Manual de Alimentação Saudável para Crianças Criança bem alimentada é criança saudável... ...é Criança Feliz! Por Eliane Petean Arena Nutricionista Manual de Alimentação Saudável para Crianças Criança bem alimentada é criança saudável... ...é Criança Feliz! Por Eliane Petean Arena Nutricionista Aleitamento Materno O aleitamento materno deve iniciar- se, imediatamente após o parto, sem horários préfixados estando a mãe em boas condições e o recém nascido com manifestação ativa de sucção e choro. A OMS propõe a seguinte nomenclatura: • Aleitamento materno exclusivo: somente o leite materno • Aleitamento materno: quando a criança recebe leite materno, diretamente do seio ou extraído, independentemente de estar recebendo outro alimento. Até 6meses 6 1/ 2 Leite materno ou fórmula infantil I 6meses Suco de frutas + Papa de fruta + Leite Papa salgada (almoço e jantar) + ovo ou carne + suco de frutas + leite 8meses 10meses Iniciar as leguminosas (feijão, ervilha, lentilha e grão de bico) Gradativamente passar para a comida da família 12meses Comida da família 2 A partir do 6°mês A partir dos seis meses, o uso somente de leite materno não supre todas as necessidades nutricionais da criança, tornando necessária a introdução de alimentos complementares. Também é a partir dessa idade que a maioria das crianças atinge estágio de desenvolvimento geral e neurológico (mastigação, deglutição, digestão e excreção), que as possibilitam de receber outros alimentos além do leite materno. Alimentação complementar é o conjunto de outros alimentos, além do leite materno oferecidos durante o período de aleitamento. Esta definição abrange inclusive alimentos inadequados à saúde da criança, como: chás, água açucarada, leite em pó erroneamente diluído, sopas diluídas, entre outros. Os alimentos complementares devem ser oferecidos, inicialmente, em forma de papa, passando para pequenos pedaços e, após os doze meses, na mesma consistência dos alimentos consumidos pela família. O período de introdução da alimentação complementar é de elevado risco para a criança, tanto pela oferta de alimentos inadequados, quanto pelo risco de sua contaminação devido a forma de preparo favorecendo a ocorrência de doença diarréica e desnutrição. As mães, durante este período, devem ser orientadas, pois a higiene é de fundamental importância e deve ser realizada por profissionais da área de saúde. VOCÊ SABIA? É importante oferecer água potável, porque os alimentos oferecidos ao lactente apresentam maior sobrecarga de solutos para os rins. Os sucos devem ser dados nos intervalos das mamadas e as melhores frutas para elaborar sucos são aquelas ricas em vitamina C, pois essa vitamina tem um poder maior de absorver o ferro dos outros alimentos. Mas isso não quer dizer ÁGUA que a criança não possa ingerir sucos de maçã ou pêra, por exemplo. O que importa é que a fruta esteja fresquinha e com um preço acessível. As papas e os sucos de frutas As frutas devem ser oferecidas nesta idade, preferencialmente sob a forma de papas e sucos, sempre em colheradas. O tipo de fruta a ser oferecido terá de respeitar as características regionais, custo, estação do ano e a presença de fibras, lembrando que nenhuma fruta é contra-indicada. Os sucos naturais devem ser usados preferencialmente após as refeições principais, e não em substituição a estas, em uma dose máxima de 240ml/dia. HORA DO SUCO Sucos 6 meses Usar uma fruta de cada grupo Vitamina C Laranja Limão Maracujá Goiaba Acerola Caju Vitamina A Abacaxi Uva Ferro Melão Pêra Banana Kiwi Tomate Mamão + Beterraba Folhas verde escuras (Couve) Cenoura + Abacaxi Maracujá Melancia Pêra Suco Obstinpante (prende o intestino) Use duas das frutas abaixo Maçã sem casca Banana prata Cajú Goiaba Lima Laranja-lima Banana da terra cozida Suco Laxante (solta o intestino) Use duas das frutas abaixo Mamão Tangerina Laranja Abacate Acerola Morango Ameixa preta seca Melão Pêssego Pêra Abacaxi Melancia Kiwi Manga Figo Caqui Atenção Usa açúcar mascavo somente para os sucos cítricos. Exemplo: limão, maracujá, laranja, etc. Sucos Sucos Receitas de Sucos Sucos Suco Laxativo Pedaços de melancia com caroço bata os pedaços de melancia com caroços no liquidificador até triturar bem. Adoçar a gosto. Suco Obstinpante 3 Goiabas vermelhas com casca 1 Litro de água de côco bata tudo no liquidificador até triturar bem. Adoçar a gosto. Suco para Anemia 2 Cenouras 1 Beterraba 2 Folhas de couve Passe todos os ingredientes na centrífuga ou no liquidificador O importante é ter paciência e experimentar diversos sabores, observando qual o que lhe agrada mais. O melhor é começar com sumos de frutas para habituá-lo a novos sabores, e passar depois às papas. As primeiras papas devem ser à base de frutas, mais doces e por isso melhor aceites pelo bebê, mas doces não significa com açúcar. Este está proibido, e não é necessário uma vez que a fruta já possui frutose. A primeira dose de papa não deve exceder uma colher rasa de sobremesa de fruta passada, aumentando gradualmente até chegar a uma peça inteira. Se der morangos ou uvas, a dose é de duas unidades, aumentando depois até as dez. Só com essa quantidade pode substituir uma mamada pela papa. As primeiras colheradas de papa vão ser, na certa, recusadas pelo bebê, uma vez que o seu instinto lhe indica que deve excluir tudo da boca que não seja o mamilo. Coloque a colher no canto da boca e deixe que a papa escorregue suavemente para dentro. Dê-lhe sempre a beber água depois da papa, porque a frutose aumenta a sede. 9 Papa doce 6 meses MAÇÃ Papa de fruta neutra MAMÃO PÊRA CAJÚ GOIABA MELÃO BANANA MELÃO Papa Doce Laxante (solta o intestino) Use duas das frutas abaixo Mamão Acerola Melão Laranja Melancia Pêssego Pêra Abacaxi Banana nanica Banana Prata Ameixa preta seca Morango Pêra Figo Papa Doce(prende Obstinpante o intestino) Use duas das frutas abaixo Maçã Banana maçã Goiaba Cajú Kiwi Manga Tangerina Abacate Caqui A primeira papa salgada deve ser oferecida entre o sexto e sétimo mês de vida, no horário de almoço ou jantar, podendo ser utilizados os mesmos alimentos consumidos pela família, desde que adequados às características do lactente, É importante observar que, enquanto não houver boa e completa aceitação das papinhas, a refeição deve ser completada com a amamentação. Entre sete e oito meses, respeitando-se a evolução da criança, deverá ser introduzida a segunda refeição contendo sal. Logo que for possível, os alimentos não precisam ser muito amassados, evitando-se, desta forma, a administração de alimentos muito diluídos e propiciando uma oferta calórica adequada. A criança amamentada deve receber três refeições ao dia (duas papas de sal e uma de fruta) e aquela não amamentada, seis refeições (duas papas de sal, uma de fruta e três de leite) Componentes das misturas Legumes são vegetais cuja parte comestível não é composta de folhas. Por exemplo: cenoura, beterraba, abóbora, chuchu, vagem, berinjela, pimentão. Hortaliças são vegetais cuja parte comestível são as folhas. Por exemplo: agrião, alface, taioba, espinafre, serralha, beldroega, acelga, almeirão. Tubérculos são caules curtos e grossos, ricos em carboidratos. Por exemplo: batata, mandioca, cará, inhame. O óleo vegetal (preferencialmente de soja) e sal devem ser usados em menor quantidade, assim como devem ser caldos e temperos industrializados. Papa salgada 6 meses e meio BRANCOS Batata Mandioquinha Cará Inhame Mandioca Aspargo COLORIDOS Cenoura Chuchu Beterraba Vagem Milho Abobrinha Quiabo Beringela Couve-flor Brócolis Espinafre Acelga Chicória Repolho Almeirão Couve Rúcula Boi - Aves Ovos - Peixe Arroz - Macarrão - Fubá Feijão - Ervilha - Lentilha - Grão de bico Receitas Papinhas Nutritivas PAPA DE CARÁ, QUIABO E FRANGO 2 colheres (sopa) de peito de frango, sem pele, picadinho 1 colher (sobremesa) de óleo de soja 1 colher (chá) de cebola ralada 1 cará médio (150g) 1 colher de sopa de quiabo picadinho 1 colher de sopa de feijão cozido (grão e caldo) 1 colher (café) rasa de sal 2 copos de água Preparo Numa panela aquecer o óleo e refogar a cebola e o frango. Depois, acrescentar o cará, o quiabo, o sal e a água. Deixar cozinhar até que os ingredientes estejam macios e quase sem água. Adicionar, no prato, o feijão cozido e os demais alimentos. Amassar com o garfo e oferecer à criança. Receitas Papinhas Nutritivas PAPA DE AIPIM, ABOBRINHA E CARNE MOÍDA 2 colheres (sopa) de carne de vaca magra moída 1 colher (sobremesa) de óleo de soja 1 colher (chá) de cebola ralada 2 pedaços médios de aipim (140g) 1 abobrinha pequena 1 folha de couve picadinha 1 colher (café) rasa de sal 2 copos de água Preparo Numa panela, aquecer o óleo e refogar a cebola e a carne moída. Acrescentar a mandioca pré-cozida, a abobrinha picadinha, a couve, o sal e a água. Deixar cozinhar até que os ingredientes estejam macios e quase sem água. Amassar com o garfo e oferecer à criança. Diante da impossibilidade do aleitamento materno, deve-se utilizar uma fórmula infantil que satisfaça as necessidades do lactente, conforme recomendado. Antes do sexto mês deverá ser utilizada uma fórmula de partida e, a partir do sexto mês, recomenda-se uma fórmula infantil de seguimento. Para as crianças em uso de fórmulas infantis modificadas, a introdução de alimentos não lácteos poderá seguir o mesmo modelo preconizado para aquelas em aleitamento materno exclusivo (a partir dos seis meses). Características gerais do leite de vaca (“in-natura”, integral, pó ou fluido): O leite de vaca não é considerado alimento apropriado para crianças menores de um ano, além de apresentar as seguintes inadequações:. Gorduras: contém baixos teores de ácido linoléico (10 vezes inferior às fórmulas), sendo necessário o acréscimo de óleo vegetal para o atendimento das necessidades do recém-nascido. Carboidratos: a sua quantidade é insuficiente, sendo necessário o acréscimo de outros açúcares, freqüentemente mais danosos à saúde, como a sacarose, com elevado poder cariogênico. Proteínas: fornece altas taxas, com conseqüente elevação da carga renal de soluto. Apresenta relação caseína/proteínas do soro inadequada, comprometendo a digestibilidade. DicaDica da Nutricionista da Nutricionista Minerais e eletrólitos: fornece altas taxas de sódio, contribuindo para a elevação da carga renal de solutos, deletéria principalmente para os recém-nascidos de baixo peso. Vitaminas: baixos níveis de vitaminas D, E e C. Oligo elementos: são fornecidas quantidades insuficientes, com baixa bio disponibilidade de todos os oligo elementos, salientando-se o ferro e o zinco. No segundo ano de vida, a amamentação pode continuar, avaliando-se o risco nutricional da criança pelas condições sócio- econômicas e as condições psicológicas da dupla mãe-filho. As refeições de sal devem ser semelhantes às dos adultos. Podem ser consumidos todos os tipos de carnes e vísceras. Deve-se estimular o consumo de frutas e verduras, lembrando que aquelas de folha verde escuro apresentam maior teor de ferro6, cálcio e vitaminas. Lembre-se que os hábitos alimentares adquiridos nesta idade mantêm-se até a vida adulta. Procure evitar os alimentos artificiais e corantes, assim como os “salgadinhos” e refrigerantes. A ingestão média de 500 ml de leite deve ser incentivada (preferencialmente fortificado com ferro e Vitamina A), assim como de outros derivados (iogurtes, queijos) para garantir correta oferta de cálcio. A queixa de recusa alimentar é muito freqüente no segundo ano de vida, quando a velocidade de crescimento diminui bastante em relação ao primeiro ano e, consequentemente diminuem também as necessidades nutricionais e o apetite. As crianças devem ser estimuladas a comer vários alimentos, com diferentes gostos, cores, consistência, temperaturas e texturas. A dependência de um único alimento como o leite ou o consumo de grandes volumes de outros líquidos como o suco, pode levar a um desequilíbrio nutricional. Os tipos de alimentos escolhidos devem ser adequados à capacidade de mastigar e de engolir da criança. O tamanho das porções de alimentos devem ser ajustados de acordo com o grau de aceitação da criança. 21 Refeição para crianças 1 a 2 anos de idade ALMOÇO Arroz: 2 c. sopa (1 porção – grupo pães e cereais) Feijão: 1 c sopa cheia (1 porção – leguminosas) Músculo cozido c/ tomate: 35 g (1 porção – grupo carnes e ovos) Mandioquinha: 1 c. sopa cheia (1/2 porção – grupo pães e cereais) Abobrinha paulista: 1 c. sopa cheia (1 porção – grupo hortaliças) Espinafre refogado: 1 c sopa (1 porção – grupo hortaliças) Óleo de soja: 1 colher de sopa rasa (1 porção – grupo gorduras) Laranja: 1 unidade pequena (1 porção – grupo frutas) VITAMINAS VITAMI- A deficiência em ferro é bastante comum nesta faixa etária, já que os requerimentos em ferro são elevados e a ingestão de alimentos reduzida, especialmente em peixe ou carne. Alimentos ricos em vitamina C, ingeridos em simultâneo, ferro ajudam a absorção do ferro, por isso deve-se incluir um copo de suco natural de laranja ao jantar, por exemplo. Cálcio Este mineral é vital para o crescimento de ossos e dentes, por isso é fundamental que a criança consuma leite e produtos derivados do leite em quantidade suficiente. Vitaminas a, c e D A vitamina A é necessária para uma pele saudável e desenvolvimento celular, podendo faltar, muitas vezes, na alimentação de crianças nestas faixas etárias. A vitamina C é importante para o sistema imunitário e crescimento. Ajuda a absorção de ferro, em particular de fontes vegetais. As frutas e legumes são excelentes fontes de vitamina C. A vitamina D é essencial para o metabolismo do cálcio e pode até ser sintetizada pela ação do sol através da pele. No Inverno, e se a sua criança está sempre coberta por roupas no exterior, assegure-se que inclui boas fontes de vitamina D, ou suplementos alimentares que contenham esta vitamina. Muitas crianças atravessam fases em que se recusam a comer determinados alimentos. Isto é particularmente comum e é um componente normal do crescimento e da independência da criança. Ofereça refeições regulares e diferenciadas. Torne as horas das refeições divertidas. Use pratos e alimentos coloridos, apresente a comida de forma original e atrativa, e tente manter-se relaxada. Se o problema da recusa persistir, fale com o nutricionista. Ela certamente ira orienta-la. Alimentação na Idade Escolar Na fase pré-escolar, a criança apresenta ritmo de crescimento regular e inferior ao do lactente. Por desconhecimento muitas vezes os familiares atribuem este fato, a uma doença e não a um fator fisiológico que pode acarretar diagnósticos errados de anorexia ou uso inadequado de medicamentos estimulantes do apetite. Além disto, o comportamento alimentar da criança pré-escolar caracteriza-se por ser imprevisível e variável: a quantidade ingerida de alimentos pode oscilar, sendo grande em alguns períodos e nula em outros; caprichos podem fazer com que o alimento favorito de hoje seja inaceitável amanhã; ou que um único alimento seja aceito por muitos dias seguidos. Por essa razão, é necessário o conhecimento de alguns aspectos importantes da evolução do comportamento alimentar na infância: - Crianças em fase de formação do hábito alimentar, não aceitam novos alimentos prontamente - O apetite é variável, momentâneo e depende de vários fatores - Os alimentos preferidos pela criança são os de sabor doce e muito calóricos - Comportamentos como recompensas, chantagens, subornos, punições ou castigos para forçar a criança a comer, devem ser evitados, pois podem reforçar a recusa alimentar da criança O cardápio deverá ajustar-se à alimentação da família, conforme a disponibilidade de alimentos e preferências regionais. As famílias devem ser orientadas sobre as práticas para uma alimentação saudável em que as refeições incluem café da manha, almoço e o jantar e a merenda escolar deverá seguir os hábitos da família, mas nunca deixando de dar prioridade a alimentos de valor nutricional. 24 Sugestão de cardápio Saudável ingredientes Arroz: 4 c. sopa (1 porção – grupo pães e cereais) Carne Cozida: 1 bife pequeno (80g) (1 porção – grupo carnes e ovos) Ervilha: 2 colheres de sopa (1 porção – grupo leguminosas) Batata Cozida: 1 e 1/2 colher de servir (1/2 porção – grupo pães e cereais) Tomate: 1 unidade pequena (1 porção – grupo verduras/legumes) Escarola picada: 1 pires cheio ( 1porção – grupo verduras/ legumes) Alimentação na Adolescência Durante a adolescência, existem várias alterações de natureza fisiológica e hormonal que afetam as necessidades nutricionais, tal como um crescimento rápido e ganhos de massa muscular e óssea, assim sendo a alimentação deve sustentar o crescimento, promover a saúde e ser agradável. Cerca de metade dos adolescentes não comem quantidades suficientes de fruta, legumes de cor verde, como brócolis, couve ou espinafres, ovos ou tomates, comprometendo assim gravemente a sua alimentação saudável. A adolescência é marcada por mudanças tanto físicas quanto emocionais que tornam os adolescentes vulneráveis à ocorrência de distúrbios nutricionais. Os principais problemas detectados na alimentação dos adolescentes são: # Omissão de refeições, principalmente o café da manhã, o que pode levar a um menor rendimento escolar; # Substituição das principais refeições (almoço e jantar) por lanches, principalmente quando este é o hábito familiar; # Alta ingestão de refrigerantes (aproximadamente um litro por dia); # Alimentos com alta densidade calórica (normalmente salgados fritos, bolachas recheadas, chocolate e alto consumo de balas, diariamente); # Baixa ingestão de frutas e hortaliças. 26 Os adolescentes, na velocidade máxima do estirão, necessitam de muita energia, e, as necessidades vitamínicas estão todas aumentadas durante o anabolismo e produção energética nesta fase . Os eventuais desequilíbrios alimentares desta fase podem causar doenças como: a obesidade e conseqüentes problemas cardíacos, além da questão psicológica da autoestima que é muito afetada por estes transtornos. VITAMINAS VITAMINAS A deficiência em ferro é uma das deficiências mais comuns, e os adolescentes são um dos grupos de maior risco – cerca de 13% dos adolescentes têm reservas de ferro baixas. O rápido crescimento, em complemento com um estilo de vida acelerado e escolhas alimentares pouco saudáveis, pode resultar em deficiências de ferro ou anemias. As meninas precisam de ter particular atenção às reservas de ferro, ferro já menstruam nessa idade. A fonte principal de ferro é a carne vermelha, mas existem muitas boas fontes de ferro alternativas a carne, como cereais fortificados em ferro, pão, legumes de cor verde ou fruto secos. O organismo não consegue absorver tão eficazmente o ferro destes alimentos, mas a combinação com vitamina C aumenta a capacidade de absorção do corpo. Em contraste, os taninos encontrados no chá reduzem a absorção, sendo por isso preferível beber um copo de sumo de laranja com os cereais do que uma chávena de chá. VITAMINAS VITAMINAS Cálcio Cerca de 25% dos adolescentes ingerem cálcio em quantidades inferiores às recomendadas, com implicações sérias no futuro, em particular na saúde óssea. A vitamina D, cálcio e fósforo são vitais para que este desenvolvimento decorra dentro da normalidade. As doses diárias recomendadas de cálcio para adolescentes variam entre os 800mg a 1,000 mg por dia. Alimentos ricos em cálcio devem ser consumidos diariamente. A fonte mais rica de cálcio do planeta é o leite e todos os seus derivados. Beber um copo de leite por dia, comer algumas fatias de queijo ou até mesmo beber um iogurte ou batido ao lanche assegura que as quantidades necessárias de cálcio são ingeridas. Em alternativa, o leite de soja pode ser um bom substituto ao leite de vaca. MINERAIS A oferta de minerais é imprescindível para o correto funcionamento de numerosos sistemas enzimáticos e para permitir a expansão dos tecidos metabolicamente ativos, que sofrem notável incremento durante este período ZINCO Este oligoelemento tem adquirido importância na nutrição por estar relacionado à regeneração óssea e muscular, desenvolvimento ponderal e maturação sexual. Atraso de crescimento e hipogonadismo têm sido relatados em adolescentes do sexo masculino com deficiência de zinco. Sugestão de cardápio para Adolescente ingredientes Arroz: 4 c. sopa (1 porção – grupo pães e cereais) Farinha de Mandioca: 3 colheres de sopa (1 porção – grupo pães e cereais) Feijão: 2 colheres de sopa (1 porção – grupo leguminosas) Frango: 2 sobrecoxas médias (1 porção – grupo carnes e ovos) Quiabo refogado: 1 colher de sopa (1porção – grupo verduras/ legumes) Tomate picado: 1/2 unidade (1/2 porção – grupo verduras/legumes) Couve picada: 1 pires (1 porção – grupo verduras/legumes) Óleo de soja: 1 colher de sopa rasa (1 porção – grupo gorduras) Mamão: 1/2 unidade pequena (1 porção – grupo frutas) Grupos de Alimentos ! Grupo ! ! dos ! ! ! ! Legumes ! Abóbora Abobrinha ! ! Grupo ! ! dos ! ! Grupo das ! ! ! ! ! Leguminosas ! ! Cereais ! ! ! Arroz Nolacha Batata Bolo Batata doce Macarrão Berinjela Banana Grão de bico Caqui Lentilha Goiaba Laranja Maçã Mamão Manga ! ! ! ! ! Mandioca Mandioquinha Pepino Pimentão Melancia Grupo das! Frango Jiló ! ! ! ! ! Grupo das! ! ! Verdutas Melão Morango Ovo Acelga Pêra Peixe Agrião Tangerina Boi Alface Uva Porco Almeirão Outras Brócolis Quiabo Tomate ! ! Proteínas Inhame Rabanete Frutas Feijão Cenoura Couve flor ! Açaí Cará Chuchu ! Grupo das ! ! ! Ervilha Pão Beterraba ! ! ! ! ! ! ! ! Grupo ! ! das ! Gorduras Manteiga Creme de leite Óleos Margarinas Chicória Couve Espinafre Repolho Rúcula Outras Alimentação Saudável por Eliane Petean Arena 30 Eliane Petean Arena Nutricionista e Farmacêutica pela Universidade do Sagrado Coração Bauru – SP, Especialista em Nutrição Clinica, Saúde Publica, Administração Hospitalar e Alimentos Funcionais e Nutrigenômica: Implicações práticas na Nutrição Clínica e Esportiva (cursando). Diretora da Clínica Centro Nutrição Celular, trabalha no Hospital de Reabilitação de Anomalias Cranio-faciais, da Universidade de São Paulo, há 28 anos, sendo funcionária da FUNCRAF. Mestre em Pediatria pela UNESP de Botucatu. Coordenadora de Cursos de Pós Graduação "Lato Sensu": Especialização em Nutrição Clínica na Universidade do Sagrado Coração em Bauru - SP, por dois anos; Especialização em Nutrição na prática clínica com ênfase funcional na UNIFIL, pela Humana Servise em Londrina – PR, por três anos; Especialização em Nutrição Clínica Funcional para Esportistas, Atletas e Sedentários na UNINGA, pela Humana Servise em Bauru – SP, por três anos. Autora dos Livros: Guia de Fitoterapia em Nutrição e Guia Prático: Avaliação Antropométrica em Pediatria. Autora dos Manuais: Criança bem alimentada é criança saudável..., Ser Chic e ser saudável, Contando Calorias, Nutrição Oncologia & Osteoporose, Nutrição e Estética, Fitopediatria, Receitas Funcionais, Nutrição e Gestante, Função terapêuticas dos alimentos, Fibra alimentar e suas funções terapêuticas, Nutrição em academias e Nutrição & doenças do coração. 31 Alimentação Significado de Alimentação subst. f. 1. aquilo que se come: uma alimentação saudável 2. função de comer: A alimentação é uma função importante. 3. fornecimento de energia: alimentação em energia eléctrica fonte de alimentação meio de fornecimento da corrente eléctrica Sinónimo de Alimentação Sinónimos: alimento e sustento. Definição de Alimentação Classe gramatical de alimentação: substantivo feminino Plural de alimentação: alimentações Exemplos com Alimentação Citações com Alimentação O paradoxo da existência literária é que o público da época deseja uma alimentação diferente da que reclama o público sobreepocal. Hugo Hofmannsthal Frases com Alimentação na comunicação social Aves estão a perder território de alimentação e de paragem nas zonas costeiras com o aumento do nível da água do mar. Público, 06.05.2013 Chuva está a "causar graves prejuízos na alimentação dos animais", diz a Federação Agrícola dos Açores. Público, 01.04.2013 Termos do Glossário Relacionados Arraste os termos relacionados até aqui Índice Buscar Termo