ÓRGÃO INFORMATIVO DA COORDENAÇÃO DE ECONOMIA DA FACULDADE DE EDUCAÇÃO SANTA TEREZINHA—FEST Volume 3, Edição 1 EDITORIAL CONSELHO res da Silva oa S aria MsC. Roza M sco Lima Soares MsC. Franci ousa lberto L. de S Esp. Kleber A Fevereiro de 2011 A T S I M O N O ECO o Lima Soares Editor: Francisc eire berto Lopes Luciléia Lima Fr Silva, Kleber Al Diagramação : da a ai M io rg o: Alberto Sé Equipe de apoi nda Marques ane Heig Mira ci Lu a, us So de COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE IMPERATRIZ Desde o aparecimento do neoliberalismo, a economia de mercado tornou-se a ordem do dia e ocupou lugares de destaques nos tablóides mais renomados em todos os continentes, mesmo nos países de orientações ideológicas contrárias ao consumo exacerbado do livre mercado. Imperatriz é uma fatia minúscula na esfera da macrocompreensão do consumo, mas é uma amostragem suficiente que pode desvelar uma tendência do consumidor universal. Foto: José Bispo Foto: José Bispo EDITORIAL Por *Fernando Babilônia - Professor da FEST Foi realizada uma pesquisa sobre o perfil de consumo da população de Imperatriz realizada na segunda quinzena de outubro de 2010, pela Faculdade de Educação Santa Terezinha – FEST, tendo a participação direta dos acadêmicos do segundo, terceiro, quarto, quinto e sexto períodos do curso de Ciências Econômicas e coordenada pelos docentes Claudio Marcos, Dorgival Pinheiro e Fernando Babilônia. A pes- quisa apresentou dados importantes sobre o comportamento e expectativas dos consumidores da cidade de Imperatriz. A pesquisa foi realizada com uma amostra de 500 pessoas, que foram entrevistadas em vários pontos da cidade, utilizou-se o método de amostragem probabilística de modo a garantir uma margem de erro de 5%, com um nível de significância de 95%. O objetivo foi de levantar informações sobre expectativas de consu- NESTA EDIÇÃO Professores, de Economia da FEST divulgam resultado de pesquisa sobre o comportamento do consumidor realizada em Imperatriz. O acadêmico de Direito Thiago Sousa Silveira tece breve historiografia a sobre a evolução da tecnologia da informação através da informática. VOLUME 3, EDIÇÃO 1 mo, momento da economia de Imperatriz, pretensão de consumo da população, formas de pagamento mais usadas entre outras informações. Pretende-se com a pesquisa propiciar um maior conhecimento sobre o consumo na cidade de Imperatriz, assim como fornecer uma ferramenta de planejamento para o comércio local, já que conhecendo como pensa e o que quer o consumidor os comerciantes podem se preparar tanto ampliando estoques como também reduzindo os mesmos. A confiança das famílias atua como fator redutor ou indutor do crescimento. Se as expectativas são otimistas em relação ao futuro as famílias irão gastar mais, ao passo que se as expectativas são pessimistas, elas irão ser mais cautelosas, abrindo mão de um consumo presente para consumir no futuro. A pesquisa obtiveram -se os seguintes resultados: 82,0% dos entrevistados possuem renda de um a quatro salários, sendo que 41,0% são empregados com carteira assinada. Quando indagados sobre o momento atual da Fonte: Departamento de Economia FEST PÁGINA 2 economia de Imperatriz, 36,0% disseram que o momento atual é bom, e para os próximos seis meses este percentual sobe para 50,0%. Outra informação relevante levantada, diz respeito ao grau de endividamento dos consumidores de Imperatriz, dos quais 56,0% disseram que possuem algum financiamento no momento, destes 31,0% correspondem a automóveis e 27,0% motos. 47,0% responderam que pretendem comprar algo no momento atual, sendo que os produtos que obtiveram maior destaque foram os automóveis, motos e imóveis com 24,0%, 17,0% e 23,0% respectivamente. Os próximos seis meses Fonte: Departamento de Economia FEST o percentual de pessoas que pretende comprar algo sobe para 54,0%, tendo novamente destaque os automóveis, motos e imóveis com os percentuais de 16,0%, 27,0% e 15% respectivamente. Observou-se também que quando os consumidores decidem comprar algo, 47,0% decidem pela compra à prazo e 46,0% disseram que, o que levam em conta no ato da compra é o valor da prestação e não a taxa de juros que pagarão. Quando questionado so- Fonte: Departamento de Economia FEST bre quais fatores influenciam na compra, 7,0% dos consumidores disseram ser a propaganda, 21,0% as promoções e 57,0% a necessidade. Portanto, observa-se que Fonte: Departamento de Economia FEST há uma predominância de consumidores das classes D (2 a 4 salários mínimos) e E (0 até 2 salários mínimos) em Imperatriz. Observa-se também, que a expectativa dos consumidores de Imperatriz relativo à economia, tanto para o momento atual quanto para os próximos seis meses é otimista, sendo que para os próximos seis meses há uma pequena vantagem. No que se refere às pretensões de VOLUME 3, EDIÇÃO 1 PÁGINA 3 real do mundo, os consumidores de Imperatriz ao decidirem comprar algo não levam em consideração a taxa de juros e sim o valor da prestação, ou seja, se cabe no orçamento as pessoas irão comprar independentemente da taxa ser alta ou não. compra nota-se um destaque para os automóveis, motos e imóveis levando a um provável aquecimento nestes seto- res. Outro ponto que através da pesquisa podemos ter acesso é que mesmo o Brasil tendo a maior taxa de juros *Economista com Especialização em Finanças e Planejamento Empresarial. COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE IMPERATRIZ * Por Thiago Sousa Silveira Para compreender as novas possibilidades abertas pela tecnologia precisamos antes entender como evoluiu a presença e o uso de computadores e as novas possibilidades abertas para a vida das pessoas. A 1ª onda foi a massificação do uso de computadores, inicialmente nas empresas e escritórios, e posteriormente na casa das pessoas. O uso de computadores permitiu realizar tarefas e organizar as informações de maneiras totalmente novas, o que gerou um grande salto na produtividade das empresas. A 2ª onda foi a massificação da internet. Os computadores podem fazer muitas coisas, mas conectados uns com outros podem fazer ainda mais. A Internet trouxe novas aplicações conectando não só computadores, mas também pessoas, empresas, governos, organizações civis, entre outros. ao redor do mundo. Isso gerou um novo salto de produtividade na economia. Hoje nenhuma empresa que se preze pode estar fora da internet. A 3ª onda é massificação da colaboração. Computadores disponíveis facilmente, difusão da internet banda larga e novas ferramentas de colaboração geram saltos ainda VOLUME 3, EDIÇÃO 1 maiores na produtividade da economia. Seja através de incentivos monetário ou nãomonetários, as pessoas estão colaborando e produzindo conjuntamente produtos, serviços e inovação. A informação se propaga numa velocidade impressionante. Novos valores como abertura e transparência facilitam essa propagação o que expande os benefícios para todos os setores econômicos. Exemplos dessa 3ª onda estão descritos a seguir. Um programador finlandês chamado Linus Torvalds desenvolveu a base de um sistema operacional trabalhando nas horas vagas. Depois divulgou esse software num grupo de discussão formado por outros programadores de modo que seus colegas pudessem contribuir com melhorias e descobrir possíveis falhas. O uso desse sistema operacional difundiu-se rapidamente e ele conquistou significativa participação no mercado de servidores e computadores pessoais. Esse software se chama Linux, um sistema operacional totalmente gratuito. Como é possível que pessoas que não se conhe- PÁGINA 4 cem pudessem colaborar de maneira tão significativa a criar um programa que rivaliza em pé de igualdade com sistemas operacionais pagos caríssimos como Windows? Outro exemplo é a iniciativa conhecida como InnoCentive, uma organização que fez a ligação entre grandes empresas e inventores de todo o mundo. Funciona da seguinte maneira: uma empresa precisa de solução para um problema e oferece o desafio através do site com uma premiação em dinheiro para as melhores contribuições. Profissionais ou inventores de todo o mundo se registram no site e podem enviar suas soluções e tentar concorrer aos prêmios. Logicamente além do fator financeiro existe a necessidade que as pessoas têm de contribuir para algo significativo e também em obter o reconhecimento de seus pares. O último exemplo da colaboração em massa é a Enciclopédia On-line Wikipedia. Os estudantes e universitários já a conhecem e utilizam em suas pesquisas. O que muitos não sabem que é ela é resultado da contribuição de voluntários espalhados por todo o mundo. Qualquer pessoa pode inserir um novo conteúdo ou editar conteúdo existente. Dados do site indicam que existe mais de 3 milhões de colaboradores. E o mais impressionante ainda: estudos indicam que a pertinência dos conteúdos é muito similar ao conteúdo da tradicionalíssima Enciclopédia Britânica. Com a vantagem de ser um serviço totalmente gratuito. A idéia da colaboração não é nova, mas as ferramentas hoje disponíveis permitem maneiras inovadoras de trabalhar, buscar a inovação e cooperar com parceiros. Seja permitindo a produção colaborativa do software, conteúdo enciclopédico e acessando conhecimento de especialistas espalhados pelo mundo a colaboração em massa expande as fronteiras das empresas e organizações, aumentando por conseqüência a produtividade de toda a Economia de maneiras que apenas estamos começando a descobrir. * Graduado em Administração e acadêmico do 3º período do curso de Direito da FEST no turno vespertino.