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FUNIP- FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA
SAMARA QUEILA OLIVEIRA DA SILVA SOUSA
INCLUSÃO ESCOLAR UM DESAFIO ENTRE O IDEAL E O REAL
EUNÁPOLIS_BA
2018
FUNIP- FACULDADE ÚNICA DE IPATINGA
SAMARA QUEILA OLIVEIRA DA SILVA SOUSA
INCLUSÃO ESCOLAR UM DESAFIO ENTRE O IDEAL E O REAL
Artigo
Científico
Apresentado
a
Universidade Candido Mendes - UCAM,
como requisito parcial para obtenção de
títulos Especialista em Educação Especial e
Inclusiva com ênfase em tecnologia
assistiva e comunicação alternativa.
EUNAPOLIS-BA
2018
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INCLUSÃO ESCOLAR UM DESAFIO ENTRE O IDEAL E O REAL
Samara Queila oliveira da silva Sousa
Resumo
Este artigo refere-se de maneira geral a inclusão como um desafio tanto para o aluno quanto
para o professor, o educando busca o direito e o seu lugar diante da sociedade, ele busca
acima de tudo o respeito, a esperança de um dia ter o seu direito enquanto cidadão garantido.
Consideramos as contribuições dos autores como Montoan, Salamanca, marchesi e Martin
(1995), Warnock Inglaterra, em (1974), Montoan (2005), Claudia Dutra (2003), Bueno
(1999),Santana (2005),Glat & Fernandes (2005).Procuramos enfatizar a importância e a
Participação de todos dentro do seu campo de atuação, assim como a importância de
Profissionais capacitados e todos se ajudando mutuamente e garantindo assim uma educação
de qualidade para todos.
Palavra-Chave: Direito. Escola. Inclusão.
Introdução
O presente trabalho tem como tema Inclusão Escolar um desafio entre o
ideal e o real, a concepção da inclusão educacional expressa o conceito de
sociedade inclusiva. As pessoas com o Transtorno de Déficit de Atenção e
Hiperatividade (TDAH estão em busca dos seus direitos e dos seus lugares em
uma sociedade onde para isso eles são considerados excluídos).
Nesse aspecto, compõem-se as questões que dirigem este trabalho:


O que é de fato inclusão.
O que leva as pessoas a terem entendimento e significados tão
diferentes.
_____________________
Graduada em pedagogia


Que benefício a inclusão traz a alunos e professores.
Um professor sem capacitação pode ensinar alunos com deficiência.
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Apesar de convivermos diariamente com alunos com esse tipo de
deficiência, aprendemos com o tempo a conhecer a sua personalidade e suas
habilidades para ter um desenvolvimento dentro de suas limitações.
Nessa situação precisamos mudar os nossos valores, para incluir estas
pessoas em nossa vida social, nosso cotidiano e garantir a eles uma educação
de qualidade. Não basta apenas um espaço físico dentro de uma sala, é
preciso que busquemos formas de atender a essa população que grita por
socorro.
Na primeira Conferência da Rede Ibero-Americana de Organizações Não
Governamentais de Pessoas com Deficiência e suas Famílias, reunida em
Caracas, entre os dias 14 e 18 de outubro de 2002, considerando que é
compromisso de todos elevarmos a qualidade de vida de pessoas com
deficiência e suas famílias por meio de serviços de qualidade em saúde,
educação, moradia e trabalho, declararam, 2004 como o ANO DAS PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA E SUAS Famílias, almejando a vigência efetiva das
Normas sobre a Equiparação de Oportunidades para Pessoas com
Deficiências e o cumprimento dos acordos estabelecidos na Convenção
Interamericana para Eliminação de todas as Formas de Discriminação Contra
as Pessoas com Deficiência (Convenção da Guatemala 2001).
O marco histórico da inclusão foi em junho de 1994, com a Declaração da
Salamanca Espanha, realizado pela UNESCO na Conferência Mundial Sobre
Necessidades Educativas Especiais: Acesso e Qualidade, assinado por 92
países, que tem como princípio fundamental: "todos os alunos devem aprender
juntos, sempre que possível independente das dificuldades e diferenças que
apresentem".
O Brasil é Signatário de documentos internacionais que definem a
inserção incondicional de pessoas com deficiência na sociedade - a chamada
inclusão. Muito mais do que uma ideia defendida com entusiasmo por
profissionais de diversas áreas desde 1990 a construção de sociedades
inclusivas, nos mais diferentes pontos do planeta, é meta do que se poderia
chamar de movimento pelos "direitos humanos de todos os humanos". No dia
14 de dezembro foi assinada a resolução 45/ 91da ONU, que solicitou ao
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mundo "uma mudança no foco do programa das nações unidas sobre
deficiência passando da conscientização para a ação, com o compromisso de
se concluir com êxito uma sociedade global para todos por volta de 2010".
No Brasil, a Lei de Diretrizes e Bases em 1996, refere-se sobre estar
"preferencialmente" incluída, mas também haverá quando necessários serviços
de apoio especializado na escola regular para atender as peculiaridades e que
o atendimento educacional será feito em classes, escolas ou serviços
especializados, sempre que em função das condições específicas do aluno não
for possível sua integração nas classes comuns do ensino regular.
Com a Resolução n.2/2001 que instituiu as Diretrizes Nacionais para a
Educação Especial na Educação Básica, houve um avanço na perspectiva da
universalização e atenção à diversidade, na educação brasileira, com a
seguinte recomendação: Os sistemas de ensino devem matricular todos os
alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educando
com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições
necessárias para a educação de qualidade para todos. No entanto a realidade
desse processo INCLUSIVO é bem diferente do que se propõe na legislação e
requer muitas discussões relativas ao tema.
Segundo Montoam
Se o que pretendemos é que a escola seja inclusiva, é urgente que
seus planos se redefinam para uma educação voltada para a
cidadania global, plena, livre de preconceitos e que reconhece e
valoriza as diferenças.
No Japão, em 2002, foi aprovada a declaração de Sopporo representado
por 109 países, por ocasião da VI assembleia mundial da Disabled Peoples
INTERNATIONAL-DPI, onde fala sobre a educação inclusiva: "a participação
plena começa desde a infância nas salas de aulas, nas áreas de recreio e em
programas e serviços. Quando crianças com deficiência se sentam lado a lado
com muitas outras crianças, as nossas comunidades são enriquecidas com a
aceitação de todas as crianças. Devemos instar os governos em todo mundo a
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erradicarem a educação segregada e estabelecer uma política de educação
inclusiva".
Assim, este trabalho justifica-se por auxiliar os professores a analisarem e
refletirem sobre os desafios e dificuldades quanto à educação especial e a
educação inclusiva nas escolas.
Desenvolvimento
É na escola que o sujeito encontra em suas especificidades um novo
aprendizado. A inclusão escolar ela não pode ser entendida como um direito
garantido, mas compreendida como um direito enquanto cidadão.
Toda a equipe escolar precisa estar inserida dentro do seu campo
especifico de atuação e ter ciência de como podem contribuir para a inclusão
desses educando.
Salamanca (Conferencia Mundial da Educação Especial)
O direito de cada criança a educação é proclamado na Declaração
Universal de Direitos Humanos e foi fortemente reconfirmado pela Declaração
Mundial sobre Educação para Todos. Qualquer pessoa portadora de
deficiência tem o direito de expressar seus desejos com relação à sua
educação, tanto quanto estes possam ser realizados. Pais possuem o direito
inerente de serem consultados sobre a forma de educação mais apropriada às
necessidades, circunstâncias e aspirações de suas crianças.
Construir uma sociedade inclusiva é um processo de suma importância
para o desenvolvimento e preservação de um Estado democrático. Entende-se
por inclusão o direito, a todos, do alcance continuado ao lugar comum da vida
em comunidade, comunidade essa que deve estar orientada por ações de
acolhimento à diversidade humana, de aceitação das diferenças individuais, de
esforço coletivo na equiparação de oportunidades de desenvolvimento, com
qualidade, em todas as dimensões da vida (Diretrizes Nacionais de Educação
Especial para Educação Básica (BRASIL, 2001, p. 13)).
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Segundo Marchesi e Martin (1995), essa terminologia, contudo, surgiu na
década de 70 e foi divulgada a partir do Informe Warnock, publicado na
Inglaterra, em 1974, com o objetivo de deixar para trás termos pejorativos que
rotulavam as pessoas deficientes. Esse documento adotou o conceito de
necessidades educacionais especiais e teve grande repercussão internacional.
A esse respeito, Marchesi e Martin (1995, p.13, afirmam:
Ao passo que a concepção baseada na deficiência considerava mais
normal à escolarização destes alunos em centros específicos de
educação especial, a concepção baseada nas necessidades
educacionais especiais vê a integração como a opção normal, sendo
extraordinárias as decisões mais segregadas.
Segundo Mantoan (2005), “inclusão é a nossa capacidade de entender e
reconhecer o outro e assim, ter o privilégio de conviver e compartilhar com
pessoas diferentes de nós”. Para ela, a educação inclusiva acolhe todas as
pessoas sem exceções.
Para Cláudia Dutra (2003),
Inclusão postula uma reestruturação do sistema de ensino,
com o objetivo de fazer com que a escola se torne aberta
às diferenças e competente para trabalhar com todos os
educando, sem distinção de raça, classe, gênero ou
características pessoais. (p.46)
O professor que tem um aluno especial é firme em dar e exigir respeito na
classe é objetivo, descobre meios de ajudar a todos os alunos e atingir a sua
meta. Valorizar o desenvolvimento global do aluno e respeitar as diferenças
individuais.
De acordo com Bueno (1999), “dentro das atuais condições da educação
brasileira, não há como incluir crianças com necessidades educativas especiais
no ensino regular sem apoio especializado, que ofereça aos professores
dessas classes, orientação e assistência”. Assim a educação inclusiva é aquela
que oferece um ensino adequado às diferenças e às necessidades de cada
aluno e não deve ser vista lateralmente ou isolada, mas, como parte do sistema
regular. Para tanto, o quesito indispensável para a efetivação deste conceito é
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a formação adequada e contínua do professor (SANTANA 2005, GLAT &
FERNANDES, 2005).
A formação de professores é um aspecto que merece ênfase quando se
aborda a inclusão. Muitos dos futuros professores sentem-se inseguros e
ansiosos diante da possibilidade de receber uma criança com necessidades
especiais na sala de aula. Há uma queixa geral de estudantes de pedagogia,
de licenciatura e dos professores: ”Não fui preparada para lhe dar com crianças
com deficiência’(Lima 2002, p.40)
Acredita-se que a formação docente é a busca de qualidade do ensino para
crianças com necessidades educativas especiais envolvem, pelo menos, dois
tipos de formação profissionais: a primeira é a dos professores do ensino
regular que conte com o conhecimento mínimo exigido, uma vez que há a
possibilidade de lidarem com alunos com “
necessidades
educativas
especiais’, a segunda é a de professores especialistas nas variadas”
necessidades educativas especiais “que possam atender diretamente os
discentes com tais necessidades e/ou para auxiliar o professor do ensino
regular em sala de aula (BUENO, 1993)
A construção de uma sociedade exige mudanças de ideia e praticas construída
ao longo do tempo.
Conclusão
Os resultados dos estudos apresentam de modo geral que estudo com focos nas
dificuldades dos alunos com algum tipo de deficiência são inúmeros, mas, contudo há
pouca participação de profissionais de apoio. É preciso aumentar o contingente de
profissionais que atendam as instituições escolares por meio de trabalho coerente com
a demanda de alunos e da equipe escolar.
Há necessidade de se elaborar estratégias, e elas em muito poderão contribuir
para efetivação dos princípios estabelecidos pelas políticas inclusivas e para a
estimulação do desenvolvimento, acadêmico e emocional dos alunos.
Uma preocupação crescente com as barreiras encontradas pelos alunos com
necessidades especiais e como supera-las. Além disso, vários autores
abordaram as questões que serão significativas para a permanência destes
alunos na escola e as interações sociais entre eles e as demais crianças.
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Notou-se que os estudos abordados trataram das mais diversas temáticas
como as barreiras enfrentadas pelos alunos com necessidades educacionais
especiais para acessar e permanecer na escola, a influencia da família no
processo de inclusão e a formação dos professores. No entanto, em sua
maioria dos autores tem pesquisado metodologias, política publica e pratica
pedagógicas que envolvem as propostas de inclusão e poucos tem abordado
os desafios dos docentes que atuam sob esta perspectivas.As mudanças são
fundamentais para a inclusão,mas exige esforço de todos possibilitando que a
escola seja vista como um ambiente de construção.
Referência
BUENO JGS. Educação especial brasileira: Integração/Segregação do aluno
diferente. São Paulo, EDUC/PUCSP, 1993.
BUENO JGS. Crianças com necessidades educativas especiais, política
educacional
e
a
formação
de
professores:
Generalistas
ou
especialistas?Revista Brasileira de Educação Especial, 2009,3(5), 7-25.
Congresso Nacional - Constituição da República Federativa do Brasil Brasília - Senado Federal, 1988.
Conselho Nacional de Educação - Câmara de Educação Básica Resolução
CNE/CNB·.
DUTRA, Claudia. Inclusão que Funciona. In Nova Escola, setembro, 2003.
MEC - Ministério de Educação - Secretaria de Educação Especial Política
Nacional DE EDUCAÇÃO ESPECIAL, Brasília MEC - SEEDSP 1994.
Montoam, Maria Tereza Engler e colaboradores, INTEGRAÇÃO DE PESSOAS
COM DEFICIÊNCIA - editora Memnon edições científicas Itda, 1997.
Mídia e Deficiência - Brasília Andi, Fundação Banco do Brasil 2003- série
diversidade.
Ministério da Justiça - DECLARAÇÃO DE SALAMANCA E LINHA DE AÇÃO.
Marchesi, A. & Martín, E. (1995). Da terminologia do distúrbio às necessidades
educacionais especiais.
MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão é o Privilégio de Conviver com as
Diferenças. In Nova Escola, maio, 2005.
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