Interpretação do coeficiente Beta Pelo modelo CAPM, obtemos a taxa de rendimento requerida por um investidor pelo retorno dos investimentos sem risco acrescido de um prêmio pelo risco. Calculamos o coeficiente de volatilidade da ação – chamado de Beta (β)1 – por assumir somente o risco sistemático. Nessa equação, o β é o parâmetro que representa tal risco. O modelo CAPM decompõe o risco de uma carteira – portfólio – em sistemático e não sistemático. De acordo com esse modelo, de modo natural, o mercado atribui compensações aos investidores por correrem risco sistemático, mas não o faz por correr risco não sistemático. A justificativa dessa posição baseia-se no fato de que o risco não sistemático pode ser diversificado. Ainda de acordo com o modelo CAPM, o retorno esperado de uma ação iguala a taxa livre de risco mais o β da carteira multiplicado pelo retorno em excesso do mercado esperado da pasta. Sendo assim, podemos entender que o β da empresa é formado pelo excesso do custo de capital próprio comparado à taxa livre de risco, em razão do excesso do retorno do mercado em relação à mesma taxa livre de risco. O coeficiente β de um ativo pode ser determinado a partir de seus retornos históricos em relação aos da carteira de ativos do mercado. Esse coeficiente é, na verdade, uma regressão linear dos retornos dos ativos com o retorno do mercado. O valor do β serve para indicar a variação de um ativo. 1 Medida adimensional obtida pelo modelo CAPM, que representa um excesso – adição de valor – no retorno de um ativo, de forma a remunerar o risco sistemático do mercado. 1 Em sua análise, quando uma ação apresenta β = 1, interpretamos que ela se movimenta na mesma direção do mercado, possuindo o mesmo risco sistemático. Se β > 1, qualquer valorização do mercado determina que a valorização da ação será a taxa do mercado mais o percentual do β que exceder a 1. Os Betas podem ser negativos ou positivos, mas os mais comuns são os positivos, e a maioria se situa entre 0,5 e 2,0, podendo resultar nos seguintes tipos: Beta defensivo (β < 1) Exemplo: Se o IBOVESPA varia 5% durante a semana e o β da ação, 0,50, então, teremos: 5% X 0,50 = 2,50% variação da ação nesse período Beta agressivo (β > 1) Exemplo: Se o IBOVESPA varia em 4,5% na semana e o β da ação, 2, então, teremos: 4,5% x 2 = 9% variação da ação Beta neutro (β = 1) Neste caso, a rentabilidade da ação acompanha o mesmo parâmetro do índice. 2