feito um contrato com os revendedores, e estes são apenas comissionados de acordo com suas vendas. Figura 17 - Canal de Distribuição Indireto. Fonte: Elaborado pela autora(2015). Observa-se as ameaças referente às decisões de gerenciamento do Canal indireto, ou intermediário, pois a empresa não utiliza do critério de seleção dos membros do canal, não tendo ações para motivar os representantes, e também não utiliza do critério de avaliação do desempenho dos seus membros. Neste canal indireto, os revendedores não são treinados para prestar assistência técnica, isso se torna também ameaça. Os representantes da empresa em Minas e Brasília possuem empresa de montagem, então, estes vendem os produtos da Silos e separadamente vendem sua montagem. Nas demais regiões os representantes apenas vendem, e quando o equipamento apresenta problemas, a assistência técnica da empresa tem de se deslocar para resolução do problema. Para isso sugere-se a empresa investir em treinamentos e cursos para que os representantes possam prestar esta assistência junto ao cliente, para que este não fique tanto tempo com seu equipamento parado. 100 Como proposta e sugestão à empresa Silos Condor, baseando-se nas ameaças, ela poderá obter um maior desempenho nas vendas, conquista de novos clientes, através da eficácia de uma força de vendas estando ligada a competência dos seus membros, à qualidade dos seus esforços comerciais e à sua motivação, se investir nos critérios para melhor selecionar seus representantes, analisando se o mesmo é tem credibilidade no mercado, ou seja, tenha uma boa reputação, se tem desempenho em vendas ou potencial de crescimento no mercado, se o mesmo tem condições financeiras e de crédito, se o representante tem compromisso em atingir metas de vendas, e outro fator importante que deve ser analisado é a sua localização e cobertura geográfica, se o mesmo consegue atender as demandas, e conquistar novos clientes nas regiões onde a empresa terá como meta em atingi-las. Após feito o processo de seleção dos membros do canal, a empresa deverá utilizar de critérios que a motivem, para assim melhor desempenharem suas funções, pois é muito importante conquistá-los, proporcionando treinamentos, palestras, referente a qualidade e desempenho de seus equipamentos. Para a empresa ter sucesso no mercado é preciso que seus revendedores sejam bem escolhidos, que sejam bons profissionais, bem treinados, bem gerenciados, e remunerados adequadamente. A empresa também deverá ter o critério de avaliação do desempenho dos membros do canal, com este critério a empresa pode verificar se de fato o representante está cumprindo com o determinado pela empresa, ou seja, está seguindo os planejamentos propostos por ela, para assim atingir suas metas, caso o representante não cumpra com os devidos fins, seu contrato poderá ser rompido. Neste critério avalia-se se o mesmo está atingindo a fatia do mercado estipulado pela empresa, ela juntamente com sua equipe comercial interna poderá fazer uma pesquisa de satisfação do cliente, ou seja, pós-vendas, qual foi sua margem de vendas, se conseguiu superar as expectativas da empresa, qual foram suas habilidades de vendas. Está proposta para empresa referente ao comportamento do canal, é de grande importância, pois cada membro do canal depende dos demais, pois o canal de distribuição deve ser entendido como um sistema social, havendo poder, conflito e controle. 4.6.4. Gestão da Promoção na empresa Silos Condor Kotler (2002) afirma que a propaganda deve causar impacto na mente do consumidor, ser criativa, para que possa ser construída a imagem da marca possibilitando assim sua aceitação. 101 A promoção tem como objetivo final criar vendas. A promoção esta ligado à propaganda, relações públicas, venda pessoal, e a própria promoção de vendas, Marketing Direto e merchandising. O objetivo de força de vendas é atingir as metas de vendas e as equipes de vendas estão adequadas para esta demanda. No momento a equipe de vendas esta em sintonia de especialização, áreas de mercado e produtos, e juntamente com o apoio dos diretores da empresa tornam-se ainda mais eficientes. Na empresa Silos Condor, atualmente na gestão da promoção a empresa investe em propagadas na Rádio Sul Brasileira, esta ferramenta é toda e qualquer atividade de propaganda impessoal, ou seja, que necessite de mídia. Outra forma de promover seus produtos a empresa investe em propagandas em Jornais locais, catálogos e folhetos. Na gestão de promoção, a empresa expõe seus produtos em algumas das principais feiras do agronegócio nacional, sendo elas, expodireto, expointer, fenarroz, nestas feiras a empresa têm como objetivo apresentar ao público os produtos. Outro ponto positivo, é que hoje os bancos estão presentes nas feiras para acolher e protocolar financiamentos referentes às vendas efetuadas no período da feira, fato este que obriga os fabricantes a participarem das feiras. Outra oportunidade que utiliza, dentro do mix de promoção, é a venda pessoal, critério este de grande importância, pois é aquela venda de corpo a corpo, olho no olho, e que jamais deixará de existir, pois é a forma de que seus vendedores internos e representantes fazem pra conquistar seus clientes e consumidores de seus equipamentos, esta ferramenta é a mais utilizada pela empresa. A empresa Silos Condor, também utiliza da promoção de vendas, ofertando aos seus clientes bons descontos, para assim concretizarem suas vendas, o que se torna também outra oportunidade. Como ameaças ela não usa a ferramenta de relações públicas, não investindo em atividades filantrópicas, campanhas beneficentes, relações com a comunidade, doações para caridade, patrocínios em eventos, pois sabe-se da grande importância que esta pode gerar a empresa, pois as relações públicas faz com que melhore a imagem da empresa, e faz com tenha alta credibilidade em relação a seus produtos. Como proposta e sugestão a empresa Silos Condor, em relação às ameaças, ela deverá investir em relações públicas, para promover e proteger sua imagem, desenvolvendo trabalhos sociais junto à comunidade. Outra ameaça que se percebe é merchandising, pois são as ações táticas efetuadas no ponto de venda, ou seja, ela não tem fachada, iluminação, e não tem placas divulgando sua localização. 102 Outra proposta é no investimento em Merchandising, pois sabe que as fachadas nas empresas serão cada vez mais instrumentos poderosos para despertar a atenção e surpresa do consumidor em busca por experiências sensoriais e estéticas. Percebe-se a dificuldade dos fornecedores e dos futuros clientes, em localizar e identificar a empresa dentro da cidade, pois não existem placas de identificação para assim auxiliar os mesmos, ao chegar à empresa. A Silos Condor, é uma empresa que vem crescendo no mercado, no ramo de armazenagem de grãos. Isso se deve ao bom desempenho dos vendedores e também da forma que expõe seus produtos em feiras. Para aumentar ainda mais suas vendas, a empresa pode investir em site de divulgação, expondo seus produtos, pode ser utilizada como ferramenta para que o cliente tenha contato com um orçamentista interno facilitando ainda mais as vendas de seus produtos, ou seja, sites interativos, onde o cliente possa simular o silo. Outra sugestão a empresa, é referente às estratégias de propagandas, pois deveria de deixar de investir nas propagandas de rádios e jornais, e investir em revistas especializadas do ramo do agronegócio, como por exemplo, revista Campo e Lavoura, revista Globo Rural, em seminários que faz parte das relações publicas, e na venda pessoal que deve ser feito investimentos em treinamentos e palestras aos seus vendedores e representantes. 103 CONCLUSÃO Todas as ações da empresa devem estar alinhadas com o conceito de marca e a imagem que se deseja passar ao consumidor, a mesma imagem que precisa primeiramente disseminar internamente. Estratégia em vendas, hoje, é um ciclo, que precisa estar muito bem delineado para serem alcançados os resultados desejados. É preciso cuidar de todas as áreas de contato do cliente ou consumidor, produto, marca layout empresa, sites e profissionais treinados. Em um mundo sem fronteiras, estas áreas de contato estão cada vez mais abrangentes o que exige inovação e investimento sempre. No microambiente, onde se localizam todas as forças internas da empresa. Quanto aos fornecedores, sugere-se ao departamento de suprimentos que faça uma planilha com todos os fornecedores, e nela poderão ser avaliados todos os critérios de desempenho de cada um. Na força de facilitadores de marketing, verificou que a empresa possui um vínculo com jornais locais e rádio local, para divulgação de seus produtos, e possui uma boa relação com os bancos na qual oferecem financiamentos para os clientes investirem em equipamentos de armazenagem, porém como proposta ela deve investir em seu site para divulgação dos mesmos, e ter presente que o foco central da empresa é o cliente. Quanto aos mercados e clientes, seu público são pequenos, médios e grandes produtores rurais, cooperativas e cerealistas, aconselha-se ampliar a equipe de vendas, e percebe-se que a região com maior produção de grãos no País é a região centro-oeste, para isso deverá investir em vendedores externos, e treinando – os para assim prestarem assistência técnica aos clientes. Quanto aos seus principais concorrentes, se propõe para empresa que tenha sempre estratégias bem claras e definidas para que possa estar a frente dos mesmos, quanto a satisfação de seus clientes. Tratando dos públicos externos, ela possui boa parceria, mas deve principalmente investir em seu público alvo interno, ou seja, em seus colaboradores, investindo em palestras motivacionais, treinamentos, para que assim juntos possam satisfazer ainda mais os clientes. No macroambiente existem forças que a empresa não controla como ambiente demográfico sugere-se que a empresa conquiste os mercados nos estados que possuem maior percentual de produção de grãos, investindo em uma filial. No ambiente econômico, os agricultores tem utilizado de formas de financiamento através do Badesul e Banco do Brasil, sugere-se a empresa, para que não fique dependente de programas governamentais, sugere-se a ela que ofereça aos seus clientes uma linha de crédito própria, mesmo que necessite de capital para isso. Quanto ao ambiente físico, percebe-se que ela preocupa-se com a destinação 104 correta dos resíduos gerados após processo de fabricação dos equipamentos, e contrata empresas especializadas para assim fazer a destinação correta. Verificou-se que no ambiente cultural, os diretores da empresa tem espírito empreendedor, preocupando-se com a imagem e crescimento da empresa. No processo de segmentação de mercado, a Silos Condor não faz estudos para segmentar o mercado, por isso sugere-se que adote todos os critérios de segmentação, para que possa penetrar ainda mais num mercado competitivo. Quanto ao posicionamento, é o quanto a empresa ou marca ocupa na mente dos consumidores com relação aos concorrentes, pode-se perceber que a Silos Condor fornece aos seus clientes produtos com qualidade, outro diferencial preços baixos, o que permite considerar que está no caminho certo em termos de posicionamento de mercado. Sugere-se a empresa quanto à precificação, não conceder tantos descontos na hora da negociação junto ao cliente, visto que seus produtos são de ótima qualidade, mas para manterse no mercado ela deve oferecer seus produtos com preços que sejam adequados ao da concorrência, pois ela ainda esta em fase de crescimento no mercado competitivo. Quanto à praça, baseando-se nas ameaças, ela poderá obter um maior desempenho nas vendas, conquista de novos clientes, através da eficácia de uma força de vendas estando ligada a competência dos seus membros, à qualidade dos seus esforços comerciais e à sua motivação, investindo em critérios para melhor selecionar seus representantes, analisando se o mesmo é tem credibilidade no mercado, ou seja, tenha uma boa reputação, se tem desempenho em vendas ou potencial de crescimento no mercado, se o mesmo tem condições financeiras e de crédito, se o representante tem compromisso em atingir metas de vendas, analisado sua localização e cobertura geográfica, se o mesmo consegue atender as demandas, e conquistar novos clientes nas regiões onde a empresa terá como meta em atingi-las. efetuado o processo de seleção dos membros do canal, a empresa pode utilizar de critérios que a motivem, para assim melhor desempenharem suas funções, pois é muito importante conquistá-los, proporcionando treinamentos, palestras, referente a qualidade e desempenho de seus equipamentos. Para a empresa ter sucesso no mercado é preciso que seus revendedores sejam bem escolhidos, que sejam bons profissionais, bem treinados, bem gerenciados, e remunerados adequadamente. A empresa também poderá ter o critério de avaliação do desempenho dos membros do canal, com este critério a empresa pode verificar se de fato o representante está cumprindo com o determinado pela empresa, ou seja, está seguindo os planejamentos propostos por ela, para assim atingir suas metas, caso o representante não cumpra com os devidos fins, seu contrato poderá ser rompido. Neste critério 105 avalia-se se o mesmo está atingindo a fatia do mercado estipulado pela empresa, ela juntamente com sua equipe comercial interna poderá fazer uma pesquisa de satisfação do cliente, ou seja, pós-vendas, qual foi sua margem de vendas, se conseguiu superar as expectativas, qual foram suas habilidades de vendas. Tratando da promoção, em relação às ameaças, a Silos Condor poderá investir em relações públicas, para promover e proteger sua imagem, desenvolvendo trabalhos sociais junto à comunidade. Outra proposta é no investimento em merchandising, pois sabe que as fachadas nas empresas serão cada vez mais instrumentos poderosos para despertar a atenção e surpresa do consumidor em busca por experiências sensoriais e estéticas. Como pode se observar a empresa Silos Condor não possui fachada, dificultando assim a sua localização e o não despertar da atenção dos clientes em relação a sua marca. propõe então, que a empresa invista em sua fachada demonstrando seus produtos que comercializa. Na fachada poderá constar, o nome da empresa e a imagem de seus produtos, com iluminação, sendo assim, o cliente valorizará ainda mais o produto que esta negociando. A Silos Condor pode investir também na estética da empresa, ou seja, fazer uma pintura em sua parte externa. Percebe a dificuldade dos fornecedores e dos futuros clientes, em localizar e identificar a empresa dentro da cidade, pois não existem placas de identificação para assim auxiliar os mesmos para chegar à empresa. A Silos Condor, é uma empresa que vem crescendo no mercado, no ramo de armazenagem de grãos. Isso se deve ao bom desempenho dos vendedores e também da forma que expõe seus produtos em feiras. Para aumentar ainda mais suas vendas, a empresa pode investir em site de divulgação, expondo seus produtos, pode ser utilizada como ferramenta para que o cliente tenha contato com um orçamentista interno facilitando ainda mais as vendas de seus produtos. Outra sugestão para Silos Condor é referente às estratégias de propagandas, pois deveria de deixar de investir nas propagandas de rádios e jornais, e investir em revistas especializadas do ramo do agronegócio, como por exemplo, revista Campo e Lavoura, revista Globo Rural, em seminários que faz parte das relações públicas, e na venda pessoal mediante investimentos em treinamentos e palestras para seus vendedores e representantes. 106 REFERENCIAS AGÊNCIA BRASIL. Disponível em: <http://agenciabrasil.ebc.com.br/noticia/2012-0611/ministerio-da-agricultura-preve-crescimento-de-211-na-producao-de-graos-do-brasil-emdez-anos>. Acesso em: 07 set. 2014. BANCO DO BRASIL. Linhas de crédito: agricultura empresarial: ano agrícola 2014/2015. Panambi: 2014. 10p. BASSO, Paulo I. Iniciação à Auditoria. 3.ed. Ijui: Unijui, 2005. BNDES – Banco Nacional de Desenvolvimento. 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São Paulo: Atlas, 2002 LAS CASAS, Alexandre Luzzi. Marketing de Serviços. 2.ed. São Paulo: Atlas, 2000 MALHOTRA, Naresh. Pesquisa de marketing: uma orientação aplicada. 3.ed. Porto Alegre: Bookman, 2001 MCCARTHY, Jerome E; PERREAULT, Willian D.Jr. Marketing Essencial. São Paulo: Atlas, 1997. PINAZZA, Luiz Antonio. Série de Agronegócios: Cadeia Produtiva da Soja. Janeiro 2007. Disponível em: < http://www.agrolink.com.br/downloads/cadeia%20produtiva%20da%20soja.pdf>. Acesso em: 12 mai. 2015. RASIA, Pedro Carlos; TEIXEIRA, Enise Barth; ZAMBERLAN, Luciano. Pesquisa em Administração. Ijuí: Unijuí. 2009, 232p. (Coleção educação a distância. Série livro-texto). ROCHA, Angela da; CHRISTENSEN, Carl. Marketing, Teoria e Prática no Brasil. 2.ed. São Paulo: Atlas S.A, 1999 ZAMBERLAN, Luciano (Org.). Pesquisa em ciências sociais aplicadas. Ijuí : Unijuí, 2014. 108 Apêndice – A APÊNDICE A – Roteiro entrevista de Auditoria de Marketing Microambiente - EMPRESA Qual é a função da empresa? Qual é a orientação da empresa? Para produção? Para produto? Para venda? Para Marketing? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? Microambiente - MERCADOS O que está acontecendo com o mercado em termos de tamanho, crescimento, distribuição geográfica e lucros? E o que representa como ameaças? Que atitudes a empresa está tomando para concorrer no mercado? Quais os principais segmentos de mercado? O que representa em termos de oportunidades? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? Microambiente - CLIENTES Quais são as principais necessidades dos clientes? Como é o processo de compra? Eles compram regularmente? O que representa em termos de ameaças e oportunidades? Como os clientes avaliam a empresa e seus concorrentes quanto à reputação, qualidade de produtos, serviços, força de vendas e preços? A empresa tem uma boa relação com seus clientes? Quais oportunidades e ameaças? A empresa consegue identificar as etapas do processo de compra? Quais ameaças e oportunidades? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? Microambiente - CONCORRENTES Quem são os principais concorrentes? Quais são seus objetivos, estratégias, pontos fortes e fracos, porte e participação de mercado? Quais ameaças e oportunidades? Que tendências afetarão a concorrência e os produtos substitutos para os produtos da empresa? Quais ameaças e oportunidades encontradas? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? Microambiente – DISTRIBUIÇÃO E REVENDEDORES Quais são os principais canais distribuição utilizada pela empresa? A empresa utiliza revendedores ou intermediários de vendas? Como este é feito? Quais ameaças e oportunidades? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? Microambiente - FORNECEDORES Quais são as perspectivas de disponibilidade dos principais recursos? Quais ameaças e oportunidades? 109 Como é a relação da empresa com seus fornecedores? Quais ameaças e oportunidades? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? Microambiente – FACILITADORES E EMPRESAS DE MARKETING Quais são as perspectivas e a relação que a empresa tem com serviços de transporte, os armazéns e os bancos (recursos financeiros)? Quais são as ameaças e oportunidades encontradas? A empresa utiliza mídia ou agência de propaganda? Qual é o retorno desta para a empresa? A empresa utiliza pesquisa de marketing? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? Microambiente - PÚBLICOS Que público representa oportunidades ou problemas específicos? Que medidas a empresa tomou para lidar eficazmente com cada público? Qual é a imagem da empresa perante a sociedade? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? Macroambiente – DEMOGRÁFICO Que importantes acontecimentos e tendências demográficas oferecem oportunidades ou ameaças? A empresa acompanha as tendências migratórias no agronegócio? Quais são as principais regiões produtoras de grãos? Como a empresa tira proveito disse? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? Macroambiente – ECONOMICO Que importantes alterações em renda, preços, poupança e crédito afetarão a empresa? Como a empresa vê o mercado? Está próspero ou em recessão? Como a inflação e a taxa de juros afetam a empresa? Que atitudes a empresa está tomando em resposta? Quais ameaças e oportunidades que o ambiente econômico proporciona? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? Macroambiente – NATURAL A organização tem alguma preocupação com disponibilidade dos recursos naturais e de energia necessários á empresa? A empresa tem alguma política de preservação ambiental ou cuidado com os resíduos químicos? Quais as medidas tomadas para se adaptar a escassez de recursos? Quais oportunidades e oportunidades encontradas? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? Macroambiente – TECNOLÓGICO Quais são as principais mudanças na tecnologia de processo e de produto? Qual é a posição da empresa acerca dessas tecnologias? A empresa está pronta para a evolução tecnológica do seu segmento de atuação, e como a empresa vê as constantes mudanças relacionadas ao produto? Quais ameaças e oportunidades encontradas? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? Macroambiente – CULTURAL Qual é a atitude do público em relação ao negócio e em relação aos produtos da empresa? Que mudanças nos estilos de vida e nos valores dos clientes poderiam afetar a 110 empresa? Quais ameaças e oportunidades? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? SEGMENTAÇÃO DO MERCADO Quais são os segmentos de mercado que a empresa atinge? Que bases à empresa utiliza para segmentar o mercado? A empresa avalia o tamanho, o poder de compra e as características dos segmentos antes de atendê-los? Quais são os critérios adotados na escolha dos segmentos que atinge? Utiliza o critério da substancialidade (tamanho e rentabilidade do segmento)? Utiliza o critério da acessibilidade? Quais os recursos disponíveis da empresa? Quais oportunidades e ameaças? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? POSICIONAMENTO Como a empresa se posiciona no mercado? Quais oportunidades e ameaças? Quais são as variáveis que a empresa utiliza para posicionar-se no mercado? (ver os tipos de posicionamento), quais oportunidades e ameaças Ela desenvolveu um posicionamento eficaz e um composto de marketing para cada segmento-alvo? O que isso representa em termos de ameaças e oportunidades. O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? SISTEMA DE INFORMAÇÕES DE MARKETING Como a empresa capta as informações relacionadas ao ambiente? O sistema de inteligência de marketing está produzindo informações precisas, suficientes e oportunas sobre o desenvolvimento de mercado no que diz respeito a clientes, potenciais, distribuidores, intermediários, concorrentes, fornecedores e vários públicos? Quais oportunidades e ameaças encontradas? Os gerentes tomam as decisões com base em que na empresa? Eles estão solicitando pesquisa de marketing suficiente e estão utilizando os recursos? Quais ameaças e oportunidades encontradas neste processo? Quais os métodos para avaliação do mercado e para a previsão de venda que a empresa utiliza? Quais ameaças e oportunidades encontradas? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? SISTEMA DE MIX DE MARKETING - PRODUTOS Quais são as linhas de produtos que a empresa comercializa? Quais são os objetivos da linha de produtos da empresa? A atual linha de produtos está atendendo a esses objetivos? Ela deveria ser ampliada ou reduzida? Por quê? O que a gestão de produtos da empresa representa em termos de ameaças e oportunidades? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? SISTEMA DE MIX DE MARKETING – PREÇO Quais são os objetivos, e como são as estratégias e os procedimentos de determinação de preços da empresa? Os preços são estabelecidos com base nos custos, na demanda e em critérios de competitividade? Para os clientes, os preços da empresa são coerentes com o valor (beneficio) dos produtos? O que a gerência sabe a respeito da elasticidade de preços em relação à demanda, dos efeitos da curva de experiência e aos preços e políticas de determinação de preços dos 111 concorrentes? O que a gestão de preços da empresa representa em termos de ameaças e oportunidades? SISTEMA DE MIX DE MARKETING – DISTRIBUIÇÃO Qual é a estrutura de distribuição? Porque ela foi adotada, e o que poderia ser modificada? Quais os principais problemas? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? SISTEMA DE MIX DE MARKETING – PROMOÇÃO A empresa faz uso de propaganda? Os objetivos são bem definidos? O gasto está sendo adequado? Os temas e mensagens dos anúncios são adequados? As mídias são bem escolhidas? A empresa faz uso de promoção de vendas? O orçamento de promoção de vendas é adequado? Há suficiente uso de ferramentas de promoção de vendas, como amostras grátis, cupons, displays e concursos de vendas? A empresa utiliza a ferramenta de Relações Públicas? A equipe de relações públicas é competente e criativa? A empresa faz uso suficiente de marketing direto, venda pessoal e merchandising? Que ações utilizam? Estão dando o retorno esperado? O que a gestão da Promoção de produtos da empresa representa em termos de ameaças e oportunidades? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? SISTEMA DE MIX DE MARKETING – FORÇAS DE VENDAS Quais são os objetivos da força de vendas? A equipe de vendas é grande o suficiente para realizar os objetivos da empresa? Está organizada em sintonia com os princípios de especialização (território, mercado, produto)? Como é à força de vendas da empresa em comparação com a força de vendas dos concorrentes? Quais oportunidades e ameaças encontradas? O que você sugere para minimizar as ameaças e maximizar as oportunidades? 112 Apêndice - B APÊNDICE B – Roteiro entrevista de Auditoria de Marketing Político/Legal Que mudanças em leis e regulamentações poderiam afetar a estratégia e a tática de marketing? O que isso representa em termos de ameaças? O que representa em termos de oportunidades? O que está acontecendo nas áreas de controle da poluição, de oportunidades igualitárias de emprego, de segurança, de produção, de propaganda, de controle de preços, e assim por diante, que afetam a estratégia de marketing? O que isso representa em termos de ameaças? O que representa em termos de oportunidades?