MARKETING GLOBAL – EAD MÓDULO XIX - RESUMO As empresas de sucesso têm consciência que precisam identificar e responder às necessidades e desejos dos seus consumidores através de ações voltadas para o seu bem estar. Essas oportunidades são sinalizadas através de tendências. Segundo Kotler (1998, p.143): “tendência é uma direção de seqüência de eventos que vem ocorrendo ao longo do tempo e promete durabilidade”. O profissional de marketing tem como função primordial a identificação das tendências de mercado, informando suas conseqüências e oportunidades. Alguns profissionais e estudiosos da área de marketing devem distinguir as tendências e as megatendências das modas passageiras. As tendências possuem características previsíveis, com vida longa e significativa ou relação aos aspectos sociais, políticos e econômicos. Conforme estudos na economia norte-americana segue algumas tendências: A vigilância do consumidor O retorno do indivíduo às suas origens A fuga da rotina A qualidade de vida dos indivíduos A procura pelo encasulamento A longevidade e o retardamento da velhice A busca da personalização O corre-corre dos indivíduos Os indivíduos assumem várias tarefas e responsabilidades diárias, sentindo o tempo curto e tentando resolver esse impasse com o uso de telefone celular, internet, comendo em “fast food” para “ganhar” tempo. Já as megatendências são consideradas transformações e mudanças sociais, econômicas, políticas e tecnológicas que quando implantadas exercem uma influência sobre as pessoas durante determinado período de tempo. Os futuristas, como John Naisbitt, afirmam que esse período de tempo de influência é entre sete e dez anos, podendo ultrapassar em alguns casos. A seguir seguem algumas megatendências identificadas nos anos 90: - Nacionalismo cultural - Crescimento da economia globalizada - Renascimento das artes - Surgimento do socialismo no livre mercado - Globalização nos estilos de vida - Liderança das mulheres - Religiosidade renovada para as próximas décadas, etc. Temos também as notas passageiras que são imprevisíveis, têm vida curta e não têm aspectos significativos sociais, econômicos e políticos. Quando determinada organização detém lucro com a moda passageira é mais uma questão de sorte, de ocasião, de momento, do que uma questão de tendência ou megatendência de mercado. Continuaremos abordando as forças ambientais do marketing no que se refere ao ambiente natural, tecnológico, político/legal e sociocultural. Ambiente Natural De acordo com Kotler (1998, p. 150): “os profissionais de marketing precisam estar mais conscientes das ameaças e oportunidades associadas às tendências do ambiente natural”. Temos como exemplo dessas tendências a escassez de matériaprima, custo da energia crescente, níveis altos de poluição e a mudança do papel dos órgãos governamentais em relação à proteção ambiental. O que mais nos preocupa atualmente é que muitos países pobres estão fazendo muito pouco para minimizar os danos no ambiente natural, ou por falta de recursos materiais, financeiros, humanos ou por falta de consciência dos órgãos governamentais. Graças à legislação em alguns países e a movimentos ambientalistas, as indústrias automobilísticas, de sabão, dentre outras estão introduzindo controles para reduzir consideravelmente a poluição. Temos como exemplo as indústrias de sabão do País que devem desenvolver produtos mais biodegradáveis e as indústrias automobilísticas que estão introduzindo caras técnicas para controlar a emissão de gases dos veículos. Ambiente Tecnológico De acordo com Kotabe e Helsen (2000, p.101): “as novas tecnologias proporcionam valor superior na satisfação de necessidades, estimulando os investimentos e a atividade econômica, pois uma das forças mais intensas que molda a vida das pessoas é a tecnologia”. Dessa forma o profissional de marketing necessita observar e sinalizar as tendências tecnológicas, ou seja, as novas idéias e implementações de sucesso que vêm sendo introduzidas no mercado através de estudos, pesquisas. Ambiente Político e Legal Nesse enfoque, as decisões voltadas para o marketing estão definitivamente afetadas pelo contexto político e legal, que é configurado pelas leis, órgãos governamentais e grupos de pessoas que pressionam a sociedade em geral. Ambiente Sociocultural Podemos entender que os indivíduos compram produtos e adquirem serviços como meios de auto-expressão, por exemplo, hoje as pessoas estão adotando comportamentos dos mais variados possíveis em relação ao consumo. Os profissionais de marketing devem estar atentos para identificar e sinalizar esses núcleos de mercado, proporcionando para essas pessoas a melhor forma de satisfazerem seus desejos e necessidades, dentro de seus padrões de comportamento e personalidade. Atualmente em todo o mundo, as organizações precisam raciocinar em termos globais, pois várias situações estão ocorrendo e as empresas precisam adaptar-se. São elas: Diminuição do tempo e da distância pelo advindo da comunicação e transporte, intensificação da concorrência global, expansão das empresas estrangeiras em novos mercados internacionais (exportação), atração de investimentos em indústrias de aço, petróleo, pneus, produtos químicos etc e desenvolvimento de centros turísticos e imobiliários. Não podemos deixar de ressaltar que, além da rentabilidade e lucratividade que as empresas obtêm em expandirem-se no mercado, elas também correm riscos. São eles: - Elevado endividamento nas empresas; - Governos e moedas instáveis; - Elevado índice de desemprego em alguns países; - Altas tarefas comerciais; - Aumento substancial da corrupção através de suborno entre as empresas e órgãos públicos. Podemos concluir que as limitações e os problemas das empresas ocorrem tanto na situação e internalizar as operações ou ficar no próprio país, mas as organizações precisam tornar-se globalizadas. As organizações enfrentam seis prioridades em relação ao marketing internacional. São elas: - Avaliar o ambiente de marketing global; - Decidir se irá operar internacionalmente ou não; - Decidir em que mercado entrar; - Decidir como entrar em determinado mercado; - Decidir sobre o programa de marketing global; - Decidir sobre a estruturação global de marketing. Sabemos que a demanda pode mudar rapidamente e drasticamente e, para as organizações estarem bem preparadas para essa situação devem, primeiramente, prever com clareza a demanda em vários aspectos como, por exemplo, o número e o tipo de pessoas, demanda de cada segmento de mercado, várias alternativas de estratégias de marketing, dentre outros. Além de prever a demanda, o mais importante é prever os vários fatores que podem afetar satisfatoriamente essa respectiva demanda. Conforme afirma Stevens e outros (2001, p.58): “a mensuração da demanda requer uma compreensão clara do mercado envolvido, pois, para o profissional de marketing, mercado é o conjunto de todos os compradores reais e potenciais de um produto ou serviço”. Dessa forma, os compradores potenciais de produtos e serviços possuem quatro características: renda, interesse, acesso e qualificações. Dessa forma, os profissionais de marketing são especialistas em avaliar as demandas correntes de mercado de acordo com três peculiaridades: demanda total de mercado, demanda de uma área de mercado, vendas reais e participação efetiva mercadológica. Iremos agora estudar cada uma nos seus aspectos mais relevantes. Conforme Kotler e Armstrong (2002, p.145): “a demanda total de mercado de um produto ou serviço é o volume total a ser adquirido por um determinado grupo de clientes em uma determinada área geográfica, durante um determinado período, em um determinado ambiente de marketing, sob um determinado nível e mix de esforço marketing praticado pelas empresas do setor”. A segunda peculiaridade é estimar a demanda de uma área de mercado. Selecionar os melhores territórios de venda e distribuir o orçamento de marketing de forma eficiente e eficaz por seus territórios não é tarefa para as organizações. Elas precisam estimar o potencial de mercado das inúmeras cidades, estados e países do mundo através de dois métodos: método da construção do mercado e método do índice de fator de mercado. Após as empresas estimarem a demanda corrente de mercado, precisam prever a demanda futura de uma forma clara e minuciosa. Segundo Kotler e Armstrong (2002, p.151): “previsão é a arte de estimar a demanda futura antecipando o que os compradores possivelmente farão em determinadas condições futuras”. Não é uma tarefa fácil para as organizações trabalharem a previsão da demanda futura. Geralmente, as empresas utilizam um processo formado por três estágios para a conclusão da previsão de vendas. São eles: previsão ambiental, previsão setorial e previsão de vendas. As organizações precisam antes de tudo, identificar e analisar mercado, desejos e necessidades do consumidor. Posteriormente, devem analisar a concorrência para cada núcleo de mercado no que se refere às estratégias, potencialidades e fraquezas. Existem algumas fontes a serem consideradas para a consecução da vantagem competitiva. São elas: forma como a empresa compete, base para a competição, onde a empresa compete e contra quem a empresa compete. De acordo com Stevens (2002, p.102): “uma análise competitiva eficaz leva em consideração a busca e a necessidade de diferenciais de vantagens, que são aqueles fatores que em particular superam ou têm potencial para superar a concorrência”. A identificação dos diferenciais de vantagens ocorre principalmente nas áreas de: tecnologia, marketing, produção, gestão. Segundo Kotabe e Helsen (2000, p.127): “as organizações reconhecem que não podem apelar para todos os compradores do mercado, pelo menos não da mesma maneira para todos, pois eles são muito numerosos, muito espalhados e muito variados quanto a suas necessidades e práticas de compra”. Devemos frisar que em vez de tentarem focar todos os mercados e concorrentes mais fortes, as empresas precisam identificar aqueles segmentos que têm a possibilidade de atender melhor. Em tempos passados, a filosofia dos vendedores das empresas dividia o marketing nas seguintes etapas: marketing de massa, marketing de inúmeros produtos/serviços e marketing de segmentos. Hoje as organizações buscam cada vez mais o marketing de segmentos e descartam totalmente do marketing de massa e de inúmeros produtos. Dessa maneira, os profissionais de venda identificam as oportunidades de mercado, com o objetivo de desenvolver o produto/serviço certo para determinado nicho de mercado, moldando os preços, os canais de distribuição etc. Algumas características são primordiais para que as empresas segmentem o mercado: acessibilidade, mensurabilidade, operacionalidade, substancialidade. De acordo com Kotabe e Helsen (2000, p.198): “posição de um produto ou serviço é a forma como esse determinado produto é definido pelos consumidores quanto aos seus atributos mais importantes”. Podemos entender que é o patamar que esse produto ou serviço ocupa na mente dos consumidores em relação aos concorrentes. O papel do profissional de marketing, nesse contexto, é ajudar os consumidores a posicionarem os produtos/serviços planejando aquelas posições que atingirão maior e melhor vantagem aos produtos da sua empresa nos mercados-alvos selecionados e programando adequadamente o marketing mix. Algumas estratégias de posicionamento podem ser aderidas pelos especialistas de marketing. São elas: atributos específicos do produto/serviço, ocasiões de utilização do produto/serviço, classes de futuros consumidores e diretamente contra um determinado concorrente. De acordo com Ferrel e outros (2000, p.234): “cada organização deve diferenciar sua oferta criando um pacote único de vantagens competitivas que seja interessante para um grupo substancial dentro do segmento em que ela atua”. Temos como exemplo, aquelas empresas que prometem e se comprometem com alta qualidade e preço competitivo, já outras focam a alta qualidade e eficiente distribuição, enquanto outras afirmam possuir alta qualidade e eficácia na assistência técnica. As etapas de uma organização se posicionar no mercado são: identificar um grupo que apresente possíveis vantagens competitivas com intuito de estabelecer uma posição, selecionar as vantagens competitivas corretas e adequadas, comunicar e apresentar eficientemente a posição escolhida para o mercado. Conforme afirma Kotler e Armstrong (2002, p.174): “os consumidores costumam escolher produtos/serviços que lhes ofereceram maior valor, ou seja, a chave para conquistar e manter os consumidores é compreender suas necessidades e processos de compra melhor do que seus concorrentes, e oferecer-lhes mais valor”. Não podemos esquecer que essa conquista deve ser real, construída e pautada em uma de promessas leais para o consumidor. Uma organização adquire vantagem competitiva no momento em que se posiciona como fornecedora de valor percebido para determinados mercados-alvos, atraindo os consumidores com benefícios melhores e maiores que seus concorrentes, ou seja, a vantagem ocorre com a diferenciação da oferta de marketing da empresa para o futuro consumidor. O ponto principal a ser visualizado pelas organizações é o seguinte: não é interessante conquistar e manter uma única e extensa vantagem permanente, mas sim inúmeras vantagens que possam ser criadas e implementadas pausadamente com o objetivo de conquistar e fidelizar uma participação efetiva no mercado durante um período de médio e longo prazo. Existem algumas maneiras específicas de uma organização diferenciar seus produtos e serviços ofertados em relação aos seus concorrentes. São elas: por produtos, por serviços, por funcionários e por imagem. Já outros especialistas de marketing acreditam que as empresas devem se posicionar sobre mais de um fator de diferenciação, pois algumas empresas afirmam que são melhores em relação a um mesmo atributo de diferenciação no mercado. Conforme afirma Kotabe e Helsen (2000, p.203): “à medida que as empresas aumentam o número de apelos apresentados por suas marcas, arriscam-se sofrer perda da credibilidade, comprometendo a clareza do seu posicionamento, gerando erros tais como o subposicionamento, o superposicionamento e o posicionamento confuso”. De acordo com Kotler e Armstrong (2002, p.176): “nem toda particularidade de marca é significativa ou valiosa, e nem toda diferença cria um bom diferenciador, ou seja, cada diferença tem o potencial de gerar custos para a empresa e benefícios para o cliente”. Existem alguns pré-requisitos para as organizações estabelecerem eficientemente essas diferenças. São eles: acessibilidade, importância, comunicabilidade, superioridade, rentabilidade, antecipação e distinguibilidade. Os profissionais de marketing devem ter o cuidado de encontrar diferenciações que são compatíveis com os objetivos estratégicos das organizações, evitando limitações e inadequações em relação ao perfil e a missão da empresa. This document was created with Win2PDF available at http://www.win2pdf.com. The unregistered version of Win2PDF is for evaluation or non-commercial use only. This page will not be added after purchasing Win2PDF.