enzimas - UniSALESIANO

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24/03/2016
Profª. Drª. Andréa Fontes Garcia
E -mail: [email protected]
E
N
Z
I
M
A
S
1
24/03/2016
HISTÓRICO
HISTÓRICO
• A atividade catalítica de enzimas tem sido utilizada pelo
homem há milhares de anos
– Fermentação do suco de uva para obtenção do vinho;
– Fabricação de queijo;
– Fabricação de pão.
• No entanto, estas eram apenas aplicações práticas, uma vez
que o conhecimento do modo de ação dos catalisadores
biológicos só recentemente foi elucidado.
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HISTÓRICO
• 1833 - A primeira hidrólise enzimática do amido
– Os franceses Payen e Persoz isolaram um complexo
enzimático do malte que catalisava a transformação
do amido em glicose, denominando-o "diastase" (do
grego "separar").
– O sufixo ase de diastase passou a ser usado.
• 1835 - o químico sueco Berzelius descreveu a hidrólise
enzimática do amido.
– Demonstrou que o amido pode ser mais eficientemente
decomposto
usando-se
extrato
de
malte
preferencialmente ao ác. sulfúrico e cunhou o termo
catálise.
HISTÓRICO
• 1836 – Schwann, foi um fisiologista alemão, descobre a enzima
digestiva Pepsina
• 1860 - Debate: Qual é o papel da levedura no processo de
fermentação? Pauster X Lienberg
– Pasteur, defendia que a fermentação alcoólica só ocorria em
presença de células vivas de levedura.
– Lienberg defendia que os processos fermentativos eram
reações químicas.
• 1897 - A polêmica foi resolvida. Os irmãos Buchner
demonstraram que um extrato de levedura livre de células era
capaz de fermentar o açúcar.
– O extrato continha catalisadores da fermentação alcoólica.
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HISTÓRICO
1878 - William Kuhne propôs que o nome enzima fosse
utilizado e a palavra
1894 - Primeira produção comercial de alimentos com enzimas,
japonês Dr. Jokichi Takamine começou a produção
comercial de koji a partir do fungo Aspergillus oryzae.
1894 - Cientistas definem a teoria Chave e Fechadura
1913- Michaelis e
matematicamente.
Lyn
descreveu
cinética
enzimática
1914 - É lançado o primeiro detergente compacto
HISTÓRICO
• 1926 - Cientistas descobrem que as enzimas são proteínas
- James Summer’s isolou e cristalizou a primeira enzima,
a uréase.
• A partir 1960 - A evolução no estudo das enzimas,
acompanhado por avanços tecnológicos, possibilitou o
isolamento e a identificação de propriedades das enzimas.
– Caracterização e o estudo cinético de milhares de enzimas
de diferentes fontes: animais, vegetais e de microrganismos.
• 1986 - A primeira enzima a partir de organismo geneticamente
modificado (OGM).
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INTRODUÇÃO
INTRODUÇÃO
Os sistemas vivos são formados por uma
enorme variedade de reações bioquímicas, e
quase todas elas são mediadas por uma série
de extraordinários catalisadores biológicos
ENZIMAS
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24/03/2016
Enzimas são catalisadores biológicos capazes de aumentar a velocidade
de reações não catalisadas da ordem de 106 a 1011. Exceto para uma classe de
ácidos ribonucléicos catalíticos (RNAs) chamados riboenzimas, todas as
enzimas são proteínas. Sua alta especificidade pelo substrato garante a
catálise da reação desejada ao mesmo tempo em que reduz efeitos colaterais.
As enzimas não são modificadas pelas reações que catalisam, apesar de
poderem ficar temporariamente alteradas durante a reação.
PROPRIEDADES GERAIS
ENZIMAS
PROTEÍNAS
RNA
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PROPRIEDADES GERAIS
•
RNA
 1989 - Canadense Sidney Altman e o norte-americano
Thomas Cech:
RNA
Prêmio Nobel de Química
Atividade Catalítica
 Como seria possível o início da vida, uma vez que as
moléculas de DNA só podem ser reproduzidas e decifradas
com a ajuda de proteínas?
“A vida começou com uma molécula de RNA”
PROPRIEDADES GERAIS
•
RNA
– Esquema Geral da Síntese de Proteínas
DNA (Núcleo)
RNA traduzido em uma
sequência de polipeptídeos
(proteínas)
Transcrito em RNA
Enviado p/ o citoplasma
participam do corte de moléculas de RNA mensageiro (splicing) fazendo a remoção de
"introns", ou seja, as regiões que não são traduzidas. Outras participações incluiriam: a
formação da ligação peptídica na síntese de proteínas (acredita-se que a "peptidiltransferase" seja uma ribozima, e no caso da Ribonuclease P, 80% da enzima é RNA
que, sob condições apropriadas, pode catalisar sozinho a reação.
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ENZIMAS
Aminoácidos:
H
R
C*
COOH
• Definição:
NH2
– Catalisadores biológicos;
– Longas cadeias de pequenas moléculas chamadas
aminoácidos.
• Função:
– Viabilizar a atividade das células, quebrando moléculas ou
juntando-as para formar novos compostos.
• Com exceção de um pequeno grupo de moléculas de RNA
com propriedades catalíticas, chamadas de RIBOZIMAS, todas
as enzimas são PROTEÍNAS.
ENZIMAS – PROTEÍNA
Classificação proteínas
Proteínas globulares
Proteínas fibrosas
Estrutura das proteínas
Primaria
Secundaria
Terciária Quaternária
ENZIMAS
Proteínas globulares
Estrutura terciária
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Holoenzima
Estrutura
Enzimática
Cofator
Proteína
Ribozimas
Apoenzima ou
Apoproteína
Pode ser:
• íon inorgânico
• molécula orgânica
RNA
Coenzima
Se covalente
Grupo Prostético
ENZIMAS – COFATOR
 Algumas enzimas que contêm ou necessitam de elementos
inorgânicos como cofatores
ENZIMA
COFATOR
PEROXIDASE
Fe+2 ou Fe+3
CATALASE
CITOCROMO OXIDASE
Cu+2
ÁLCOOL DESIDROGENASE
Zn+2
HEXOQUINASE
Mg+2
UREASE
Ni+2
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ENZIMAS – COENZIMAS
 Maioria deriva de vitaminas hidrossolúveis
 Classificam-se em:
- transportadoras de hidrogênio
- transportadoras de grupos químicos
 Transportadoras de hidrogênio
Coenzima
Abreviatura Reação
Origem
catalisada
Nicotinamida adenina NAD+
Oxi-redução Niacina ou
dinucleotídio
Nicotinamida adenina NADP+
dinucleotídio fosfato
Flavina adenina
FAD
dinucleotídio
Vitamina B3
Oxi-redução Niacina ou
Vitamina B3
Oxi-redução Riboflavina ou
Vitamina B2 19
ENZIMAS – COENZIMAS
 Transportadoras de grupos químicos
Coenzima
Coenzima A
Abrev.
Reação catalisada Origem
Pantotenato ou
CoA-SH Transferência de
Biotina
Piridoxal fosfato
PyF
Metilcobalamina
Tetrahidrofolato
THF
Tiamina
pirofosfato
TPP
grupo acil
Transferência de
CO2
Transferência de
grupo amino
Transferência de
unidades de carbono
Transferência de
unidades de carbono
Transferência de
grupo aldeído
Vitamina B5
Biotina ou
Vitamina H
Piridoxina ou
Vitamina B6
Cobalamina ou
Vitamina B12
Ácido fólico
Tiamina ou
Vitamina B1
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Propriedades das Enzimas
• São catalisadores biológicos extremamente eficientes e aceleram a
velocidade da reação, transformando de 100 a 1000 moléculas de
substrato em produto por minuto de reação.
• Atuam em concentrações muito baixas
• Atuam em condições específicas de temperatura e pH
• Possuem todas as características das proteínas
• Podem ter sua concentração e atividade reguladas
• Estão quase sempre dentro da célula, e compartimentalizadas.
ENZIMAS
As enzimas apresentam um alto grau de
especificidade:
cada
enzima
possui
uma
organização estrutural específica, permitindo a
ligação apenas do(s) seu(s) substrato(s).
*há enzimas que aceitam como substrato qualquer
açúcar de seis carbonos, enquanto outras só
reconhecem a glicose.
As enzimas são fundamentais para processos
bioquímicos celulares tais como:
- degradação das moléculas nutrientes;
- transformação e conservação da energia química;
- síntese de macromoléculas biológicas a partir de
moléculas precursoras simples;
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ENZIMAS
Importância prática do estudo das enzimas:
- em algumas doenças, especialmente nas desordens genéticas
herdadas, pode ocorrer uma deficiência ou mesmo a ausência
total de uma ou mais enzimas. Ex: fenilcetonúria (fenilalanina
hidroxilase); doença de von Gierke (glicose-6-fosfatase hepática)
- condições anormais podem ser causadas pela
atividade excessiva de uma enzima;
- medidas da atividade de enzimas no plasma
sangüíneo, eritrócitos ou amostras de tecido são
importantes no diagnóstico de várias doenças;
- muitos fármacos exercem seu efeito biológico por
meio de interações com as enzimas.
NOMENCLATURA E
CLASSIFICAÇÃO
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Nomenclatura das enzimas
Existem 3 métodos para nomenclatura enzimática:
• Nome Oficial: Mais complexo, nos dá informações
precisas sobre a função metabólica da enzima. Ex:
ATP:Glicose:Fosfo-Transferase
EC X.X.X.X (Enzyme Commission)
• Nome Clássico: Mais curto e utilizado no dia a dia de
quem trabalha com enzimas; utiliza o sufixo "ase" para
caracterizar a enzima. Ex: Urease, Hexoquinase,
Peptidase, etc.
• Nome Trivial: Consagrados pelo uso. Ex: Tripsina,
Pepsina, Ptialina.
Nomenclatura e classificação
das enzimas
• Século XIX - poucas enzimas identificadas
Nomenclatura existente se tornou ineficaz
– Adição do sufixo “ASE” ao nome do substrato:
* gorduras (lipo - grego) – LIPASE
* amido (amylon - grego) – AMILASE
– Nomes arbitrários:
* Tripsina e pepsina – proteases
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• 1955 - Comissão de Enzimas (EC) da União Internacional de
Bioquímica (IUB)  nomear e classificar.
mais complexo
sem ambigüidades
baseado no mecanismo de reação
• Cada enzima  código com 4 dígitos que caracteriza o tipo de
reação catalisada:
1° dígito - classe
2° dígito - subclasse
3° dígito - sub-subclasse
4° dígito - indica o substrato
Nomenclatura e classificação
das enzimas
• Cada enzima  código com 4 dígitos que caracteriza o
tipo de reação catalisada:
– (E.C.- Enzime Comission)
–
–
–
–
1° dígito – classe
2° dígito – subclasse
3° dígito - sub-subclasse
4° dígito - indica o substrato
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Classificação das Enzimas
1. Oxido-redutases (Reações de oxidação/Redução)
1.1.atuando em CH-OH
1.2.atuando em C=O
1.3.atuando em C=O1.4.atuando em CH-NH2
1.5.atuando em CH-NH1.6.atuando em NADH, NADPH
2.Transferases (Transferência de grupos)
2.1.grupos com um carbono
2.2.grupos aldeído ou cetona
2.3.grupos acil
2.4.grupos glicosil
2.7.grupos fosfatos
2.8.grupos contendo enxofre
Classificação das Enzimas
3.Hidrolases (Reações de Hidrólise)
3.1.ésteres
3.2.ligações glicosídicas
3.4.ligações peptídicas
3.5.outras ligações C-N
3.6.anidridos ácidos
4.Liases (Adição ou remoção de grupos)
4.1. =C=C=
4.2. =C=O
4.3. =C=N-
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Classificação das Enzimas
(Transferência de grupos dentro da mesma molécula,
formação de isômeros)
5.Isomerases
5.1.racemases
5.2. Cis-Trans isomerases
5.3. Oxirredutases Intramoleculares
5.4. Transferases Intramoleculares (Mutases)
5.5. Liases Intramoleculares
6.Ligases (catalisam
a ligação de duas moléculas com hidrólise da
ligação pirofosfato na molécula de ATP (ou uma semelhante,
igualmente trifosfatada)
6.1. C-O
6.2. C-S
6.3. C-N
6.4. C-C
Classificação das Enzimas
Exemplo:
ATP + D-Glicose
ADP + D-Glicose-6-fosfato
Glicose fosfotransferase
E.C.
2 - Classe - Transferase
Nome trivial: Hexoquinase
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Classificação das Enzimas
Exemplo:
ATP + D-Glicose
ADP + D-Glicose-6-fosfato
Glicose fosfotransferase
E.C.
2 - Classe - Transferase
7 - Subclasse - Fosfotransferases
Nome trivial: Hexoquinase
Classificação das Enzimas
Exemplo:
ATP + D-Glicose
ADP + D-Glicose-6-fosfato
Glicose fosfotransferase
E.C.
2 - Classe - Transferase
7 - Subclasse - Fosfotransferases
1 - Sub-subclasse - Fosfotransferase que
utiliza grupo hidroxila como receptor
Nome trivial: Hexoquinase
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Classificação das Enzimas
Exemplo:
ATP + D-Glicose
ADP + D-Glicose-6-fosfato
Glicose fosfotransferase
E.C.
2 - Classe - Transferase
7 - Subclasse - Fosfotransferases
1 - Sub-subclasse - Fosfotransferase que
utiliza grupo hidroxila como receptor
1 - Indica ser a D-glicose o receptor do
grupo fosfato
Nome trivial:
Hexoquinase
Classificação das Enzimas
1. Oxirredutases – Reações de oxidação/Redução
Exemplo: Lactato desidrogenase
Redução Ác. Pirúvico à
Ác. lático
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Classificação das Enzimas
2. Transferases - Transferência de grupos
Exemplo Hexoquinase
Tranferência do P do
ATP para glicose
Classificação das Enzimas
Exemplo: Lactase
Catalisa a hidrólise da lactose em glicose e galactose
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Classificação das Enzimas
4. Liases – Adição ou remoção de grupos (H2O, NH4+, CO2).
Ex: Fumarase
hidratação de fumarato em L-malato
Classificação das Enzimas
5. Isomerases – Transferência de grupos dentro da mesma
molécula, formação de isômeros
Exemplo: Triose
Fosfato Isomerase
Interconversão reversível de dihidroxiacetona
fosfato e D-gliceraldeido-3-fosfato
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Classificação das Enzimas
6. Ligases – catalisam a ligação de duas moléculas com hidrólise
da ligação pirofosfato na molécula de ATP (ou uma semelhante,
igualmente trifosfatada)
Exemplo: Piruvato carboxilase
Formadora de ligação C-C
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Outras formas de classificar
atuam no interior da célula
Enzimas intracelulares
sintetizam o material celular
realizam reações catabólicas
que suprem as necessidades
energéticas da célula.
atuam fora da célula
Enzimas extracelulares
executando as alterações
necessárias à penetração dos
nutrientes para o interior das
células.
Outras formas de classificar
Agem dentro das moléculas
Endoenzimas
Agem nas extermidades das
moléculas
Ex:
exoamilases,
que
hidrolisam,sucessivamente,
ligações glicosídicas a partir da
extremidade não redutora das
mesmas.
Ex: endoamilases,
que
hidrolisam
ligações
glicosídicas ao acaso ao
longo das cadeias de
amilose
Exoenzimas
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Outras formas de classificar
Enzimas habituais ou
constitutivas
Enzimas indutivas
Isoenzimas
As células sempre as sintetizam
As células só as sintetizam
quando estão na presença do
substrato da enzima
Enzimas que têm a mesma função, ou
seja, catalisam uma mesma reação,
porém apresentam estruturas diferentes
AÇOES
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• Não são consumidas na reação
H2O2
Catalase
E+S
H2O + O2
E+P
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• Emil Fischer (1894): alto grau de especificidade das enzimas
originou  Chave-Fechadura , que considera que a enzima
possui sitio ativo complementar ao substrato.
• Koshland (1958): Encaixe Induzido, enzima e o o substrato
sofrem conformação para o encaixe. O substrato é distorcido para
conformação exata do estado de transição.
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• Atuam em pequenas concentrações
1 molécula de Catalase
decompõe
5 000 000 de moléculas de
H2O2
pH = 6,8 em 1 min
Número de renovação = n° de moléculas de substrato convertidas
em produto por uma única molécula de enzima em uma dada unidade
de tempo.
mmol / segundo .
(milimol de produto por segundo)
Ou mais freqüentemente:
mmol /minuto
(micromol de produto por minuto)
A
A
A
A A
A
A
A
A A
A
A
A
A A
A
A
A
A A
Enzima 2
• A atividade enzimática é quanto produto é
produzido na presença da enzima por
unidade de tempo em condições químicas
definidas (temperatura, pH, composição de
sais...):
enzima
Atividade enzimática
B
B
B
B B
B
B
B
B B
B
B
B
B B
B
B
B
B B
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Cinética de Michaelis–Menten
•
Vmax [S]
v=
•
•
Km + [S]
•
•
v
v = Vmax
1
2
Vmax
•
3
2
•
Km
[S]
Velocidade x concentração de
substrato
Vmax: velocidade máxima
Km: concentração de substrato
na qual a reação acontece na
metade da velocidade máxima
Na Vmax virtualmente todas as
moléculas de enzima estão com
seus sitios ativos ocupados
No Km (constante de Michaelis)
metade das moléculas de
enzima presentes no meio de
reação estão com seus sítios
ocupados.
Km é uma medida da
afinidade da enzima pelo
substrato, quanto menor o
Km maior a afinidade.
A curva se proxima de Vmax,
mas nunca alcança esse valor
isso caracteriza uma assíntota.
Enzimas – ordem da reação
Quando a formação de P for proporcional à [S]
a velocidade da reação é de 1a ORDEM
V
Quando a velocidade da
reação independe da [S]
a reação é de ORDEM
ZERO
54
[S]
27
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FATORES QUE
INFLUENCIAM A
ATIVIDADE ENZIMÁTICA
A atividade enzimática é influenciada por:
•
pH;
•
temperatura;
• concentração das enzimas;
• concentração dos substratos;
• presença de inibidores.
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pH
• O efeito do pH sobre a enzima deve-se às
variações de que quanto mais se afasta do pH
ótimo menos se tem a integridade da enzima.
TEMPERATURA
•  temperatura dois efeitos ocorrem:
(a) a taxa de reação aumenta, como se observa na
maioria das reações químicas;
(b) a estabilidade da proteína decresce devido a
desativação térmica.
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24/03/2016
CONCENTRAÇÃO DAS ENZIMAS
•Velocidade de transformação do S em P  quantidade de E.
• Desvios da linearidade ocorrem:
• Presença de inibidores na solução de enzima;
• Presença de substâncias tóxicas;
• Presença de um ativador que dissocia a enzima;
• Limitações impostas pelo método de análise.
•Recomenda-se:
• Enzimas com alto grau de pureza;
• Substratos puros;
• Métodos de análise confiável.
CONCENTRAÇÃO DOS SUBSTRATOS
•
[S] varia durante o curso da reação à medida
que S é convertido em P.
• Medir Vo = velocidade inicial da reação.
Vmax
vo
[S]
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24/03/2016
INIBIÇÃO ENZIMÁTICA
A inibição enzimática é a redução da velocidade de uma reação
enzimática provocada por uma molécula. As moléculas que
provocam essa ação inibitória são chamadas de inibidores e
podem ser tanto constituintes da própria célula como podem ser
substâncias
estranhas
a
ela.
Quanto ao tipo, a inibição enzimática pode ser inespecífica ou
específica. A inibição inespecífica é aquela que o inibidor, como
um agente desnaturante, diminui a atividade de todas as enzimas.
Já a inibição específica, o inibidor diminui a atividade de uma
única enzima ou de um grupo restrito de enzimas. Este tipo de
inibição pode ser do tipo reversível ou irreversível.
INIBIÇÃO ENZIMÁTICA
 Qualquer substância que reduz a velocidade de uma reação
enzimática.
INIBIDORES
REVERSÍVEIS
COMPETITIVOS
NÃO COMPETITIVOS
IRREVERSÍVEIS
INCOMPETITIVOS
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Inibidores enzimáticos
São agentes moleculares que interferem na catalise, reduzindo a
velocidade ou paralisando reações enzimáticas. As enzimas catalisam
praticamente todos os processos celulares, por isso os inibidores
enzimáticos estão entre os mais importantes agentes farmacêuticos
conhecidos. Por exemplo, a Aspirina® (ácido acetilsalicílico) inibe a
enzima que catalisa o primeiro passo na síntese da prostaglandina,
composto envolvido em muitos processos, incluindo o que produz a
dor. O estudo de inibidores enzimáticos, além disso, proveu
informação valiosa sobre mecanismos enzimáticos e ajudou a definir
algumas vias metabólicas. Existem duas grandes classes de
inibidores
enzimáticos:
reversíveis
e
irreversíveis.
Inibição Enzimática Reversível
A inibição de enzimas reversível diminui a
atividade enzimática através de interação
reversível. Ou seja, o inibidor estabelece com a
enzima um complexo com uma ligação instável,
não covalente. Como a ligação é instável, após a
dissociação com o inibidor, a enzima pode retomar
sua atividade. Existem três tipos de inibição
enzimática
reversível:
competitiva,
não
competitiva e incompetitiva. Esses tipos podem
ser distinguidos experimentalmente pelos efeitos
do inibidor sobre a cinética de reação da enzima.
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24/03/2016
Inibição Competitiva
A molécula inibidora apresenta estrutura semelhante ao substrato da enzima que
se liga para realizar a catálise. Ela liga-se ao sítio ativo da enzima, que não pode
realizar o processo catalítico, pois seu sítio ativo está ocupado para poder ligar-se
ao substrato correto. Portanto o inibidor compete como substrato pelo sítio de
ação.
O inibidor forma com a enzima o complexo enzima-inibidor EI, que é análogo ao
complexo
enzima
substrato
ES.
A
molécula
do
inibidor
não
é
modificada
pela
enzima.
O efeito da reação modifica o Km, mas não altera a velocidade.
Um exemplo de enzima que sofre esse tipo de inibição é a enzima succinato
desidrogenase, que é a responsável pela transformação do succinato em fumarato,
mas quando a ela se liga o malonato, não ocorre reação, ou seja, o malonato é o
agente inibidor dessa enzima.
Vmáx não muda
Sem inibidor
Inibição competitiva
100
Velocidade
mmol/min.
75
Inibidor
Em conc. X
50
Inibidor
Em conc.2X
25
0
0
“Km
aparente”
aumenta
1
2
3
4
[S] mmol/L
5
6
 Se ligam ao síto ativo mas
não podem ser convertidos
em produto
 Como inibidor e substrato
competem pelo mesmo sítio
esse tipo de inibição é
chamado competitiva.
 Podem ser retirados do sítio
ativo por um excesso de
substrato, portanto aumenta o
Km mas não altera a
velocidade máxima
33
24/03/2016
Inibição não competitiva
Um inibidor não competitivo pode se combinar com a enzima livre ou com o complexo
ES, interferindo na ação de ambos. Esses inibidores ligam-se a um sítio da enzima
diferente do sítio ativo, muitas vezes ocasionando deformação da mesma de forma que
ela não forme o complexo ES na velocidade usual e, uma vez formado, ele não se
desdobra
na
velocidade
normal
para
originar
o
produto.
Ocorre quando uma molécula ou íon pode se ligar em um segundo local na superfície
enzimática, que não seja o sítio ativo. Isto pode distorcer a enzima tornando o processo
catalítico
ineficiente.
O inibidor não competitivo pode ser uma molécula que não se assemelha com o
substrato, mas apresenta uma grande afinidade com a enzima. É o mecanismo inverso
do inibidor competitivo, porque inibe a ligação do complexo ES e não da enzima livre.
O efeito da reação modifica a velocidade e o Km permanece constante.
Como exemplo, há a proteína α1-antitripsina que liga-se à tripsina e inibi a ação desta.
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24/03/2016
Vmáx
diminui
Velocidade mmol/min.
100
75
Inibição não-competitiva
sem inibidor
inibidor na conc. X
50
inibidor na conc. 2X
0
0 Km1
2
3
4
5
não muda [S] mmol/L
Inibidor em
Sem inibidor
concentração X
E E E
E
E E-I
E-I E E E E
E E E
E
E
E E E E
E-I E E E
O inibidor se liga de
forma irreversível à enzima
inativando-a
Atua como se diminuísse
a concentração de enzima,
na verdade diminuí a
concentração de enzima
ativa
As moléculas que não se
ligaram ao inibidor
funcionam normalmente,
por isso o Km não muda
6
Inibidor em
concentração 2X
E-I
E-I E E E
E-I E
E-I E E-I
E-I E
c) Não Competitiva à Liga-se independentemente do substrato ligar-se ou não.
Inibição Alostérica: O inibidor liga-se à enzima, mas em local diferente do sítio ativo alterando a conformação da enzima; Não atende ao comportamento cinético.
Inibição alostérica
• Inibidores alostéricos se
ligam a um sítio afastado do
centro ativo (cinético);
• Provocam uma mudança
conformacional na enzima
que indiretamente reduz sua
atividade.
35
24/03/2016
Inibição Incompetitiva
A inibição incompetitiva caracteriza-se pelo fato de o
inibidor não se combinar com a enzima livre, nem afetar
sua reação com o substrato normal; contudo ele se
combina com o complexo ES para originar um complexo
ternário inativo ESI, incapaz de sofrer a etapa subsequente
da
reação
para
produzir
o
produto.
Essas interrelações indicam que o grau de inibição pode
aumentar à medida que se aumenta a concentração do
substrato.
Podem ser observada em reações catalisadas por enzimas
que
possuem
mais
de
um
substrato.
Reduz igualmente a Vmax e Km.
Inibição Enzimática Irreversível
Os inibidores irreversíveis são aqueles inibidores que se ligam no sítio
ativo da enzima, de modo a formar um complexo estável, ou seja, há a
formação de uma ligação covalente entre o inibidor e a enzima, o que
pode promover uma destruição dos grupos funcionais essenciais da
enzima. Essa inibição é progressiva, aumentando com o tempo até que
atinja uma máxima inibição. As substâncias que modificam
quimicamente os resíduos de aminoácidos específicos podem agir como
inibidores irreversíveis. Os inibidores irreversíveis são muito úteis em
estudos de mecanismo de reação.
Exemplos de inibidor irreversível são a proteína α1-antitripsina, que inibi
a atividade da tripsina, os compostos organofosforados inibidores da
acetilcolinesterase (agentes anticolinesterásicos), o DFP (diisopropil
fluorofosfato), os gases dos nervos (tabun, sarin e soman) e os inseticidas
(paration, Fention, Malation Diazinon).
36
24/03/2016
A cinética do inativador irreversível é
comparável à de um inibidor não competitivo
puro. Nesse tipo de inibição há inibidores
chamados de inibidores suicidas ou inibidores
com base no mecanismo, os quais são compostos
geralmente pouco ativos, até que se liguem à
enzima. Eles agem de duas formas, ou é
convertido em um composto muito reativo que
se combina irreversivelmente com a enzima ou
forma um produto que é um potente inibidor do
passo seguinte da via metabólica.
Cinética enzimática
Velocidade mmol/min.
É o estudo de como a velocidade da enzima varia em função da
concentração de substrato
100mmol/min
100
75
50
0,5mmol/L
25
0
0
1
2
3
4
5
[S] mmol/L
6
[S] Velocidade
mmol/ mmol/min.
0L
0
0,2
25
0,5
50
1,0
74
2,0
85
3,0
90
4,0
94
5,0
97
6,0
99
Parâmetros cinéticos
Velocidade máxima (Vmáx): é a velocidade máxima alcançada pela enzima
Km: é a concentração de substrato que faz com que a enzima funcione na metade da V máx
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24/03/2016
ENZIMAS
X
CATALISADORES QUÍMICOS
Característica
Enzimas
Catalisadores
Químicos
alta
baixa
Natureza da estrutura
complexa
simples
Sensibilidade à T e pH
alta
baixa
suaves
drástica
(geralmente)
alto
moderado
Natureza do processo
batelada
contínuo
Consumo de energia
baixo
alto
Formação de subprodutos
baixa
alta
Especificidade ao substrato
Condições de reação (T, P e pH)
Custo de obtenção (isolamento e purificação)
Separação catalisador/ produtos
difícil/cara
simples
Atividade Catalítica (temperatura ambiente)
alta
baixa
Presença de cofatores
sim
não
Estabilidade do preparado
baixa
alta
Energia de Ativação
baixa
alta
Velocidade de reação
alta
baixa
38
24/03/2016
Comparação das enzimas com
catalisadores químicos
Característica
Especificidade ao substrato
Natureza da estrutura
Sensibilidade à T e pH
Condições de reação (T, P e pH)
Custo de obtenção (isolamento e purificação)
Enzimas
Catalisadores Químicos
alta
baixa
complexa
Simples
alta
Baixa
suaves
drástica (geralmente)
alto
Moderado
Natureza do processo
batelada
Contínuo
Consumo de energia
baixo
Alto
Formação de subprodutos
baixa
Alta
Separação catalisador/ produtos
difícil/cara
simples
Atividade Catalítica (temperatura ambiente)
alta
baixa
Presença de cofatores
sim
não
Estabilidade do preparado
baixa
alta
Energia de Ativação
baixa
alta
alta
baixa
Velocidade de reação
Comparação das enzimas com
catalisadores químicos
Característica
Especificidade ao substrato
Natureza da estrutura
Sensibilidade à T e pH
Condições de reação (T, P e pH)
Custo de obtenção (isolamento e purificação)
Enzimas
Catalisadores Químicos
alta
baixa
complexa
Simples
alta
Baixa
suaves
drástica (geralmente)
alto
Moderado
Natureza do processo
batelada
Contínuo
Consumo de energia
baixo
Alto
Formação de subprodutos
baixa
Alta
difícil/cara
simples
Atividade Catalítica (temperatura ambiente)
alta
baixa
Presença de cofatores
sim
não
Estabilidade do preparado
baixa
alta
Energia de Ativação
baixa
alta
alta
baixa
Separação catalisador/ produtos
Velocidade de reação
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24/03/2016
Comparação das enzimas com
catalisadores químicos
Característica
Enzimas
Especificidade ao substrato
Natureza da estrutura
Sensibilidade à T e pH
Condições de reação (T, P e pH)
Custo de obtenção (isolamento e purificação)
Catalisadores Químicos
alta
baixa
complexa
Simples
alta
Baixa
suaves
drástica (geralmente)
alto
Moderado
Natureza do processo
batelada
Contínuo
Consumo de energia
baixo
Alto
Formação de subprodutos
baixa
Alta
Separação catalisador/ produtos
difícil/cara
simples
Atividade Catalítica (temperatura ambiente)
alta
baixa
Presença de cofatores
sim
não
Estabilidade do preparado
baixa
alta
Energia de Ativação
baixa
alta
alta
baixa
Velocidade de reação
APLICAÇÕES
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24/03/2016
TIPOS DE APLIÇÕES INDUSTRIAIS
• Alimentos
• Rações animais
• Papel e celulose
• Couro
• Têxtil
ALIMENTOS
•
Indústria de azeite de oliva:
- Aplicação de polygalacturonase e pectinesterase na
melhoria de aspectos organolépticos e estabilidade a
longo prazo.
•
Panificação:
- Melhoria de cor, sabor e estrutural através de
preparado enzimático que contém alfa-amilase
fúngicas. Atua sobre a farinha de trigo, acelerando o
processo de fermentação devido a uma maior formação
de açúcares para o fermento.
41
24/03/2016
RAÇÕES ANIMAIS
• Utilização de enzimas nas rações para leitões durante o período
de lactação:
- Emprego de Xilanase, Beta-glucanase e Alpha-amylase
com o objetivo de digestão de amido e, em decorrência
disso, ganho de peso e abate precoce.
INDÚSTRIA DE PAPEL E CELULOSE
•Remoção de depósitos em máquinas de papel:
- Substituição de álcalis e ácidos fortes por enzimas
com o objetivo de assegurar a integridade física dos
funcionários e cumprir leis ambientais.
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24/03/2016
INDÚSTRIA DO COURO
• Uma das primeiras partes do processo de transformação de uma
pele em couro é a eliminação dos pêlos que ainda venham agarrados.
• O processo usado até agora envolvia sulfureto de sódio, um
químico com um cheiro tão intenso que é impossível passar por uma
fábrica de curtumes sem dar por ela.
• Em alternativa, foi sugerido à indústria que passe a usar enzimas –
o mau cheiro desaparece e a carga poluente dos efluentes é
eliminada.
INDÚSTRIA TÊXTIL
Usa-se a amilase bacteriana (Bacillus subtilis e
Bacillus lichenformis) estável ao calor para eliminar a
goma dos produtos têxteis, substituindo os ácidos e
álcalis na hidrólise do amido.
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24/03/2016
OUTRAS APLICAÇÕES
• Indústria de Cosméticos
• Produtos de Limpeza
• Inativação Enzimática
CONCLUSÃO
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24/03/2016
• Ampla aplicabilidade da atividade enzimática
 Vantagens frente aos catalisadores químicos;
 Importância de fatores externos;
Tipos de inibidores ;
Economicamente mais significativa;
Ecologicamente melhor.
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