5.3 Geração e Detecção de FM e PM O fato da amplitude dos sinais modulados exponencialmente ser constante é uma vantagem em termos de hardware. Nã existe Não i preocupação ã com dissipação di i ã excessiva i de d potência ê i ou ruptura por alta l tensão ã devido d id a picos de envoltória (como na modulação AM). A imunidade s distorção não linear permite o uso de dispositivos eletrônicos não lineares, motivo d grande de d preocupação ã na modulação d l ã linear. li Consequentemente, uma tolerância considerável é possível no projeto e seleção dos equipamentos. Em pparticular,, emprega-se p g FM em enlaces com repetidoras p de microondas ppara comunicação ç por p longas distâncias, porque os amplificadores lineares banda larga exigidos na modulação AM não são disponíveis, ou então, são pouco eficientes nessas frequências. FM Direto Di t e VCOs VCO O processo de FM direto é imediato e requer apenas um oscilador controlado por tensão (VCO – Voltage Controlled Oscillator), cuja frequência de oscilação exibe uma dependência linear com a t ã aplicada. tensão li d Pode-se modular um circuito oscilador* sintonizado convencional pela introdução de um elemento de reatância variável como parte de um circuito ressonante RLC paralelo. _____________________________________________________________ *Ver o Adendo no final desse item Se a capacitância equivalente tem uma dependência temporal da forma: e, se Cx(t) for pequeno e lento o suficiente, então, o oscilador produz x c (t ) Ac cos c (t ) 1 1 1 1 onde f (t ) 2 LC (t ) 2 L[C 0 Cx (t )] 2 LC 0 1 (C / C 0 ) x (t ) Como c (t ) 2f (t ) , Sabendo-se q que, 1 1 a 1 1 1 .3 2 1 .3 .5 3 a a a ... , a 1 2 2 .4 2 .4 . 6 pode-se expandir c (t ) como c (t ) pois Cx(t ) / C 0 1 . 1 LC 0 [1 1 C x (t )] 2 C0 Chamando c 1 / LC 0 , a frequência de saída do oscilador na ausência de sinal (frequência da portadora) t d ) 1 C c (t ) c [1 x(t )] 2 C0 ou __________________________________________________________ Portanto: t c (t ) 2f c t 2 f x( ) d para confirmando q que f depende p do circuito empregado. p g Visto que x(t) 1, esta aproximação podes ser boa dentro de 1%, quando C/C0 < 0,013. (Mostrar isto!) Neste caso, o desvio de frequência associado está limitado a: a qual quantifica a condição de Cx(t) ser pequeno o suficiente. Similarmente, a condição W << fc assegura que Cx(t) é lento o suficiente. Obs: O diodo varactor (ou varicap ) + v C Opera sob polarização reversa. linear range v C Quando reversamente polarizados, os diodos apresentam em sua junção PN uma capacitância devido à presença de portadores de carga separados pela região de depleção; ao se variar a tensão nos terminais do diodo, varia-se a largura da camada de depleção (o que equivale a aumentar o meio dielétrico entre as placas de um capacitor), capacitor) e daí, daí sua capacitância. capacitância Os varicaps* são construídos de modo a se ampliar esse efeito capacitivo, tornando-os mais sensíveis a variações de tensão. ___________________________________________________________ * Malvino, A., Electronic Principles, 7th ed., McGraw-Hill, 1986. (continua) Torna-se necessário polarizar o varicap para operar na sua região mais linear (em torno do ponto Q). Um valor DC, igual a C0, está presente na saída do dispositivo. C(t)=C0Cx(t) C C0 Q C0 VQ v v(t) (t) t x(t) t São usados na implementação de geradores de frequência variável, em sintonia automática de canais de televisão etc televisão, etc. # Na Fig Fig. 5.3 5 3-1 1 tem-se tem se um oscilador com um diodo varactor polarizado para se obter Cx(t). Cx(t) O transformador de entrada, choque de RF e bloqueio DC servem para isolar a baixa frequência, alta frequência e termo DC entre si. A ffonte VB polariza l i reversamente Cv no ponto quiescente; i o trafo f e o bloqueio bl i DC impedem i d VB de d atingir x(t) ou xc(t). O choque RFC se comporta como um curto-circuito para x(t) no secundário do trafo, e assim, modula d l Cv de d acordo d com x(t) ( ) /N /N. Este sinal não consegue atravessar o bloqueio DC. O circuito oscilador percebe em sua saída o seguinte sistema equivalente: Cv Cv C0 C x(t ) N A ffrequência ê i da d portadora t d é definida d fi id por: output resonant circuit (fc) fc 1 2 L(C1 C 0 ) A frequência instantânea deve ser: f ((tt ) 1 2 LC v (t ) 1 C x(t )] N Desvantagem: g como o varactor é um semicondutor,, C0 é susceptível p à variações ç de temperatura, p ,e assim, a frequência portadora fc tende a sofrer deriva e precisa ser estabilizada por controle de frequência realimentado. 2 L[C1 C 0 g linear podem p gerar g uma forma de Osciladores controlados ppor tensão à base de circuito integrado onda FM direta que é relativamente estável e exata. Contudo necessitam de vários componentes externos, Contudo, externos como o mostrado na Fig. Fig 5.3 5 3-22, para o transmissor de FM direto usando o CI da Motorola MC1376, de 8 pinos. O VCO é bem linear entre 2 e 4 V, opera com portadoras entre 1,4 e 14 MHz e pode produzir um pico de desvio de frequência de aproximadamente 150 kHz. Devido a sua baixa potência de saída, são mais adequados para aplicações como telefone sem fio. Reatância capacitiva com JFET O circuito mostrado na figura abaixo ilustra como sintetizar uma capacitância controlada por tensão usando-se um transistor JFET, em substituição ao varicap. id s modelo equivalente impedância de entrada A corrente AC de dreno é calculada como: R R v gs ic R v id g m v gs g m v R jX c R jX c Escolhendo-se Xc >> R, determina-se a impedância de entrada vista pelos terminais AA’: v R jX c jX c z id gm R gm R Trata-se de uma reatância capacitiva com impedância equivalente: X 1 1 X eq c Ceq g m RC g m R 2fCg m R 2fCeq X 1 1 X eq c Ceq g m RC g R 2 fCg R 2 fC m m eq ______________________________________________________________ Trata-se de uma capacitância equivalente, que pode ser variada pela tensão de polarização DC, via modulação da transcondutância gm. Alternativamente, se C e R forem intercambiados no circuito, e, R >> Xc , obtém-se: v g ic R Como R >> Xc , resulta: z jX c ( jX c ) v id g m v g g m v R jX c R jX c 1 jR v R jX c ( X c jR ) id jX c g m X c g m X c gm A partir da qual, obtém-se a indutância equivalente: X eq R 2fCR 2fLeq X c gm gm Leq RC gm a qual pode ser controlada pela tensão de polarização DC do circuito. Em geral, não se costuma empregar o JFET nesta configuração para modulação de FM direto. Adendo: Circuitos Osciladores Considere-se o diagrama de blocos mostrado abaixo: Vi Vo Vf V f ( s ) ( s )Vo ( s ) A tensão de saída é: Vo ( s ) G ( s )[Vi ( s ) V f ( s )] sendo e assim, Vo ( s ) G ( s )[Vi ( s ) ( s )Vo ( s )] Vo ( s )[1 G ( s ) ( s )] G ( s )Vi ( s ) O ganho do oscilador será: A f ( s) na qual o ganho de malha é dado por: Vo ( s ) G ( s) G ( s) Vi ( s ) 1 G ( s ) ( s ) 1 L( s ) L(s) G (s) (s) Se Vi = 0 em = 0 , a única forma de ocorrer Vo diferente de zero é que L(0 ) G (0 ) (0 ) 1 . Nesta condição, a saída será finita mesmo quando a entrada externa Vi for nula. Critério de Barkhausen: G (0 ) (0 ) 1 arg[G (0 ) (0 )] 0 (continua...) Operação do oscilador: Vo Vi=0 Vo Vf Logo que se liga a alimentação do oscilador, os únicos sinais no sistema são as tensões de ruído. Para partida do oscilador, se faz G > 1 na frequência 0, sendo que é um circuito ressonante tal que o desvio de fase é 0o em 0 (realimentação positiva). O ruído de entrada é amplificado, aparece na saída, realimenta o circuito ressonante e é filtrado de modo a haver apenas uma componente senoidal com fase exatamente correta para a realimentação positiva, que ocorre em 0. Quando o sinal atinge a amplitude desejada, diminui-se G para 1 (caso contrário, o amplificador G seria conduzido à saturação) e a oscilação prossegue por si só. Condições: ç G G G (continua...) O método das três impedâncias Quando se emprega uma rede de amplificadores G(s) em configuração inversora (desvio de fase de 180º entre saída e entrada), torna-se necessário usar uma rede de realimentação (s) que produza uma defasagem de 180º entre seus terminais. Isto pode ser obtido através de três impedâncias dispostas como na figura abaixo: G(s) V R0 V V0 AvV 0 Z1 Vf Z2 (s) Z3 Foi considerado que a impedância de entrada do amplificador é infinita, e assim, não flui corrente do circuito de realimentação ç ((s)) para p a entrada do amplificador p G(s). () Considera-se que a impedância de saída do amplificador seja R0. Aplicando o divisor de tensão à malha de realimentação: Z1 V f V0 V0 Z1 Z 3 donde se conclui que G(s) V R0 V Vf Z1 V0 AvV Vf V0 Z1 Z1 Z 3 Além disso,, observa-se qque a impedância p Zp, na saída do amplificador G(s), é: 0 (continua...) Z2 (s) R0 V0 AvV I0 V0 Zp Z3 Z p Z 2 //( Z1 Z 3 ) Desta forma, a corrente I0 vale: e daí, obtém-se o ganho do amplificador Z 2 ( Z1 Z 3 ) Z1 Z 2 Z 3 AvV V 0 R0 Z p Z p Av Z p V G 0 V R0 Z p I0 (continua...) V Z1 Av Z p V Z (Z Z 3 ) f G 0 Z p Z 2 //( Z1 Z 3 ) 2 1 V0 Z1 Z 3 V R0 Z p Z1 Z 2 Z 3 ______________________________________________________________ G Av Z 2 ( Z 1 Z 3 ) R0 ( Z 1 Z 2 Z 3 ) Z 2 ( Z 1 Z 3 ) O ganho de malha é dado por: Av Z 1 Z 2 R0 ( Z 1 Z 2 Z 3 ) Z 2 ( Z 1 Z 3 ) G Se Z1 = jX1 , Z2 = jX2 e Z3 = jX3, Av X 1 X 2 jR0 ( X 1 X 2 X 3 ) X 2 ( X 1 X 3 ) G ou G X 2 ( X 1 X 3 ) Av X 1 X 2 jG R0 ( X 1 X 2 X 3 ) 0 g é obedecida se ambas,, a pparte real e pparte imaginária, g , forem nulas. Esta igualdade Fazendo a parte imaginária igual a zero: X 1 X 2 X 3 0 , pois G, e R0 são não nulos. Uma alternativa possível ocorre quando X1 e X2 são reatâncias do mesmo tipo, por exemplo, capacitiva iti (indutiva), (i d ti ) e X3 é do d tipo ti oposto, t ou seja, j indutiva i d ti (capacitiva). ( iti ) Fazendo a parte real igual a zero, resulta: G Av X 1 X1 X 3 X 2 ( X 1 X 3 ) é não nulo. assumindo-se que (continua...) Av X 1 X 2 ( X 1 X 3 ) G X1 X 3 ____________________________________________________________ Neste caso, X G Av 1 X2 Aplicando-se o critério de Barkhausen, para que a oscilação se mantenha é necessário que G = 1 e arg [G , ou seja X X G Av 1 1 Av 2 X1 X2 Conforme será visto adiante, no oscilador Colpitts, X1 e X2 são reativos capacitivos e X3 é reativo indutivo. Chamando: X 2 ( X 1 X 3 ) X tem-se, da malha com I2: G(s)<0 V R0 V 0 AvV Vf V0 Vf V0 Z 2 I 2 jX 2 I 2 jXI 2 Da malha lh com I1: L C2 (s)<0 jXI 2 jXI1 I 2 I1 I Logo: I2 V0 C1 V0 ( Z1 Z 3 ) I1 j ( X 1 X 3 ) I1 jXI1 I1 V0 Assim: Vf V0 jX 1 I1 X 1 ( I ) X 1 jX 2 I 2 X 2I X2 (continua...) I 2 I1 I _________________________________________________________________ G(s)<0 V R0 V V0 AvV 0 I2 Vf V0 I1 C1 L C2 (s)<0 V R0 V AvV I 2 I1 I V jX I X ( I ) I C1 V0 0A 0A Vf I 0A 0 L C2 I=I2 V0 I X f 11 1 1 V jX I X I X2 0 2 2 2 ___________________________________________________________ Portanto, o ganho da rede de realimentação (s) vale: +Vcc 1 /( 2f 0C1 ) C 2 Vf 1 /( 2f 0C2 ) C1 G(s) V0 com Vf a180º fora de com a saída V0, proporcionando realimentação positiva. 0 L Pelo critério de Barkhausen, a oscilação se mantém quando (s) 1 C1 G 1 G 1 G C1 C2 (s) C2 A oscilação começa quando: Vf C V0 G 1 G 1 G 1 C2 Em altas frequências, costumam-se utilizar osciladores transistorizados, dentre os quais se destacam: Oscilador Colpitts Oscilador O il d Hartley H l Oscilador por deslocamento de fase (Phase Shift Oscillator) Oscilador com coletor sintonizado (Tuned Collector Oscillator) O Oscilador em pponte de W Wien Oscilador a cristal (continua...) Oscilador Colpitts Osciladores que utilizam transistores (FETs ou TBJs) e circuitos sintonizados como elementos de realimentação são usados na faixa de frequência de 100 kHz até centenas de MHz. p é mostrado abaixo: O oscilador Colpitts O choque de RF (RFC) fornece alta reatância na frequência de oscilação 0, mas baixa resistência em DC. Em DC, os capacitores C1 e C2 estão abertos, e, os indutores L e RFC estão em curto circuito. (Na verdade, deve restar uma pequena resistência em série com o coletor,, devido às perdas do indutor L.) Em geral, RB1 e RB2 são da ordem de dezenas a centenas de k. (continua...) Recordação: transistores em altas frequências* Em frequências de RF, o modelo do TBJ exibe uma resistência (rx, da ordem de algumas dezenas de ohms) e duas capacitâncias (C, da ordem de pF até algumas de pF, e C, entre frações de pF até alguns pF) parasitas. D fforma similar, De i il o MOSFET exibe ib duas d capacitâncias itâ i (Cgs, da d ordem d de d dezenas d de d fF, fF e Cgd, da d ordem de alguns fF) parasitas. (femto, f = 10-15) (rx é nulo e r é infinito) ______________________________________________________________ * Sedra, A. S. & Smith, K. C., Microeletrônica, 5ª. Edição, Pearson/ Prentice Hall, Brasil, 2007. (continua...) Em AC, os capacitores de passagem entram em curto-circuito e o choq e de RF fica em aberto. choque aberto Como rx << r (da ordem de k), este pode ser desconsiderado. O resistor RB2 ficará em paralelo com r para o TBJ TBJ, ou com infinito infinito, para o MOSFET, e, sendo RB2 e r muito elevados, tal associação pode ser desprezada (aberto). O resistor R modela a combinação das resistências de carga e a resistência de saída do transistor (ro). No modelo em condição de oscilação oscilação, despreza-se despreza se a capacitância C (faixa de fração de pF até alguns pF). A capacitância C (faixa de alguns pF até dezenas de pF) pode ser considerada como parte de C2. (continua...) Modelo de 3 impedâncias: L C2 Vo C1 R D Desprezando-se d a grande d resistência i ê i r//RB2 (aberto), ( b ) as análises áli AC para o TBJ e MOSFET tornam-se equivalentes. (continua...) Pode-se observar o amplificador de ganho G(s) e a malha de realimentação positiva (s) no circuito equivalente à direita: C G(s) Vo Vo R V 0 L C2 C1 Vo VosC1 (s) Aplicando-se a lei de Kirchhoff ao nó C: V sC2V Vo sC1 o g mV 0 R 1 2 sC2V sC1 (1 s LC 2 )V g mV 0 R Quando as oscilações estiverem estabelecidas, estabelecidas V 0, 0 e então, então pode ser eliminada da equação: LC 2 1 s 2 LC1C2 s 2 s C1 C2 ( g m ) 0 R R (continua...) 1 LC 2 s C1 C2 ( g m ) 0 s 2 LC1C2 s 2 R R _____________________________________________________________ Substituindo-se: s = j, s2 = 2 e s3 = j3, vem 1 2 LC 2 g m R R j[ (C1 C 2 ) 3 LC1C 2 ] 0 Esta igualdade ocorre se as partes real e imaginária são nulas. Igualando-se Igualando se a parte real à zero, tem-se tem se a frequência de oscilação: C C2 0 [(C1 C 2 ) 02 LC1C 2 ] 0 02 1 0 LC1C 2 Igualando a parte real a zero, para o valor de 0 acima resulta: gm 1 L C1C 2 C1 C 2 C2 1 2 LC 2 1 1 C 0 gm 2 0 gm R C1 R R R R C1 R Nestas condições, o ganho de malha deve estar na condição unitária: L( s ) G ( s ) ( s ) 1 . p o coletor,, é: V0 g mV R G O gganho G,, da base para V0 gm R V e portanto, para manter a oscilação, G = gmR (em módulo) deve ser igual a razão C2/C1 : C G gmR 2 C1 (continua...) C G gmR 2 C1 _______________________________________________________ Para que as oscilações tenham início, o ganho de malha L(s) = G(s) (s) deve ser maior do que a Unidade, o que pode ser obtido aumentando-se G(s), mantendo-se (s) fixo. C Esta condição pode ser declarada como: gmR 2 C1 Com as oscilações aumentando em amplitude, as características não lineares do TBJ diminuem o valor efetivo de gm . g m1 diC dv BE g m 2 g m1 Com a diminuição do ganho efetivo gmR, reduz-se o ganho de malha até o ponto em que L(s) = 1 é exatamente satisfeito, mantendo-se, portanto, as oscilações (oscilador auto-realimentado). (continua...) Oscilador Hartley O circuito AC do oscilador Hartley é mostrado no circuito baixo (dual do oscilador Colpitts): A frequência de oscilação é: 0 1 ( L1 L2 )C As características não-lineares do TBJ implicam que a forma de onda da corrente no coletor também será distorcida de modo não-linear. e a o, o sinal s a de tensão e são de saída sa da ainda a da será se á senoidal se o da de alta a a pureza pu e a por po causa da ação de filtroo Entretanto, do circuito LC sintonizado. (fim do Adendo)# Moduladores de fase e FM indireto Moduladores de PM são interessantes porque: Sua implementação é relativamente fácil; A portadora pode ser suprida por uma fonte de frequência estável estável, como um oscilador controlado a cristal; Integrando-se o sinal de entrada do modulador de fase, se produz uma saída modulada em frequência. Modulador de fase com banda estreita (NBPM) Sejam as equações da seção 5.1: Assim, justifica-se o circuito por: xc (t ) Ac cos c t Ac x(t ) sin c t xc (t ) Ac cos c t Ac x(t ) sin c t ______________________________________________ Alternativamente, o circuito NBPM pode ser obtido através de um modulador balanceado: x(t) c c Este circuito opera adequadamente se a condição f x(t) <<1 rad for satisfeita. Desvios de fase menores que 100 resultam em modulação distorcida. Moduladores de frequência com banda estreita (NBFM) A forma geral de um sinal FM (bandas estreita ou larga) é: t ou xc (t ) Ac cos[ c t 2f x( )d ] Ac cos[ c t 2f g (t )] sendo se do g (t ) x( )d t Se f(t)=f g(t)<<1 rad, para f pequeno, tem-se um caso análogo ao NBPM. g(t) x(t) NBPM Problema: torna-se difícil trabalhar com f ppequeno, q , uma vez que q os sistemas de rádios comerciais operam com f elevados (normalmente, f = 75 kHz). Adendo: Comparadores Alimentação simétrica: vo v1 v2 A vo= A (v2v1) v2v1 Se v1 v 2 v 2 v1 0 vo 0 Se v1 v 2 v 2 v1 0 vo 0 Alimentação simples: vo v1 v2 A vo= A (v2v1) Se v1 v 2 v 2 v1 0 vo 0 Se v1 v 2 v 2 v1 0 vo Vsat v2v1 Adendo: Flip-flop p p JK mestre-escravo +Vcc CLK CLK J Q K Q J K Qn+1 0 0 Qn 0 1 0 1 1 1 1 1 Qn CLK Q Modulador de fase banda larga com circuito de chaveamento O sinal de modulação x(t) e a onda dente-de-serra no dobro da frequência portadora são aplicados a um comparador. 1/2fc A saída do comparador vai a nível alto sempre que x(t) excede a onda dente dente-de-serra, de serra, e, o flip flop chaveia a entrada a cada borda de subida de um pulso do comparador. O flip-flop produz uma onda quadrada modulada em fase (tal qual a saída de um limitador), e, a filtragem passa passa-banda banda gera xc(t). dente-de-serra x(t) saída do comparador saída do flip flop 3>2 2>1 1>0 1 =0 1/fc 2 3 1/fc Modulação de FM banda larga com multiplicador de frequências A necessidade de operar com = f/W elevado para FM é equivalente à operação com índice de modulação AM () elevado, de forma a tornar barato o receptor. E Entretanto, a NBFM não ã pode d trabalhar b lh com f grande, d pois i xc(t) ( ) poderá d á apresentar distorção di ã em seus terminais: f grande C/C0 grande torna-se necessário mais termos na sua série binomial termos em x2(t) distorção. C t d pode-se Contudo, d obter bt FM bbanda d llarga utilizando-se tili d como bloco bl bá básico i o FM bbanda d estreita. t it Para fm e Am fixos, e, sendo = (f Am )/ fm , varia-se f . fm NBFM, << 1 t Ac cos[ c t 2 f x( )d ] Este bloco fornece informações sobre o espaçamento entre linhas, fm. D j Deseja-se: t xc (t ) Ac cos[[ c 2 t 2 f 2 x( )d ] , com este fator permanece o mesmo f >> f . Deseja-se: t xc (t ) Ac cos[ c 2 t 2 f 2 x( )d ] , com f >> f . este fator permanece o mesmo _______________________________________________________ fm Alterando-se f do sistema, pode-se aumentar = (f Am )/ fm sem alterar fm surgem mais linhas aumenta-se a banda de mensagem. Uma forma de aumentar f utiliza uma cadeia de duplicadores e triplicadores de frequência frequência, formando um conjunto multiplicador de frequência. Os multiplicadores típicos consistem de unidades duplicadoras ou triplicadoras como a indicada na Figura 5.2-6b: 5 2 6b: Figura 5.2-6b eout ein _________________________________________________ Importante: o processo de multiplicação é sutil, afetando a faixa da variação de frequência mas não a sua taxa taxa. Por exemplo, numa modulação de tom, a multiplicação de frequência aumenta a frequência da portadora e o índice de modulação, mas não a frequência de modulação, tal que a amplitude das linhas de banda lateral é alterada, alterada enquanto o espaçamento de linhas permanece o mesmo. mesmo Exemplo: Multiplicador com dispositivo de lei quadrática t Entrada d NBFM: ein (t ) Ac cos[[ c1t 2 f 1 x( )d ] t eout (t ) ein2 (t ) cos 2 [ c1t 2f 1 x( )d ] sendo: c 2 2 c1 f 2 2 f 1 R Removendo-se d o termo DC, DC obtém-se: bé eout (t ) t 1 1 cos[2 c1t 2 2f 1 x( )d ] 2 t 1 1 cos[2 c 2 t 2f 2 x( )d ] 2 Saída FM: t 1 cos[[2 c 2 t 2f 2 x( )d ] 2 o qual possui a forma geral do sinal FM, porém, com f mais elevado que em NBFM. Tanto o desvio de frequência q do sinal de saída quanto q a portadora p são iguais g ao dobro dos valores correspondentes ao sinal de entrada. # Modelo de FM indireto (ou de Armstrong) Prosseguindo, se T for a constante de proporcionalidade do integrador, 1 t xc1 (t ) Ac cos[[ c1t 2 f 1 x( )d ] Ac cos c1 (t ) T a frequência instantânea do sinal NBFM é: 1 1 2f 1 f1 (t ) c (t ) f c1 x(t ) f c1 x(t ) 2 2 T 2T sendo = 2 f1 . O desvio de frequência inicial, portanto, é igual a /2T , e deve ser aumentado para o valor desejado f , através de um multiplicador de frequências. _____________________________________________________________ f f f1 (t ) f c1 1 x(t ) na entrada f 2 (t ) n f1 (t ) nf c1 n 1 x(t ) f c 2 f 2 x(t ) na saída. T T onde f n f 1 1 2f 1 1 , ou seja, n n T 2 T 2 T . O valor de n adequado depende do desvio de frequência final desejado, f: n f f 1 1 Normalmente, isto resulta em fc2 >> fc1 , e assim, a frequência central pode atingir valores muito elevados elevados. Portanto, a Fig. 5.3-5 inclui um conversor de frequência que translada o espectro, intacto, para uma frequência mais baixa f c nf c1 f LO , e assim, a frequência total torna-se f (t ) f c f x(t ) . O último componente do sistema é um amplificador de potência, potência desde que todas as operações anteriores devem ser utilizadas sob baixos índices de potência. Exemplo 5.3-1: 5 3 1: FM indireto Transmissor de Armstrong para FM comercial: fc1 = 200 kHz, /2T = 15 Hz e f = 75 kHz. O valor 2 f f pequeno garante que, que para W = 15 kHz, kHz ocorre: 1 75 Hz pequeno, 2T 2T T f 15T 1 1 max 1 T 10 3 3 W 15 10 pequeno, a condição necessária para NBFM sem problemas de distorção. Como o desvio de frequência desejado é f = 75 kHz, n f 75k 5.000 , 15 f 1 o qual pode ser obtido com uma cadeia de 4 triplicadores e 6 dobradosres, pois n = 34 26 = 5.184. Porém, fc2 = nfc1 = 5.000200 kHz = 1.000 MHz, um valor muito grande. Utiliza-se um estágio de heterodinagem, com um segundo oscilador a cristal, para transladar o espectro para um local conveniente: 88 MHz a 108 MHz para FM comercial. Por exemplo, exemplo para a emissão com fc = 100 MHz MHz, usa-se usa se fOL = 900 MHz MHz. (ver diagrama a seguir) (continua...) Transmissor de FM indireto: fc1 = 200 kHz, /2T = 15 Hz e f = 75 kHz. f c1 200 kHz, f 1 15 Hz T f = n f1 = 75 kHz fc2 = nfc1 = 1.000 MHz fc = 100 MHz fOL = (1000100) MHz FM com onda triangular (FM triangular wave) O método gera modulação sem distorção em frequência portadora até 30 MHz, e, é bastante conveniente para aplicações em instrumentação eletrônica. O FM triangular será definido recorrendo-se a com onde o deslocamento de fase inicial (0) foi incluído tal que c (0) 0 . Esta fase inicial não afeta a frequência instantânea Um sinal de FM triangular de amplitude unitária é expresso em termos de c (t ) como a qual define uma forma de onda triangular quando (t ) 0 [e, por isso, (0) 0 ]: ct cosct x (t) = (2)arcsin[cosct ] 0 1 (2) arcsin1= (2) /2=1 /2 0 (2) arcsin0 = 0 1 (2) arcsin(1)=(2) (/2) = 1 3 0 ((2)) arcsin0 = 0 2 1 (2) arcsin1 = 0 x +1 0 1 1 3 ________________________________________________ Mesmo quando (t) 0, a equação (5.3-5a) representa uma função triangular periódica de c : 2 x (t ) arcsin[cos c (t )] sin x (t ) cos c (t ) 2 a) cos x (t ) cos c (t ) cos [1 x (t )] cos c (t ) [1 x (t )] c (t ) 2 2 2 2 3 b) cos x (t ) cos c (t ) cos [3 x (t )] cos c (t ) [3 x (t )] c (t ) 2 2 2 2 Portanto, e assim por diante, para c > 2. Figura 5.3-6(a) ct Adendo: Schmitt trigger (circuito biestável não inversor) inversor)* Circuito usando amplificador operacional: realimentação ç positiva p Quando a tensão de entrada aumenta e ultrapassa VTH a saída chaveia do estado baixo (L) para alto (+L ( L+). Ocorre o inverso quando a entrada diminui e fica menor que VTL . Tensões de disparo: VTL L R1 R2 VTH L R1 R2 _____________________________________________________ * Sedra, A. S. & Smith, K. C., Microeletrônica, 5ª. Edição, Pearson/ Prentice Hall, Brasil, 2007. (fim do Adendo) A Fig. 5.3-6(b) mostra o diagrama de blocos de um sistema que produz x(t) a partir da tensão: a qual é prontamente obtida a partir da mensagem x(t). O circuito consiste de um inversor analógico, um integrador e um Schmitt trigger que controla uma chave eletrônica. _______________________________________________ O trigger coloca a chave na posição upper sempre que x(t) aumenta para +1, e, coloca a chave na posição lower sempre que x(t) decresce para 1. t = t1 upper Supõe se que o sistema opera em t = 0 com x(0) = +1, Supõe-se +1 e com a chave na posição upper x(0) = +1. t=0 Então, para 0 < t < t1 : 1 +1 x(t) t = t2 tal que x(t) percorre a rampa decrescente na Fig. 5.3-6a, até o tempo t1 , quando x(t1) = 1, correspondendo a c(t1) = . lower x(t) percorre a rampa decrescente até o tempo t1 , quando x(t1) = 1 e c(t1) = . _________________________________________________ O trigger leva a chave para a posição lower: t = t1 upper t=0 t = t2 t=0 1 +1 x(t) t = t1 t = t2 lower A seguir, x(t) percorre a rampa ascendente, até o tempo t2 , quando x(t2) = +1 com c(t1) = 2: A chave retorna à posição upper, e o ciclo de operação segue periodicamente, para t > t2 . Exemplo: fc = 10 kHz, fm = 1 kHz, = 5. c (t ) c t (t ) c t x(t ) 2f c t cos 2f m t 2 10.000t cos 2 1000t x(t) x(t) Um sinal FM senoidal é obtido a partir de x(t) usando um formatador de onda não-linear, com característica de transferência: T [ x (t )] Ac sin x (t ) 2 que executa a operação inversa da Eq. (5.3-6a). (continua...) T [ x (t )] Ac sin x (t ) 2 ______________________________________________________________ 2 Ac sin x (t ) Ac sin arcsin(cos c ) Ac sin[arcsin(cos c )] Ac cos[ c t (t ) (0)] 2 2 Outra alternativa, é aplicar x(t) a um hard limiter para produzir FM com onda quadrada: +Ac Ac t A seguir seguir, um filtro passa banda pode gerar uma onda FM de amplitude constante, constante desde que as componentes da forma de onda ceifada não tenham sobreposição espectral. Detectores de Frequência (Discriminadores de FM) Um detector de frequência, frequentemente chamado de discriminador, produz uma tensão de saída que varia linearmente na frequência instantânea de entrada. Se o sinal de entrada do discriminador de FM obedecer a (5.1-7), ou seja, a: sua saída será: t y D (t ) K D [2 f x( )d ] onde KD é a sensibilidade do discriminador. A maioria dos circuitos para detecção de frequência se enquadra numa das quatro categorias abaixo: i – Conversor de FM para AM; ii – Discriminador por deslocamento de fase; iii – Detecção de cruzamento de zero; iv – Realimentação de frequência. sendo que as três primeiras são discutidas neste capítulo, capítulo enquanto a quarta (PLL – Phase Locked Loop) é estudada no capítulo 7. A detecção de fase analógica (PM) não será discutida, pois raramente é utilizada na prática. Além disso, isto pode ser realizado integrando-se a saída de um detector de frequências. Lembre-se que a modulação PM é definida por (5.1-1), ou seja, por: com ou seja: j Em PM ocorre: fc 1 x (t ) 2 e então, o sinal na entrada de um discriminador de FM seria: xc (t ) Ac cos[[c t (t )] Ac cos[[c t x (t )] Na saída do discriminador, se teria um sinal proporcional a frequência instantânea: y DFM (t ) K D(t ) K D x (t ) Portanto, integrando-se yD(t) no tempo, recupera-se o sinal de mensagem: y PM (t ) K D x(t ) D i - Conversão de FM para AM Qualquer dispositivo ou circuito cuja saída é igual à derivada temporal da entrada produz conversão de FM para AM. Seja xc (t ) Ac cos c (t ) com c (t ) 2 [ f c f x(t )] . Então, diferenciando: mensagem + bias DC portadora O diagrama da Fig. 5.3-7a esquematiza o detector de frequência baseado na Eq. (5.3-6): (5.3‐6) O diagrama da Fig. 5.3-7a esquematiza o detector de frequência baseado na Eq. (5.3-6): ___________________________________________________________________ Li i d de Limitador d entrada: d remove quaisquer i variações i õ espúrias ú i de d amplitude li d de d xc(t) ( ) antes que atinjam i j o detector de envoltória. Boqueio DC: remove o offset constante produzido pela frequência portadora do sinal na saída. LPF remove descontinuidades LPF: d ti id d na forma f de d onda, d e assim, i facilita f ilit a diferenciação. dif i ã Para a implementação prática do conversor FM para AM, recorda-se o fato que um diferenciador ideal tem H(f)=2f. Ligeiramente acima e abaixo da ressonância (f0), a resposta em frequência de um circuito sintonizado, como a mostrada na Fig. 5.3-8a, se aproxima da resposta linear em amplitude desejada, ao longo de uma pequena faixa de frequências. fc f fc f resonance fc fc correspondência entre FM e AM fc Ac 2 f x(t ) Ac 2 f c carrier f0 f (t ) f c f x(t ) Há conversão de f(t) em hertz para x(t) em volts: fx(t), Hz Ac2f fx(t), Hz; fc Ac2fc, volts. A operação em torno dos pontos A ou A´ é indiferente (apenas introduz um desvio de fase de 1800 ao sinal detectado). detectado) Exemplo: Discriminador de FM com circuito RL Detector de inclinação + receptor de AM não sintonizado. DC+Kd fx(t) discriminador detector de envoltória Problema: p pouca sensibilidade e bias DC. Exemplo: Circuito RLC sintonizado em fc<f0 DC+Kd fx(t) detector de envoltória discriminador A sensibilidade ibilid d melhora, lh porém, é não ã é muito it linear li e apresenta t bias bi DC. DC Discussão: O problema do bias DC As redes anteriores tornam necessária a utilização de um bloqueio DC nas suas saídas, devido à presença do bias DC. p de bloqueio q eliminaria uma característica inerente da modulação ç FM,, qual q Entretanto,, o capacitor seja, que a FM responde à DC. output H(f) conversão de d FM para A AM K D f K 0 fc 0 t f 0 f (t ) f c f x(t ) f c f K i l de d sinal mensagem x(t) = K Torna-se interessante um circuito que não gere um bias DC na saída. t Exemplo: Discriminador balanceado (detector Round-Travis) Round Travis) Uma linearidade extendida pode ser obtida com o circuito discriminador balanceado da Fig. 5.3-8b: (continua...) O sistema apresenta dois circuitos ressonantes no secundário, um sintonizado na frequência 1, H1() acima da portadora c, e outro, H2(), sintonizado em 0, abaixo de c. A curva resultante, lt t H(), ) é denominada d i d de d curva-S S ddo di discriminador i i d por razões õ evidentes. id t (continua...) Análise gráfica: ponto de vista do diodo superior signal before D1 output after D1 output after DC block 0 0 FM to AM 1 envelope detector (continua...) Análise gráfica: ponto de vista do diodo inferior signal before D1 output after D2 0 output after DC block 0 FM to AM envelope detector 2 (continua...) Análise gráfica: Ao se conectar ambos os circuitos, H(f) assume a forma da curva-S Para todos os efeitos, o diodo superior enxerga a porção acima de fc, .... H( f ) output p after D1 signal g before D1 S-curve + fc f 0 0 0 t f (t ) + frequência freq ência instantânea 1 FM to AM t envelope detector (continua...) ....enquanto o diodo inferior enxerga a porção da reta abaixo de fc. H( f ) S-curve fc 0 f 0 0 f (t ) frequência instantânea output after D2 signal b f before D1 FM to AM envelope detector 2 t (continua...) t f1 > fc Análise circuital: + xc(t) + xc1 + + yc1 yD1 + + xc0 yc + yc0 yD0 f0 < fc Sinais de entrada: Xc1() = Xc0() tal que Xc1() = (N0 /N1) Xc(). Conforme f(t) varia, as variações de amplitude estão em sentidos opostos, de modo que a diferença entre essas variações gera a saída: Yc ( ) Yc1 ( ) Yc 0 ( ) H 1 ( ) X c1 ( ) H 0 ( ) X c1 ( ) [ H 1 ( ) H 0 ( )] X c1 ( ) aproximadamente linear com (continua...) Yc ( ) Yc1 ( ) Yc 0 ( ) H 1 ( ) X c1 ( ) H 0 ( ) X c1 ( ) [ H 1 ( ) H 0 ( )] X c1 ( ) _____________________________________________________________ Portanto, Yc ( ) H ( ) X c1 ( ) com H ( ) H 1 ( ) H 0 ( ) , para 0 < < 1 . A resposta p em frequência q resultante forma a bem conhecida curva-S do discriminador de FM: O discriminador de FM proporciona um sinal de saída cuja amplitude depende do desvio de frequência instantânea em relação à frequência portadora. q máximo de f = 75 kHz, a característica do Para radiodifusão de FM com desvio de frequência discriminador de FM desejado é mostrado acima. # Análise teórica do detector Round Round-Travis* Travis Um discriminador de frequência consiste de um circuito de inclinação seguido por um detector de envoltória. U circuito Um i i de d inclinação i li ã ideal id l é caracterizado i d por uma resposta em frequência f ê i que é puramente imaginário, variando linearmente com a frequência dentro de uma faixa de frequência prescrita. H bp(1) ( f ) j f c1 W 2 f c1 f c1 W 2 f c1 W 2 f c1 f c1 W 2 W W W fc f fc j 2a f f c 2 , 2 2 W W W H bp(1) ( f ) j 2a f f c , f c f f c 2 2 2 0 outside _________________________________________________________ *Haykin, S., Communication Systems, 4th edition, John Wiley & Sons, NY, 2001. O sistema equivalente passa passa-baixa baixa será: H (p1) ) f ) j W W W j 2a f , f H (p1) ( f ) 2 2 2 0 outside O sinal de FM de entrada é: W 2 t xc (t ) Ac cos[ c t 2 f x( )d ] Recorrendo-se a (4.1-5), e (4.1-11b), obtém-se bté o sinal i l equivalente i l t passa-baixa b i da d estrada: t d xp (t ) Ac t exp[ j 2 f 0 x( )d ] 2 W 2 W W W A t j 2a f , f x p (t ) c exp[ j 2 f 0 x( )d ] H (p1) ( f ) 2 2 2 2 0 outside _______________________________________________ Seja y (1p) (t ) o sinal equivalente passa-baixa na saída, cujo espectro é: W W W j 2a f X (p1) ( f ), f Y(p1) ( f ) H (p1) ( f ) X (p1) ( f ) 2 2 2 0 outside onde X p ( f ) é a TF de x(1p) (t ) . Usando o teorema da diferenciação (2.3-8).ou seja deduz-se que Derivando-se x(1p) (t ) xp (t ) dt e assim dxp (t ) y (1p) (t ) a jWxp (t ) dt no tempo se obtém: Ac d t t t {exp[ j 2 f 0 x( )d ]} exp[ j 2 f 0 x( )d ] jAc f x(t ) exp[ j 2 f 0 x( )d ] 2 dt 1 f t y (1p) (t ) jWaAc exp[ p[ j 2 f 0 x( )d ] 2 W 1 f t y (1p) (t ) jWaAc exp[ j 2 f 0 x( )d ] 2 W ____________________________________________________ A resposta desejada é obtida aplicando-se (4.1-12): t 1 f (1) y bp (t ) 2 Re[ y (1p) (t )e jct ] 2 Re jWaAc x(t ) exp[ c t 2f x( )d ] 0 2 W t f 1 (1) (t ) 2 Re jWaAc x(t ) exp c t 2f x( )d y bp 0 2 W 2 t 1 f WaAc x(t ) cos 2f c t 2f x( )d 0 2 2 W 2 f Escolhendo-se x(t ) 1 para todo t, pode-se usar um detector de envoltória para recuperar as W variações de amplitude, recorrendo-se a (4.1-5), ou seja: y bp (t ) A1 (t ) cos[ c t (t )] f 1 A1 (t ) WaAc 2 x(t ) W 2 O bias DC (W a Ac))/2 é proporcional p p à inclinação ç “a “ da resposta p em frequência q do circuito de inclinação. Com Isto sugere que o bias pode ser removido subtraindo-se da saída do detector de envoltória, A1(t), a g detector de envoltória precedido p por p um circuito de inclinação ç complementar p saída de um segundo H bp( 2 ) ( f ) , tal que fc1 fc2 = W . f 1 A1 (t ) WaAc 2 x(t ) W 2 ______________________________________________ Segundo detector de envoltória precedido por um circuito de inclinação complementar H bp( 2 ) ( f ) , tal que fc1 fc2 = W : W W H bp( 2 ) ( f ) f c2 f c1 2 j W 2 f c2 f c2 2 W 2 f c2 W 2 f f c2 f c2 f c1 W 2 Procedendo-se a uma análise similar à anterior, mostra-se que a segunda envoltória será: f 1 (mostrar isto!) A2 (t ) WaAc 2 x(t ) 2 W A diferença entre as duas envoltórias é: A(t ) A1 (t ) A2 (t ) 4 f a x(t ) a qual está livre do bias. Isto sugere que a resposta em frequência global seja obtida a partir de: H bp ( f ) H bp(1) ( f ) H bp( 2 ) ( f ) H bp(1) ( f ) j f c1 W 2 f c1 f c1 W 2 f c1 W 2 W 2 f c1 f c1 H bp( 2 ) ( f ) f c2 f c1 W 2 f c2 j f c2 W 2 fc2 W 2 f c2 f c2 A diferença entre as duas respostas em frequência será: H bp ( f ) H bp(1) ( f ) H bp( 2 ) ( f ) H bp ( f ) Resposta em frequência global fc 0 fc2 W 2 fc f c1 W 2 f f c1 W 2 Pode-se modelar o discriminador de frequência ideal como um par de circuitos de inclinação com resposta em frequência H bp(1) ( f ) e H bp( 2 ) ( f ) , seguido por detector de envoltória e um somador. xc (t ) H bp(1) ( f ) H bp ( f ) H bp(1) ( f ) H bp( 2 ) ( f ) H bp( 2 ) ( f ) Este esquema pode ser realizado usando o detector Round-Travis: Detector Round-Travis: D1 Metade superior p Metade i f i inferior D2 H bp ( f ) Resposta em frequência vista pela metade inferior fc Resposta em frequência vista pela metade superior 0 Resposta em frequência vista pela metade superior W fc2 2 fc f c1 W 2 f Resposta em frequência vista pela metade inferior As seções de filtros ressonantes, superior e inferior, estão sintonizadas em frequências acima (fc1) e abaixo (fc2) da frequência da portadora não modulada (fc), respectivamente. Assume-se que ambos os filtros possuam fatores Q elevados A linearidade da porção útil da resposta em frequência total é determinada pela separação das duas frequências de ressonâncias. A separação de frequência de 3 dB proporciona resultados satisfatórios, onde 2B é a largura de banda de 3 dB de cada filtro. # ii - Discriminador por desvio de fase Os discriminadores por desvio de fase envolvem circuitos com resposta linear de fase, em contraste com a resposta linear de amplitude da detecção de inclinação. O princípio básico vem da aproximação para diferenciação no tempo: desde que t1 seja pequeno comparado à variação de v(t). v(t) Dado que um sinal de FM possui (t ) 2 f x(t ) , tem-se sendo que (tt1) pode ser obtido com a ajuda de uma linha de retardo ou, equivalentemente, com uma rede de desvio de fase linear. No primeiro caso, tem tem-se se o circuito desenhado abaixo, com uma rede de retardo de fase t1: + xc(t) + 1/t1 envelope detector delay line t1 t1(t ) xc (t ) xc (t t1 ) (t ) 2 f t1 x(t ) DC block yD(t) + xc(t) somador + 1/t1 envelope detector DC block yD(t) delay line t1 (t ) 2 f t1 x(t ) t1(t ) xc (t ) xc (t t1 ) _____________________________________________________ O fator t1 deve ser pequeno reativamente às variações temporais de xc(t): t1 << 1/fc. Problema: o amplificador linear de alto ganho 1/t1 é de difícil implementação. Detector de quadratura Na rede abaixo, tem-se um discriminador por desvio de fase com uma rede tendo group delay t1 e carrier delay t0, tal que ct0 = 900, o qual é chamado de detector de quadratura. multiplicador lti li d ______________________________________________________ Da Eq. 5.2-11a, o sinal deslocado em fase é proporcional a cos[ct 900 (t t1 )] sin[c t (t t1 )] A multiplicação por cos[c t (t )] gera: [sin c t cos (t t1 ) cos c t sin (t t1 )] [cos c t cos (t ) sin c t sin (t )] sin c t cos c t cos (t ) cos (t t1 ) sin 2 c t sin (t ) cos (t t1 ) cos 2 c t cos (t ) sin (t t1 ) sin c t cos c t sin (t ) sin (t t1 ) sin 2c t cos[ (t ) (t t1 )] cos[ (t ) (t t1 )] 1 cos 2c t sin[ (t ) (t t1 )] sin[ (t ) (t t1 )] 2 2 2 1 cos 2 t sin[ [ ( t ) ( t t )] sin[ [ ( t t ) ( t )] sin 2 t sin[ [ ( t ) ( t t )] cos[ [ ( t ) ( t t )] c 1 1 c 1 1 2 2 2 2 2 Após passar por um filtro passa-baixa, gera-se um sinal proporcional a: assumindo-se que t1 é pequeno o suficiente, tal que (t ) (t t1 ) . Si l de Sinal d saída íd proporcional i la ______________________________________________________ Portanto, sendo KD = 2t1. A despeito dessas aproximações, um detector de quadratura proporciona melhor linearidade que um discriminador balanceado, balanceado ee, frequentemente é usado em receptores de alta qualidade. qualidade iii – Detector de cruzamento de zeros O sinal de FM após o hard limiter dispara um gerador de pulsos monoestável, que produz um pulso curto de amplitude A e duração , fixos, a cada subida (ou descida) no cruzamento de zero do sinal de FM. Se for possível invocar o ponto de vista quase-estático, no qual o intervalo de tempo T é tal que W<<1/T<< fc , a largura de cada onda retangular após o hard limiter varia lentamente dentro do intervalo de observação T (pois W<<1/T), e, que cabem muitos pulsos de v(t) dentro desse intervalo (pois 1/T<<fc). Nesta situação, a saída do monoestável v(t) se parece com um trem de pulsos retangular com período aproximadamente constante, igual a 1/f(t). Então, existirão aproximadamente nT T /[1 / f (t )] T f (t ) pulsos no intervalo T. Por outro lado, lado integrando-se v(t) ao longo de T : A [ f c f x(t )] a qual se torna y D (t ) K D f x(t ) após o bloqueio DC. Detectores de cruzamento de zero podem apresentar linearidades melhores que 0,1%, e, operar em frequências fc de 1 Hz a 10 MHz. O uso de maiores frequências de portadora fc, mantendo-se W e 1/T fixados, promove o aparecimento de um número muito grande de pulsos de v(t), podendo comprometer a relação n = T f(t) (este valor pode exceder em alguns ciclos este número, ou o inverso). Um contador com divisor por 10 inserido após o hard limiter extende a faixa até 100 MHz. Atualmente, a maioria dos dispositivos de comunicação por FM utilizam circuitos integrados para detecção de FM. Suas confiabilidade, pequeno tamanho e facilidade de projeto têm incentivado o crescimento de FM two-way two way portátil e sistema de comunições celulares por rádio.