Slide 1 - Novos Olhos

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Economia Brasileira
Aula 1
O funcionamento do sistema econômico
GREMAUD, Amaury P.; VASCONCELLOS, Marco Antonio
Sandoval de; TONETO, Rudnei. Economia Brasileira
Contemporânea. 7ª ed., São Paulo: Atlas, 2007.
JORGE, Fauzi Timaco; MOREIRA, José Octávio de Campos.
Economia: notas introdutórias. 2ª ed., São Paulo: Atlas, 2009.
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Economia Brasileira
O PIB da cidade de São Paulo
é de R$ 357 bilhões
A Região Metropolitana possui
PIB de R$ 507 bilhões
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Economia Brasileira
QUESTÕES CENTRAIS DA ECONOMIA
O dilema traduzido pelo confronto entre recursos ― humanos e
materiais ― escassos e necessidades ― coletivas e individuais
― ilimitadas implica a existência de três questões
fundamentais:
• Que e quanto produzir?
• Como produzir?
• Para quem produzir?
Compete à Ciência Econômica, como sua mais importante
função, reunir um máximo de informações que possibilite
completo diagnóstico da relevância de cada um destes
problemas e suas diversas formas de solução. Esta, na
realidade, a própria razão de ser deste ramo de conhecimento.
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Economia Brasileira
O FUNCIONAMENTO DO SISTEMA ECONÔMICO
Qualquer que seja a forma de organização da atividade
econômica de uma comunidade ― economia de mercado,
economia planificada centralmente ou um sistema misto
― , os seus objetivos são muito semelhantes: busca-se otimizar
a satisfação do indivíduo, de um lado e, de outro, maximizar a
eficiência produtiva. Esta operacionalidade do sistema
econômico deve ser analisada com base em todos os fatores e
forças que interferem nos fluxos de mobilização de recursos e de
produção dos bens e serviços oferecidos e demandados. Tratase de uma análise que exige grande simplificação da atividade
econômica, o que, no entanto, não deprecia, em momento
algum, a sua semelhança com a realidade dos fatos.
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Economia Brasileira
REGIME ECONÔMICO, ESTRUTURA ECONÔMICA E SISTEMA
ECONÔMICO
O regime econômico pode ser conceituado como o conjunto de normas
― positivas e costumeiras ― e instituições que têm a finalidade de
conduzir e disciplinar as relações econômicas entre os homens e os meios
de produção, e dos homens entre si. Em outras palavras, refere-se às
diretrizes jurídico-políticas prevalecentes na atividade econômica. Constitui
o arcabouço jurídico-institucional sobre o qual irá assentar a estrutura
econômica. Sua importância maior, neste sentido, está no definir a ligação
homem/meios de produção e homem/homem.
Responde, portanto, às indagações do tipo:
• Os indivíduos podem ser proprietários de meios de produção?
• Existem restrições à propriedade particular dos meios de produção?
• A contratação do fator trabalho é totalmente livre? Quais as regras
básicas que orientam esta relação capital/trabalho?
• O indivíduo pode escolher livremente o seu papel no processo
econômico?
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Economia Brasileira
A estrutura econômica compreende a ligação e a interdependência de
elementos econômicos e extra-econômicos que, em atividade simultânea,
determinam as bases e as condições de funcionamento do conjunto da
economia considerada. Podemos identificar como integrantes da
estrutura econômica:
• os elementos geográficos ou físicos (clima, relevo, solo etc.);
• o elemento demográfico (população total, densidade populacional,
distribuição etária, composição segundo sexo, estrutura do emprego
etc.);
• os elementos culturais (nível geral de conhecimento, grau de
escolaridade, institucionalização, predominância ou não do
conservadorismo, hábitos, costumes, convenções etc.);
• o elemento institucional (os quadros jurídico e político, que definem o
regime econômico);
• o elemento econômico propriamente dito, como o estoque de capital
social, a composição do produto segundo os setores, a composição
relativa dos fatores de produção, a proporção entre Produto Interno e
exportações etc. É característica da estrutura econômica certa
estabilidade. As mudanças estruturais se processam ao longo do
tempo.
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Economia Brasileira
O conceito de sistema econômico relaciona-se intimamente com o
conceito de estrutura econômica, incorporando a este um objetivo que se
pretende atingir. Este objetivo, que tem variado no tempo, confunde-se,
nos dias de hoje, com a elevação do nível de bem-estar da população;
em outras épocas, como no mercantilismo, o fortalecimento do Estado se
constituía em meta a ser atingida. Podemos, pois, entender o sistema
econômico como a forma pela qual a sociedade se organiza, visando
solucionar os seus problemas de produção, circulação e distribuição de
riqueza.
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Economia Brasileira
Sistema de livre
iniciativa
empresarial
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Neste sistema, a decisão sobre "que e quanto
produzir" seria tomada pelos consumidores e
produtores; a decisão sobre o "como produzir"
seria determinada pela competição entre os
produtores, em busca de maior produtividade e
redução dos custos; a questão sobre "como
distribuir" seria solucionada pela capacidade de
aquisição dos bens produzidos, isto é, cada
indivíduo irá apossar-se da quantidade de bens e
serviços conforme sua disponibilidade de recursos
financeiros.
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Economia Brasileira
Sistema de
planificação
central da
economia
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Por este sistema, as respostas às questões básicas
competem ao Estado, que se encarregaria de
direcionar e controlar o processo produtivo, através de
empresas públicas. Este direcionamento e controle farse-ia com base nos interesses coletivos, que
prevaleceriam sobre os individuais. Desaparecem,
segundo esta ordem econômica, a propriedade privada
dos meios de produção e a instituição do lucro. A meta
não é obtenção de lucros, mas proporcionar o máximo
de bem-estar geral. Todos os meios de produção
seriam socializados, isto é, de propriedade coletiva,
administrada pelo Estado.
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Economia Brasileira
Sistemas
mistos
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Observa-se, nos sistemas mistos, a coexistência entre
o setor público e o setor privado. Muitos aspectos da
economia são controlados pelo Estado, mediante leis,
decretos, regulamentos, portarias etc. Através de
criação de empresas ou de subsídios, controle de
créditos, incentivos fiscais e outras formas, o Estado
praticamente decide "que e quanto produzir" de vários
setores da economia. O "como produzir" se dá
primordialmente no setor privado, atendendo aos
ditames da concorrência. A questão "para quem
produzir" é respondida, de modo geral, pelo livre
mecanismo dos preços, porém o Estado se encarrega
de proporcionar alimentação, ensino, hospitalização,
assistência jurídica e outros serviços às camadas
inferiores de renda. Além disso, o Estado controla
certos preços e impõe determinados padrões de
remuneração (salário mínimo, por exemplo) e
recolhimentos compulsórios (os encargos sociais de
uma folha de pagamentos, por exemplo).
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Economia Brasileira
Muitas vezes, quando se estuda a economia de um país, deixamse de lado as questões relativas à evolução de sua população.
Tais questões, no entanto, são bastante importantes. Por um lado,
a população de um país representa o potencial de consumidores
deste país; por outro, parte desta população, chamada
população economicamente ativa (PEA), representa os
potenciais trabalhadores/produtores do país.
Além disso, alterações na composição etária ou na distribuição
regional desta população têm importantes implicações sobre o
país. Países com população jovem direcionam parte de suas
preocupações para aspectos pediátricos e incorrem em gastos
relativamente mais elevados, por exemplo, com a construção de
creches e escolas, enquanto países com população mais idosa
dedicam parte significativa de suas atenções e de seus recursos à
previdência social. Dessa maneira, a demografia e os estudos
populacionais são elementos importantes para a compreensão de
problemas econômicos.
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Economia Brasileira
Tabela 1.1
Taxa média anual de crescimento da população residente.
Brasil e Regiões: 1900-2005 (%)
19001920
19201940
19401950
19601970
19701980
19801991
19912000
20002005
Brasil
2,86
1,50
2,39
2,89
2,48
1,93
1,63
1,66
Norte
3,70
0,08
2,29
3,47
5,03
3,85
2,90
2,68
Nordeste
2,58
1,26
2,27
2,40
2,16
1,83
1,30
1,36
Sudeste
2,82
1,49
2,14
2,67
2,64
1,77
1,60
1,64
Sul
3,45
2,45
3,25
3,45
1,44
1,38
1,40
1,46
Centro-Oeste
3,61
2,56
3,41
5,60
4,05
3,01
2,40
2,30
Fonte: IBGE
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Taxa de crescimento populacional =
Mortalidade,
natalidade e
saldo migratório
Taxa de natalidade (-) Taxa de mortalidade + Taxa
de migração
onde
Taxa de natalidade = nascimentos/população
Taxa de mortalidade = óbitos/população
Taxa de migração = saldo migratório/população
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Economia Brasileira
Desenvolvimento da medicina e da
saúde pública, sendo extremamente
importante para países como o Brasil o
aprimoramento de técnicas de controle
e de imunização de doenças
epidêmicas
Fatores que
afetam a taxa de
mortalidade
Condições socioeconômicas que
afetam a nutrição, a habitação e a
educação da população. A questão da
educação, especialmente das mães, é
um elemento bastante importante,
principalmente quando se analisa a
questão da mortalidade infantil
Questões institucionais, como regras
sanitárias, legislação trabalhista etc.
Aspectos culturais que influem na
alimentação, educação etc.
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Economia Brasileira
Condições socioculturais de cada
sociedade, tais como a religião e os
valores morais/filosóficos, as relações
familiares, as regras legais e morais
relativas ao casamento, à herança etc.
Fatores que
afetam a taxa de
natalidade
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Aspectos econômicos. Se algumas
décadas atrás ter filhos era uma coisa
importante, pois isso garantiria o futuro
dos pais (assistência na velhice,
crescimento do rendimento total da
família no médio prazo), atualmente os
filhos representam custos para os pais,
não apenas custos materiais com
alimentação, saúde etc., mas também
custos em termos de mobilidade social e
de oportunidade no mercado de
trabalhos, especialmente para as mães.
Esses custos são levados em
consideração quando da decisão de ter
filhos.
Aspectos informacionais relativos ao
conhecimento (e ao acesso) das
mulheres a métodos contraceptivos.
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Economia Brasileira
Tabela 1.2
Esperança de vida da população brasileira.
Brasil e Regiões: 1930-2005 (em anos)
19301940
19401950
19501960
19601970
19701980
1990
1997
2005
Brasil
42,74
45,90
52,37
52,67
60,08
65,62
67,80
71,90
Norte
40,44
44,26
52,62
54,06
64,17
67,35
67,70
71,00
Nordeste
38,17
38,69
43,51
44,38
51,17
64,22
64,80
69,00
Sudeste
44,00
48,81
56,96
56,89
63,59
67,53
69,00
73,50
Sul
50,09
53,33
60,34
60,26
66,98
68,68
70,40
74,20
Centro-Oeste
48,28
51,03
56,40
55,96
64,70
67,80
68,80
73,20
Fonte: IBGE
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Tabela 1.3
Taxa de mortalidade infantil.
Brasil e Regiões: 1930-2005 (por mil nascidos vivos)
19301940
19401950
19501960
19601970
19701980
1990
1997
2005
Brasil
158,27
144,73
118,13
116,94
87,88
49,70
36,70
25,80
Norte
168,42
151,70
117,14
111,39
72,31
53,20
35,60
26,60
Nordeste
178,71
176,34
154,54
151,18
121,36
106,80
59,00
38,20
Sudeste
152,82
132,62
99,97
100,24
74,50
30,00
25,20
18,90
Sul
127,37
114,31
86,88
87,19
61,890
26,70
22,50
17,20
Centro-Oeste
134,81
123,56
102,17
103,90
70,32
40,00
25,40
20,10
Fonte: IBGE
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Tabela 1.4
Distribuição da população por grupo de idades.
Brasil: 1940-2000 (%)
1940
1950
1960
1970
1980
1991
1995
2000
0 a 4 anos
15,6
16,1
16,0
14,8
13,7
11,5
10,2
9,5
5 a 9 anos
14,0
13,5
14,5
14,4
12,4
12,0
10,8
9,5
10 a 14
12,9
12,1
12,2
12,7
12,2
11,6
11,0
10,0
15 a 19
10,8
10,6
10,2
11,0
11,4
10,2
10,3
10,2
20 a 24
9,3
9,6
8,9
8,9
9,7
9,2
9,3
9,5
25 a 29
8,1
8,0
7,5
7,0
7,9
8,6
8,8
8,5
30 a 34
6,3
6,2
6,4
6,1
6,6
7,5
8,3
8,1
35 a 39
5,6
5,9
5,6
5,5
5,3
6,5
6,9
7,6
40 a 44
4,7
4,6
4,6
4,9
4,8
5,3
5,7
6,4
45 a 49
3,6
3,8
3,9
3,8
3,9
4,2
4,5
5,2
50 a 54
3,0
3,0
3,1
3,2
3,5
3,6
3,7
4,1
55 a 59
1,9
2,1
2,3
2,5
2,6
2,7
3,2
3,2
60 a 64
1,7
1,8
2,0
1,9
2,1
2,5
2,4
2,7
65 a 69
0,9
1,0
1,1
1,3
1,7
1,9
2,0
2,0
70 a 74
0,7
0,7
0,8
0,9
1,1
1,3
1,3
1,5
75 a 79
0,4
0,4
0,4
0,4
0,6
0,8
0,9
1,1
80 ou mais
0,4
0,4
0,4
0,5
0,5
0,6
0,7
0,9
UNIP
Fonte: IBGE
Prof. Fauzi Timaco Jorge
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A cidade tem aproximadamente
1.500 agências de bancos
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nacionais e internacionais
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Aula 2
Contabilidade Nacional e
Agregados Macroeconômicos
GREMAUD, Amaury P.; VASCONCELLOS, Marco Antonio
Sandoval de; TONETO, Rudnei. Economia Brasileira
Contemporânea. 7ª ed., São Paulo: Atlas, 2007.
JORGE, Fauzi Timaco; MOREIRA, José Octávio de Campos.
Economia: notas introdutórias. 2ª ed., São Paulo: Atlas, 2009.
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