Slide 1 - Novos Olhos

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Economia Brasileira
Aula 5
Setor Externo
GREMAUD, Amaury P.; VASCONCELLOS, Marco Antonio
Sandoval de; TONETO, Rudnei. Economia Brasileira
Contemporânea. 7ª ed., São Paulo: Atlas, 2007.
JORGE, Fauzi Timaco; MOREIRA, José Octávio de Campos.
Economia: notas introdutórias. 2ª ed., São Paulo: Atlas, 2009.
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E é chegada a hora de “abrir” a economia...
Economia Brasileira
Nossa economia, aquela que vimos analisando até este capítulo,
foi vista como se estivesse "fechada" para outras economias.
Já é chegada a hora de "abrir" o mercado, a economia como um
todo.
O consumo interno de um país que não transacione com o
exterior está naturalmente limitado à sua curva de
possibilidades de produção. O comércio internacional consiste
no modo pelo qual os países podem superar suas limitações de
produção, promovendo, dessa forma, um incremento do consumo
interno via importação de bens cuja produção, por motivos
vários, não se justifica no país consumidor em questão.
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Economia Brasileira
...e ponderar sobre os benefícios do comércio exterior
Outro aspecto que ressalta a importância das relações internacionais
de comércio reside na própria economia de escala que advém da
especialização na produção de certos bens. Em uma situação de
economia de escala, os custos se reduzem como decorrência de uma
produção maior. Por sua vez, maior concorrência, ao disputar o
mercado externo, traz, em geral, benefícios quanto à qualidade,
custos de produção e outros aspectos ligados à fabricação e
comercialização de produtos exportáveis. O comércio internacional,
porém, é, necessariamente, uma via de mão dupla: os interesses
comerciais em pugna buscam uma compensação, igualando-se as
compras internacionais (importações) com as vendas (exportações).
Nem sempre isto é possível. Surgem então medidas protecionistas da
indústria local afetadas pelas importações de produtos concorrentes
do exterior, consubstanciadas nas barreiras alfandegárias, proibição
de importações, fixação de quotas de importação e outras.
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Economia Brasileira
As razões de
um intercâmbio
comercial com
o exterior
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Nos casos de países em desenvolvimento, o
comércio exterior age, em primeiro lugar, como
fator de elevação da produtividade econômica; em
segundo lugar, como força motora capaz de
provocar transformações estruturais e, em
terceiro, como canal de transmissão do progresso
tecnológico.
Outros aspectos merecem ser considerados, como,
por exemplo, a impossibilidade de uma economia
atingir um grau pleno de autonomia de insumos e
bens; então, haverá sempre necessidade de
importar, independente do estágio de
desenvolvimento tecnológico que qualifica o país e
da sua disponibilidade de recursos naturais. Este
motivo, por si só, reforça a necessidade de ênfase
na expansão do comércio exterior.
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Economia Brasileira
No caso particular do Brasil, outro aspecto deve ser
observado: dificilmente se lograria atingir uma escala
mundial de produção de certas máquinas e bens de capital
imprescindíveis para o crescimento da produção interna de
outros bens. O caminho lógico consiste, pois, na importação
destes bens de capital; estas importações, diga-se de
passagem, costumam ser bastante elevadas quando o
produto e os investimentos crescem aceleradamente, ou
mesmo quando se adota um programa de substituição de
O caso do importações.
Brasil
Existiria, então, certo limite mínimo para o coeficiente de
importações, ou seja, a relação entre importações e Produto
Interno Bruto (PIB). A pressuposição de um coeficiente
constante, a PIB crescente, implica importações crescentes
à mesma taxa que o produto real. Para que não ocorram
sérias perturbações no balanço de pagamentos, as
exportações têm de crescer à mesma taxa.
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Economia Brasileira
Balanço de
Pagamentos
O balanço de pagamentos de um país é um resumo contábil
das transações econômicas que esse país faz com o resto
do mundo, durante certo período de tempo. Com base
nesse balanço pode-se avaliar a situação econômica
internacional do país.
No Brasil, o balanço de pagamentos é elaborado pelo
Banco Central baseado nos registro das transações
efetuadas entre residentes no país e residentes em
outras nações. Entende-se por residentes os agentes
econômicos que possuem o centro de interesse no país.
Um turista americano no Brasil não é residente do país,
enquanto um turista brasileiro no exterior é residente.
Um diplomata brasileiro que esteja morando no exterior
para prestar serviços diplomáticos continua sendo
residente do país. Uma empresa multinacional, isto é, filial
de uma empresa estrangeira instalada no país, é
residente, mas seus proprietários que moram no exterior
não são residentes.
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Economia Brasileira
CRÉDITOS
Exportações de bens e serviços
Recebimentos de doações e indenizações de estrangeiros
Método das
partidas
dobradas
Recebimentos de empréstimos de estrangeiros
Recebimentos de reembolsos de capital do estrangeiro
Vendas de ativos para estrangeiros etc.
DÉBITOS
Importações de bens e serviços
Pagamentos de doações e indenizações a estrangeiros
Pagamentos de capital emprestado por estrangeiros
Reembolsos de capital a estrangeiros
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A. Balança de Transações Correntes
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A.1 Balança Comercial
A.1.1 Exportações
A.1.2 Importações
A.2 Balança de Serviços e Rendas
A.2.1 Serviços
A.2.1.1 Transportes
A.2.1.2 Viagens
A.2.1.3 Seguros
Estrutura de
um Balanço de
Pagamentos
A.2.1.4 Financeiros
A.2.1.5 Computação e Informações
A.2.1.6 Royalties e Licenças
A.2.1.7 Aluguel de Equipamentos
A.2.1.8 Serviços Governamentais
A.2.1.9 Outros
A.2.2 Rendas
A.2.2.1 Salários e Ordenados
A.2.2.2 Renda de Investimentos
A.2.2.2.1 Renda de Investimentos Diretos
A.2.2.2.2 Renda de Investimentos em Carteira
A.2.2.2.3 Renda de Outros Investimentos
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A.3 Transferências Unilaterais Correntes
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Economia Brasileira
B. Conta Capital e Financeira
B.1 Conta Capital
B.2 Conta Financeira
B.2.1 Investimento Direto (líquido)
B.2.1.1 Participação no Capital
B.2.1.2 Empréstimos Intercompanhias
Estrutura de
um Balanço de
Pagamentos
(continuação)
B.2.2 Investimento em Carteira
B.2.2.1 Ações
B.2.2.2 Títulos de Renda Fixa
B.2.3 Derivativos
B.2.4 Outros Investimentos
C. Erros e Omissões
A + B + C = Resultado do Balanço
D. Variação nas Reservas
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Economia Brasileira
Balança
Comercial
Exportações:
Venda de mercadorias produzidas no país para outros
países, isto é, corresponde à demanda de não residentes
por mercadorias produzidas no país.
Importações:
Compra de mercadorias produzidas em outro país por
residentes do país.
Saldo da balança comercial =
exportações (FOB)
(-) importações (FOB
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Economia Brasileira
A balança de serviços e rendas registra as
exportações e importações de serviços pelo país.
Rendas:
Corresponde ao pagamento pela
utilização de fatores de produção
como, por exemplo, trabalho e capital.
É também chamado de serviços de
fatores
Serviços:
Não envolve negociação com fatores
de produção, compreendendo o
turismo, frete etc.. É também
chamado de serviços de não-fatores
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Balança de
Serviços e
Rendas
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Economia Brasileira
Conta Capital
e Financeira
Envolve as operações que modificam a estrutura
de direitos e obrigações de um país em
relação ao resto do mundo. Inclui:
a)
b)
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Conta Capital: transferências unilaterais
patrimoniais e aquisição (ou alienação) de
bens não-financeiros, não produzidos, como
cessão de marcas e patentes;
Conta Financeira: todos os fluxos com ativos
e passivos financeiros entre residentes e não
residentes (investimentos, empréstimos,
amortizações etc.)
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Economia Brasileira
Tabela 10.2 Indicadores da situação externa: 1995-2010
Ano
Dívida total
líquida/
exportações
Juros/
Exportações
Reservas/
Importações
Exportações
(X)/PIB
(%)
Importações
(M)/PIB
(%)
(X+M)/
PIB
(%)
1995
1,90
0,17
1,04
6,59
7,08
13,68
1996
2,00
0,18
1,13
6,16
6,88
13,04
1997
2,30
0,18
0,87
6,56
7,40
13,96
1998
3,20
0,22
0,77
6,49
7,33
13,82
1999
3,60
0,31
0,74
8,95
9,17
18,12
2000
3,10
0,27
0,59
9,15
9,26
18,41
2001
2,80
0,26
0,65
11,42
10,90
22,32
2002
2,70
0,22
0,80
13,14
10,28
23,42
2003
2,10
0,18
1,02
14,42
9,53
23,95
2004
1,40
0,14
0,84
15,97
10,40
26,38
2005
0,90
0,11
0,73
14,86
9,24
24,10
2006
0,50
0,11
0,94
12,70
8,40
21,00
2007
-0,10
0,10
1,50
12,00
9,00
21,10
2008
-0,10
0,08
1,12
12,60
11,00
23,60
2009
-0,40
0,09
1,87
9,70
8,10
17,80
2010
-0,30
0,07
1,59
11,91
10,71
22,62
Fonte: Banco Central
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Tabela 10.3 Importação de bens e serviços, exportação de bens e serviços, grau de
abertura e balanço de transações correntes. Países selecionados – 2010
(em % do PIB)
País
Importação
Exportação
Grau de
abertura
Balanço de
Transações
Correntes
Brasil
10,7
11,9
22,6
-2,8
Rússia
9,5
13,7
23,2
4,7
China
11,2
15,9
27,1
4,7
Alemanha
32,0
38,4
70,5
6,1
Japão
12,8
13,5
26,3
3,1
Reino Unido
22,2
16,3
38,5
-2,2
França
32,7
27,9
60,6
-1,8
Canadá
24,8
34,0
58,8
-2,8
EUA
15,1
9,8
24,9
-3,2
Fontes: FMI, Banco Central e Banco Mundial
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Economia Brasileira
E o câmbio?
Valorização cambial da
moeda nacional ocorre
quando o poder de
compra desta moeda em
relação às demais cresce;
e desvalorização cambial
ocorre quando seu poder
de compra cai, exigindo
mais aporte de moeda
para cada unidade de
outra moeda.
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Taxa de câmbio é
o valor que uma
moeda nacional
possui em termos
de outra moeda
nacional.
Taxa de câmbio
real é a taxa de
câmbio nominal
deflacionada pela
razão entre a
inflação
doméstica e a
inflação externa.
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Economia Brasileira
Regimes cambiais
Taxa de câmbio fixa é aquela em que o preço da moeda
nacional em termos de moeda estrangeira é dado e o equilíbrio do
mercado é obtido pela compra e venda de divisas (moeda ativo de
aceitação internacional) pelo Banco Central.
Taxa de câmbio flutuante é o regime no qual o preço da
moeda nacional em termos de moeda estrangeira oscila livremente,
para garantir o equilíbrio entre a oferta e a demanda de divisas.
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Economia Brasileira
Movimento
de Capitais
O Movimento de Capitais para um país depende
essencialmente do diferencial entre as taxas de
juros interna e a taxa de juros internacional. Se
esse diferencial for maior que zero, isto é, se a
taxa de juros interna for maior do que a taxa de
juros internacional, o país deve receber um afluxo
de capitais. Caso esse diferencial seja menor que
zero, deve ocorrer uma saída de capital do país.
Pode-se, então, inferir que a taxa de juros
interna – por exemplo, aquela que remunera os
títulos do governo, chamada de taxa SELIC, não
depende exclusivamente das condições internas
de uma economia, mas, também, das condições
externas, ou seja, da necessidade de atrair mais
ou menos capital estrangeiro para o equilíbrio das
contas externas.
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Economia Brasileira
Aula 6
A evolução da economia brasileira: uma
perspectiva histórica
O pós-Guerra (1945-1955)
GIAMBIAGI, F.; VILLELA, A.; CASTRO, L.B. de; HERMANN, J. (Org.).
Economia Brasileira Contemporânea (1945-2004).
Rio de Janeiro: Elsevier, 2005
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