A ATUAÇÃO DO FISIOTERAPEUTA NA INTERAÇÃO SOCIAL DO AUTISTA Marluce R. Souza ¹ Rafael Fortes ² A expressão autismo foi utilizada pela primeira vez por Bleuler em 1911, para designar a perda do contato com a realidade, o que acarretava uma grande dificuldade ou impossibilidade de comunicação. Autismo não é uma doença única, mas sim um distúrbio de desenvolvimento complexo, definido de um ponto de vista comportamental, com etiologias múltiplas e graus variados de severidade. A apresentação fenotípica do autismo pode ser influenciada por fatores associados que não necessariamente sejam parte das características principais que definem esse distúrbio. Um fator muito importante é a habilidade cognitiva. As manifestações comportamentais que definem o autismo incluem déficits qualitativos na interação social e na comunicação, padrões de comportamento repetitivos e estereotipados e um repertório restrito de interesses e atividades. Ha grande variabilidade no grau de habilidades sociais e de comunicação e nos padrões de comportamento que ocorrem em autistas, sendo assim, tornou-se mais apropriado o uso do termo transtornos invasivos do desenvolvimento (TID). Esta pesquisa teve como principal objetivo analisar a melhora na interação social do autista através das condutas fisioterapeuticas. Foi analisada uma criança com diagnóstico de autismo com 04 anos de idade. Como instrumento de pesquisa utilizou-se a ficha de avaliação neuro-funcional da clínica escola do CEULJI-ULBRA, em especial a análise das evoluções anotadas como um diário de campo após cada sessão de tratamento. Foram realizado 12 sessões com duração de quarenta minutos cada. As atividades realizadas foram estímulos para o reconhecimento de objetos de diferentes formatos, cores e tamanhos, interação com os estagiários do curso de fisioterapia e atividade de caminhada na faculdade facilitando a interação da criança com os funcionários e demais acadêmicos. Segundo as evoluções e os relatos da mãe do sujeito pesquisado, este passou e interagir mais socialmente tanto no âmbito familiar, como fora dele, a agitação diminuiu e surgiram novos interesses por parte da criança em relação principalmente ao contato social. Palavras-chave: Autismo. Fisioterapia. Interação. 1 - Acadêmica do curso de fisioterapia do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná (CEULJI/ULBRA); Ji-Paraná, RO – Brasil; email: [email protected] 2 – Professor Mestre do Centro Universitário Luterano de Ji-Paraná, titular da cadeira de Neurologia