BOLETIM ECONOMIA 5 babilonia

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ÓRGÃO INFORMATIVO DA COORDENAÇÃO DE ECONOMIA DA
FACULDADE DE EDUCAÇÃO SANTA TEREZINHA—FEST
Volume 3, Edição 1
EDITORIAL
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Fevereiro de 2011
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de
COMPORTAMENTO DO
CONSUMIDOR DE IMPERATRIZ
Desde o aparecimento do
neoliberalismo, a economia de
mercado tornou-se a ordem do
dia e ocupou lugares de destaques nos tablóides mais renomados em todos os continentes,
mesmo nos países de orientações ideológicas contrárias ao
consumo exacerbado do livre
mercado. Imperatriz é uma fatia
minúscula na esfera da macrocompreensão do consumo, mas
é uma amostragem suficiente
que pode desvelar uma tendência do consumidor universal.
Foto: José Bispo
Foto: José Bispo
EDITORIAL
Por *Fernando Babilônia - Professor da FEST
Foi realizada uma pesquisa sobre o perfil de consumo da população de Imperatriz realizada na segunda
quinzena de outubro de 2010,
pela Faculdade de Educação
Santa Terezinha – FEST, tendo a participação direta dos
acadêmicos do segundo, terceiro, quarto, quinto e sexto
períodos do curso de Ciências Econômicas e coordenada pelos docentes Claudio
Marcos, Dorgival Pinheiro e
Fernando Babilônia. A pes-
quisa apresentou dados importantes sobre o comportamento e expectativas dos consumidores da cidade de Imperatriz. A pesquisa foi realizada
com uma amostra de 500 pessoas, que foram entrevistadas
em vários pontos da cidade,
utilizou-se o método de amostragem probabilística de modo
a garantir uma margem de
erro de 5%, com um nível de
significância de 95%. O objetivo foi de levantar informações
sobre expectativas de consu-
NESTA EDIÇÃO
Professores, de Economia da FEST divulgam
resultado de pesquisa sobre
o comportamento do consumidor realizada em Imperatriz.
O acadêmico de Direito Thiago Sousa Silveira tece breve historiografia a sobre a evolução da tecnologia
da informação através da
informática.
VOLUME 3, EDIÇÃO 1
mo, momento da economia
de Imperatriz, pretensão de
consumo da população, formas de pagamento mais usadas entre outras informações.
Pretende-se com a pesquisa
propiciar um maior conhecimento sobre o consumo na
cidade de Imperatriz, assim
como fornecer uma ferramenta de planejamento para o
comércio local, já que conhecendo como pensa e o que
quer o consumidor os comerciantes podem se preparar
tanto ampliando estoques
como também reduzindo os
mesmos. A confiança das
famílias atua como fator redutor ou indutor do crescimento.
Se as expectativas são otimistas em relação ao futuro
as famílias irão gastar
mais, ao passo que se as
expectativas são pessimistas, elas irão ser mais
cautelosas, abrindo mão
de um consumo presente
para consumir no futuro.
A pesquisa obtiveram
-se os seguintes resultados: 82,0% dos entrevistados
possuem renda de um a quatro salários, sendo que 41,0%
são empregados com carteira
assinada. Quando indagados
sobre o momento atual da
Fonte: Departamento de Economia FEST
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economia de Imperatriz,
36,0% disseram que o momento atual é bom, e para os
próximos seis meses este percentual sobe para 50,0%.
Outra informação relevante levantada, diz respeito ao
grau de endividamento dos
consumidores de Imperatriz,
dos quais 56,0% disseram
que possuem algum financiamento no momento, destes
31,0% correspondem a automóveis e 27,0% motos. 47,0%
responderam que pretendem
comprar algo no momento
atual, sendo que os produtos
que obtiveram maior destaque
foram os automóveis, motos e
imóveis com 24,0%, 17,0% e
23,0% respectivamente.
Os próximos seis meses
Fonte: Departamento de Economia FEST
o percentual de pessoas que
pretende comprar algo sobe
para 54,0%, tendo novamente
destaque os automóveis, motos e imóveis com os percentuais de 16,0%, 27,0% e 15%
respectivamente. Observou-se
também
que quando os consumidores
decidem
comprar algo, 47,0%
decidem pela compra
à prazo e 46,0% disseram que, o que levam em conta no ato
da compra é o valor da prestação e não a taxa de juros
que pagarão.
Quando questionado so-
Fonte: Departamento de Economia FEST
bre quais fatores influenciam
na compra, 7,0% dos consumidores disseram ser a propaganda, 21,0% as promoções e
57,0% a necessidade.
Portanto, observa-se que
Fonte: Departamento de Economia FEST
há uma predominância de
consumidores das classes D
(2 a 4 salários mínimos) e E
(0 até 2 salários mínimos) em
Imperatriz. Observa-se também, que a expectativa dos
consumidores de Imperatriz
relativo à economia, tanto para o momento atual quanto
para os próximos seis meses
é otimista, sendo que para os
próximos seis meses há uma
pequena vantagem. No que
se refere às pretensões de
VOLUME 3, EDIÇÃO 1
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real do mundo, os consumidores de Imperatriz ao decidirem comprar algo não levam em consideração a taxa
de juros e sim o valor da
prestação, ou seja, se cabe
no orçamento as pessoas
irão comprar independentemente da taxa ser alta ou
não.
compra nota-se um destaque
para os automóveis, motos e
imóveis levando a um provável aquecimento nestes seto-
res. Outro ponto que através
da pesquisa podemos ter acesso é que mesmo o Brasil
tendo a maior taxa de juros
*Economista com Especialização em
Finanças e Planejamento Empresarial.
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE IMPERATRIZ
* Por Thiago Sousa Silveira
Para compreender as
novas possibilidades abertas
pela tecnologia precisamos antes entender
como evoluiu a presença e o uso de computadores e as novas
possibilidades abertas
para a vida das pessoas.
A 1ª onda foi a massificação do uso de computadores, inicialmente
nas empresas e escritórios, e posteriormente na casa das pessoas. O uso de computadores permitiu realizar
tarefas e organizar as
informações de maneiras totalmente novas, o que
gerou um grande salto na produtividade das empresas.
A 2ª onda foi a massificação da internet. Os computadores podem fazer muitas
coisas, mas conectados uns
com outros podem fazer ainda
mais. A Internet trouxe novas
aplicações conectando não só
computadores, mas também
pessoas, empresas, governos,
organizações civis, entre outros. ao redor do mundo. Isso
gerou um novo salto de produtividade na economia. Hoje
nenhuma empresa que se preze pode estar fora da internet.
A 3ª onda é massificação da colaboração. Computadores disponíveis facilmente,
difusão da internet banda larga
e novas ferramentas de colaboração geram saltos ainda
VOLUME 3, EDIÇÃO 1
maiores na produtividade da
economia. Seja através de
incentivos monetário ou nãomonetários, as pessoas estão
colaborando e produzindo
conjuntamente produtos, serviços e inovação. A informação se propaga numa velocidade impressionante. Novos
valores como abertura e
transparência facilitam essa
propagação o que expande os
benefícios para todos os setores econômicos. Exemplos
dessa 3ª onda estão descritos
a seguir.
Um programador finlandês chamado Linus Torvalds
desenvolveu a base de um
sistema operacional trabalhando nas horas vagas. Depois divulgou esse software
num grupo de discussão formado por outros programadores de modo que seus colegas pudessem contribuir com
melhorias e descobrir possíveis falhas. O uso desse sistema operacional difundiu-se
rapidamente e ele conquistou
significativa participação no
mercado de servidores e computadores pessoais. Esse
software se chama Linux, um
sistema operacional totalmente gratuito.
Como é possível que
pessoas que não se conhe-
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cem pudessem colaborar de
maneira tão significativa a criar um programa que rivaliza
em pé de igualdade com sistemas operacionais pagos caríssimos como Windows?
Outro exemplo é a iniciativa conhecida como InnoCentive, uma organização que
fez a ligação entre grandes
empresas e inventores de todo o mundo. Funciona da seguinte maneira: uma empresa
precisa de solução para um
problema e oferece o desafio
através do site com uma premiação em dinheiro para as
melhores contribuições. Profissionais ou inventores de
todo o mundo se registram no
site e podem enviar suas soluções e tentar concorrer aos
prêmios. Logicamente além
do fator financeiro existe a
necessidade que as pessoas
têm de contribuir para algo
significativo e também em obter o reconhecimento de seus
pares.
O último exemplo da
colaboração em massa é a
Enciclopédia On-line Wikipedia. Os estudantes e universitários já a conhecem e utilizam
em suas pesquisas. O que
muitos não sabem que é ela é
resultado da contribuição de
voluntários espalhados por
todo o mundo. Qualquer pessoa pode inserir um novo conteúdo ou editar conteúdo existente. Dados do site indicam
que existe mais de 3 milhões
de colaboradores. E o mais
impressionante ainda: estudos
indicam que a pertinência dos
conteúdos é muito similar ao
conteúdo da tradicionalíssima
Enciclopédia Britânica. Com a
vantagem de ser um serviço
totalmente gratuito.
A idéia da colaboração
não é nova, mas as ferramentas hoje disponíveis permitem
maneiras inovadoras de trabalhar, buscar a inovação e cooperar com parceiros. Seja permitindo a produção colaborativa do software, conteúdo enciclopédico e acessando conhecimento de especialistas espalhados pelo mundo a colaboração em massa expande as
fronteiras das empresas e organizações, aumentando por
conseqüência a produtividade
de toda a Economia de maneiras que apenas estamos começando a descobrir.
* Graduado em Administração e acadêmico do 3º período do curso de Direito
da FEST no turno vespertino.
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