Matriz de atividade individual - Moodle

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Matriz de atividade individual*
Módulo: Modulo 4
Fórum: CAPM
Título: Relevância do modelo CAPM no Brasil
Aluno: DENNIS PICKTHALL
Disciplina: Decisões de Invest. e Financiamento
Turma: Equipe 3
Introdução
Conforme Elmo T. Filho (2006), baseado nas ideias expostas por Markowitz,
William Sharpe desenvolveu o Modelo do Índice Único, em 1963, que procurava
simplificar a matriz de variâncias do modelo de Markowitz. Já em 1964 Sharpe
publicou seu célebre artigo Capital Asset Prices: A Theory of Market Equilibrium under
conditions of risk, estruturando, assim, o CAPM - Capital Asset Pricing Model, um
modelo para precificação dos ativos em mercados de títulos de risco em equilíbrio, o
qual é amplamente utilizado e com importantes aplicações.
O modelo CAPM desenvolvido por Shape (1964), Treynor (1961), Lintner
(1965) e Black (1972) tornou-se nas últimas décadas o mais difundido modelo de
determinação de preços de ativos existente. Utilizado tanto nos meios acadêmicos
quanto no dia a dia do mercado, o CAPM vem, entretanto, sendo alvo de críticas, até
mesmo de estudiosos que anteriormente trabalharam no sentido de provar sua eficácia.
Risco-país
Segundo Assaf Neto et al. (2008) no modelo CAPM, o prêmio pelo risco de
mercado é obtido pela diferença entre a taxa de retorno da carteira de mercado (RM) e a
taxa de juros livre de risco (RF). Esta diferença quantifica o retorno adicional a um
título em condições de risco. O prêmio pelo risco de mercado é adotado na prática do
CAPM pela diferença entre o retorno médio histórico das ações (ativos com risco) e a
taxa de retorno média dos títulos públicos, considerados como de risco zero.
No Brasil, a taxa livre de risco é geralmente calculada como uma média das
taxas de juros históricos dos títulos públicos. Segundo Assaf Neto et al. (2008), a taxa
do Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) é a taxa de juro formada nas
negociações com títulos públicos no Brasil e considerada como sem risco. Porém, a
adoção desta medida para definição de taxa livre risco no Brasil, recebe algumas críticas
por parte de vários especialistas em finanças.
Assaf Neto et al. (2008), por exemplo, entendem que os títulos emitidos pelo
governo brasileiro devem embutir um prêmio pelo risco que a economia de um país,
considerada emergente, representa aos investidores. Além disso, a alta dispersão que
existe na série histórica das taxas de juros da economia brasileira, é outro fator criticado
pelos autores supra citados, para eles a enorme amplitude assumida pelas taxas de juros
livres de risco no Brasil, evidencia a pouca validade do uso da média histórica como
indicador da taxa livre de risco.
Na opinião de Assaf Neto et al. (2008), a forte concentração do índice do
mercado de ações em poucas empresas e, principalmente, a presença de um volume
inexpressivo de ações ordinárias nas negociações de mercado, invalidam a tentativa de
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trabalhar com betas obtidos das bolsas de valores brasileiras.
Assaf Neto et al. (2008), por exemplo, sugere que o cálculo seja feito
considerando-se como prêmio pelo risco de mercado, o verificado na economia dos
Estados Unidos, por esta ser mais estável e admitida como a de mais baixo risco,
acrescentando a este uma medida do risco-país, índice que retrata o risco da economia
de um país, e geralmente apurado pelo excesso de remuneração que os títulos públicos
de um país pagam em relação a títulos similares emitidos pelo Departamento do
Tesouro dos Estados Unidos (Treasury Bonds – T-Bonds).
Mercado acionário
O mercado de ações é, indiscutivelmente, o coração financeiro do país onde o
mesmo se encontra. A partir da década de 60, as academias de finanças e economia
começaram a voltar seus olhares para o comportamento desse sistema. As contribuições
da matemática se mostraram bastante elegantes dentro da necessidade básica de se
entender que forças poderiam reger o comportamento de uma ação.
Conforme Assaf Neto et al. (2008), o Capital Asset Princig Model (CAPM)
oferece conceitos válidos e aceitos na definição do risco dos ativos. Essa metodologia
de cálculo é medida pela relação entre a covariância dos retornos de mercado e da
companhia e a variância dos retornos da empresa. Por tratar-se de uma metodologia
aplicada em mercados estáveis, as conclusões favoráveis ao CAPM precisam, no
entanto, ser reavaliadas em mercados emergentes, como o brasileiro. São discutidos os
principais indicadores financeiros do mercado brasileiro e justificada, por meio de
fundamentos estatísticos, a inconsistência dos resultados.
Alguns autores brasileiros sugerem que além de incorporar o risco-país, a
formula seja acrescida com a volatilidade do mercado acionário brasileiro,
demonstrando, portanto, a compatibilidade no desenvolvimento de uma metodologia de
cálculo do custo do capital no Brasil.
Conclusão
Após as leituras de diversos artigos na internet, podemos analisar que o modelo
CAPM funciona em países com economia que possuem um grande mercado acionário,
dados históricos sem volatilidade.
Diante desses aspectos restritivos, pode-se concluir que não há como se apurar o
custo do capital próprio diretamente dos fundamentos do mercado financeiro brasileiro.
A aplicação do CAPM em mercados emergentes não costuma produzir resultados
confiáveis, exigindo diversos ajustes de maneira a adequá-lo às características dessas
economias.
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Referências bibliográficas
ASSAF NETO, Alexandre; GUASTI LIMA, Fabiano; PROCOPIO DE ARAUJO, Adriana
Maria. Uma proposta metodológica para o cálculo do custo de capital no Brasil. Revista de
Administração, São Paulo, v.32, n. 1, p.72-83, jan./fev./mar.2008
ASSAF NETO, Alexandre. Contribuição ao estudo da avaliação de empresas no Brasil:
uma aplicação prática. 2004. Tese (Livre Docência) – Faculdade de Economia,
Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto, Universidade de São Paulo, Ribeirão
Preto, São Paulo, Brasil.
CERETTA, P., COSTA JR, N. A. Quantas ações tornam um portfólio diversificado no
mercado de capitais brasileiro? Mercado de Capitais: Análise empírica no Brasil, Coleção
Coppead de Administração, 2000.
ELMO T. Filho: Revista de Administração Contemporânea. Disponível em http://www.scielo.br/ acesso dia 09 de setembro de 2012.
SHARPE, W. F. - Capital Asset Market Prices : A Theory of Market Equilibrium Under
Conditions of Risk. The Journal of Finance, v. 19, n. 3, Set 1964.
*Esta matriz serve para a apresentação de trabalhos a serem desenvolvidos segundo ambas as linhas de
raciocínio: lógico-argumentativa ou lógico-matemática.
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