Slide 1 - Novos Olhos

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Economia Brasileira
Aula 2
Contabilidade Nacional e
Agregados Macroeconômicos
GREMAUD, Amaury P.; VASCONCELLOS, Marco Antonio
Sandoval de; TONETO, Rudnei. Economia Brasileira
Contemporânea. 7ª ed., São Paulo: Atlas, 2007.
JORGE, Fauzi Timaco; MOREIRA, José Octávio de Campos.
Economia: notas introdutórias. 2ª ed., São Paulo: Atlas, 2009.
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Economia Brasileira
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Economia Brasileira
A Macroeconomia compreende o estudo dos
agregados ― a produção ou renda nacional, o
consumo, o emprego, a moeda, o nível de preços, o
comércio internacional. Estes são, pois, aspectos
amplos e globais da realidade econômica, que
passará a ser abordada de forma "macroscópica".
A análise macroeconômica deve possibilitar
respostas a questões tão importantes como: que é
que determina o nível de renda em uma economia?
Que é que determina o nível geral de preços? Que é
que determina o nível geral de emprego?
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Economia Brasileira
Os antigos economistas argumentavam que,
teoricamente, haveria automaticidade do pleno emprego:
segundo as idéias de Jean-Baptiste Say, economista
francês que viveu entre 1767 e 1832, a oferta cria a sua
própria procura, e, por isso, só estariam desempregados
aqueles que exigissem salários irreais, ou que
preferissem ficar desempregados, ou ainda aqueles que
estivessem em trânsito, entre um emprego e outro.
A lei de Say
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Vamos examinar a Lei de Say ― como ficou conhecida
― mais de perto: a noção de que a oferta gera a sua
própria procura parte do pressuposto de que quando se
produz um bem se está criando procura para outros
bens. Assim, não poderia existir superprodução de bens
em geral. Se não pode haver superprodução, não
existirá desemprego em geral. Então, em outras
palavras, havendo sempre um mercado para os bens
que se produzir, não haverá limite ao número de
empregos que a sociedade pode manter.
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Economia Brasileira
Cinco aspectos da obra de Keynes
(John Maynard Keynes, 1883-1946)
Análise da
economia como
um todo
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Suas análises abordavam o nível geral de
emprego, o nível de preços, o Produto
Nacional Bruto, a liquidez da moeda e outros
aspectos. Sua obra constitui, pois, um marco
dentro da análise macroeconômica,
significando uma guinada de 180 graus na
Teoria Econômica que insistia, até então, na
abordagem microscópica.
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Cinco aspectos da obra de Keynes (continuação)
(John Maynard Keynes, 1883-1946)
Importância da
procura agregada
e da
oferta agregada
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Mais uma vez, um problema agregativo,
relevante na determinação do nível da Renda
Nacional e do emprego em geral. Para
Keynes, a oferta global poderia exceder a
procura agregada ou ficar muito aquém da
mesma. Isto contrariava frontalmente a lei de
Say.
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Economia Brasileira
Cinco aspectos da obra de Keynes
(John Maynard Keynes, 1883-1946)
Equilíbrio de
desemprego
UNIP
Um processo de tentativa de ajustamento
entre a oferta agregada e a procura agregada
― via diminuição da produção e do emprego
― até um reequilíbrio. Reequilíbrio que
fatalmente iria acarretar grande massa de
desemprego no conjunto da economia, o que
explicaria a Grande Depressão.
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Cinco aspectos da obra de Keynes
(John Maynard Keynes, 1883-1946)
Liquidez da
moeda
A condição de ativo por excelência, capaz de
manter naturalmente a capacidade de compra
a qualquer momento, confere à moeda um
lugar privilegiado na análise econômica. Para
ele, a moeda significava, portanto, algo mais
que um simples elemento de troca, revestido
de especial importância no funcionamento da
economia.
Competindo com outros ativos reais ― ativos
não financeiros ― , a moeda seria alvo de
demanda e oferta, influenciando a procura e a
oferta agregadas da Economia e, assim, o
próprio nível de emprego.
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Cinco aspectos da obra de Keynes
(John Maynard Keynes, 1883-1946)
A atuação do
governo
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Keynes destacou a necessidade de
intervenção do governo de forma indireta ―
incentivando o consumo via diminuição dos
impostos, no caso de insuficiência da
demanda, ou aumentando os impostos se se
tratasse de excesso de procura ― ou de
forma direta -, aumentando o consumo
próprio de bens e serviços. E mesmo
alterando a oferta de moeda na Economia,
uma forma ainda mais indireta de intervenção.
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Algumas definições...
A produção é a atividade social que visa adaptar a natureza para a
criação de bens e serviços que permitam a satisfação das
necessidades humanas.
Os fatores de produção são os recursos utilizados na produção
de bens e serviços.
O produto é a soma daquilo que foi produzido em um país durante
determinado período de tempo.
O crescimento econômico de um país em determinado período
de tempo é definido como o aumento do produto naquele período, ou
seja, a elevação na produção de bens e serviços que satisfaçam as
necessidades humanas.
O valor adicionado corresponde ao valor que foi, em cada etapa
produtiva, acrescido (adicionado) ao valor das matérias-primas
utilizadas.
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O fluxo circular da renda
Fornecimento de Fatores de Produção
Remuneração pelos Fatores Produção
RENDA
Empresas
Indivíduos
DESPESA
Pagamento pelos Bens e
Serviços
Suprimento de Bens e Serviços
PRODUTO
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DIFERENCIAÇÃO DO VALOR BRUTO DA PRODUÇÃO E PRODUTO NACIONAL:
A QUESTÃO DO VALOR ADICIONADO
Tabela 7.1
Valor adicionado: o caso do açúcar
Estágio
Compras
realizadas
($)
Cana-de-açúcar
Vendas
realizadas
($)
Valor adicionado
(salários, lucros, juros,
aluguéis)
($)
-
1.148.928
1.148.928
Açúcar bruto
1.148.928
1.351.680
202.752
Açúcar refinado
1.351.680
1.689.600
337.920
Comércio
1.689.600
2.112.000
422.400
Consumidor
2.112.000
-
-
6.302.208
6.302.208
2.112.000
Soma
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Tabela 7.2
Valor adicionado: o caso do pão
Estágio
Compras
realizadas
($)
Trigo
Vendas
realizadas
($)
Valor adicionado
(salários, lucros, juros,
aluguéis)
($)
-
1.478.400
1.478.400
Farinha
1.478.400
1.848.000
369.900
Pão
1.848.000
2.310.000
462.000
Comércio
2.310.000
Consumidor
4.620.000
Despesa
Soma
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4.620.000
Produto
10.256.400
2.310.000
-
-
10.256.400
4.620.000
Renda
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O multiplicador da renda
Propensão
Marginal a
Consumir
(PMgC)
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Em sua mais simples concepção, um multiplicador da
renda representa quanto um fluxo adicional de despesa
gera de aumento de renda real ― aqui entendido o
consumo, o investimento, os gastos do governo e os
gastos provenientes do setor externo.
Ocorre, no entanto, que nem toda renda adicional é
consumida. Parte dos acréscimos de renda fica, com
certeza, acumulada sob a forma de poupança. Assim, é
possível imaginar uma propensão marginal a consumir,
que chamaremos de PMgC, representada por
∆C
PMgC = -------∆Y
isto é, a relação entre o acréscimo no consumo C
provocado por um acréscimo na renda Y. Esta PMgC
estará situada entre 0 e 1, assumindo valores entre 0 e
100% do acréscimo de renda, tal que
0 < PMgC < 1
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O multiplicador da renda (continuação)
Como nem todo acréscimo de renda é consumido,
especialmente nos extratos superiores de renda, existirá
igualmente uma propensão marginal a poupar, PMgS,
que será dada por
Propensão
Marginal a
Poupar
(PMgS)
PMgS = 1 – PMgC
significando que, do acréscimo de renda ∆Y, aquilo que
não for direcionado ao consumo (∆C), o será à
poupança, tal que
∆S
PMgS = -------∆Y
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Com base na PMgC e PMgS, pode-se definir a
fórmula do multiplicador da renda (k), conforme
segue:
1
k = ---------1-PMgC
A fórmula do
multiplicador
da renda
o que equivale a
1
k = ---------PMgS
porque
PMgS = 1-PMgC
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A renda Y é destinada ao consumo C e à poupança S.
Supondo uma renda inicial Y = 100; C = 90 e S = 10. Um acréscimo de
renda ∆Y de 10 é direcionado, por hipótese, para o consumo (∆Y), no
montante de 8 e o restante irá para a poupança (∆Y). Então, neste
caso, a PMgC será de 8/10, ou seja, 0,8 e, portanto, o multiplicador da
renda k será 5, resultado de 1/0,2.
Conhecida, portanto, a PMgC de um determinado segmento da
população, é possível deduzir qual será o efeito de um acréscimo de
renda no conjunto da atividade econômica, de tal forma que
∆Yt = k ∆Y
No exemplo,
∆Yt = 5 x 10 = 50
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Gráfico 7.6
O efeito multiplicador da renda
1º. momento
RENDA
CONSUMO
2º. momento
RENDA
CONSUMO
3º. momento
RENDA
CONSUMO
POUPANÇA
POUPANÇA
POUPANÇA
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Produto Nacional a custo de fatores (PNcf)
+ Impostos indiretos (-) subsídios
= Produto Nacional a preços de mercado (PNpm)
+ depreciação
= Produto Nacional Bruto (PNB)
+ renda enviada para o exterior
(-) renda recebida do exterior
= Produto Interno Bruto (PIB)
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Por último, mas não menos importante, há que se destacar a equação
macroeconômica geral, dada por
Y = C + I + G + (X – M)
onde
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Y
produto
C
consumo
I
investimento
G
gastos do governo
X
exportações
M
importações
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Aula 3
Desenvolvimento e distribuição de renda;
desemprego e mercado de trabalho
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