Apostila Principal

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Núcleo de Ensino em Saúde Instituto Francisco Pacheco Dias
Site: www.sogab.com.br
Apostila de Fundamentos de Saúde
Curso de Massoterapia Sogab-CS
Organizador: Prof. Pablo Fabrício Flores Dias
Colaboradores:
Profa. Roberta M. Masina
Prof. Bruno Garcia
Prof.a. Cíntia Schneider
Estag. Christiane G. e Silva
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Índice
1. FUNDAMENTOS DE SAÚDE
....................................................................................................1
2. DETERMINANTES NO PROCESSO SAÚDE-DOENÇA
....................................................................................................6
3. NÍVEIS DE PREVENÇÃO
....................................................................................................8
4. OS RESULTADOS TERAPÊUTICOS
...................................................................................................10
5. ÉTICA NA SAÚDE
...................................................................................................11
6. NÍVEIS DE RELAÇÃO E INTERAÇÃO PROFISSIONAL NA SAÚDE
...................................................................................................14
7. SUS
...................................................................................................17
8. REABILITAÇÃO Física
...................................................................................................23
9. PROFISSÕES
...................................................................................................25
10. QUESTIONÁRIOS
...................................................................................................28
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DISCUTINDO CONCEITOS EM SAÚDE
Prof. Pablo F. F. Dias
Prof. Bruno Garcia
Discutir
os fundamentos de saúde, justifica-se
através da necessidade clara na formação de
qualquer profissional de saúde em qualquer
especialidade ou nível de formação (nível de
qualificação, técnico ou mesmo universitário), da
interação filosófica e holística dos princípios, noções
e significado ético a ser incorporado aos
conhecimentos, habilidades e atitudes de um
profissional da área. Para que os aludidos
profissionais no exercício de suas habilitações
jamais se esqueçam das razões mais elementares
que movem o ser e estar de um agente de saúde. O
agente de saúde pode configurar em qualquer
profissional das mais distintas profissões em sua
prática técnica, de forma a prestar seus serviços desenvolvendo e objetivando benefícios que
elevam o bem estar, a manutenção, a prevenção, o diagnóstico, o tratamento, os
cuidados , a orientação e a reabilitação no espectro físico ou emocional de seus clientes
classicamente denominados como pacientes. São muitas as competências
e
conhecimentos comuns as diversas profissões requerendo reflexão profunda sobre as
responsabilidades do papel comum a todos os profissionais da área. Algumas destas
competências são:
• Observar as demandas do paciente como um todo analisando as causas , fatores
desencadeantes, agravantes e paliativos .
• Atuar de acordo com as habilitações da sua profissão em prol do diagnóstico,
tratamento, reabilitação e prevenção, unindo esforços e contribuições junto a equipe
multiprofissional, buscando sempre a forma mais eficaz e segura de operação
responsável das ações.
• Definir e estadiar os objetivos e justificativas dos tratamentos e intervenções, buscando
sempre a clareza e seriedade das ações alcançando a cura, retardando a evolução, a
reabilitação ou mesmo a qualidade de vida dos pacientes, mantendo-os cônscios.
• Seguir os códigos de ética das profissões.
• Primar pelo bem estar do paciente em primeira instância, adotando sempre condutas
éticas frente ao mesmo no que tangencia a intervenção, diagnóstico tratamento entre
outras ações,jamais atuando de forma negligente ou omissa junto ao paciente.
• Observar e interagir no todo para com os determinantes do processo saúde doença,
observando os aspectos genéticos, congênitos, sociais, econômicos, culturais,
emocionais e psicológicos relacionados as
doenças e distúrbios funcionais, dos pacientes.
• Orientação
de
procedimentos,
cuidados
preparatórios e posteriores.
• Educação em Saúde e Saúde Coletiva.
Conceitos Literais de Saúde:
Saúde S.f. várias definições têm sido propostas para este
conceito, entre as quais:
1Estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não
apenas ausência de doenças ou enfermidades (OMS, 1946 ).
2. Condição em que um indivíduo ou grupo de indivíduos é
capaz de realizar suas aspirações, satisfazer suas
necessidades ou mudar ou enfrentar o ambiente. A saúde é um
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recurso para a vida diária, e não um objetivo de vida; é um conceito positivo, enfatizando recursos
sociais e pessoais, tanto quanto as aptidões físicas (OMS, 1984).
3. Estado caracterizado pela integridade anatômica, fisiológica e psicológica; pela capacidade de
desempenhar pessoalmente funções familiares, profissionais e sociais;pela habilidade para tratar com
tensões físicas, biológicas, psicológicas ou sociais: com um sentimento de bem- estar e livre do risco
de doença ou morte extemporânia.
4. estado de equilíbrio entre os seres humanos e o meio físico, biológico e social, compatível com
plena atividade funcional.
5. estado em que os seres humanos e outros organismos vivos os quais interagem podem coexistir
indefinidamente.
6. Funcionamento do organismo em condições ótimas, sem desvios da normalidade fisiológica para
cada idade, sexo ou condições ambientais.
7. estada sanitário de uma comunidade ou população onde estão asseguradas as melhores
condições de desenvolvimento pessoal e coletivo e um eficiente controle ou prevenção das doenças.
Ver também: direito á saúde e estado de saúde. Inglês: health
Saúde Mental
Bem estar e equilíbrio mental. Ausência de doenças como neuroses e psicoses e por um ajustamento
adequado ao meio social, satisfação consigo mesmo e nas relações com os outros.
Teorias sobre Saúde e Doença
Por muito tempo, a busca das explicações ou dos motivos que levam as pessoas a
adoecer tem sido um dos maiores desafios enfrentados pelo homem ao longo da história.
Magia, Feitiçaria e Bruxaria.
Em tempos remotos, existia a existia a crença de que as doenças e acidentes eram causados
pela ira dos deuses ou por maus espíritos. Para saber como tratar ou prevenir essas doenças
eram consultados pajés, sacerdotes ou feiticeiros.
Teoria dos Miasmas
A Teoria dos Miasmas foi uma outra forma encontrada pelo homem para tentar explicar os
fenômenos patológicos que acometiam as pessoas.
Segundo essa teoria, a má qualidade do ar que provinha de pântanos, alagadiços, sujeiras
acumuladas e esgotos resultante da decomposição de plantas e animais, seria a causa mais
correta para a ocorrência de uma série de doenças (Miasmas = Maus Ares).
Mecanicismo
Idealizado por René Descartes (séc. XVII), esta linha de pensamento sugeria que o corpo
humano, tal o mecanismo de um relógio, seria composto de peças – sistemas, órgãos, tecidos,
células – que operavam para manter em ordem uma engrenagem. Uma doença ocorreria
simplesmente devido ao mau funcionamento de partes dessa máquina. Já a morte seria a total
impossibilidade de concerto da máquina humana.
Com o avanço da ciência, novos equipamentos foram desenvolvidos
para melhor diagnóstico e tratamento das patologias que acometem o homem. O ramo da
pesquisa deu um grande salto quando no séc. XVIII o cientista francês Luis Pasteur inventou o
microscópio. Nascia ai um novo campo chamado Microbiologia, que permitia a identificação e
micróbios causadores de doenças, através de análises de sangue, escarro, urina, fezes, etc.
Porém, mesmo com um sem-número de aparelhos e exames,
continuou sendo difícil explicar o que era normal ou patológico em uma pessoa, em
determinada situação.
Em 1947, a OMS (Organização Mundial da Saúde) apresentou um
conceito que veio a constituir um avanço no pensamento mecanicista defendido anteriormente.
“A saúde é um completo bem estar físico, mental e social, não simplesmente a
ausência de doenças”.
A partir desse conceito, novos estudos foram sendo desenvolvidos, propondo uma
nova visão tanto sobre o binômio saúde-doença como da própria prática médica. Estes estudos
partem da idéia que o organismo é um todo, integrado, em que cada parte – órgão, tecido ou
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célula – constitui um sistema vivo complexo e em perfeita harmonia com a mente e com o
próprio meio ambiente.
Começa-se a consolidar-se uma visão Holística da saúde, que considera saudável o
organismo que mantém em equilíbrio três fatores interdependentes entre si: o individual, o
social e o ecológico.
Doença, Definições Literais:
1 Alteração do Estado de Saúde
2 Disfunção Fisiológica ou Psicológica de um Indivíduo.
3 Perturbação das Funções normais de um ou de vários órgãos cuja etiologia pode ser conhecidas
ou não se traduzindo em manifestações clínicas. (sinais e sintomas).
Saúde Pública: Atenção Primária
Nível de atenção a saúde representado pelos serviços de primeira linha, como clínica médica,
pediatria e tocoginecologia, que são de caráter ambulatorial e constituem a “porta de entrada única”
do sistema de saúde distritalizado(executando-se, naturalmente, as situações de emergência e as
urgências). Consiste em um programa de cuidados de saúde essenciais, baseados em metodologia e
tecnologias práticas, cientificamente válidas e socialmente aceitáveis, acessíveis a todas as famílias e
membros da comunidade. Saúde: Atenção Primária Deve assegurar:
1)educação para saúde, incluindo os conhecimentos essenciais para prevenir ou reduzir os riscos
presentes ou encontráveis na área;
2) promoção de regimes alimentares adequados para assegurar um bom estado nutricional;
3)abastecimento de água potável de boa qualidade e saneamento básico;
4) assistência materno-infantil e orientação para o planejamento familiar;
5)vacinação contra doenças infecciosas importantes na área;
*Seu custo deve ser compatível com os recursos econômicos que a sociedade e o país possam
despender.
6)controle das endemias locais;
7)tratamento adequado das doenças e traumatismos freqüentes;
8)distribuição dos medicamentos essenciais.
Obs:Esse programa resume as recomendações da Conferência Internacional de Alma-Ata (1978) sob
os auspícios da OMS e da UNICEF. Primary Health Care
“O Processo Saúde-Doença”
Doença, Definições:
1 Alteração do Estado de Saúde
2 Disfunção Fisiológica ou Psicológica de um Indivíduo.
3 Perturbação das Funções normais de um ou de vários órgãos cuja etiologia pode ser conhecidas
ou não se traduzindo em manifestações clínicas. (sinais e sintomas).
Premissas: “O Processo Saúde-Doença”
a) Tríade da História Natural da Doença (Relação entre três Elementos)
Etiologia ou agente causador (Estímulo Nocivo ou causa)
(Etiologia Importância Causas diretas, Indiretas e Colaborativas.
Fisiologia , Fisiopatologia e Patogenia: Mecanismos
São conhecimentos importantes para intervenção terapêutica.)
2Meio interno ou organismo (Determinante Biológico)
3Ambiente
b)Saneamento Básico
Condições ambientais artificiais adequadas para a manutenção da saúde na vida urbana ou
rural. Abastecimento de Água . Esgoto, Lixo e etc...
Processos Patológicos
Inflamação- Resposta do organismo a um estimulo agressor...mais detalhes
Infecção- Invasão de Patógenos provocando ou não uma lesão... mais detalhes
Defeitos Congênitos e Genéticos... mais detalhes
DOENÇA: Manifestações do Desequilíbrio do Estado de Saúde
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INJÚRIA e LESÃO: Trauma, Infecção, Isquemia, Toxidade.
DISFUNÇÃO Carência de enzimas, proteínas ou vitaminas , genéticas ou nutricionais
DESENVOLVIMENTO: Defeitos Congênitos e Genéticos, como mal formação, défcit de
componentes ou estímulos ambientais, como gravidade, oxigênio, estímulos cognitivos ou para o
desenvolvimento neuropsicomotor. Ex: Retardo do Desenvolvimento Neuro-psico Motor, Policitemia,
Câncer
2- DETERMINANTES DO PROCESSO SAÚDE DOENÇA
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O estabelecimento de um processo de
desequilíbrio do estado de saúde segue
uma seqüência de eventos, conhecidos
ou não. Aqueles processos patológicos
com
etiologia
desconhecida
são
denominados “idiopáticos”. No entanto
mesmo as doenças idiopáticas ou a
maioria delas tem relação com eventos
clínicos, epidemiológicos ou estatísticos
constantes que nos fazem conjecturar
sobre hipóteses e probabilidades para o
surgimento,
desenvolvimento,
predisposição e prognóstico destas
doenças. Por exemplo: Não conhecemos
a causa exata da Psoríase, massabemos
da sua apresentação clínica, sobre a pele,
causando eritemas, sabemos que
aparecem com mais freqüência em
estados de estresse, que parecem involuir
quando expostas a radiação Ultra
Violeta(Sol) e alguns poucos casos evoluem para a artrite psoriática. Ainda mais longe sabemos que
as pesquisas científicas em reumatologia e imunologia desvendaram um fenômeno imunológico
denominado : Reação Auto Imune. (O próprio sistema imunológico reagindo contra células do corpo,
realizando uma reação inflamatória). Embora não se saiba a natureza ou etiologia do mecanismo
auto-imune que envolve a psoríase, sendo que já se teoriza a respeito, existem já medicamentos
utilizados nos casos mais recrudescentes, principalmente com a evolução da artrite psoriática, com o
uso de medicamentos que modulam a resposta imunológica (imunossupressores). Na realidade as
doenças Reumatológicas, “in situs” são idiopáticas e a maior parte delas tem algum tratamento,
mesmo que para controle dos sintomas, seja com medicamentos, Fisioterapia e etc. Isso se deve ao
desenvolvimento da ciência em desvendar os todos os determinantes do processo saúde doença.
Portanto para o estabelecimento, progressão e resolução do processo patológico ou de saúde,
existem fatores determinantes seja nas doenças cujas etiologias sejam conhecidas ou idiopáticas.
Determinantes Biológicos
Porque o Sr. João e o Sr. Pedro fumaram tabaco durante 20 anos, 20 cigarros dia e tão somente o Sr
João convalesce de Enfisema Pulmonar e Câncer de Pulmão?
Este é um argumento muito freqüente dos tabagistas inveteráveis: “Fumo à trinta anos, fui ao médico
e nas chapas não tinha uma fumacinha no meu pulmão.”
Na verdade todo fumante está produzindo lesões no seu pulmão, em geral as substâncias tóxicas do
cigarro causam danos oxidativos na via aérea e nosso organismo possui defesas anti-oxidantes que
estão em prol de deter o processo oxidativo que leva ao enfisema por exemplo. Na realidade
considerando o nosso processo de envelhecimento e a definição do fenômeno “Enfisema”(Bolhas de
Ar, Destruição Alveolar e da Membrana Alvéolo Capilar) a tendência para todos, mesmo os não
doentes ou não tabagistas é o envelhecimento dos alvéolos e da Membrana Alvéolo Capilar, levando
a possibilidade os indivíduos com maior longevidade a desenvolverem uma condição denominada
Enfisema Senil. Ainda assim indivíduos idosos não fumantes com a mesma idade podem
desenvolver diferentes graus de Enfisema Senil. Então por que ocorre esta diversidade? Quanto aos
fumantes, todos os tabagistas a longo prazo apresentam alterações pulmonares, porém a variação
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da gravidade destas alterações patológicas implicam em uma maior ou menor sintomatologia ou em
padrões de alterações patológicas mais ou menos gritantes no raio X de tórax. Então podemos
afirmar que aqueles que possuem menor alteração patológica no raio x , possuem uma predisposição
biológica a resistir aos efeitos oxidantes, ou seja maior capacidade anti-oxidantes. Da mesma forma
ocorre com o enfisema senil, pois durante o envelhecimento os efeitos oxidantes são melhor
combatidos em algumas pessoas mais resistentes. Isto ocorre devido à diversidade biológica
existente. As prrerrogativas genéticas são as propriedades que garantem os determinantes
biológicos dos indivíduos, para características, doenças puramente hereditárias ou multifatoriais
(genéticas e dependentes de fatores ambientais ).
Determinantes Psico Sociais
O conceito “Biopsicosocial” é na verdade um uníssomo, um
sincício conceitual, pois determinantes psicosociais como a raiva,
depressão, alegria, felicidade, interação e isolamento social, são
intrínsicamente relacionados com determinantes biológicos. A
infecção por HPV, por exemplo pode levar a uma metaplasia, no
colo do útero, que pode evoluir em gravidade de acordo com os
fatores emocionais da portadora como o estresse e a depressão.
Por isso são contra indicações prescritas pelo ginecologista a uma
paciente portadora de um NIC I, de colo de útero. Não obstante,
influem ainda em questões de natureza comportamental. O afeto e
a interação social e familiar desde a infância é fundamental para o
desenvolvimento neuropsicomotor, se relacionando muitas vezes
como hipóteses para distúrbios idiopáticos de comportamento
como os distúrbios comportamentais penetrantes( Autismo,
Doença Desintegrativa. Muitas vezes as interações psicosociais
influenciam diretamente no desenvolvimento motor e em todas as
aptidões, incluindo a inteligência e a cognição para o infante. As interações sociais mal sucedidas
independente do meio social, seja em uma sala de aula, ambiente de trabalho, interação familiar,
trazem comprometimentos claros e clinicamente influentes que podem ser realmente “determinantes
no processo de cura ou recuperação de muitos estados nosológicos”. Na área da saúde do trabalho
muitos autores relatam sobre a influência do meio social, mais precisamente falando na relação entre
as pessoas; entre colegas (mal relacionamento), supervisores e operadores ou mesmo atendentes e
clientes influenciando nas doenças musculoesqueléticas com relação laboral, denominadas DORT
(Distúrbio Osteomuscular Relacionado com o Trabalho), juntamente com outros fatores, como política
de valorização, reconhecimento, respeito nas interações social , nível de integração entre as pessoas
e obviamente a própria sobrecarga física, desencadeada pelo espaço físico inadequado,
características ergonômicas entre outras causas. Em suma o homem é um ser social e a saúde
social, influencia na emocional/psicológica que influencia na biológica/física, como reportam os
quadros clínicos de várias doenças, tais como fibromialgia, estresse, depressão etecetera.
Determinantes Sócio Econômicos e Culturais
Fatores como a renda familiar podem limitar o acesso a saúde devido ao
investimento necessário para um tratamento médico específico ou aquisição de
medicamentos e portanto influenciar no processo saúde doença. Na realidade
uma condição financeira prejudicada prejudica muitas vezes este processo
porque restringe também o acesso a educação e a nutrição. Em um país de
muitos famintos como o Brasil, onde a educação fica a segundo plano, também
se torna dificultosa a compreensão da população sobre cuidados básicos de
higiene, profilaxia e prevenção.
Muitas vezes devido a fatores culturais fica comprometida a adesão a
campanhas propostas pelo estado, algumas vezes mesmo quando o fator econômico não está em
questão. Um exemplo típico é a disseminação em classes não carentes da idéia de que em relação
heterossexual vaginal o homem não contrai o vírus da AIDS;ou a idéia de que sexo com preservativo
não proporciona prazer . A adoção de modos de vida como na alimentação inadequada do “Fast
Food”. Todos estes fatores corroboram para predisposições a doenças diversas.
Determinantes Ambientais
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Pessoas expostas a poluição, radiação atmosférica, às más condições de saneamento básico,
fumaça do cigarro em ambientes fechados como restaurantes, agentes
tóxicos, infecciosos e radiações estão na realidade expostas a fatores
predisponentes a doença, pois determinados fatores ambientais podem
ser considerados estímulos nocivos. Ex. Trabalhadores de minas de
carvão, tem uma predisposição incrível para um grupo de doenças
pulmonares
restritivas
denominadas
pneumoconioses.
Moradores de cidades
poluídas
tendem
a
desenvolver problemas
respiratórios e etc.
É importante lembrar
sobre
a
exposição
ambiental de agentes microbianos, como vírus, fungos
, parasitas e bactérias, que podem causar
comprometimentos graves a saúde.
A Ecologia vem desenvolvendo um importante papel na atualidade através dos estudos recentes
desenvolvidos por especialistas. Nestes estudos a devastação ambiental vem a demonstrar
implicações sérias a saúde humana desde o aumento da exposição as radiações ultravioleta
aumentando a incidência de câncer de pele, a disponibilidade de água potável e a disponibilidade de
nutrientes para a manutenção da saúde.
Critérios de Saúde Ambiental: Resumos críticos do conhecimento existente, expresso sempre que
possível, quantitativamente, sobre os efeitos imediatos ou retardados que possam incidir sobre a
saúde e o bem estar humano, em decorrência da presença de substâncias potencialmente nocivas no
ar na água, no solo, nos alimentos e em outros produtos de consumo, assim como nos ambientes de
trabalho, mas decorrentes também de fatores físicos como o ruído, as radiações ionizantes e não
ionizantes, o calor, o frio e aumidade. Enviroment health crieteria
3 NÍVEIS DE PREVENÇÃO
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As ações preventivas podem ser
exercidas em qualquer fase da história natural
da doença, tanto no período pré-patogênico
(quando as possibilidades de evitar o
estabelecimento do estímulo-doença são
maiores) como no período patogênico (quando
já instalado o processo, procuramos interromper
sua evolução e minimizar suas conseqüências).
PREVENÇÃO – É o conjunto de
procedimentos que visam a proteger e melhorar
a saúde de uma população e, portanto, sua
qualidade de vida, seja impedindo a entrada da
doença em áreas geográficas ainda livres, seja
protegendo a população de regiões onde a doença já ocorre.
São tantas as causas envolvidas no processo doença e tal é a multiplicidade de
maneiras como atuam, que não podemos apoiar a profilaxia em um único procedimento ou
ação preventiva como alguns chegam a indicar, invocando o emprego de vacinas como a
solução final para todos os casos. Analisaremos as ações profiláticas segundo diferentes níveis
de prevenção:
Prevenção Primária: Nesse nível, encontram-se agrupadas as medidas ou ações
especialmente destinadas ao período que antecede a ocorrência da doença. Dentre elas,
destacam-se o saneamento básico, a vacinação e o controle de vetores, por exemplo.
Significa evitar a ocorrência de uma doença, eliminando fatores de risco ou tratamento de
lesões precursoras.
“Prevenção Primária é definida como promoção de saúde e as prevenções de enfermidades ou
profilaxia.”PFFD
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Exemplos:
Uso de preservativos para evitar a infecção por DST (Doenças Sexualmente
Transmissíveis)
Uso de Capacete pelo Motociclista. Uso de cinto de segurança, airbag, capacetes e
outros dispositivos de segurança para ciclistas e motociclistas.
Uso de luvas para manipular material biológico.
Controle de vetores, vacinas, como a vacina para poliomielite.
Ginástica Laboral e Exercício Físico para aqueles que nunca tiveram tendinite,
diminuirá as possibilidades de que os mesmos desenvolvam a doença.
Prevenção Secundária: Incorpora uma série de medidas que visam a impedir a evolução de
doenças já existentes e, em conseqüência, suas complicações. Os exames periódicos e o
auto-exame de mama, entre
outros, são procedimentos de
reconhecida eficácia para o
diagnóstico precoce, que
permite o início imediato do
tratamento e evita, muitas
vezes, o agravamento da
enfermidade.
"Prevenção secundária significa
prevenção da evolução das
enfermidades através da
execução de procedimentos
diagnósticos ou terapêuticos."
PFFD.
Exemplos:
Um paciente com
infecção por HPV
(papiloma vírus
humano) no colo do útero com acompanhamento e orientação do ginecologista, pode
evitar o câncer de colo de útero.
Um paciente com tendinite em fase aguda, inicial, com o tratamento fisioterapêutico
correto, pode evitar a piora que evolui para a diminuição dos movimentos do braço.
Um paciente com AIDS, fazendo uso correto da medicação diminui as possibilidades
de complicações, melhora a qualidade de vida e garante maior sobrevida.
Um paciente que faz uso de soro antiofídico após sofrer uma picada de uma serpente
peçonhenta.
Prevenção Terciária: Nesse último nível, os métodos se confundem com o tratamento ou a
reabilitação. Ele engloba ações voltadas à reabilitação do indivíduo após a cura ou o controle
da doença, a fim de reajustá-lo a uma nova condição de vida. Fazem parte dessas medidas a
fisioterapia, fisiatria, a terapia ocupacional e a colocação de próteses, por exemplo. Lida com a
recuperação funcional de seqüelas, que muitas vezes são irreversíveis.
Enfim, as medidas preventivas à nossa disposição são inúmeras, e muitas delas devem ser
incorporadas ao nosso estilo ou hábito de vida porque certamente contribuem para a
manutenção de nossa qualidade de vida.
“Prevenção Terciária engloba as atividades que possam contribuir para a manutenção da
nossa saúde após o controle da doença”PFFD
Exemplos:
Fisioterapia em um paciente vítima de um AVC;
Um paciente hipertenso, previamente diagnosticado, que tem monitoramento de
profissionais de saúde, exercício físico orientado, dieta adequada, é livrado das
situações de estresse do cotidiano, terá uma evolução muito lenta da patologia,
diminuindo incrivelmente as possíveis complicações da doença.
Uso de corticóides por um paciente que sofreu um transplante de órgãos;
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Uso de insulina por um paciente que sofre de diabetes;
4 OS RESULTADOS TERAPÊUTICOS
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O sucesso do tratamento, depende de todas as influências
incidentes sobre o paciente, conforme demonstra a figura , a
cerca do paciente e do respectivo resultado terapêutico, importa
então a atuação da equipe de cuidados em saúde (verde), as
orientações da equipe multidisciplinar(vermelho) e enfim a
presença e acompanhamento da família e do próprio paciente
(amarelo). O insucesso do tratamento muitas vezes denuncia a
gravidade da doença, a debilidade orgânica do paciente ou
mesmo a existência de um ponto de negligência existente entre
ou intra os componentes do esquema aludido na figura. A
família do paciente exerce papel fundamental podendo incentivar
a interação do paciente ou mesmo desestimular, considerando
que o fator econômico pesará da mesma forma que os
determinantes de relação social e ou cultural para este grupo.
A adesão ao tratamento compreende o processo disciplinar integral ao método terapêutico a ser
empregado. O método terapêutico preconizado deve sempre primar pelo embasamento e
fundamentação científica, mas para que este processo tenha efeito dentro do espectro de benefícios
almejado, a religiosidade na adoção das condutas prescritas é fundamental para o sucesso do
tratamento. Fatores como a escolaridade e nível social dos familiares dificultam bem a adoção das
medidas de cuidado a ser adotada pelo paciente ou mesmo dos cuidadores leigos, que em geral são
os familiares dos pacientes. Muitas vezes temos um paciente e familiares dispostos a aderir
corretamente ao tratamento, mas as orientações foram pessimamente administradas pelos
profissionais e assim a adesão ao tratamento também pode ser comprometida.
Muitas vezes um paciente é tratado de forma consecutiva ou simultânea por diferentes profissionais
da área de saúde em cada especialidade. A correta interação entre os profissionais da saúde, a
orientação e o encaminhamento para uma especialidade que fará o “follow up” ou seja o seguimento
dos cuidados. Um lapso no encaminhamento de uma especialidade para outra poderá trazer
seqüelas ou prejuízos a evolução do tratamento. Quando um paciente fratura a diáfise do fêmur
(terço médio da coxa) e é operado para uma fixação com placa,por um cirurgião traumatoortopedista, o mesmo deverá orientar o paciente sobre os cuidados, desde o curativo, retirada dos
pontos, início do apoio do membro afetado (apoio parcial ou total), monitoramento do estado de
consolidação do osso bem como encaminhamento ao fisioterapeuta que também poderá realizar as
mesmas medidas de orientação, principalmente no que tangencia a utilização de órteses (muletas)
para deambulação, bem como as orientações para marcha correta de acordo com a fase de
consolidação conforme as demandas do paciente. Muitas vezes principalmente no sistema único de
saúde (saúde pública), o médico não dispõe de tempo e ou paciência devido a má remuneração para
produzir as orientações adequadas, e mesmo encaminhando a fisioterapia, muitas vezes esta não
está disponível por falta de vagas e em suma o paciente não é bem orientado
5 ÉTICA NA SAÚDE
Prof. Pablo Fabrício Flores Dias
"Para que haja conduta ética é preciso que exista o
agente consciente, isto é, aquele que conhece a
diferença entre bem e mal, certo e errado, permitido e
proibido, virtude e vício. A consciência moral não só
conhece tais diferenças, mas também reconhece-se
como capaz de julgar o valor dos atos e das condutas e
de agir em conformidade com os valores morais, sendo
por isso responsável por suas ações e seus sentimentos
pelas conseqüências do que faz e sente. Consciência e
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responsabilidade são condições indispensáveis da vida ética. A consciência moral manifestase, antes de tudo, na capacidade para deliberar diante de alternativas possíveis, decidindo e
escolhendo uma delas antes de lançar-se na ação. Tem a capacidade para avaliar e pesar as
motivações pessoais, as exigências feitas pela situação, as conseqüências para si e para os
outros, a conformidade entre meios e fins (empregar meios imorais para alcançar fins morais é
impossível), a obrigação de respeitar o estabelecido
ou de transgredi-lo (se o estabelecido for moral ou
injusto). A vontade é esse poder deliberativo e
decisório do agente moral. Para que se exerça tal
poder sobre o sujeito moral, a vontade deve ser livre,
isto é, não pode estar submetida à vontade de um
outro nem pode estar submetida aos instintos e às
paixões, mas, ao contrário, deve ter poder sobre
eles e elas. O campo ético é, assim, constituído
pelos valores e pelas obrigações que formam o
conteúdo das condutas morais, isto é, as virtudes.
Estas são realizadas pelo sujeito moral, principal
constituinte da existência ética." (SPOB - Dr. Heitor A. da Silva e Dra. Ivone Boechat).
“Para que não haja problemas, as condutas de intervenção e diagnóstico profissional deve ser
sempre realizada por um profissional legalmente habilitado para tal prática.”
Direitos dos pacientes: Conforme a Cartilha dos Direitos do Paciente emitida pelo Conselho
de Saúde do Estado de São Paulo:
“O paciente tem direito a atendimento humano, atencioso e respeitoso, por parte dos
profissionais de saúde”.
“O paciente tem direito a ser identificado pelo nome e sobrenome”, “não deve ser
chamado pelo nome da doença ou do agravo à saúde, ou ainda de forma genérica ou
quaisquer outras formas impróprias, desrespeitosas ou preconceituosas”.
“O paciente tem direito à segurança e integridade física nos estabelecimentos de
saúde, públicos e privados”.
“O paciente tem direito de receber ou recusar assistência psicológica, social e
religiosa”.
A ética através da prática baseada em evidências
“Praticar Medicina Baseada em Evidências significa integrar a experiência clínica com as
melhores evidências disponíveis derivadas de pesquisas sistemáticas. É Uma forma nova de
ensino e prática da medicina que atribui um papel menos destacado para o raciocínio
fisiopatológico para a intuição e para a experiência clínica não sistematizada. Enfatiza o exame
das evidências de pesquisas clínicas como instrumento adequado para a prática de uma
medicina mais eficiente. Requer que o médico tenha novas habilidades tais como capacidade
para elaborar questões clínicas corretamente, para realizar busca de respostas a estas
questões, criticar a informação obtida através da aplicação de regras de evidência, capacidade
de decisão com base nestas informações, mais que na opinião de autoridades ou em
experiências não sistemáticas.”
Em todas as outras profissões das Ciências da Saúde tem-se buscado a fundamentacão das
técnicas de tratamento, condutas de manejo e intervenção, através da pesquisa. Através das
pesquisas foi possível compreender melhor o funcionamento das estruturas biológicas em
geral e portanto comprovar através de parâmetros , delineamentos metodológicos e análise
de dados o efeito de diversas intervenções terapêuticas. O conhecimento dos mecanismos
orgânicos possibilita através do raciocínio lógico de causa e efeito determinar os riscos,
benefícios e efeitos colaterais de intervenções terapêuticas. Assim sendo a pesquisa contribui
em muito para determinar a eficácia dos métodos terapêuticos a serem empregados.
Condutas éticas com o paciente:
Muitos profissionais em várias especialidades das ciências da saúde, tem condutas
inapropriadas quanto a ética e mesmo a moral. Casos, como o do pediatra e psicanalista
carioca, já a algum tempo em custódia, que enquanto medicava crianças com dormonid (um
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sedativo conhecido), abusava sexualmente destes pacientes, sempre do sexo masculino,
documentando tais atos através de vídeo; ou do cirurgião plástico de Porto Alegre que abusava
de suas pacientes sedadas. Na realidade nem sempre uma conduta antiética pode
necessariamente acompanhar tal nível de gravidade. Alguns profissionais, muito
frequentemente mentem sobre os efeitos fisiológicos e benefícios terapêuticos, conduzindo os
pacientes que são leigos, a realizarem tratamentos ou pacotes terapêuticos, desnecessários,
indevidos ou mesmo iatrogênicos.
Premissas éticas importantes na relação com o paciente:
a)Respeitar o libido do paciente, conquistando gradualmente a confiança técnica , ética e
moral do paciente. Desta forma todo procedimento realizado deve ser explanado, fazendo com
que o mesmo se mantenha sempre seguro.
b) Manter registros, relatórios e evoluções clínicas do paciente sempre atualizadas.
c) Não divulgar, em particular ou em público, quaisquer informes que tenham origem nas
palavras dos pacientes, mesmo que estes tenham dito que os mesmos não eram segredáveis.
Da mesma forma deve se manter em sigilo as informações clínicas ou de estudo clínico
compartilhadas entre a equipe multidisciplinar , as quais forem obtidas em discussões clínicas,
prontuários e relatos para atuação multi, inter ou transdisciplinar.
d) Ética profissional: Regulamento tomado como consenso para se seguir de acordo com os
conceitos morais intrínsecos específicos de cada profissão. Vide: Código de Ética Profissional
f) Na massoterapia muitos profissionais de ambos os sexos tem reportado sobre ataques de
assédio proveniente de pacientes ipsi ou contra-lateralmente de ambos os sexos. Quando tal
fato ocorrer o profissional deve estar preparado para explicar os limites dos procedimentos
exercidos de forma que não haja constrangimento ou que o constrangimento seja eufemisado
pelo profissional, que em primeira instância deve ser claro quanto as intenções e “dar a volta“
na situação. Caso haja re-incidência, condutas mais duras devem ser tomadas, no intuito de
preservar a integridade física e moral do profissional.
g) Ter cuidado ao gerar aproximações emocionais com um paciente. Deve haver uma
separação formal do profissional e do amigo, do profissional e do esposo. Deve-se utilizar de
um ritual formal a ser incorporado para que haja uma sinalização da distinção destas partes do
todo. Instrumentos como o tratamento pela titulação profissional, uso do jaleco ou uniforme,
auxiliam neste ritual, mas o comportamento também deve modificar. Muitas condutas ou
intervenções terapêuticas não são executadas por profissionais com membros de sua própria
família para evitar a influência emocional ou mesmo a banalização da intervenção.
h)É dever de cada profissional estadiar e admitir os limites de intervenção técnica e ética de
sua profissão, encaminhando o paciente a um especialista de acordo com as necessidades
clinicas específicas de cada situação, sempre explicando claramente ao paciente..
i)Nunca desacreditará ou menosprezará ao médico ou qualquer outro profissional de saúde,
valorizando sempre o seu trabalho e quando houverem diagnósticos equivocados, os mesmos
devem ser primariamente debatidos e discutidos com o profissional antes de trazer algum dolo
moral do aludido profissional perante o paciente
j)Ter cautela ao comentar casos de pacientes com outros pacientes mesmo com a intenção de
encorajá-los, pois isto tanto foge da técnica quanto amedronta o paciente.
Condutas éticas na equipe multidiciplinar
O conhecimento na área da saúde tem crescido de forma
avassaladora nas últimas décadas, levando a um incremento
considerável dos conteúdos, artigos e relatos clínicos ou
científicos sobre as mais diversas especialidades e disciplinas
em saúde. Desta forma cada vez mais um único problema de
saúde em um dado paciente, tem merecido a assistência
conjunta de vários profissionais. A atuação em mútua
colaboração de vários profissionais em prol da recuperação de
um paciente torna necessário o estabelecimento de políticas éticas para o relacionamento
entre estes profissionais, diminuindo assim possíveis atritos que possam interromper um
sincronismo e uma harmonia que possam ser vitais para a saúde e a qualidade de vida dos
pacientes.
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“O paciente não tem dono: Todo profissional deve realizar e desejar o melhor para seu
paciente, enquanto a intervenção, diagnóstico e mesmo encaminhamento a outros
profissionais, mesmo que a sua intervenção tenha que ser suspensa, de forma
temporária ou permanente. .”
São premissas importantes
a) Manter um bom relacionamento com os demais membros da equipe multidisciplinar em
saúde.
b) Nunca diminuir o respeito e a consideração técnica do paciente a um outro profissional.
c) Nunca cercear o exercício profissional de outrem.
d) Respeitar as normas internas, titulações, condutas éticas específicas e legislações,
estabelecidas pela ordem, associação ou conselho profissional das demais profissões.
f) Seguir as normas legais de sua própria profissão.
g) Manter a humildade como uma ferramenta de diálogo entre a equipe de saúde, facilitando
assim a troca de informações entre especialidades e disciplinas de saúde.
... Se fossemos apenas viventes biológicos, subordinados às leis do funcionamento dos
sistemas vivos, não nos colocaríamos questões éticas, mas como existências conscientes e
livres, tomamos sempre novas decisões e orientações: somos a única natureza que controla
seu devir.
Iatrogenia
O Dicionário nos diz que iatrogenia é qualquer alteração patológica provocada no paciente por
um procedimento médico errôneo ou inadvertido, isto é, feito sem reflexão. Esta definição
exclui efeitos maléficos resultantes de ações médicas consideradas corretas como por
exemplo, administrar Dipirona a uma pessoa com febre ou dor - Teoricamente pode acontecer
uma reação anafilática letal em função deste ato correto. Mas como caracterizar que
determinada conduta é correta? Em 1949, o cirurgião português EGAS MONIZ foi agraciado
com o Prêmio NOBEL de Medicina por ter desenvolvido a técnica da LOBOTOMIA FRONTAL,
amplamente usada em todo o mundo, mormente nos EUA, antes de ser abandonada e
considerada incorreta e lesiva para os doentes mentais a que se propunha tratar. Centenas,
provavelmente milhares de pessoas que foram submetidas a este tratamento ‘PSICOCIRÚRGICO' ficaram com sequelas irreparáveis.No entanto muitos autores consideram
iatrogenia as afecções iatrogênicas aquelas decorrentes da intervenção do médico,
profissionais de saúde e/ou de seus auxiliares, seja ela certa ou errada, justificada ou não, mas
da qual resultam conseqüências prejudiciais para a saúde do paciente (Carvalho-Filho e col.6,
1996). A iatrogenia adquire maior importância nos indivíduos idosos, nos quais tanto sua
incidência como a intensidade de suas manifestações costumam ser mais acentuadas (Steel e
col.27, 1981, Leape e col.18, 1991, Lefèvre e col.19, 1992), No Harvard Medical Malpractice
Study, revisão de 30.000 prontuários médicos de 51 hospitais de Nova York mostrou que
pacientes com mais de 65 anos de idade tiveram incidência de iatrogenia duas vezes maior em
relação aos pacientes com 16 a 44 anos (Leape e col.18, 1991).
6 NÍVEIS DE RELAÇÃO E
INTERAÇÃO PROFISSIONAL NA
SAÚDE
Profª. Roberta Masina
Na área da saúde são estabelecidas diversas formas de interação e relação entre os profissional dos mais
diversos setores envolvidos na saúde. A partir da compreensão destas relações poderá-se refletir quais são as
mais apropriados e os que promovem melhores resultados para o tratamento dos pacientes. São classificadas
quatro formas de relação profissional: multidisciplinaridade, pluridisciplinaridade, interdisciplinaridade e
transdisciplnaridade. Convém, antes de mais nada, estabelecer algumas aproximações sobre o termo disciplina
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e seus derivados inter, multi, pluri e trans. Segundo Japiassu (1976), é necessário precisar o sentido
da disciplinaridade, examinando, em primeiro lugar, o que vem a ser uma disciplina.
Disciplinaridade significará, então, a exploração científica e especializada de determinado domínio
homogêneo de estudo. O que nos permite evocar um conjunto sistemático e organizado de conhecimentos com
características próprias em seus planos de ensino, de formação, dos métodos e das matérias. Tal exploração
tem a finalidade de fazer surgir novos conhecimentos que irão substituir os antigos. Fazer equivaler disciplina e
ciência serve, com propriedade, à finalidade de uma definição operacional para o termo disciplinaridade. Mas é
preciso lembrar que toda ciência é uma disciplina, mas nem toda disciplina é uma ciência. E uma disciplina
sempre depende da interação com outras diferentes disciplinas. Assim, é preciso estabelecer níveis de
agrupamento para as disciplinas em contato.
O primeiro nível é o da multidisciplinaridade. Sua descrição geral evoca uma gama de disciplinas
propostas simultaneamente, mas sem fazer aparecer diretamente as relações que podem existir entre elas. É
um tipo de sistema de um só nível e de objetivos múltiplos; não há nenhuma cooperação entre as disciplinas
(Japiassu, 1976). Pode-se pensar no seguinte exemplo: em um hospital, vários profissionais estão reunidos,
mas trabalham isoladamente. O paciente passa por uma contagem de linfócitos, em seguida é atendido pelo
oncologista e, finalmente, dirige-se à sala de quimioterapia. Neste caso não há contato entre os profissionais
envolvidos no atendimento: o bioquímico da contagem de linfócitos, o médico oncologista e a enfermeira que
cuida da quimioterapia não estão articulados entre si de modo que apareçam relações entre as disciplinas. A
ausência de uma articulação não significa, no entanto, uma ausência de relação. O fato é que os profissionais,
nesse caso, estão inseridos em um esquema automático, o qual não gera espaço para uma articulação como
em outras modalidades da disciplinaridade (Iribarry, 2002).
O segundo nível é a pluridisciplinaridade. Sua descrição geral envolve a justaposição de diversas
disciplinas situadas geralmente no mesmo nível hierárquico e agrupadas de modo que apareçam as relações
existentes entre elas. É um tipo de sistema de um só nível e de objetivos múltiplos; há cooperação, mas sem
coordenação (Japiassu, 1976). Quando, por exemplo, um paciente procura atendimento psiquiátrico e, após
receber orientação e prescrição psicofarmacológica, é encaminhado, pelo próprio psiquiatra, a um psicólogo
para um trabalho de psicoterapia. Os profissionais cooperam, mas não se articulam necessariamente de
maneira coordenada. Nesse caso, a cooperação não é automática, mas cumpre a finalidade de estabelecer
contatos entre os profissionais e suas áreas de conhecimento (Iribarry, 2002).
Na interdisciplinaridade, a descrição geral envolve uma axiomática comum a um grupo de disciplinas
conexas e definidas em um nível hierárquico imediatamente superior, o que introduz a noção de finalidade. É
um tipo de sistema de dois níveis e de objetivos múltiplos com a coordenação procedendo de nível superior
(Japiassu, 1976). Pode-se pensar no exemplo de uma equipe para atendimento ambulatorial de gestantes
adolescentes de baixa renda. A equipe é formada por um médico pediatra, um médico psiquiatra, um psicólogo,
um assistente social, uma psicopedagoga, uma enfermeira e uma secretária. Cada área mencionada agrega
ainda estudantes que realizam estágio no ambulatório. Todavia, o que
prevalece é o saber médico, cabendo a coordenação e a tomada de
decisão aos profissionais da área médica, que dirigem e orientam a
equipe em seu trabalho (Iribarry, 2002).
Na transdisciplinaridade, a descrição geral envolve uma
coordenação de todas as disciplinas e interdisciplinas em um sistema de
ensino inovado, sobre a base de uma axiomática geral. É um tipo de
sistema de níveis e objetivos múltiplos. A coordenação propõe uma
finalidade comum dos sistemas (Japiassu, 1976). Numa equipe de posto
de saúde, por exemplo, encontram-se diversos profissionais reunidos.
Pode-se tomar como exemplo a equipe que recebe pacientes com
problemas mentais. Esta equipe, muito provavelmente, reunirá
profissionais como psicólogos, psiquiatras, enfermeiros, assistentes
sociais, fonaudiólogos, fisioterapeutas, neurologistas, clínicos gerais, etc. Quando o paciente chega para uma
avaliação todos irão assisti-lo e buscarão formular um diagnóstico acerca do caso. Para que esse diagnóstico
seja dado em situação de transdisciplinaridade não basta apenas que cada profissional opine a partir de sua
área e, finalmente, um tratamento seja indicado. Para que a configuração transdisciplinar seja alcançada é
preciso que esses profissionais, fundamentalmente, estejam reciprocamente situados em sua área de origem e
na área de cada um dos colegas (Iribarry, 2002).
Para que a configuração transdisciplinar se torne verdadeira é preciso que o psicólogo, por exemplo,
seja introduzido na área de seu colega assistente social e na área de seu colega psiquiatra e vice-versa.
Ademais, é preciso que cada problema não solucionado em uma das áreas seja levado para uma área vizinha
e, assim, seja submetido à luz de um novo entendimento (Caon, 1998). Quando, hipoteticamente, um psicólogo
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percebe a insuficiência de seus paradigmas no trabalho com o autismo, ele poderá propor ao seu
colega neurologista um desafio. Que ali onde a psicologia não consegue formular uma intervenção (e o que
resulta disso é uma interrogação), a neurologia possa, com a ajuda das demais áreas que compõem a equipe,
iluminar o caminho com alguma proposta de intervenção. Esta é a situação paradigmática para geração de
novos dispositivos para o trabalho com o autismo, por exemplo. Todavia, é preciso que psicólogo e neurologista
se coloquem humildemente à disposição um do outro e do caso, evitando demorar-se na comum posição de
discutir algumas incompatibilidades que podem surgir entre as duas áreas. Nosso exemplo apresenta dois
profissionais apenas, mas é importante salientar que isso vale para todos os encontros possíveis entre as áreas
que compõem uma equipe de trabalho (Iribarry, 2002).
O Problema como Solução
Caon (1998) salienta que todo o problema não resolvido em uma área deve ser levado a uma área
vizinha. Quando um pesquisador está às voltas com um problema não solucionado em sua área temática é
preciso que a transdisciplinaridade seja evocada para instaurar um diálogo com outras áreas temáticas. Este
diálogo deve promover trocas e aproximações entre os pesquisadores, de modo que o problema não
solucionado possa ser compartilhado e, com isso, novas equações e soluções para o problema sejam geradas.
Este é o verdadeiro sentido da produção de tecnologias em um domínio de diversidades representado pelo
agrupamento de diferentes áreas de conhecimento (Caon, 1998). Assim sendo, a transdisciplinaridade é um
dispositivo que faz avançar as relações entre as áreas de conhecimento. Se o problema não resolvido em uma
determinada área de conhecimento é, como vimos acima, uma solução viável para o estabelecimento do
diálogo entre as diferentes áreas de conhecimento e pesquisa, então surge à frente daqueles que desejam
levar adiante o desafio da transdisciplinaridade a necessidade de trabalhar em equipe.
Os Princípios Práticos da Transdisciplinaridade no Trabalho de Equipe
Uma equipe será transdisciplinar quando sua reunião congregar diversas especialidades com a
finalidade de uma cooperação entre elas sem que uma coordenação se estabeleça a partir de um lugar fixo. É
claro que isso gera, de saída, um problema. Como evitar a verticalidade de uma coordenação? Isto é, como
evitar que uma especialidade se torne uma espécie de juiz no processo de tomada de decisão? Ora, a
transdisciplinaridade deve ser encarada como meta a ser alcançada e nunca como algo pronto, como um
modelo aplicável, e como um desafio que serve de parâmetro para que todos os membros da equipe estejam
atentos para eventuais cristalizações e centralizações do poder
Para que o intercâmbio entre os pesquisadores seja transdisciplinar é preciso que os discursos –
técnicos e ligados ao chamado jargão de cada área – sejam compartilhados (Iribarry, 2002). Mas não basta
apenas levar ao colega aquelas palavras que em nosso campo são elementares. É preciso realizar um
cuidadoso trabalho de tradução e explicação do que se deseja dizer em cada discurso das áreas envolvidas na
situação de transdisciplinaridade. É preciso que o discurso de cada disciplina seja legível para as outras
disciplinas envolvidas.
A tomada de decisão é o aspecto culminante de uma orientação transdisciplinar para o trabalho em
equipe. É preciso que a decisão seja tomada sem que nenhum saber prevaleça sobre outro, por isso a
necessidade de ser horizontal, numa linha em que todos os profissionais estejam reunidos e dêem a sua
contribuição de maneira compartilhada (Iribarry, 2002). Na verdade, a tomada de decisão está ligada a um
conjunto de decisões que emanam de todas as áreas implicadas no trabalho em equipe. Não se trata do que
cada área acredita ser adequado para o caso, mas sim daquilo que o próprio caso irá demonstrar como urgente
e necessário para cada área de conhecimento envolvida.
Resumo dos Níveis de Relação Profissional:
Nível de Relação
Multidisciplinaridade
Relação Disciplinar
Não
há
cooperação,
esquema automatizado.
Pluridisciplinaridade
Há cooperação mas não há
coordenação
nem
articulação. Sem hierarquia.
Interdisciplinaridade
Há
coordenação
cooperação.
Com
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e
nível
Exemplos
Paciente vai ao hospital,
realiza exame laboratorial,
depois
consulta
com
oncologista que o encaminha
para a quimioterapia.
Psiquiatra
prescreve
medicamento
e
indica
acompanhamento psicológico
com psicoterapia.
Equipe
de
atendimento
ambulatorial, com médico,
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hierárquico.
Transdisciplinaridade
Todos articulam, troca de
opiniões e diálogo. Sem
hierarquia. Paciente não tem
“dono”. Ideal a ser atingido.
pscicólogo, assistente social,
secretária. O saber médico
prevalece, cabendo a ele a
tomada de decisões.
Equipe de saúde reúne-se
para discutir o caso do
paciente, e juntos definem as
melhores condutas a serem
tomadas.
7 SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE (SUS)
Profª. MariaLuiza Carvalho Echevenguá
História do SUS:
Antes do advento do Sistema Único de Saúde (SUS), a atuação do Ministério da Saúde
se resumia às atividades de promoção de saúde e prevenção de doenças (por exemplo,
vacinação), realizadas em caráter universal, e à assistência médico-hospitalar para poucas
doenças; servia aos indigentes, ou seja, a quem não tinha acesso ao atendimento pelo Instituto
Nacional de Assistência Médica da Previdência Social. O INAMPS foi criado pelo regime militar
em 1974 pelo desmembramento do Instituto Nacional de Previdência Social (INPS), que hoje é
o Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS); era uma autarquia filiada ao Ministério da
Previdência e Assistência Social (hoje Ministério da Previdência Social), e tinha a finalidade de
prestar atendimento médico aos que contribuíam com a previdência social, ou seja, aos
empregados de carteira assinada. O INAMPS dispunha de estabelecimentos próprios, mas a
maior parte do atendimento era realizado pela iniciativa privada; os convênios estabeleciam a
remuneração por procedimento, consolidando a lógica de cuidar da doença e não da saúde.
O movimento da Reforma Sanitária nasceu no meio acadêmico no início da década de
70 como forma de oposição técnica e política ao regime militar, sendo abraçado por outros
setores da sociedade e pelo partido de oposição da época — o Movimento Democrático
Brasileiro (MDB), atual Partido do Movimento Democrático Brasileiro (PMDB). Em meados da
década de 70, com o fim do milagre econômico, ocorreu uma crise do financiamento da
previdência social, com repercussões no INAMPS. Em 1979 o general João Baptista
Figueiredo assumiu a presidência com a promessa de abertura política, e de fato a Comissão
de Saúde da Câmara dos Deputados promoveu, no período de 9 a 11 de outubro de 1979, o I
Simpósio sobre Política Nacional de Saúde, que contou com participação de muitos dos
integrantes do movimento e chegou a conclusões altamente favoráveis ao mesmo; ao longo da
década de 80 o INAMPS passaria por sucessivas mudanças com universalização progressiva
do atendimento, já numa transição com o SUS.
A 8ª Conferência Nacional de Saúde foi um marco na história do SUS por vários
motivos. Foi aberta em 17 de março de 1986 por José Sarney, o primeiro presidente civil após
a ditadura, e foi a primeira CNS a ser aberta à sociedade; além disso, foi importante na
propagação do movimento da Reforma Sanitária. A 8ª CNS resultou na implantação do
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Sistema Unificado e Descentralizado de Saúde (SUDS), um convênio entre o INAMPS e os
governos estaduais, mas o mais importante foi ter formado as bases para a seção "Da Saúde"
da Constituição brasileira de 5 de outubro de 1988. A Constituição de 1988 foi um marco na
história da saúde pública brasileira, ao definir a saúde como "direito de todos e dever do
Estado". O Sistema Único de Saúde (SUS) foi criado pela Constituição Federal de 1988 para
que toda a população brasileira tenha acesso ao atendimento público de saúde. Seu artigo 200
tinha como premissas:
- Ao sistema único de saúde compete, além de outras atribuições, nos termos da lei:
I - controlar e fiscalizar procedimentos, produtos e substâncias de interesse para a
saúde e participar da produção de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos,
hemoderivados e outros insumos;
II - executar as ações de vigilância sanitária e epidemiológica, bem como as de saúde
do trabalhador;
III - ordenar a formação de recursos humanos na área de saúde;
IV - participar da formulação da política e da execução das ações de saneamento
básico;
V - incrementar em sua área de atuação o desenvolvimento científico e tecnológico;
VI - fiscalizar e inspecionar alimentos, compreendido o controle de seu teor nutricional,
bem como bebidas e águas para consumo humano;
VII - participar do controle e fiscalização da produção, transporte, guarda e utilização
de substâncias e produtos psicoativos, tóxicos e radioativos;
VIII - colaborar na proteção do meio ambiente, nele compreendido o do trabalho.
Princípios do SUS:
O Sistema Único de Saúde teve seus princípios estabelecidos na Lei Orgânica de
Saúde, em 1990, com base no artigo 198 da Constituição Federal de 1988. Os princípios da
universalidade, integralidade e da eqüidade são às vezes chamados de princípios ideológicos
ou doutrinários, e os princípios da descentralização, da regionalização e da hierarquização de
princípios organizacionais, mas não está claro qual seria a classificação do princípio da
participação popular.
*Universalidade
"A saúde é um direito de todos", como afirma a Constituição Federal. Naturalmente,
entende-se que o Estado tem a obrigação de prover atenção à saúde, ou seja, é impossível
tornar todos sadios por força de lei.
*Integralidade
A atenção à saúde inclui tanto os meios curativos quanto os preventivos; tanto os
individuais quanto os coletivos. Em outras palavras, as necessidades de saúde das pessoas
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(ou de grupos) devem ser levadas em consideração mesmo que não sejam iguais às da
maioria.
*Eqüidade
Todos devem ter igualdade de oportunidade em usar o sistema de saúde; como, no
entanto, o Brasil contém disparidades sociais e regionais, as necessidades de saúde variam.
Por isso, enquanto a Lei Orgânica fala em igualdade, tanto o meio acadêmico quanto o político
consideram mais importante lutar pela eqüidade do SUS.
*Participação da comunidade
O controle social, como também é chamado esse princípio, foi melhor regulado pela Lei
nº 8.142. Os usuários participam da gestão do SUS através das Conferências de Saúde, que
ocorrem a cada quatro anos em todos os níveis, e através dos Conselhos de Saúde, que são
órgãos colegiados também em todos os níveis. Nos Conselhos de Saúde ocorre a chamada
paridade: enquanto os usuários têm metade das vagas, o governo tem um quarto e os
trabalhadores outro quarto.
*Descentralização político-administrativa
O SUS existe em três níveis, também chamados de esferas: nacional, estadual e
municipal, cada uma com comando único e atribuições próprias. Os municípios têm assumido
papel cada vez mais importante na prestação e no gerenciamento dos serviços de saúde; as
transferências passaram a ser "fundo-a-fundo", ou seja, baseadas em sua população e no tipo
de serviço oferecido, e não no número de atendimentos.
*Hierarquização e regionalização
Os serviços de saúde são divididos em níveis de complexidade; o nível primário deve
ser oferecido diretamente à população, enquanto os outros devem ser utilizados apenas
quando necessário. Quanto mais bem estruturado for o fluxo de referência e contra-referência
entre os serviços de saúde, melhor a eficiência e eficácia dos mesmos. Cada serviço de saúde
tem uma área de abrangência, ou seja, é responsável pela saúde de uma parte da população.
Os serviços de maior complexidade são menos numerosos e por isso mesmo sua área de
abrangência é mais ampla, abrangência a área de vários serviços de menor complexidade.
Indicadores de Saúde:
Todo cidadão tem o direito de conhecer a situação de saúde do seu Município e da
região onde reside. É através deste conhecimento que o cidadão pode, junto aos Conselhos de
Saúde, reivindicar os seus direitos. Mortalidade
Taxa de mortalidade ou coeficiente de mortalidade é um dado demográfico do número
de óbitos geralmente para cada mil habitantes em uma dada região em um período de tempo.
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Foi o primeiro indicador usado. É fácil de operar: a morte é clara e objetivamente
definida e cada óbito tem de ser registrado (nem sempre – ainda há cemitérios clandestinos em
muitos pequenos municípios e especialmente óbitos de recém-nascidos deixam de ser
registrados).
Há numerosos indicadores baseados na mortalidade.
Limitações
· A morte é o último evento do processo saúde/doença e reflete imperfeitamente o processo.
· Agravos/danos de baixa letalidade (dermatologia, oftalmologia, doença mental) são mal
representados nas estatísticas de mortalidade.
· Somente uma pequena parcela da população morre a cada ano (em geral, menos de 1%). Ao
se estudar, por exemplo, a saúde escolar, morrem pouquíssimas crianças matriculadas na
rede escolar.
· Mudanças nas taxas ao longo do tempo são em geral muito pequenas e a mortalidade é
pouco útil nas avaliações de curto e médio prazo.
Morbidade
É a taxa de portadores de determinada doença em relação ao números de habitantes sãos,
em determinado local em determinado momento.
É um conhecimento essencial, que permite:
· Inferir os riscos de adoecer a que as pessoas estão sujeitas.
· Obter indicações para investigações de seus fatores determinantes.
· A escolha de ações adequadas.
· Conhecer mudanças numa situação de saúde no curto prazo (febre amarela no RJ).
Indicadores relativos a serviços de saúde
São muitos os indicadores relativos ao que ocorre na assistência à saúde. Eles podem
ser agrupados
em indicadores de insumos, de processo e de impacto.
Indicadores de insumo:
· Recursos humanos e materiais: número de médicos, dentistas, enfermeiros, leitos gerais,
leitos de UTI, em geral por mil habitantes. Leitos de UTI neonatal por mil nascimentos.
· Recursos financeiros: gastos com saúde no Brasil. Em geral calculam-se os gastos como
porcentagem do PIB ou dividindo os gastos per capita. A maioria dos países do terceiro
mundo (Brasil inclusive) gasta menos de 5% do PIB com saúde.
· Distribuição dos recursos financeiros. Calcula -se qual a proporção dos recursos que vai
para a atenção primária e qual a que vai para os demais níveis. Entre nós, enorme porção
dos recursos vão para ações especializadas (curativas), nos hospitais de maior
complexidade.
Indicadores nutricionais
As diferentes medidas de avaliação podem ser agrupadas em:
· Avaliação indireta do estado nutricional
- mortalidade de crianças de 1 a 4 anos
- mortalidade infantil
- mortalidade infantil tardia
- renda per capita
- disponibilidade de alimentos
· Avaliação direta do estado nutricional
- avaliações dietéticas (inquéritos dietéticos e cálculo de consumo de nutrie ntes)
- avaliações clínicas (antropometria: peso, comprimento/estatura, perímetro cefálico,
pregas cutâneas, IMC)
- avaliações laboratoriais (metabolismo do ferro, vitaminas lipossolúveis ou de acumulação)
A dificuldade geral nestas últimas e estabelecer o “padrão de referência” ou o “ponto de corte”
para os indicadores.
Indicadores demográficos
Além da mortalidade, as grandes variáveis demográficas são a natalidade, a
fecundidade e as migrações. Os indicadores mais usados são a esperança de vida ao nascer,
fecundidade, natalidade,a estrutura etária e a distribuição por sexo da população.
A simples divisão da população nas faixas etárias zero a 14 anos (pop. jovem); 15 a 64 anos
(pop.economicamente ativa) e 65 anos e mais (pop. idosa) serve de base para inferir o nível de
vida:predomínio da população jovem sobre a idosa indica piores condições de vida e de saúde.
Já o predomínio da população idosa sobre a jovem ocorre em populações de melhor nível de
vida e saúde. Permite também estimar demandas: no primeiro caso por serviços de saúde
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materno-infantil,pré-natal, saúde da criança, unidades do ensino fundamental, ao passo que
no segundo caso, a 8 expectativa é uma maior demanda por serviços de atenção
cardiovascular, hospitalizações, medicamentos de uso contínuo, etc..
Indicadores ambientais
Condições de moradia e do peridomicílio são estreitamente ligadas com o nível
socioeconômico da população. Isso também se aplica em relação à cobertura e qualidade do
saneamento básico (abastecimento de água, coleta de esgotos, de lixo e destinação das águas
pluviais).
É muito usada como indicador de saúde a proporção da população que dispõe de um
sistema
adequado de água, esgoto e lixo.
Epidemiologia:
Epidemiologia é uma ciência que estuda quantativamente a distribuição dos
fenômenos de saúde/doença, e seus factores condicionantes e determinantes, nas populações
humanas.
Prevalência
Número total de casos existentes de uma doença, num determinado tempo.
A prevalência permite compreender o quanto é comum, ou rara,
determinada doença ou situação numa população.
uma
8 REABILITAÇÃO FISICA – Prof. Pablo Fabrício Flores Dias e Est. Christina Grehs
Conjunto de medidas multidisciplinares de intervenções diagnósticas e terapêuticas, adotadas
em prol de restaurar, adquirir ou recuperar a aptidão funcional do indivíduo portador dos mais
variados distúrbios clínicos e cinético-funcionais músculo-esqueléticos, visando na medida do
possível, o mais rápido retorno as atividades de vida diária, capacidade de atuação
profissional, desportiva ou re-estabelecimento do indivíduo a interação normal da comunidade
o
qual
pertence.
Os profissionais que atuam na área: Médico de diferentes especialidades, Enfermeiro e
equipe de enfermagem, Quiropraxista, Cirurgião Dentista, Professor de Educação Física,
Fisioterapeuta, Terapeuta Ocupacional, Psicólogo, Assistente Social e Massoterapêuta. Já, o
médico fisiatra e o fisioterapeuta são os responsáveis técnicos da reabilitação física.
Fisioterapia
É uma ciência da Saúde que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais
intercorrentes em órgãos e sistemas do corpo humano, gerados por alterações genéticas, por
traumas e por doenças adquiridas. Esse profissional de saúde, possui formação acadêmica
Superior, habilitado à construção do Diagnóstico Cinesiológico Funcional – que prescreve,
planeja, ordena, analisa supervisiona e avalia os projetos fisioterapêuticos, a sua eficácia, sua
resolutividade e as condições de alta do cliente submetido a esta prática.
O fisioterapêuta atua em: fisioterapia clínica, saúde coletiva, educação, indústria de
equipamentos de uso fisioterapêutico e esporte. Tem como especialidades conhecidas a
Acupuntura, Quiropraxia, Osteopatia, Fisioterapia pneumo funcional, Fisioterapia neuro
funcional e Fisioterapia traumato-ortopédica funcional.
Massoterapêuta
Trata-se de um agente de saúde que atua acima de tudo no cuidado humano,
utilizando como forma de intervenção terapêutica a massagem manual, tendo formação
básica generalística, atuando nas áreas, estética relaxante, desportiva e terapêutica,
que pode atuar de forma autônoma como profissional liberal na forma que prescreve a lei (Lei
Nº 3.968-1961) sob fiscalização da Vigilância Sanitária.
A. Autônomo em Gabinete próprio de acordo com as normas e limites impostos pela
legislação e consensos profissionais.
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B. Associado: Vinculado à Clínica de Fisiatria, Fisioterapia ou Estética, sob supervisão de
um Médico Fisiatra , Fisioterapeuta ou Médico Esteticista.
C. Gabinete Próprio: para atendimento como autônomo, nas áreas de massagem
relaxante, estética, terapêutica holística ou aplicada a patologias musculoesqueléticas
(neste caso encaminhamento por um profissional habilitado de acordo com a LEI Nº
3.968-1961).
D. Home Care: Atendimento a domicílio.
E. Clínicas de Fisiatria, Fisioterapia e Reabilitação.
F. Clínicas de Estética Médica ou Fisioterapêutica.
G. Clínicas e Lares de Idosos.
H. Institutos de Beleza e Estética.
I. Clubes Esportivos e Academias ( Futebol, Volei, Basquete, Atletismo, Artes Marciais e
etc...)
Massoterapia
Melhora de disfunções musculoesqueléticas.
Relação: Extresse x Imunidade.
Auto imunes e reumáticas.
Auxilia a controlar doenças cardiovasculares e circulatórias, que são agravadas com a
depressão.
Tipos :
Estética
Relaxant
Desportiva
Terapêutica
Ocidental: Massagem Sueca Base Fisiológica Ocidental, Teoria da Comporta,
Hiperemia Reativa, Efeito Varredura, Liberação de Adesões e Aderências, pela
biomecânica e a física da intervenção das manobras nos tecidos moles.
Massagem Oriental: Medicina Taoista e Indu (Filosófica, Canais de Energia,Visa o
Equilíbrio Energético, Yin Yang, 5 elementos, Chakras, Chi... )
Massagem em Reabilitação
Técnicas de massagem que
auxiliam
no
processo
de
reabilitação física, em conjunto
com as intervenções de outros
membros
da
equipe
multidisciplinar
em
saúde,
salvaguardando os limites de
atuação profissional.
Auxilia a combater processos
decorrentes
as
seqüelas
estabelecidas em pós operatórios
ou traumas, como adesões,
aderências,
retrações
e
hipertrofias cicatriciais.
Auxilia a diminuir a tensão
muscular e a dor.
Auxilia na liberação reflexa ou mecânica do movimento.
Auxiliar na recuperação física, através de técnicas de aplicação de massagem...
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Aplicar procedimentos massoterápicos dentro de princípios científicos, técnicos, éticos
e legais.
Desenvolver ações que visem à promoção e recuperação da saúde postural e
funcional,
assumindo seu papel na equipe multidisciplinar de Saúde.
9 PROFISSÕES NA ÁREA DA SAÚDE – Prof. Bruno Garcia; Profª. Cintia
Schneider; Est. Christina Grehs
PROFISSIONAL
FORMAÇÃO
ÁREA DE ATUAÇÃO
Nutricionista (devidamente
registrado no CRN de sua
jurisdição)
Nutrição; Curso Superior
(bacharelado);
Profissional que atua no âmbito das Ciências da
Nutrição e Alimentação, fazendo o estudo,
orientação e vigilância da nutrição e alimentação e
intervindo nos domínios da adequação, qualidade e
segurança alimentar.
Médico (devidamente
registrado no CREME
Medicina; Curso Superior
(bacharelado);
Profissional que atua na busca da saúde humana
por meio de estudos, diagnósticos e tratamentos
medicamentosos ou cirúrgicos;
Farmacêutico (devidamente
registrado no CFF de sua
jurisdição);
Biomédico (devidamente
registrado no CRBM de sua
jurisdição)
Farmácia ou Ciências
Farmacêuticas; Curso
Superior (bacharelado);.
Biomedicina; Curso Superior
(bacharelado);
Habilitações:
Análises Clínicas
Citopatologia
Imagenologia
Bromatologia
Etc...
Segurança do Trabalho;
Curso Técnico;
Profissional que atua na produção, manipulação e
dispensação de medicamentos;
Técnico de Segurança do
Trabalho (devidamente
registrado na Secretaria de
segurança e Saúde do
Trabalho);
PROFISSIONAL
Assistente Social
FORMAÇÃO
Curso Superior –
Graduação em
Serviço Social
Fonoaudiólogo
Curso Superior –
Graduação
Fonoaudiologia
Profissional que conduz estudos e pesquisas no
campo de interface entre medicina e biologia,
voltada para a pesquisa das doenças humanas,
seus fatores ambientais e eco-epidemiológicos,
com intuito de encontrar suas causa, prevenção,
diagnóstico e tratamento.
Profissional que atua na proteção do trabalhador no
seu local de trabalho, no que se refere à questão da
consciência e da higiene do trabalho. O seu objetivo
básico envolve a prevenção de riscos e de
acidentes nas actividades de trabalho visando a
defesa da integridade do ser humano.
ÁREA DE ATUAÇÃO
Desenvolve pesquisa, analisa e intervém na realidade social. Essa
intervenção se dá junto a indivíduos, grupos, comunidades e
diversas organizações sociais. Cabe a esse profissional a
elaboração, implementação, execução e avaliação de serviços,
programas, projetos e políticas sociais.
Atua em pesquisa, prevenção, avaliação e terapia fonoaudiológica
na área da comunicação oral e escrita, voz e audição. Além disso
também trabalha com distúrbios na alimentação, como disfagia e
outras dificuldades alimentares. É ele quem reabilita pacientes
neuropatas na área de linguagem e alimentação bem como
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Terapeuta Ocupacional
Curso Superior –
Graduação
Terapia
Ocupacional
Quiropraxista
Curso Superior –
Graduação
Quiropraxia
Massoterapêuta
Curso de
Formação
Profissional
deficientes auditivos. Realiza exames audiométricos, sendo o
profissional especializado na audição e na reabilitação de voz.
Atua através da prevenção, habilitação ou da reabilitação. Por
exemplo, uma pessoa com uma condição neurológica
incapacitante como Alzheimer ou Parkinson que pode vir a perder
a capacidade de escovar seus dentes sozinho, o terapeuta
ocupacional irá trabalhar com ele preventivamente para que a sua
força de preensão, alcance, coordenação seja preservada ao
máximo, isso pode ser realizado através de atividades que
simulem os mesmos movimentos utilizados para tal ato.
Restabelece o movimento apropriado às articulações que não
estão se movendo adequadamente. Ajuda a restabelecer a
biomecânica vertebral e melhorar o funcionamento do sistema
nervoso.
Atua através de um grupo de técnicas e procedimentos
terapêuticos naturais, não invasivos, tradicionais e
contemporâneos, que tem como objetivo manter a saúde e
prevenir desequilíbrios, contribuir na promoção do bem estar e da
melhor qualidade de vida, assim como, em ação conjunta e
complementar com as técnicas terapêuticas da medicina oficial,
propiciar uma prática de cooperação em níveis e estágios
diferenciados, visando maior eficácia nos tratamentos de saúde.
Especialidades Médicas
Especialidade
Atuação
Clínico Geral
O médico se forma “Clínico Geral”, que é um generalista, ou seja, trata todas as patologias de uma
forma geral. Este profissional pode realizar residências, até 3 anos, que o formaram um
especialista em alguma área espcífica; estas residências são como uma pós-graduação, tornando
o clínico geral, um especialista.
Realiza tratamento clínico das doenças que acometem vasos sangüíneos (artérias e veias) e vasos
linfáticos. Atua em conjunto com a cirurgia vascular que se ocupa do tratamento cirúrgico das ditas
doenças.
Angiologista
Oncologista
Atua nas neoplasias (tumores malignos) e a forma de como essas doenças se desenvolvem no
organismo, buscando seu tratamento.
Cardiologista
Realiza o diagnóstico e tratamento das doenças que acometem o coração bem como os
outros componentes do sistema circulatório.
Coloproctologista
Trata as doenças do intestino grosso (cólon), do reto e ânus.
Dermatologista
Endocrinologista
Se ocupa do diagnóstico e tratamento clínico-cirúrgico das doenças que acometem a pele. A
especialidade engloba ainda as doenças que acometem os anexos cutâneos: cabelos e
unhas, bem como as mucosas (ex: boca e genitais).
Trata do funcionamento dos hormônios no organismo humano.
Gastroenterologista
Se ocupa do estudo, diagnóstico e tratamento clínico das doenças do aparelho digestivo.
Geriatra
Se ocupa do estudo, prevenção e tratamento das doenças e da incapacidade em idades
avançadas.
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Médico do Trabalho
Nefrologista
Neurologista
Nutrologista
Oftalmologista
Ortopedista
Traumatologista
Se ocupa da promoção e preservação da saúde do trabalhador. Avalia a capacidade do
candidato a determinado trabalho e realiza reavaliações periódicas de sua saúde dando
ênfase aos riscos ocupacionais aos quais este trabalhador trabalha exposto.
Se ocupa do diagnóstico e tratamento clínico das doenças do sistema urinário, em especial o
rim.
Trata do sistema nervoso central, periférico,suas relações e os seus transtornos.
Se dedica ao diagnóstico, prevenção e tratamento de doenças do comportamento alimentar.
Os médicos nutrólogos não devem ser confundidos com nutricionistas.
Investiga e trata as doenças relacionadas com a visão e com os olhos e seus anexos.
Especialidade médica que se dedica ao estudo e tratamento das doenças e erros de refração
apresentados pelo olho, trabalho este também realizado por optometristas. O médico
oftalmologista realiza cirurgias, prescreve tratamentos e correções para os distúrbios de visão.
Cuida das doenças e deformidades dos ossos, músculos, ligamentos, articulações, enfim,
relacionadas ao aparelho locomotor.
Lida com o trauma do aparelho músculo-esquelético.
Otorrinolaringologista Considerada uma das mais completas especialidades médicas, com características clínicas e
cirúrgicas. Seu campo de atuação envolve as doenças do ouvido, do nariz e seios paranasais,
faringe e laringe.
Pediatra
Especialidade médica dedicada à assistência à criança e ao adolescente, nos seus diversos
aspectos, sejam eles preventivosou curativos.
Pneumologista
Se ocupa do estudo das doenças pulmonares e do trato respiratório.
Psiquiatra
Lida com a prevenção, atendimento, diagnóstico, tratamento e reabilitação das doenças
mentais, sejam elas de cunho orgânico ou funcional, tais como depressão, doença bipolar,
esquizofrenia e transtornos de ansiedade.
Reumatologista
Se ocupa do estudo das doenças que acometem os tecidos conjuntivos.
Urologista
Trata do trato urinário de homens e mulheres e do sistema reprodutor dos homens.
10 QUESTIONÁRIO DE TEORIAS FUNDAMENTAIS DE SAÚDE
1 Cite e Explique os determinantes do processo saúde/doença, dando exemplos.
2 Defina saúde conforme a OMS.
3 Quais são os níveis de prevenção?
4 Considerando os níveis de relação profissional:
a) Qual é o mais apropriado? Justifique.
b) Diferencie os níveis.
5 O que significa Medicina Baseada em Evidências? Este termo é aplicável à massoterapia?
Porque?
6 De acordo com as apostilas quais quesitos são importantes considerando a ética na saúde?
7 Qual é o conceito mais apropriado de Bioética na sua opinião?
8 O que é Iatrogenia ? Exemplifique.
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9 Diferencie Processo Inflamatório e Processo Infeccioso.
10 Disserte sobre os conteúdos assimilados nesta disciplina e as suas implicações para a
massoterapia (mínimo de 12 linhas – máximo 40 linhas).
11 O que é disciplinaridade?
12 Quais são os níveis de relação profissional? Explique-os:
13 Qual é o nível de relação profissionais mais adequado?
14 Quais são as dificuldades para a viabilidade da transdisciplinaridade?
15 Quais os benefícios para o paciente da relação transdisciplinar em saúde?
16 Relacione a coluna:
(
(
(
(
(
(
(
a)
Multidisciplinaridade
b)
Pluridisciplinaridade
c)
Interdisciplinaridade
d)
Transdisciplinaridade
) Cooperação, mas sem coordenação;
) Profissionais reunidos, mas trabalham separadamente
) Há cooperação, coordenação, mas com nível hierárquico;
) Todos se ajudam, cada profissional tenha conhecimento sobre a área do colega;
) Sistema de dois níveis e objetivos múltiplos;
) Várias profissões juntas no mesmo nível hierárquico;
) Sistema de níveis e objetivos múltiplos;
17 Descreva com suas palavras:
a)
Multidisciplinaridade ;
b)
Pluridisciplinaridade;
c)
Interdisciplinaridade;
d)
Transdisciplinaridade;
18 Qual dos níveis é o mais ideal? Por quê?
19 Quais os profissionais que podem atuar de maneira transdisciplinar na reabilitação músculo
esquelética.
20 Além do médico fisiatra, qual outro profissional é responsável técnico na rebilitação. E qual
habilidade é o diferencial desse profissional.
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21 Na sua opinião, o que é Reabilitação?
22 Qual o papel do massoterapêuta na reabilitação do paciente?
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