O CÂNCER DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E O CUIDADO

Propaganda
O CÂNCER DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E O CUIDADO
DOMICILIÁRIO
SOUSA, Daisy Mendes de
FIALHO, Ana Virginia de Melo
O cuidado no domicílio é uma prática existente desde a era cristã, na qual
pessoas doentes eram tratadas em suas residências e onde o cuidador era a mulher,
parentes ou pessoas próximas da comunidade. Hoje, por ser considerado o câncer uma
doença crônico-degenerativa de avanço prolongado, é uma das patologias que mais
necessitam da assistência domiciliária. Baseado nesses conhecimentos resolvemos
investigar as condições do ambiente domiciliário para assistência ao portador de câncer
e averiguar a repercussão da doença e do tratamento no cotidiano familiar enfatizando a
papel do cuidador. A pesquisa realizou-se pelo método de estudo de caso, caráter
exploratório-descritivo, coleta de dados realizada no domicílio do paciente através de
um formulário, sendo a análise desses dados realizada pela história do paciente, da
observação e do desenvolvimento da doença. Constatamos que o quadro que o paciente
se encontra aumenta a necessidade do cuidador familiar, tanto no auxílio das atividades
básicas como no conforto da angústia causada pelo efeito devastador da doença. Com
esses achados deduzimos que as condições do ambiente domiciliário ao referimos à
relação entre membros da família influi no estado de melhora ou piora do paciente no
que diz respeito ao papel do cuidador, no momento em que este esteja impossibilitado
ou até mesmo pela dificuldade de relacionamento entre paciente-cuidador. Fazendo que
o paciente tenha mais um conflito além das complicações da doença agravando seu
estado e impedindo a restituição da saúde.
Palavras-chave: câncer do sistema nervoso central, cuidado domiciliário e cuidador.
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
THE CANCER OF THE CENTRAL NERVOUS SYSTEM AND THE IN
DOMICILE
SOUSA, Daisy Mendes de
FIALHO, Ana Virginia de Melo
The care in the domicile is one practical that exists since the Christian age, in which
sick people were treated in its residences and where the person who used to take care of
sick people one was the woman, relatives or people next to the community. Today, for
being considered the cancer a chronic-degenerative illness of drawn out advance, it is
one of the
patologias which need the domicile assistance a lot. Based on these knowledge we
decided to investigate the conditions of domicile environment for assistance to the
cancer carrier and to inquire the repercussion of the illness and the daily treatment in
the familiar one being emphasized the pole of the person who takes care of sick people.
The research was become fullfilled for the method real studying, lype of exploraterdescription, collects of data carried through the domicile of the patient through a form,
being the analysis of these
data carried through by the history of the patient, the comment and the development of
the illness. We noticed that the way that the patient is at the moment, increases the
necessity of the correct person to take careof him, as much as in the aid of the basic
activities as in the comfort of the anguish caused for the devastador effect of the illness.
With these findings we deduced that the conditions of the domicile environment we
related to the relation between members of the family even though influences in the
state of improvement or worsening of the patient in whom it says respect to the paper of
the cuidador, at the moment where this is disabled or for the difficulty of relationship
between patient-cuidador. Making this situation promotes a big conflict to the patient
besides illness and the problems that involver all the patient’s life. So it obstructs the
ways to improve the health.
Key Words: cancer of the central nervous system, well-taken care domicile
and a person who takes care of sick in domicile.
7
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
O CÂNCER DO SISTEMA NERVOSO CENTRAL E O CUIDADO
DOMICILIÁRIO
SOUSA, Daisy Mendes de
FIALHO, Ana Virginia de Melo
1.Introdução
A visita domiciliária é um instrumento para conhecer o ambiente familiar
que influi na saúde de quem nele vive. Além disso, é uma necessidade sentida e vivida
por amplos setores da população, na medida em que pode dar resposta a problemas que
representa manter o enfermo ou incapacitado no domicílio, com todas as complicações
do tipo assistencial e estrutural que desta situação deriva, tanto para o usuário como para
sua família e também para a equipe de saúde (MARTIN,1994).
Segundo Nogueira (1997), a visita domiciliária é um método de trabalho
de enfermagem junto às famílias, tendo como vantagens proporcionar ao indivíduo o
conhecimento no seu próprio meio ambiente, atentando-se para as condições de
habitação, relações afetivas, sociais da família; facilitar a adaptação e planejamento da
família conforme seus próprios recursos; proporcionar melhor relacionamento do
profissional com a família, pois ela é menos formal que as atividades desenvolvidas nos
serviços de saúde; proporcionar maior liberdade para que os clientes explorem seus
problemas, pois o tempo dedicado a eles é bem maior que no contexto institucional,
além de outros.
O autor afirma ainda que a visita domiciliária permite ao profissional criar
um relacionamento afetivo e amistoso com a comunidade envolvida, pois ele está
adentrando em seu lar, sua casa, sua intimidade, mantendo assim interações, ou seja,
relacionamento interpessoal, que permite obter dados fidedignos sobre a saúde das
famílias.
Para isso é necessário estabelecer confiança entre os membros da equipe
de saúde e os da família, para que esta se sinta segura com as ações desenvolvidas pelos
profissionais e em casos de problemas ou dúvidas, solicite ajuda, explicações e
orientações. É importante ainda, que os profissionais entendam o significado do
8
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
momento vivido e possam atender as necessidades evidenciadas e as solicitações feitas,
ajudando a família a descobrir suas possibilidades. Quanto mais efetivo for o
relacionamento e o envolvimento do profissional com a família, maior será seu
reconhecimento como profissional.
Para proporcionar assistência à saúde com qualidade, é necessário
entender cada família como única, pertencente a um contexto social e cultural específico
que condiciona diferentes formas de viver e adoecer, então a visita domiciliária serve
como um instrumento de interação, resolutividade, procurando assistir/cuidar de forma
adequada a proporcionar-lhes meios para terem uma vida mais saudável.
Esta forte ligação entre o profissional de enfermagem e a família é essencial
para torná-la apta a assumir o cuidado do paciente dentro do domicílio, desde o
momento em que o paciente deixa o hospital e passa para os cuidados constantes da
família. Andrade (1996) mostra isso claramente quando afirma que “a família cada vez
mais tem assumido parte da responsabilidade de cuidar de seus membros e, nesta
perspectiva, necessita de apoio de profissionais, quando diz respeito à atenção a saúde,
seja a nível hospitalar e domiciliar”.
Foi baseado no conhecimento sobre a visita domiciliária que resolvemos
trabalhar com o paciente oncológico, devido à necessidade que esse tipo de paciente
apresenta em relação ao cuidado no domicílio.
O câncer é hoje uma das principais patologias que necessitam de
atendimento domiciliário. Smeltezer e Bare (2000), constatam uma transição na oferta
de serviços de saúde oncológicos à medida que os pacientes têm alta de instalações de
tratamento intensivo agudo para o ambiente domiciliar onde a família e os amigos estão
assumindo responsabilidades crescentes para o cuidado continuado do cliente. Os
avanços tecnológicos dos dias atuais tornam possível a oferta de cuidados especiais de
saúde no domicílio do cliente no que se refere à quimioterapia, nutrição parenteral,
transfusões de hemoderivados, antibióticos parenterais e tratamento parenteral da dor,
conduta frente aos sintomas e cuidados com dispositivos e acesso vascular.
As autoras dizem ainda que um número significativo de pacientes sofrem
complicações no sistema nervoso central como resultante de um câncer sistêmico e
déficits neurológicos causados por metástases para o cérebro. As lesões metastáticas
cerebrais compreendem 50% de todos os tumores intracranianos. A metástase cerebral é
9
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
a complicação de câncer sistêmico mais comum. Este fato se torna mais importante
clinicamente quanto mais pacientes com todas as formas de câncer vivem mais, como
resultado de terapias mais eficazes. Os sintomas neurológicos e os sinais incluem
cefaléia, distúrbios na marcha, déficits de visão, alterações de personalidade, memória
alterada (perda de memória e confusão), fraqueza focal, paralisia, afasia e convulsões.
Estes problemas podem ser devastadores para os pacientes e família.
Tendo em vista a complexidade da metástase cerebral, resolvemos aprimorar
nossos conhecimentos sobre o assunto e tentar auxiliar uma família no cuidado
domiciliário de um paciente, averiguando a repercussão da doença e o tratamento no
cotidiano, dando ênfase ao papel do cuidador e investigar as condições do ambiente
domiciliário. Visto que este tipo de patologia dificulta o cotidiano do paciente e sua
família.
O interesse por esta temática surgiu a partir da nossa inserção no Projeto de
Pesquisa e Extensão, Cuidado Domiciliário: Aspectos Familiares e Terapêuticos, do
Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale do Acaraú.
A atenção domiciliária humaniza a assistência de saúde tornando-se um
amplo campo de atuação para esses profissionais de Enfermagem, ao lidar com questões
biológicas, psicológicas, sociais e culturais do cliente e de sua família, através da
avaliação de necessidades, do planejamento e da prestação de cuidados da visão
holística do ser humano (VALE, 2002).
10
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
2.Objetivos
Investigar as condições do ambiente domiciliário para a assistência ao portador de
câncer;
Averiguar a repercussão da doença e tratamento no cotidiano familiar dando
ênfase ao papel do cuidador.
3.Revisão de Literatura
3.1. O cuidado domiciliário
O cuidado no domicílio não é uma prática nova. Desde a era cristã, as
pessoas doentes eram tratadas em casa, freqüentemente por uma mulher - mãe, familiar
ou pessoa da comunidade (SENA, 2000).
Com os avanços tecnológicos tanto na área da saúde, quanto na área da
comunicação, inúmeros cuidados domiciliares podem ser prestados no domicílio do
cliente à distância do hospital. Vários estudos já comprovaram os benefícios da
internação domiciliar (BARROS, 2000).
Lacerda (1996) considera o domicílio como o local onde a pessoa se
desenvolve física, emocional, mental e espiritualmente. É onde as primeiras relações se
estabelecem, onde as crises e conflitos aparecem. Em momentos de doença de algum
membro da família é necessário ajuda para que a família supere, adapte-se e cresça.
3.2. A desospitalização
O ambiente domiciliar vem sendo como uma alternativa para um cuidado
mais humanizado propiciando ao paciente um ambiente familiar que traz consigo seus
11
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
aspectos próprios do lar encontrando a proteção e a segurança, tornando-lhe menos
intediado e mais ativo, evitando assim a ansiedade e/ou depressão que o hospital pode
gerar como também proporciona resultados positivos para o tratamento e do ponto de
vista econômico é mais viável para o sistema de saúde reduzindo a hospitalização.
Conforme Sena (2000), a desospitalização é uma tendência mundial, uma
estratégia para garantir a humanização da assistência, a diminuição dos gastos
hospitalares e a prevenção de agravos decorrentes da hospitalização.
Cunha (1991) ressalta a necessidade de se repensar a assistência à saúde
centrada no hospital. Cita as altas precoces, o alto custo do tratamento, a carência de
leitos e a alta incidência de doenças crônicas como motivo para a prestação de
assistência domiciliar.
Segundo Marcon et al. (1998), “a hospitalização pode trazer uma série de
prejuízos para o paciente, à medida que o expõe a infecção cruzada, ansiedade,
afastamento dos parentes, perda de privacidade e individualidade, alterações de hábitos
alimentares e de lazer, além de representar uma carga onerosa para a família e para o
Estado”.
De acordo com uma pesquisa feita por Leme (1998), o custo médio dia/
paciente do Serviço de Assistência Domiciliar do Hospital do Servidor Público
Municipal, segundo dados preliminares, parece oscilar em torno de R$8,00/dia/paciente,
aí incluídos todos os gastos, inclusive combustível, desgaste de veículos, salário,
medicação, nutrição e empréstimo de material permanente. Como pode ser percebido,
trata-se de um valor muito inferior à média de custo dia/paciente para a manutenção de
pacientes crônicos institucionalizados.
A estrutura de uma assistência domiciliar consiste no atendimento do
paciente no seu próprio domicílio, considerando suas necessidades, identificadas em sua
admissão, sendo acompanhada por uma equipe multidisciplinar e alguns recursos que
garantam a assistência médica, dividindo com a família os cuidados com o paciente.
Cabe a equipe multidisciplinar orientar e treinar o paciente e sua família, o que resultar
em maior integração do doente em sua própria comunidade (HINRICHSEN, 1997).
3.3. O cuidar e o cuidador
12
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
Cuidar é mais do que ato de atenção, é sim um ato de amor, dedicação e
solidariedade para com o próximo. A enfermagem traz na sua formação esse
compromisso e atua de modo que essa ação seja vivida como uma dedicação prazerosa e
não uma obrigação.
Sena (2000) diz que o cuidado exige muito mais do que uma simples
execução de tarefas, depende de disponibilidade, dedicação e comprometimento do
cuidador com o ser cuidado. E Boof (2000) conclui dizendo que “cuidar é mais do que
uma ato, é uma atitude.”
Morse et al. (1996) identificaram na literatura de enfermagem norteamericana a presença de 5 categorias sobre o cuidar em enfermagem: o cuidar como
uma característica humana, como imperativo moral ou ideal, como afeto, como relação
interpessoal, e como intervenção de enfermagem.
Devemos sempre ver o cuidado como um comportamento de proteção, de
auxílio e de apoio, pois a palavra cuidar aludi a uma imagem de mãe que sabe cuidar de
seu filho sem possuir nenhum embasamento científico apenas agindo com seu amor e
carinho. Então, o cuidado dentro do lar deve se fundamentar na solidariedade humana
como uma manifestação terapêutica do cuidador, a partir de atitudes, sentimento,
relacionamentos humanos, dando relevância ao lado psicológico, espiritual e afetivo.
Marcon et al. (1998) descreve que “... a paciência e o amor despontam como
requisitos básicos para que o membro da família assuma o papel de cuidador familiar,
visto que esses dois requisitos parecem constituir os sustentáculos do cuidado
domiciliar”.
É evidente que o cuidado no domicílio evidencia a subjetividade, a troca de
saberes e fazeres, sendo imprescindível respeitar as realidades sócio-econômicas,
cultural e sanitária. O grande diferencial do cuidado domiciliar é o aspecto humano, a
partir do qual a interação se efetiva e desencadeia o processo de cuidar na família
(SENA, 2000).
Por isso deve-se considerar a pessoa não somente como um ser biológico, e
sim tendo uma visão holística do paciente e multidisciplinar. O ser humano é um todo
uno, um intrelaçado de relações. É zelando e promovendo esta unidade nos seus
diferentes aspectos que se proporciona uma abordagem profissional humanizada,
profundamente solidária, geradora de vida e de saúde.
13
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
Mas, infelizmente, para alguns cuidadores o momento do cuidar não é visto
como um instante de solidariedade e troca de amor, é sentido como uma obrigação em
resposta à recompensa de favores que deve ser retribuído ao doente, em gratidão às suas
atitudes anteriores.
Nem sempre o cuidador age com boa vontade, pois muitas vezes a
responsabilidade de prestar cuidados e ter que ser, em parte, responsável pela vida do
outro, é muito grande, tendo que tomar resoluções sozinho e deixando de realizar suas
atividades normais para se dedicar ao outro. Mostramos isso muito bem quando
Andrade diz que “o cuidador familiar, na maioria das vezes assume o papel
solitariamente, levando à deterioração física e emocional”. Principalmente quando
tratamos de uma doença crônica como o câncer que exige um cuidado exaustivo de
muitos meses e até anos.
3.4. O câncer
O câncer é tido como uma doença crônico-degenerativa (DCD). Isto quer
dizer que ele é uma doença que apresenta uma evolução prolongada e progressiva,
exceto se for interrompida em uma de suas fases. As doenças crônico-degenerativas em
geral caracterizam-se por um longo período de latência; fase assintomática prolongada;
envolvimento de múltiplos fatores de risco, com participação importante dos fatores
ambientais. Além disso, elas acarretam alterações patológicas irreversíveis com
conseqüente incapacidade residual (ROUQUAYROL, 1988).
De acordo com Wynder e Gori (1977), sem dúvida, há uma relação evidente,
entre o câncer e o modo de viver das populações.
Os cânceres, tumores malignos ou neoplasias malignas, originam-se nas
células orgânicas, a partir de um estímulo cancerígeno que pode ser uma substância
química, física ou biológica, adquirem características anatomofisiológicas diferenciadas
das células normais, iniciando uma multiplicação descontrolada e irregular. Não se sabe
realmente quais as causas dessas transformações desordenadas.
3.5. Metástases cerebrais
14
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
Para Ayoub et al. (2000), as lesões metastáticas intracranianas correspondem
a manifestações de doença maligna avançada. A freqüência de metástases cerebrais
varia consideravelmente com a histologia do câncer primário.
As metástases cerebrais são os tumores cerebrais mais comuns. Até 50% dos
pacientes que falecem devido a um tumor maligno sistêmico apresentam metástases
cerebrais à autópsia, sendo que, em um terço desses pacientes, estas metástases são
solitárias. Em sua maioria, essas metástases se originam no pulmão, seja devido a um
tumor primário, seja devido a uma metástase pulmonar de um outro tumor sistêmico.
Em alguns casos, as células tumorais podem alcançar o sistema nervoso central por
maio do plexo venoso vertebral (ANTICO, 1998).
3.6. Locais de origem
Diferentes locais de origem desses tumores dentro do sistema nervoso e
predominância de vários tipos histológicos para diversas idades sugerem que distintos
mecanismos moleculares e genéticos podem desencadear a gênese tumoral em
diferentes períodos da vida. Neoplasias metastáticas para o sistema nervoso são mais
freqüentes do que tumores primários do sistema nervoso central (AURÉLIO, 1997).
Origens mais freqüentes das Neoplasias Metastáticas do SNC
Localização
Pulmão
Mama
Melanoma
Rim
Porcentagem (%)
30-40
15-50
10-65
4-10
FONTE: BINDAL, R. et al. Surgical treatment of multiple brain
metastases. J Neurosurg 79: 210-216, 1993.
3.7. Fatores de risco
O tabagismo aparece com um dos hábitos mais importantes que podem
induzir ou propiciar o desenvolvimento das neoplasias malignas, pois o hábito de fumar
cigarros, charutos, cachimbos e cigarros de palha apresenta relação causal com cânceres
de pulmão, cavidade bucal, lábio, laringe, faringe, esôfago, pâncreas e bexiga. O tabaco
15
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
é considerado pela Organização Mundial de Saúde a maior causa isolada e evitável de
doenças e mortes no mundo (BRASIL, 1993).
A predisposição familiar também é um fator de risco e, sem dúvida, os
familiares de portadores destes tipos de tumores devem ser alvos de maior controle
médico. Estudos prospectivos demonstraram que os familiares de portadores de câncer
do estômago, do intestino grosso, da mama e do colo uterino (SILVEIRA, 1989).
3.8. Radioterapia
A radioterapia pode ser utilizada isoladamente ou em combinação com
outros métodos. O emprego correto da radioterapia e da quimioterapia produz 50% de
cura nos pacientes com câncer; nos 50% restantes, incuráveis através de qualquer
método, o tratamento paliativo pode minimizar os sinais e sintomas, melhorando a
qualidade de vida (GONZALEZ, 1994).
3.9. Controle da dor
Segundo o Ministério da Saúde (1995), a dor é uma experiência pessoal,
subjetiva. Só a pessoa que sente pode avaliá-la. A resistência maior ou menor à dor não
deve ser sentida como bem ou mal, bravura ou covardia, e sim como a resposta própria
daquele indivíduo. Em pessoas muito ansiosas ou deprimidas, a resistência à dor fica
diminuída. Isto é particularmente importante nos pacientes cancerosos, onde a própria
doença, o medo da evolução da enfermidade e o medo da morte, a falta de um
significado positivo da dor e de expectativa de alívio podem acarretar altos níveis de
ansiedade e depressão.
16
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
4. Metodologia
4.1. Tipo de estudo
A pesquisa foi realizada através do método de estudo de caso, de caráter
exploratório e descritivo, dentro da abordagem qualitativa para análise dos dados, com
base nas regras da ABNT, que permitiu uma investigação aprofundada, da
individualidade do caso estudado.
Chizzotti (1991), afirma que o estudo de caso possui uma cicatrização
abrangente para designar uma diversidade de pesquisas que coletam e registram dados
de um caso particular ou de vários casos a fim de organizar um relatório ordenado e
crítico de uma experiência, ao avaliá-la analiticamente, objetivando tomar decisões a
seu respeito ou propor uma ação transformadora.
Lazarsfeld apud Haguete (2000), afirmam que a superioridade do método
qualitativo fornece uma compreensão profunda de certos fenômenos sociais apoiados no
pressuposto de maior relevância do aspecto subjetivo da ação social face à configuração
das estruturas sociais, seja a incapacidade de estatística de dar conta dos fenômenos
complexos e dos fenômenos únicos, sendo mencionado que esse método enfatiza as
especialidades de um fenômeno em termo de suas origens e de sua razão de ser.
17
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
4.2. Critérios de seleção do sujeito
Visitamos o setor de Oncologia da Santa Casa de Misericórdia de Sobral, em
busca de um paciente com câncer colorretal que necessitasse de cuidado ao regressar ao
domicílio, mas devido à dificuldade de encontrar um paciente residente em Sobral
optamos pela escolha de um paciente com câncer no Sistema Nervoso Central em
virtude da complexidade desta patologia. Iniciamos com visitas ainda no ambiente
hospitalar com o propósito de darmos um auxílio melhor ao paciente e sua família no
cuidar e no tratamento deste tipo de patologia no domicílio.
4.3. Local e período
O estudo está sendo desenvolvido com paciente na Santa Casa de Misericórdia
de Sobral e posteriormente no domicílio do mesmo, situado no bairro Alto da Brasília, a
partir do mês de junho de 2004 a março de 2005.
4.4. Instrumentos de coleta de dados
Os dados serão coletados no domicílio do paciente com a utilização de um
formulário de avaliação domiciliária.
O formulário de visita domiciliária é composto por avaliações abertas e
fechadas sobre a identificação do paciente, cuidados terapêuticos que o paciente
necessita, atuação da equipe de enfermagem e de outros profissionais, constituição
familiar do paciente, moradia, problemas que afetam a família, vida social comunitária,
sentimentos percebidos relacionados à doença e identificação do responsável pelo
cuidado no domicílio.
4.5. Proposta de análise dos dados
Realizaremos a análise dos dados a partir da elaboração da história do paciente,
da observação do ambiente domiciliar e da repercussão da doença no cotidiano da
família principalmente para o cuidador feita durante todo o período em que
acompanharmos o paciente.
4.6. Aspectos éticos da pesquisa
Garantimos a privacidade e individualidade do paciente, os aspectos legais e
éticos da pesquisa envolvendo seres humanos de acordo com a seguinte resolução
18
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
196/96 do Conselho Nacional de Saúde. Utilizamos o termo de consentimento pósinformação, no qual o paciente assegura sua participação.
A pesquisa foi norteada pela resolução número 196/96, do conselho Nacional de
Saúde, sobre pesquisa envolvendo seres humanos, que se caracteriza como uma
pesquisa que, individualmente ou coletivamente, envolva o ser humano, de forma direta
e indireta, em sua totalidade ou a partir deles, incluindo o manejo de informações ou
materiais. Incorporando sobre a óptica do indivíduo e das coletividades, os quatro
referenciais básicos da bioética: autonomia, não maleficência, benevolência e justiça.
Visando também, assegurar os deveres e os direitos que dizem respeito à comunidade
científica, os sujeitos da pesquisa e ao estado. (CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE,
1996 apud GAUTHIER, 1998).
De acordo com Gelain (1998), a ética na enfermagem é apresentada como
formadora de consciência individual e coletiva para o esforço de obtenção de uma
assistência de qualidade e o direito a ela. Ressalta ainda que o Código de Ética dos
Profissionais de Enfermagem compreende um componente próprio de conhecimentos
científicos e técnicos, construídos e reproduzidos por um conjunto de práticas sociais,
éticas e políticas, que se processam pelo ensino, pesquisa e assistência e que se realiza
na prestação dos serviços aos seres humanos, no contexto e circunstâncias da vida.
19
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
5. Resultados e Discussões
O paciente J.B.N., 69 anos, casado, natural de Sobral, residente no bairro do
Alto da Brasília, internado durante um mês e meio na Santa Casa de Misericórdia de
Sobral, com o qual realizamos o estudo apresenta um diagnóstico de metástase cerebral,
posteriormente confirmado como câncer no Sistema Nervoso Central. A internação
ocorreu dia 04 de maio de 2004 devido a uma crise convulsiva sem motivo conhecido,
foram solicitados vários exames (raios-X de tórax, tomografia computadorizada
cerebral, hemograma completo, sumário de urina, glicemia, uréia e creatinina), até que
se identificou metástase cerebral, mas sem confirmação
da origem do câncer com
suspeita de causa pulmonar. O paciente queixa-se constantemente de dor nas costas
devido a um problema de coluna, possui dificuldade de locomoção por conta de uma
deficiência do membro inferior direito ocasionado por uma queda, que necessitou de
intervenção cirúrgica, e agravado pelas reações da neoplasia e da osteoporose,
hipertensão arterial, uma enorme hérnia testicular e dificuldade de dicção como
conseqüência do câncer.
Constatamos que o quadro em que o paciente se encontra faz com que
aumente a necessidade de um cuidador familiar, seja no auxílio das atividades básicas
diárias, pois a doença incapacita o paciente progressivamente, seja no conforto da
angústia causada pelo efeito devastador da doença. O paciente mostrou-se frustrado em
relação ao seu cuidador, durante o período de internação hospitalar, pois este seria sua
esposa que por motivo de saúde ocasionado pelo assistência prestada ao marido, não
podia estar com freqüência no hospital, ficando o cuidado ficando o cuidado sob a
responsabilidade dos filhos. Isso agravou muito o estado de saúde do paciente enquanto
hospitalizado, causando desânimo, tristeza e um estado de depressão constante.
Com a internação no domicílio a depressão deixou de ser um problema
agravante, pois o paciente passou a ficar todo o tempo com o sua cuidadora e a não mais
20
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
sentir solidão. Porém a não-aceitação da doença faz com que todos os sintomas e
dificuldades pareçam mais intensos do que realmente são, tornando mais complicado o
cuidado pela família. Sobrecarregada pelas barreiras da situação financeira presente em
todos os momentos da doença.
6. Conclusões
Com base na obtenção dos achados deduzimos que as condições do ambiente
domiciliário quando nos referimos à relação entre os membros da família influi,
consideravelmente, no estado de melhora ou piora do paciente principalmente no que
diz respeito ao papel do cuidador, no momento em que este esteja impossibilitado por
incapacidade física, emocional ou até mesmo pela dificuldade de relacionamento entre
paciente-cuidador. Fazendo com que o paciente tenha mais um conflito além das
complicações da doença agravando seu estado e impedindo a restituição de sua saúde.
21
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ANDRADE, O.G. Cuidado ao idoso com seqüela de acidente vascular cerebral:
representações do cuidador familiar. Ribeirão Preto, 1996. 177p. Dissertação (Mestrado
em Enfermagem). Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto.
ANTICO, J; FERREIRA, M.A; BUNGE, H. Radiocirurgia de Metástases Cerebrais
com Leksell Gamma-Knife: Experiência de 100 casos tratados. Artigo Original. São
Paulo, 2004. Disponível em: http://www.rsbcancer.com.br/rsbc/6artigo1.asp. Acesso
em: 29 jun. 2004.
AURÉLIO, J.C. Neoplasias do Sistema Nervoso Central (1ª. Parte). Oncologia Atual,
São Paulo, v.7, n.2, p. 61-71, Mar. 1997.
AYOUB, A. C. et al. Planejando o cuidar na Enfermagem Oncológica. São Paulo:
Lemar, 2000.
BARROS, S.R.T.P. et al. Enfermagem em Home Care e sua inserção nos nívaies de
atenção à saúde. Revista Brasileira de Home Care, São Paulo, n.61, Maio. 2000.
BOOF, L. Saber cuidar: ética do humano - compaixão pela terra. Petrópolis: Vozes, 5ª
ed. 2000. 199p.
CHIZZOTTI, A. Pesquisa em ciências humanas e sociais. In: Pesquisa qualitativa.
São Paulo: Cortez, 1991.
CUNHA, J.C.K. Organização de serviços de assistência domiciliária de
enfermagem. 1991. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem
da Universidade de São Paulo, São Paulo.
22
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
GAUTHIER, J.H.M. Pesquisa em Enfermagem: Novas Metodologias Aplicadas. Rio
de Janeiro: Guanabara Koogan, 1998.
GELAIN, I. Deontologia e Enfermagem. ed.3. São Paulo: EPU, 1998.
GONZALEZ, H. Enfermagem em Oncologia. São Paulo: SENAC, 1994.
HINRICHSEN, S.L. ET AL. Programa de assistência domiciliar terapêutica (PADT)
realizado em 18 pacientes com AIDS. Revista Brasileira de Medicina, Recife, v.54,
n.5, Maio. 1997.
LACERDA, M.R. O cuidado transpessoal de enfermagem no contexto domiciliar.
1996. 94f. Dissertação (Mestrado em Enfermagem) – Escola de Enfermagem da
Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
LAZARFELD apud HAGUETE, T. M. F. Metodologia qualitativa na sociologia. 7
ed. Petrópolis: Vozes, 2000.
LEME, L.E.G. Atenção interprofissional domiciliária: uma experiência prática.
Revista Brasileira de Home Care, São Paulo, n.61, Maio. 2000.
MARCOS, S.S; ANDRADE, O.O.G; SILVA, D.M.P. Percepção de cuidadores
familiares sobre o cuidado no domicílio. Texto Contexto Enfermagem, Florianópolis,
v.7, n.2, p.289-307, 1998.
MARTIN, L.L. Atencíon Domiciliária: Diagnóstico de enfermeira. Madrid: McGrawHill-Interamericana de España. 1994. p.1-60.
23
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
NOGUEIRA, M. J. C; SERPA DA FONSECA, R. M. G. A visita domiciliária como
método de assistência de enfermagem à família. Revista Escola de Enfermagem.
1997.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Ações de enfermagem para o controle do
câncer. Rio de Janeiro: INCA/Pro-Onco, 1995.
BRASIL, MINISTÉRIO DA SAÚDE. Controle do tabagismo: Um desafio. Rio de
Janeiro: INCA/Pro-Onco, 1993.
MORSE, J.M. et al. Ccepts of caring as a concept. Advances in Nursing Science,
Rockville: MD, v.13, n.1, p.1-14, 1990.
ROUQUAYROL, M.Z. et al. Epidemiologia e Saúde. 3 ed. Rio de Janeiro: Medsi,
1988.
SENA, R.R. O ser cuidador na internação domiciliar em Betin/MG. Revista Brasileira
de Enfermagem, Brasília, v.53, n.4, p.425-626, Out/Dez. 2000.
SILVEIRA, L.A; SANDE, M. V. Câncer o que você precisa saber. 2 ed.
Florianópolis: UFSC, 1989.
SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgico. 8 ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. V-3.
SMELTZER, S.C.; BARE, B.G. Tratado de Enfermagem Médico-Cirúrgico. 8 ed.
Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2002. V-4.
24
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
TEÓFILO, J.K.S. Estudo dos Acidentes na infância na Santa Casa de Misericórdia
de Sobral no período de julho de 2002 a abril de 2003. 2003. 123 p. trabalho acadêmico
(graduação em Enfermagem)- Centro de Ciências da Saúde, Universidade Estadual Vale
do Acaraú, Sobral, 2003.
VALE, A.R. Atenção Domiciliária à mulher com câncer à luz da teoria da
adaptação. 2002. p.75. Trabalho acadêmico (Graduação em Enfermagem) – Centro de
Ciências da Saúde, Universidade Estadual Vale do Acaraú, Sobral, 2002.
WYNDER, E.L.; CORI, C.B. Contribuition of the Environment to Câncer
Incidence: an Epidemological Exercise. J. Nalt Cancer Inst. 1977.
8. APÊNDICES
APÊNDICE 1 – Formulário de entrevista
25
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
1. Identificação
Nome: _____________________________________________________________
Endereço: ___________________________________________________________
Idade: _______________ Sexo: __________ Estado civil: ____________________
Nacionalidade/Naturalidade: ______________ Profissão: _____________________
Diagnóstico: _________________________________________________________
Tratamento a que está sendo submetido: ___________________________________
Medicamentos prescritos: ______________________________________________
Origem de encaminhamento: ____________________________________________
2. Atuação da equipe de Enfermagem e de outros profissionais
3. Constituição familiar do paciente
3.1. Pais vivos
mãe ( )
pai ( )
Idades: ___________
Situação conjugal:
casados ( ) concubinato ( )
Outros: ___________
Profissão: Pai ________________________________________________________
Mãe: _______________________________________________________________
Fonte de renda para o sustento da família: _________________________________
Religião: ___________________________________________________________
3.2. Nº de filhos: ___________________ Sexo: ___________________________
Idades: _______________ Escolaridade: __________________________________
Profissão: ___________________________________________________________
Situação conjugal:
casados ( ) concubinato ( )
Outros: ___________
Coabitam a mesma casa: _______________________________________________
Contribuem para o sustento da família: ____________________________________
Sentimentos por parte da paciente de: Desconfiança, rejeição, infidelidade, solidão/
isolamento, outros: ____________________________________________________
Problemas que afetam a família: _________________________________________
4. Hábitos
Tabagismo ( ). Quantidade/dia: _______
Há ____ anos Parou há _____ anos.
Etilismo ( ).
Quantidade/dia: _______
Há ____ anos Parou há _____ anos.
Sono (horas/dia): __________________________
Cochilos: _______________
Alimentação/hidratação: _______________________________________________
Eliminação urinária: __________________________________________________
Eliminação intestinal: _________________________________________________
Atividade física/recreação: _____________________________________________
5. Comunicação
( ) sem problemas
alteração: ( ) visual ( ) auditiva ( ) fala.
Tipo: __________________________________________
6. Perfil de saúde
Queixa principal: _____________________________________________________
Antecedentes familiares: _______________________________________________
Cirurgias anteriores: __________________________________________________
26
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
7.
(
(
(
(
(
(
(
(
(
(
Patologias atuais (A)/pregressas (P).
) diabetes
) epilepsia
) alterações ósseas
) doença renal/problemas urinários
) doença vascular/hipertensão
) doença cardíaca
) doença pulmonar
) doença gastrintestinal/hepatite
) câncer
) outras
Tipo
_____________________________
_____________________________
_____________________________
_____________________________
_____________________________
_____________________________
_____________________________
_____________________________
_____________________________
_____________________________
8. Sentimentos percebidos relacionados à doença
9. Identificação do responsável pelo cuidado no domicílio
Nome:______________________________________________________________
Idade:____________ Sexo:_______________ Estado civil:____________________
Escolaridade:________________________________________________________
Grau de parentesco: _____________________ Profissão:_____________________
Dificuldades
e
facilidades
encontradas
em
cuidar
do
paciente:
___________________________________________________________________
___________________________________________________________________
Apoio recebido: ______________________________________________________
Exercício de outras atividades: __________________________________________
APÊNDICE 2 - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
UNIVERSIDADE ESTADUAL VALE DO ACARAÚ
CENTRO DE CIÊNCIAS DA SAÚDE
CURSO DE ENFERMAGEM
27
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
Solicitamos a sua colaboração para responder a algumas perguntas relacionadas à
história de vida e de sua patologia. Participarão na implementação destes
questionamentos acadêmicos do Curso de Enfermagem da Universidade Estadual Vale
do Acaraú – UVA.
Este termo de consentimento tem por base o artigo 35, capítulo IV, do Código de Ética
do Profissional de Enfermagem que apresenta a seguinte disposição: Art. – Solicitar
consentimento do cliente ou do seu representante legal, de preferência por escrito, para
realizar ou participar de pesquisa ou atividade de ensino em Enfermagem, mediante
apresentação da informação completa dos objetivos, riscos e benefícios, da garantia do
anonimato ou sigilo, do respeito à privacidade e intimidade e a sua liberdade de
participar ou declinar de sua participação no momento que desejar.
Respeitamos a sua vontade de participar ou não desta entrevista, ressaltando a não
obrigatoriedade de resposta a qualquer questionamento que venha a ser empreendido.
Garantimos, ainda, o total e mais absoluto sigilo quanto a sua identidade.
SOBRAL-CE, 21 de Maio de 2004.
________________________________
Assinatura do paciente ou representante
Assinatura das acadêmicas:
________________________________
________________________________
28
Create PDF with PDF4U. If you wish to remove this line, please click here to purchase the full version
Download