Mesa Redonda: EXPOSIÇÃO À REALIDADE VIRTUAL NO TRATAMENTO DA FOBIA SOCIAL NOVAS PERSPECTIVAS DE TRATAMENTO DA FOBIA SOCIAL - REALIDADE VIRTUAL Mariangela Gentil Savoia ( Programa Ansiedade (AMBAN) do IPq- HCFMUSP; CONSCIENTIA - Núcleo de Estudos de Saúde Mental e Comportamento. São Paulo-SP) Introdução: A esquiva fóbica é um comportamento com uma alta freqüência na Fobia Social. O medo de enfrentar as situações sociais e a ansiedade intensa faz com que o paciente as evite. A técnica considerada mais eficaz para extinguir este comportamento é a exposição. A exposição tem sido realizada ao vivo ou em imaginação. A escolha do procedimento de exposição se ao vivo ou em imaginação deve levar em consideração o nível de ansiedade. Algumas situações são difíceis de ocorrer com uma freqüência alta, como viajar, por exemplo, onde a exposição por imaginação tem sido indicada. A exposição por realidade virtual tem se mostrado melhor que a exposição por imaginação com relação a custos financeiros, de tempo, e esforços é uma possibilidade com resultados de vários estudos indicando a efetividade desta intervenção. Nas fobias este procedimento via computador é de grande auxílio. Pacientes com fobia de dirigir podem ser expostos a realidade virtual, bem como os com fobia de avião entre outros. Da mesma forma, na fobia social a possibilidade de ter uma interação que possa ser vivenciada várias vezes até que o comportamento possa ser considerado socialmente habilidoso. Objetivos: O objetivo desta apresentação é apresentar novas perspectivas, como exposição à realidade virtual no tratamento da fobia social. Método: A pesquisa foi realizada através do PUBMED e do Scielo usando-se as palavras-chave fobia social, transtorno de ansiedade social, terapia cognitivocomportamental, exposição a realidade virtual. Discussão: Podemos concluir, portanto, que a tecnologia no consultório pode ser de grande auxílio no processo terapêutico. FOBIA SOCIAL: PAPEL DA EXPOSIÇÃO NA ABORDAGEM COGNITIVOCOMPORTAMENTAL. Tito Paes de Barros Neto (Programa Ansiedade – AMBAN do Instituto de Psiquiatria do HCFMUSP. São Paulo, SP. Introdução: A fobia social é um transtorno ansioso de evolução crônica e acentuado prejuízo funcional. É um transtorno de alta prevalência na população geral, e que apresenta elevada comorbidade com outros transtornos do Eixo I e do Eixo II, como os transtornos relacionados ao uso de álcool, os transtornos de humor, outros transtornos de ansiedade e os transtornos de personalidade. A fobia social foi descrita pela primeira vez em 1966, quando ficou claro que ela diferia de outras fobias, sobretudo no aspecto da idade de início do quadro. A exposição é o tratamento mais eficaz para as fobias. Há estudos que respaldam sua eficácia no tratamento da fobia social. A exposição aos estímulos temidos pode ser feita ao vivo ou na imaginação. Para que se obtenha o máximo de eficácia, a exposição ao vivo deve ser gradual, repetida e prolongada. Isto se aplica bem para as fobias específicas e para a agorafobia. No caso da fobia social, este procedimento se torna mais difícil uma vez que as situações sociais são variáveis e imprevisíveis, o que dificulta a construção de hierarquias para a exposição gradual e repetida. Este é um problema que requer uma solução que viabilize a técnica da exposição. Outro procedimento, de maior complexidade, é o treinamento em habilidades sociais. Usando o ensaio comportamental e o treino de assertividade, pode ser utilizado dentro da sessão de exposição e tem como objetivo tornar mais robusto o repertório social do paciente. Objetivos: O objetivo deste estudo desta apresentação é discutir o alcance e os limites da exposição ao vivo no tratamento da fobia social. Método: A pesquisa foi realizada através do PUBMED e do Scielo usando-se as palavras-chave fobia social, transtorno de ansiedade social, terapia cognitivocomportamental, exposição, assertividade, habilidades sociais. Discussão: a exposição ao vivo apresenta limitações no seu uso em pacientes com fobia social. Os fatores que limitam a sua eficácia são a imprevisibilidade das situações sociais, a sua curta duração, que ocorre com frequência e a dificuldade de se repetir a exposição a uma determinada situação que não está mais acontecendo. Conclusão: é preciso se explorar formas mais eficazes de exposição na fobia social. PROGRAMA DE REALIDADE VIRTUAL PARA TRATAR FOBIA SOCIAL – PROGRAMA RVFS Cristiane Maluhy Gebara.** ( Programa Ansiedade (AMBAN) do IPqHCFMUSP; CONSCIENTIA - Núcleo de Estudos de Saúde Mental e Comportamento. São Paulo-SP) Introdução: As principais características da fobia social são o medo de sentir-se constrangido, humilhado ou avaliado negativamente pelos outros, com intenso desconforto e sofrimento, interferência no dia a dia e acentuado prejuízo no desempenho. A ansiedade é sentida de maneira intensa em situações de desempenho ou de contato interpessoal, levando à esquiva de diversas situações, com conseqüências negativas em áreas importantes da vida. Há diversos estudos que respaldam a eficácia da exposição no tratamento da fobia social. Estudos recentes têm sido conduzidos com terapia baseada em exposição à realidade virtual. Objetivos: O objetivo desta apresentação é trazer os resultados da Pesquisa realizada no IPq HCFMUSP de um Programa de realidade virtual para tratar fobia Social- Programa RVFS. Método: O Programa de Realidade Virtual foi desenvolvido por uma Empresa, sob minha orientação, para tratar fobia social através da Exposição. Consiste em cenários com situações realistas em três dimensões que eliciam ansiedade. Participaram da Pesquisa, 21 sujeitos, entre 18 e 63 anos, diagnosticados com fobia social. Os sujeitos foram submetidos a várias escalas e instrumentos. O tratamento foi preconizado em até doze sessões. Resultados: Os resultados estatísticos demonstraram diferença significativa na redução da ansiedade social em todas as escalas e instrumentos (p< 0,01). Discussão: A construção deste Programa de realidade virtual para tratar os pacientes com fobia social através da Exposição Virtual, foi adequado à realidade brasileira. Verificou-se que este tratamento proporcionou um custo menor para o paciente, maior adesão ao tratamento, encurtou o tempo de tratamento, como também verificou-se a diminuição do tempo de exposição para que o paciente atingisse a habituação. É importante que sejam feitos mais estudos com Programas de Exposição a Realidade Virtual em outros transtornos que sejam adequados a realidade brasileira. Não houve apoio financeiro Realidade virtual, fobia social, exposição