1, Alice Pinheiro Emerick

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Autismo: um desfio para os educadores
Taynara Ribeiro Maforte1- Daniela da Silva Ferreira - 1, Alice Pinheiro Emerick 1,Wanderson do Amaral Portilho 2
1) Acadêmicas do curso de Licenciatura em Educação Física da FAF –
[email protected]; [email protected]; [email protected]
2) Mestrando em Educação Física na UFES e Professor do curso de Licenciatura em Educação
Física da FAF
Introdução
Esse presente artigo surgiu através do contato com a disciplina de Práticas
Pedagógicas IV do curso de Licenciatura em Educação Física na Faculdade do Futuro em
Manhuaçu, MG. A escolha desse tema está relacionada à análise e compreensão dos conceitos
que vivenciamos durante a disciplina, com base no que foi visto e aprendido durante as
observações.
Esse trabalho tem como finalidade apresentar a importância de se desenvolver
metodologias que irão facilitar o trabalho dos professores com alunos que possuem o TEA,
fazendo com que os alunos sintam o interesse de participar das aulas, aprendendo através do
lúdico. Essas metodologias apostarão em trazer para as aulas, conteúdos que facilitaram o
ensino dos mesmos. O desenrolar desse trabalho está fundamentado na reflexão e análise da
contribuição de Metodologias que orientará o professor a lidar e planejar suas aulas de forma
mais clara, sabendo que cada aluno precisa de um cuidado especial. Além disso, facilitará no
desenvolvimento, cognitivo, afetivo e social dos alunos.
A parti disso, se constituem enquanto objetivos deste trabalho: Compreender a
importância de metodologias como fonte de ensino; Reconhecer a inclusão dos alunos que
possuem o Transtorno Espectro Autista; Identificar metodologias que facilitaram o trabalho
do professor nas aulas; Conhecer a relação entre aluno/professor; Compreender que a
disciplina poderá ser uma chave no desenvolvimento do aluno, quanto seu desenvolvimento
físico, social e afetivo.
Métodos
Essa pesquisa foi construída a partir de livros, artigos, monografias, relatos de experiências
para analises, além das discussões na sala de aula e em reuniões com o grupo e com a
orientadora, com o objetivo de colocar o leitor em contato direto com tudo que foi
desenvolvido na temática da pesquisa.
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Resultados e Discussões
Na atualidade, instituições escolares e professores se deparam com um grande desafio:
o de intervir na diversidade, para melhor atender adolescentes e crianças que estão atualmente
denominadas como portadoras de Transtornos Globais de Desenvolvimento (TGD). Dessa
maneira, vem sendo um grande desafio para os educadores, a busca de metodologias que
facilitaram o desenvolvimento desses alunos inseridos no contexto educacional.
Segundo o mini Aurélio (2001.p.76) o autismo é um fenômeno patológico caracterizado pelo
desligamento da realidade exterior e criação mental de um mundo autônomo. Porém, para o
Ministério Público de São Paulo (2011, p.2):
O Autismo é um Transtorno Global do Desenvolvimento (também
chamado de Transtorno do Espectro Autista), caracterizado por
alterações significativas na comunicação, na interação social e no
comportamento da criança. Essas alterações levam a importantes
dificuldades adaptativas e aparecem antes dos 03 anos de idade,
podendo ser percebidas, em alguns casos, já nos primeiros meses de
vida. As causas ainda não estão claramente identificadas, porém já se
sabe que o autismo é mais comum em crianças do sexo masculino e
independente da etnia, origem geográfica ou situação socioeconômica.
Algumas características agrupam esses transtornos a saber, que é o comprometimento
grave e global em diversas áreas do desenvolvimento: habilidades de interação social
recíproca, habilidades de comunicação ou presença de estereotipias de comportamento,
interesses e atividades.Será de grande aproveito se o professor optar por dividir as tarefas em
partes. Em vez de pedir por exemplo que o aluno faço cinco operações matemáticas, ou
escreva dez frases de uma vez sugira primeiro que ele comece aos poucos, duas ou três por
exemplo.
Começar por rotinas também facilitará o trabalho do professor, ele poderá fazer
elaborações de quadros de rotinas visuais e relógios para acompanhar a marcação de tarefas e
antecipar a mudança de atividades. Além disso, é necessário que se forneça ao aluno
instruções claras e diretas e use palavras concretas. Deve-se evitar frases que sejam muito
concretas e abstratas. Oferecer ao aluno alternativas de conversa será uma ótima forma de
comunicação entre aluno e professor, assim será divertido para o aluno em sua aprendizagem.
O professor deve investir também na troca informações com a família e com os outros
profissionais que auxiliam o aluno. É importante manter anotações detalhadas na agenda
diária do aluno e converse coma a família sobre habilidades adquiridas e desafios encontrados
no dia-a-dia.
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É um programa educacional e clínico com uma prática predominante pedagógica.
Esse método fundamenta-se em pressupostos da teoria comportamental psicolinguística. Na
área da psicolinguística, fundamenta-se nesta teoria a partir da afirmação de que a imagem
visual é geradora de comunicação. Na terapia comportamental é imprescindível que o
professor manipule o ambiente do autista de maneia que comportamentos indesejáveis sejam
amenizados e condutas adequadas recebam reforço positivo.
Na linguagem terapêutica psicopedagogia, trabalha-se com a linguagem receptiva e a
expressiva. São utilizados estímulos visuais (fotos, figuras, cartões), estímulos corporais
(apontar, gestos, movimentos corporais). Esses recursos são utilizados para buscar uma
linguagem oral ou uma comunicação alternativa.
Por meio de cartões com fotos, desenhos, símbolos, palavra escrita ou objetos concretos
em sequência (potes, legos etc.), indicam-se visualmente as atividades que serão
desenvolvidas naquele dia na escola. Os sistemas de trabalho são programas individualmente
e ensinados um a um pelo professor. As crianças autistas são mais responsivas as situações
dirigidas que às livres e também respondem mais consistentemente aos estímulos visuais que
aos estímulos auditivos.
Mas o trabalho não se limita apenas aos aspectos cognitivos, ensinando-lhes também
noções básicas de (AVD- atividades de vida diária e AVP- atividades de vida prática)
possibilitando-lhes maior independência. Na maioria das vezes a utilização deste método traz
tranquilidade à criança já que possibilita melhor a compreensão e comunicação.
No entanto estas e outras metodologias são apenas algumas indicações de como
proceder no ensino de autistas, no entanto cabe ao professor ter um olhar sensível para
perceber o que de fato funciona e pode auxiliar no processo de aprendizagem dessas crianças.
Quanto mais significativo para a criança forem os professores,
maiores serão as chances de ela promover novas aprendizagens, ou
seja, independentemente da programação estabelecida, ela só ganhará
dimensão educativa quando ocorrer uma interação entre o aluno
autista e o professor (SCHWARTZMAN E ASSUNÇÃO JUNIOR,
1995).
É visto que contribuir e acolher na educação de autistas, não é uma tarefa apenas do
educador, no entanto, a figura dele, bem como a relação professor/aluno é indispensável para
o ensino-aprendizagem de qualidade.
Conclusões
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Compreendemos que quando um professor tem uma criança autista em sua sala, mudanças
deveram ser tomadas em relação ao ambiente, para uma melhor comodidade do aluno, assim
também irá facilitar no ensino.
Sendo assim, concluímos que necessário que a instituição educacional seja um ambiente
inclusivo e propício, é necessário que saibam lida com a diferença de cada aluno, pois os
mesmos terão necessidades diferentes. É de extrema importância a capacitação e formação do
professor para que estes convivam com naturalidade as divergências que encontraram na sala
de aula.
Descritores/Palavras-chave:autismo; inclusão; métodos de ensino.
Referências
ASSUMPÇÃO, F. B. Junior, SCWARTZMAN, José Salomão. Autismo Infantil. São Paulo:
Memnon, 1995
LORENZINI, Marlene V. Brincando a Brincadeira: com a criança diferente. Manole:
SP.2012
SUSSMAN, Fern. Mais do que palavras. Biblioteca Nacional do Canada. 5º edição, Toronto
2004.
Ministério Público de São Paulo. Cartilha: Direitos da Pessoa Autista. Edepe. 2011
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