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HIPERTIREOIDISMO E GRAVIDEZ: O CUIDAR SEGUNDO HORTA
MARREIROS, Ana Carolina Cunha
MARTINI, Araceli Moreira de
RIOS, Claudia Tereza Frias
OLIVEIRA, Rafaela Sales de
RESUMO
Este trabalho teve como objetivo assistir uma gestante portadora de hipertireoidismo,
de acordo com a teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda Horta, através de um
estudo descritivo, de abordagem qualitativa do tipo estudo de caso, realizado no período de 07 a
12 de janeiro de 2004, onde foi feito o Histórico de Enfermagem por meio de uma entrevista semi
– estruturada e identificados os problemas e as necessidades afetadas e elaborado o plano
assistencial e o plano de cuidados diário, o qual foi avaliado e para este estabelecido o
prognóstico de acordo com a evolução da paciente. Observou-se déficit de conhecimento em
relação à patologia e relativos à dieta, ingesta hídrica e cuidados com a saúde, associado à
fisiologia da gravidez. A adoção de uma teoria para realizar a assistência de enfermagem
aprimora a qualidade desta, permitindo o acesso de forma sistematizada e individual às
necessidades da paciente e sua família. Verificou-se, com a aplicação do processo de enfermagem
o interesse em conhecer a doença e aumento do conhecimento sobre a mesma, além de alívio da
sintomatologia e maior disposição para o autocuidado. Assim, buscar uma forma de cuidar de
forma individualizada e completa não se configura apenas como um modelo de assistência, mas
como uma responsabilidade do enfermeiro como membro da equipe de saúde.
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HIPERTIREOIDISM AND PREGNANCY: THE CAREFUL ACCORDING TO
HORTA
This project had as objective to take care of a pregnant with hipertireoidism as the Basic Human
Necessities Theory of Wanda Horta through a descriptive study, realized on the period of January
07 until 12, 2004, where was made the Nursing Historic by way of a strutured interview and
identified the problems and the affected necessities and elaborated the assistencial dairly careful
plan what was avaliabled and to this set up the prognostic as the evolution of the pacient. It was
observed a deficit of knowing relatives to the pathology and the diet, hidric ingestion and carefuls
with the health, associated to the pregnancy physiology. The adoption of a theory to realize the
nursing assistence perfect the quality of this, permiting the access of systematized and individual
way to the necessities of the pacient and her family. It was verified, with the application of the
nursing process the interest in knowing about the same, as well as relief of the symptomatology
and major disposition to the self- careful. Like this, to search for a way to take care individually
and completely isn’t just in assistence model, but with a responsability of the nurse as member of
health team.
KEYWORDS: Hipertireoidism. Pregnancy. Nursing care.
1. INTRODUÇÃO
O hipertireoidismo consiste uma síndrome na qual os sintomas refletem
predominantemente um aumento do metabolismo resultante de quantidades excessivas de
hormônio tireoidiano circulante.
Estima-se que ocorra em aproximadamente uma ou duas em cada 1000
gestações.Tem como causa comum a doença de Graves, no entanto, outras possíveis causas
incluem a doença trofoblástica, os nódulos solitários tóxicos, a tireoidite aguda e o bócio tóxico
multinodular.
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1.2 Manifestações Clínicas
No hipertireoidismo, as manifestações clínicas estão associadas com o aumento da
atividade do sistema nervoso simpático e do metabolismo basal. Os sintomas característicos
incluem a falta de ar, diarréia, hiperatividade, fraqueza, perda de peso (ou o baixo ganho de
peso), taquicardia, nervosismo, transpiração excessiva e os tremores musculares; no entanto, o
aumento da glândula tireóide(bócio) e a exoftalmia podem ocorrer.
1.3 Diagnóstico
Muitos dos sinais e sintomas do hipertireoidismo podem dificultar o diagnóstico pelo
fato de que muitos deles são típicos da gestação.
Quanto aos achados laboratoriais, estes englobam um índice elevado de tiroxina e o
aumento do metabolismo basal (Lowdermilk et al, 2002, p.624).
Nas mulheres, o hipertireoidismo pode ser responsável pela amenorréia e pela
anovulação, mas não implica em uma causa reconhecida de malformação fetal ou de aborto
espontâneo. No caso de mulheres com hipertireoidismo descontrolado, há um maior risco de
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trabalho de parto prematuro, bebês com baixo peso ao nascer e de anomalias congênitas. A
hiperêmese gravídica está, muitas vezes, associada aos níveis aumentados do hormônio da
tireóide (Lowdermilk et al, 2002, p.624).
1.4 Tratamento
Durante a gestação o principal tratamento para o hipertireoidismo é a terapia
medicamentosa; tendo como medicação de escolha o propiltiouracil (PTU). Vale ressaltar que
uma das grandes preocupações quanto a este tipo de medicação corresponde ao equilíbrio gradual
da quantidade da mesma, com o objetivo de prevenir o hipotireoidismo fetal desnecessário; sendo
a dosagem inicial habitual 300 a 450mg por dia. Geralmente o PTU é bem tolerado pela mãe.
Efeitos colaterais como a erupção, prurido, artralgia, vasculite, náusea, icterícia colestática e
hepatite são pouco freqüentes. A agranulocitose corresponde ao efeito mais grave, decorrente de
altas doses; tem como sintomas a inflamação da garganta e febre, sintomas estes que devem ser
imediatamente comunicados ao profissional de saúde, bem como a interrupção imediata do
tratamento pelo PTU. A terapia do tiouracil pode resultar em leucopenia transitória benigna.
Como meio de prevenir o hipotireoidismo e para minimizar a dosagem de medicação exigida,
durante a terapia, a atividade da tireóide é monitorada a cada duas semanas. A indução do bócio e
do hipotireoidismo fetal pelo fato do tiouracil cruzar prontamente a placenta, correspondem a
complicações que ocorrem raramente (Lowdermilk et al, 2002,p.624).
O Propanolol, exemplo de bloqueador beta-adrenérgico, pode ser utilizado no
hipertireoidismo grave, entretanto, o uso prolongado não é recomendado, devido ao potencial
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para resposta alterada ao estresse anóxico, para hipoglicemia, para retardo do crescimento intrauterino e para bradicardia pós-natal (Lowdermilk et al, 2002,p.624).
Também não deve ser usado o iodo radioativo diagnóstico ou no tratamento do
hipertireoidismo, pois pode comprometer a tireóide fetal. No caso da mulher optar por amamentar
e estiver utilizando medicação hipertireóide, esta deverá estar ciente de que doses significativas
serão passadas ao bebê pelo leite materno.
Para que hipertireoidismo possa ser prevenido é necessário a monitoração do estado
da tireóide do bebê. Dá-se prioridade ao tratamento cirúrgico do hipertireoidismo nos casos
graves, pelo motivo de que há um maior risco de aborto espontâneo ou de trabalho de parto
prematuro associado à cirurgia. Esse tratamento geralmente é reservado quando a terapia com
drogas comprova-se tóxica e para as mulheres incapazes de aderir ao regime de medicamentos
prescritos.
O tireoidectomia subtotal pode ser realizada durante o segundo ou o terceiro
trimestre. É comum a ocorrência da hipertireoidismo pós-operatório em pelo menos 20% das
mulheres com hipertireoidismo prévio.
A temperatura tireóidea é uma complicação grave, no entanto incomum do
hipertireoidismo não-diagnosticado ou parcialmente tratado, podendo ocorrer em resposta ao
parto, ao estresse à infecção ou à cirurgia. A febre taquicardia, agitação, vômito, hipertensão ou
estupor não apresentados pela mulher que apresenta este distúrbio, Neste caso o tratamento
imediato é indispensável; sendo administrado líquido IV e oxigênio juntamente com altas doses
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de PTU, assim como a administração do iodeto de potássio, dexametasona, antipiréticos e betabloqueadores. Só há necessidade de sedação quando a agitação é extrema (Lowdermilk et al,
2002, p.624).
O interesse por este estudo surgir a partir da necessidade de conhecer a paciente
portadora de hipertireoidismo associado ao processo fisiológico da gravidez, e as alterações que
possa apresentar, a fim de poder implementar condutas que visem o atendimento de suas
necessidades afetadas.
2. OBJETIVOS
§ Desenvolver a assistência de enfermagem à luz de um referencial teórico;
§ Assegurar ao paciente uma abordagem sistematizada, individualizada e holística,
dentro do contexto no qual está inserido.
3. METODOLOGIA
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Trata-se de um estudo descritivo do tipo estudo de caso contemplando a Teoria das
Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta, adotando as normas da Associação
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). “O estudo de caso é uma investigação acerca de um
único evento em que se busca um aprofundamento dos dados sem haver preocupação com a
freqüência da ocorrência.” (Leopardi, 2002, p. 125).
Lüdke e André (1986 apud LEOPARDI, 2002, p. 125) afirmam que o estudo de caso
tem como finalidade investigar com profundidade uma pessoa, família, comunidade, grupo,
instituição ou outra unidade social.
Tal trabalho baseou-se no acompanhamento clínico realizado durante a prática da
disciplina Enfermagem Obstétrica e Ginecológica II à paciente M.M.S., portadora de
hipertireoidismo, internada na Clínica Obstétrica- Gestação de Alto Risco do Hospital
Universitário Materno Infantil, no período de 07/01/04 a 12/01/04, totalizando 06 dias. Foi
utilizado como base a teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar Horta,
tendo todas as suas fases contempladas.
O histórico de enfermagem é um roteiro sistematizado para levantamento de dados do
ser humano, que possibilitam a identificação de seus problemas (HORTA, 1979). Tais dados,
devidamente analisados levam ao diagnóstico de enfermagem.
Para Horta (1979), diagnóstico de enfermagem é a identificação das necessidades do
ser humano que precisa de atendimento e a determinação pela enfermeira do grau de dependência
deste atendimento em natureza e em extensão.
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O plano assistencial é a fase subseqüente na qual ocorre a determinação global da
assistência de enfermagem que o ser humano deve receber diante do diagnóstico estabelecido.
O plano de cuidados ou prescrição de enfermagem é a implementação diária do plano
assistencial, que é avaliado sempre, dando subsídios para o passo seguinte.
O relato das mudanças sucessivas que ocorrem no ser humano consiste na evolução
de enfermagem, e por esta “é possível avaliar a resposta do ser humano à assistência de
enfermagem prestada” (HORTA, 1979).
A última fase do processo de enfermagem é o prognóstico, que é a estimativa da
capacidade do ser humano em atender as suas necessidades básicas alteradas após implementação
do plano assistencial e à luz dos dados fornecidos pela evolução de enfermagem.
A coleta de dados foi efetuada por meio de uma entrevista semi- estruturada na qual
foram contemplados o histórico de enfermagem e exame físico.À luz da teoria, foi elaborado o
plano assistencial, plano de cuidados, que foi implementado diariamente; foram feitas a
evoluções diárias e emitido o prognóstico.Ao fim, o processo foi avaliado.
4. ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS DADOS
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4.1 Histórico de Enfermagem
Identificação: M.M.S., 21 anos, negra, solteira, católica, do lar, ensino fundamental
incompleto(até a 7ª série), natural de Santa Luzia-MA e reside atualmente em São Luís.
Queixa Principal: “dores de cabeça, palpitações, tonturas e inchaço nas pernas”.
História da Doença Atual.: paciente informa que há mais ou menos 3 meses passou a
apresentar vômitos freqüentes e com conteúdo amarelado, de gosto amargo, além de cefaléia,
tonturas, dispnéia, palpitações, tremores e episódios de elevação da pressão arterial. Viajou para o
Pará, onde procurou atendimento, sendo levantada a suspeita de hipertireoidismo, confirmada
com exames (SIC). Nega uso de fármacos .Há 1 mês, retornou para São Luís e iniciou o pré-natal
no Hospital Universitário Materno Infantil. Há mais ou menos 1 semana procurou o Serviço de
Pronto Atendimento do HUMI por apresentar os mesmos sintomas do quadro acima referido,
permanecendo internada desde então para observação. Aguarda parecer da endocrinologia.
Antecedentes Mórbidos Pessoais: informa ser portadora de asma brônquica e ter
apresentado crises no 8º mês da 1ª gestação. Refere alergia a poeira e pêlo de animais (gato,
cachorro). Nega DM, ocorrência de câncer e doenças comuns da infância.
Antecedentes Mórbidos Familiares: mãe hipertensa e portadora de hipertireoidismo,
pai falecido de AVC (SIC), avó hipertensa e diabética.
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Antecedentes Ginecológicos: nascida de parto eutócico, hospitalar a termo, não sabe
referir idade da marcha. Menarca aos 12 anos, fluxo em pequena quantidade com duração média
de 3 dias e intervalo de 1 mês entre os ciclos. Nega dismenorréia. Deu início à vida sexual aos 15
anos, usando como método contraceptivo o preservativo. Refere libido e orgasmo em suas
relações sexuais, com exceção da primeira. Não sabe referir a quantidade de parceiros sexuais.
Realizou PCCU uma única vez há 3 anos.
Antecedentes Obstétricos: Gesta II, Para I, Aborto 0. DUM: 02/08/03, DPP: 09/05/04,
IG: 22 semanas. 1ª gestação aos 16 anos, 1 filho vivo (sexo feminino) o qual amamentou até os 3
anos de idade, parto eutócico hospitalar, a termo. Paciente informa que a gestação atual não foi
desejada, tendo a mesma provocado aborto fazendo uso de medicações caseiras, sem sucesso.
Atualmente aceita a gestação.
Hábitos Sociais e de Hábitos de Vida: mora em casa de alvenaria, usufrui de sistema
de água e esgoto e coleta de lixo regular. Ex-etilista social (mais ou menos 6 meses), bebia
cerveja. Ex-tabagista (mais ou menos 4 meses), fumava em média uma carteira de cigarros por
dia. Atribui o vício à influência de amigos. Para se divertir, freqüenta festas de reggae com o
irmão.Dorme em média 5 a 6 horas por dia. Afirma ter dificuldade em conciliar o sono em
virtude da intensa sudorese noturna, nictúria e tosse seca. Eliminações intestinais preservadas.
Refere eliminações urinárias muito freqüentes, tendo, em algumas ocasiões, dificuldade em
controlar a diurese. Nega prática de exercício físico. Afirma ainda ser muito estressada e irritar-se
com facilidade. Procura assistência médica somente em caso de necessidade.
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Percepções e Expectativas: Paciente informa incomodar-se com os horários do
hospital, principalmente em relação às refeições. Mostra-se preocupada com o aspecto físico
(exoftalmia e bócio) e com as conseqüências que a patologia pode trazer para o bebê. Deseja
saber quando terá alta. Queixa-se das refeições do hospital em relação ao sabor e quantidade
(acha insuficiente), de fome, saudade dos familiares e da maneira rude como é tratada por alguns
profissionais.
Desconhece a sua patologia, como evolui, quais as possíveis complicações e o
tratamento indicado. Espera que a equipe de saúde a ajude a superar o que está passando para que
possa ter seu filho em paz. Recebe regularmente a visita da irmã e gostaria que a filha pudesse
visitá-la.
Impressões dos Entrevistadores: Paciente mostrou-se ansiosa, tensa e muito
preocupada com a evolução do seu quadro e conseqüências da patologia para o bebê. Expressa-se
com facilidade, fala rápido e demonstrou interesse em aprender sobre seu tratamento.
4.2 Exame Físico
Ectoscopia: paciente em EGR, ativa no leito e fora deste, orientada auto e
halopsiquicamente, anictérica, acianótica, eupnéica, afebril, hidratada, hipocorada (++/4+). Sinais
Vitais: PA: 150x40 mm Hg; Tax: 37º CFC: 102 bpm; FR: 19 ipm; Pulso: 94 bpm. Cabeça:
estrutura anatômica preservada, couro cabeludo íntegro, cabelos secos e quebradiços. Conjuntivas
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hipocoradas, pálpebras simétricas na abertura e fechamento dos olhos, pupilas fotorreagentes e
simétricas, presença de exoftalmia em ambos os olhos. Pavilhão auricular íntegro sem sujidade.
Nariz com estrutura anatômica preservada, cavidade bucal sem halitose, dentes em bom estado de
conservação, língua saburrosa. Pescoço: movimentos para os lados esquerdo e direito
preservados. Glândula tireóide aumentada (bócio), presença de tremores e pulsações carotídeas.
À ausculta, presença de sopros nas artérias tireóideas. Tórax: atípico, presença de pápulas
eritematosas e pruriginosas em toda a extensão. Mamas simétricas, presença de tubérculos de
Montgomery, aréola secundária, ausência de colostro. Aparelho Cardiovascular: RCR em 2T,
hiperfonese em foco aórtico e pulmonar, ictus cordis não palpável e não visível, ausência de
sopros. Aparelho Respiratório: expansibilidade preservada, MV presentes, FTV diminuído na
base, ausência de ruídos adventícios. Abdome: ovóide. Gestante com 22 semanas. Presença de
linha alba. BCF’s audíveis ao sonar em QIE (120 bpm). Genitália: ausência de lesões. Presença
de corrimento amarelado em pequena quantidade, de odor fétido, acompanhado de prurido.
Membros: MMSS com movimentação preservada, ausência de lesões, presença de edema
(++/4+) e dor ao deambular em MMII.
4.3 Dados Clínicos de Interesse para Enfermagem
O hemograma revelou hemoglobina 8,9 g/dl, hematócrito 28%, caracterizando
anemia, e sorologias para rubéola, toxoplasmose, VDRL e anti-HIV negativas. A ultrassonografia
pélvica mostrou biometria compatível com 21 semanas, volume de líquido amniótico normal e
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apresentação cefálica com dorso à esquerda; e a ultrassonografia da tireóide evidenciou glândula
aumentada difusamente, sem nódulos.
• Plano Terapêutico
No período em que esteve internada, a paciente fez uso dos seguintes medicamentos:
Ø Propanolol - Hipotensor arterial do tipo betabloqueador. Bloqueia o estímulo dos
receptores beta-adrenérgicos (miocárdio) e beta2 adrenérgicos. Produz diminuição da freqüência
cardíaca e da pressão arterial, supressão de arritmias, prevenção de infarto do miocárdio.
Ø Propiltiouracil
- antitireoidiano: É usado no tratamento paliativo do
hipertireodismo. Inibe a síntese de hormônios tireóidianos.
Ø Hioscina – antiespasmódico, parassimpaticolítico, alcalóide extraído de algumas
espécies de solonáceas. Também conhecida como escopolamina.
Ø Sulfato ferroso – utilizados em casos de anemia ferropriva.
4.4 Diagnóstico de Enfermagem
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Os problemas identificados foram:
- presença de pápulas eritematosas e pruriginosas no tórax
- não faz preventivo de câncer de colo uterino há 3 anos
- desconhece sua patologia e tratamento
- edema em MMII
- dor em MMII
- urina muito à noite
- não consegue conciliar o sono
- sente muito calor à noite
- falta de ar e tosse seca à noite
- palpitações
- ansiedade e preocupação com seu estado físico e quadro clínico
- sente saudade da filha e gostaria que a mesma pudesse visitá-la
- corrimento amarelado e de odor fétido, acompanhado de prurido
- alimenta-se principalmente de carboidratos e lipídeos
- ingesta hídrica insuficiente
- dor pélvica e dores lombares
- medicação
As necessidades afetadas e grau de dependência foram:
- Integridade cutâneo - mucosa → S1O1
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- Hidratação → O2S1
- Eliminação → S2
- Sono e repouso → O1S1
- Auto- imagem → O2S1
- Atenção → A1
- Educação à saúde → O2E1
- Percepção sensorial dolorosa → O2S1
- Oxigenação → O1S2
- Nutrição → O1S1
- Integridade física → O2S2
- Segurança emocional → A1S1
- Terapêutica→ F
4.5 Plano Assistencial
- Fazer e ajudar: administrar a medicação prescrita, apoio emocional, verificação de
sinais vitais, ausculta de BCF’s.
- Orientar: quanto à patologia, evolução do quadro e tratamento,realização periódica
de preventivo, dieta e ingesta hídrica adequada,repouso no leito,exercícios respiratórios,tomada
freqüente de banhos,uso de roupas leves para dormir,posicionamento para a redução do edema
em MMII, roupas leves para dormir.
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- Supervisionar: dieta, líquidos ingeridos,sono e repouso, nível álgico, estado
emocional,comportamento, freqüência e características das eliminações urinárias.
- Encaminhar: execução de exames, ginecologista.
4.6 Plano de Cuidados
Dia 08/01/04
Hora
Auscultar BCF’s 4/4 h
08:00/ 12:00/ 16:00/20:00
Verificar sinais vitais 4/4 h
08:00/ 12:00/ 16:00/ 20:00
Monitorizar nível álgico
Atenção
Orientar quanto à patologia e
Atenção
Observar
e
Atenção
a
Atenção
freqüência
características das eliminações urinárias
Apoiar
psicologicamente
Dia 09/01/04
Hora
Auscultar BCF’s 4/4 h
08:00/ 12:00/ 16:00/ 20:00
Verificar sinais vitais 4/4 h
08:00/ 12:00/ 16:00/ 20:00
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Orientar quanto à dieta adequada e
Atenção
ingesta hídrica
Apoiar
psicologicamente
a
Atenção
Observar presença de edema
Atenção
Monitorizar nível álgico
Atenção
Dia 10/01/04
Hora
Auscultar BCF’s 4/4 h
08:00/ 12:00/ 16:00/20:00
Verificar sinais vitais 4/4 h
08:00/ 12:00/ 16:00/ 20:00
Observar
a
freqüência
e
Atenção
Orientar quanto à tomada freqüente
Atenção
características das eliminações
de banhos e uso de roupas leves pra dormir
Orientar quanto ao posicionamento
Atenção
no leito e para dormir
Monitorizar nível álgico
Atenção
Observar presença de edema
Atenção
Apoiar psicologicamente a paciente
Atenção
Dia 11/01/04
Hora
Auscultar BCF’s 4/4 h
08:00/ 12:00/ 16:00/ 20:00
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Verificar sinais vitais 4/4 h
08:00/ 12:00/ 16:00/ 20:00
Orientar quanto à importância de
Atenção
repouso no leito
Monitorizar nível álgico
Atenção
Observar presença de edema
Atenção
Dia 12/01/04
Hora
Auscultar BCF’ 4/4 h
08:00/ 12:00/ 16:00/ 20:00
Verificar sinais vitais 4/4 h
08:00/ 12:00/ 16:00/ 20:00
Orientar quanto á importância da
Atenção
realização periódica do PCCU
Conduzir ao ginecologista
Atenção
Ensinar exercícios respiratórios
Atenção
Monitorizar nível álgico
Atenção
Explicar
acerca
dos
exames
Atenção
realizados e resultados
4.7 Evoluções de Enfermagem
07/01/04 - 1ºDIH
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Paciente orientada auto e halopsiquicamente, ativa dentro e fora do leito, higienizada,
acianótica, anictérica, afebril, hipocorada (++ 4+), eupnéica. Sono conturbado devida à intensa
sudorese noturno, tosse seca e dispnéia. Aceita bem a dieta, queimando-se apenas da quantidade
(acha pouco) e do sabor. Eliminações intestinais presentes. Diurese presente, refere nictúria.
Queixa-se de cefaléia, tonturas, tremores e fome. Foram solicitados exames: TSH, T 3, T4, VDRL,
HIV, sorologia TORCH, Hg.
Ao exame físico:
Presença de bócio, palpitações e sopros tireóideos, além de palpitações carotídeas.
ACV: RCR em 2T, bulhas normofonéticas, ausência de sopros.
AR: MV presentes, FTV diminuído na base de HTE, ausência de ruídos adventícios.
Abdome: BCF’s audíveis em QIE (120 bpm).
Sinais vitais: Pulso: 95 bpm; PA: 150 x 40 mm Hg; Tax: 37 ºC; FC: 102 bpm; FR: 17
ipm.
OBS: Às 16:00 h, PA = 140 x 80, queixa-se de cefaléia intensa. Às 18:30 hs, PA =
180 x 100 mm Hg.
Conduta de enfermagem: monitorização dos sinais vitais, administração de
medicações prescritas, orientações quanto à dieta, ingesta hídrica, patologia e tratamento.
08/01/04 - 2º DIH
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Paciente orientada auto e halopsiquicamente ativa dentro e fora do leito, higienizada
acianótica, anictérica, afebril, taquipnéica. Sono conturbado devido sudorese noturna e dispnéia,
além de prurido nas mamas que se inicia geralmente à noite. Aceita bem a dieta. Eliminações
intestinas preservadas. Diurese presente, permanece referindo nictúria.
Queixa-se de cefaléia, dores nos MMII ao deambular, tonturas, tremores e mostra-se
preocupada com seu quadro clínico, tratamento e conseqüência da patologia para o bebê.
Aguarda parecer de endocrinologista e resultado de exames solicitados.
Ao exame físico:
ACV: RCR em 2T, bulhas normofonéticas
AR: MV presentes, FTV presente em toda a extensão do tórax.
Abdome: BCF’s audíveis em QIE (140 bpm).
Sinais vitais: PA: 140 x 60 mm Hg; Pulso: 98 bpm; FC: 100 bpm; Fr: 24 ipm; Tax:
36,5 ºC.
Conduta de enfermagem: monitorização de sinais vitais, orientação e auxílio na
realização de exercícios respiratórios.
09/01/04 - 3º DIH
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Paciente orientada auto e halopsiquicamente, higienizada, acianótica, anictérica,
afebril. Sono e repouso preservados. Aceita bem a dieta. Eliminações intestinas e diurese
presentes e preservadas.
Ao exame físico:
ACV: RCR em 2T, bulhas normofonéticas
AR: MV presentes, ausência de ruídos adventícios.
Abdome: BCF’s audíveis em QIE (140 bpm).
Sinais vitais: PA: 140 x 60 mm Hg;; FC: 99 bpm; Fr: 22 ipm; Tax: 36,5 ºC; P: 100
bpm.
Conduta de enfermagem: orientações quanto a tomada freqüente de banhos e uso de
roupas leves para dormir, monitorização de sinais vitais.
10/01/04 - 4º DIH
Paciente orientada auto e halopsiquicamente, higienizada, acianótica, anictérica,
afebril. Sono alterado devido dor de ouvido e sudorese noturna. Aceita bem a dieta. Queixa-se de
cefaléia. Eliminações intestinais e diurese preservadas.
Ao exame físico:
ACV: RCR em 2T, bulhas normofonéticas, ausência de sopros
AR: MV presentes, ausência de ruídos adventícios.
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Abdome: BCF’s audíveis em QIE. (140 bpm)
Sinais vitais: PA: 130 x 60 mm Hg; FC: 96 bpm; Fr: 20 ipm; Tax: 36,5 ºC; P: 94
bpm.
Conduta de enfermagem: monitorização de sinais vitais, orientações quanto ao
repouso no leito, administração da medicação prescrita.
11/01/04 - 5º DIH
Paciente orientada auto e halopsiquicamente, ativa dentro e fora do leito, higienizada,
acianótica, anictérica, hipocorada (++ 14+), afebril. Sono e repouso preservados. Aceita bem a
dieta. Eliminações intestinas preservadas. Diurese presente.
Ao exame físico:
ACV: RCR em 2T, bulhas normofonéticas
AR: MV presentes, ausência de ruídos adventícios.
Abdome: BCF’s audíveis em QIE (140 bpm)
Sinais vitais: PA: 130 x 60 mm Hg; FC: 96 bpm; Fr: 20 ipm; Tax: 36,5 ºC; P: 94
bpm.
Conduta de enfermagem: administração da medicação prescrita, orientações quanto à
dieta, ingesta hídrica, exercícios respiratórios, monitorização dos sinais vitais.
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12/01/04 - 6º DIH
Paciente orientada auto e halopsiquicamente, ativa dentro e fora do leito, higienizada,
acianótica, anictérica, afebril, eupnéica. Sono e repouso preservado. Reclama da comida do
hospital, mas aceita bem a dieta. Eliminações intestinas preservadas. Diurese presente. Solicitado
TSH, T3, T4 livre e anticorpo microssomal.
Ao exame físico:
ACV: RCR em 2T, bulhas normofonéticas, ausência de sopros.
AR: MV presentes, ausência de ruídos adventícios.
Abdome: BCF’s audíveis em QIE. (140 bpm)
Sinais vitais: PA: 120 x 50 mm Hg; FC: 93 bpm; FR: 26 ipm; Tax: 37 ºC; P: 92 bpm.
Conduta de enfermagem: monitorização dos sinais vitais, orientações quanto à
importância da realização periódica do PCCU, encaminhada ao ginecologista.
4.8 Prognóstico de Enfermagem
Obteve prognóstico de dependência parcial com as seguintes abordagens:
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- Nutrição O1: informar sobre a necessidade de uma dieta adequada, levando-se em
consideração a patologia apresentada associada à gestação.
- Hidratação O1: informar sobre a importância de uma ingesta hídrica adequada que
garanta ao organismo a realização de processos metabólicos essenciais.
- Sono e repouso O1: orientar quanto à necessidade de repouso, a fim de minimizar
a fadiga, além da dor e edema em MMII.
- Educação à saúde O1E1: orientar quanto à patologia e tratamento e a importância
da realização periódica de exames ( no caso, o preventivo de câncer de colo uterino), conduzir ao
ginecologista.
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
O enfermeiro, como membro da equipe de saúde, deve estar sempre atento aos
problemas apresentados por seus clientes, a fim de que possa intervir com segurança e ciência
daquilo que precisa ser feito.
A utilização da Teoria das Necessidades Humanas Básicas de Wanda de Aguiar
Horta nos deu subsídio para a realização de uma assistência de enfermagem sistematizada e
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completa à paciente em questão, possibilitando a observação da melhora de seu estado físico e
redução da ansiedade em relação à patologia e tratamento, garantindo agora condições de
desenvolver o autocuidado.
Portanto, buscar uma forma de cuidar de forma individualizada e completa não se
configura apenas como um modelo de assistência, mas como uma responsabilidade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
SMELTZER, Suzanne C; BARE, Brenda G. BRUNNER E SUDDARTH Tratado de
Enfermagem Médico - Cirúrgica. 9 ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002, v. 2.
HORTA, Wanda de Aguiar. Processo de Enfermagem.1 ed. São Paulo:Universidade de São
Paulo, 1979.
LEOPARDI, Maria T. Metodologia da Pesquisa na Saúde. 2 ed. ver. e atual. Florianópolis:
UFSC/ Pós - Graduação em Enfermagem, 2002. 290 p.
LOWDERMILK, D.L; PERRY, S.E.; BOBAK,I.M. O Cuidado em Enfermagem Materna.5.
ed. Porto Alegre: Artmed Editora, 2002.
Dicionário de Administração de Medicamentos na Enfermagem 2003/2004.3. ed. Rio de
Janeiro: EPUB, 2002, 640p.
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