Funções do Ego

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Psicologia da Educação
Funções do Ego
Ego é o centro da consciência inferior (diferente do Eu que é centro superior da consciência). O
Ego é a soma total dos pensamentos, idéias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais.
É a parte mais superficial do indivíduo, a qual, modificada e tornada consciente, tem por funções
a comprovação da realidade e a aceitação, mediante seleção e controle, de parte dos desejos e
exigências procedentes dos impulsos que emanam do indivíduo. Obedece ao princípio da
realidade, ou seja, à necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao id sem
transgredir as exigências do superego.
Senso – Percepção
É o processo pelo qual tomamos consciência imediatamente dos objetos, fatos e suas
relações num dado contexto ambiental, através dos órgãos dos sentidos registrados
automaticamente no cérebro.
Conceito de Percepção
A percepção tem por base a sensação, mas supõe a intervenção da experiência anterior, é o
resultado de uma elaboração, de uma síntese mental. É o fenômeno de associar, comparar,
distinguir, apreciar e interpretar as sensações.
“Nada está em nossa consciência que não tenha antes passado pela sensação”.
Sensação é o primeiro contato do “Eu” com o mundo exterior.
I. Senso de Percepção
A percepção deixa na nossa consciência uma concepção mental, que denominamos
“esquema”.
São como desenhos mentais típicos e permitem-nos reconhecer e identificar os objetos.
Obs.: Ilusões – são falsas interpretações de dados captados pelos receptores.
Características Gerais da Percepção
 Imediata
 Tem estrutura (percebemos conjuntos)
 Tem estabilidade (características essenciais)
 Tem significado (tem experiência com a situação)
 É seletiva (o que nos interessa mais)
Figura e Fundo da Percepção
Todo objeto ou evento existe em relação a certo fundo.
Leis da Percepção
Lei da boa figura (formar a melhor figura possível)
Lei do Fechamento:
Uma figura incompleta sempre será percebida como completa.
Lei da Proximidade
Os estímulos mais próximos são unidos para formar sub-grupos (supermercado).
Lei da Similaridade
Corresponde a estímulos semelhantes
Lei da Continuidade
A tendência é repetir-se o estímulo.
Percepção das Pessoas
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Ato e pessoa são unidos na cognição, portanto, a pessoa adquire a qualidade do ato.
Imagem de si mesmo
O “Eu” é a imagem que a pessoa faz de si mesma. Imagem é a presença do ausente.
II. Atenção
1. Conceito: é uma reação consciente e seletiva (só prestamos atenção naquilo
que nos interessa) pela qual o psiquismo examina tanto o mundo interno quanto
o mundo externo.
Processo cognitivo pelo qual o intelecto focaliza e seleciona estímulos,
estabelecendo relação entre eles. A todo instante recebemos estímulos,
provinientes das mais diversas fontes, porém só atendemos a alguns deles, pois
não seria possível e necessário responder a todos
2. Divisão:
a) quanto ao objeto:
 Externa ou periférica: o estímulo provém do meio exterior. Ex.:
volto-me porque escutei um ruído.
 Interna ou central: o estímulo provém do meio interior. Ex.:
penso no que vou dizer.
b) quanto ao tipo:
 Concentrada: todo o fluxo de energia canaliza-se para um
objeto. Ex.: cientistas pesquisando, arqueólogos frente a uma
rocha, intelectual lendo.
 Difusa: voltada para vários objetos, nas mulheres é mais
saliente.
c) Quanto a origem:
 Passiva: independe do interesse ou da vontade. Ex.: prestar
atenção a um estímulo novo.
 Espontânea: determinada pelo interesse. Ex.: uma mulher
interessada num determinado modelo de sapato.
 Esforçada: é a aplicação refletida. Ex.: dedicar-se ao estudo
para uma prova.
3. Patologias (doenças ou distúrbios da atenção)
a) Hipertrofia: limitações do campo da atenção que fica acorrentado a
uma dada idéia ou objeto.
b) Instabilidade: não presta atenção em nada, fica tudo vago, indefinido,
indeciso (embriaguez e esgotamento)
c) Atrofia: é um estado mórbido apresentado pelos retardados e
dementes.
d) D.D.A (Desordem de Déficit de Atenção): atinge geralmente crianças
afetando o desempenho escolar e a auto-estima. Sintomas: a
criança tem sono agitado e recusa-se a ficar no colo, não
consegue ficar sentado/parado por muito tempo, parece não
escutar, passa de uma tarefa para outra sem terminar a anterior,
dificuldade de seguir regras, não consegue brincar sozinho,
perde os instrumentos para realizar a tarefa, não mantém
amizade por muito tempo, envolve-se com o perigo, dificuldade
em perder nos jogos, se for hiperativo fala demais, não sendo
hiperativo mostra-se retraído e isolado. Obs.: a inteligência
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apresenta-se normal, porém poderá apresentar atraso escolar e
até reprovação.
4. Benefícios:
a) Aumenta a rapidez da percepção
b) Aumenta a intensidade dos processos psíquicos
c) As sensações tornam-se mais nítidas
d) Nos capacita a descriminar os elementos que queremos perceber
e) Auxilia a memorização
III. Memória
1. Conceito: é a capacidade de lembrar ou recordar sensações, impressões ou
idéias. A memória é a capacidade de reter, recuperar, armazenar e evocar
informações disponíveis, seja internamente, no cérebro (memória humana), seja
externamente, em dispositivos artificiais (memória artificial). A memória humana
focaliza coisas específicas, requer grande quantidade de energia mental e
deteriora-se com a idade. É um processo que conecta pedaços de memória e
conhecimentos a fim de gerar novas idéias, ajudando a tomar decisões diárias.
2. Função normal da memória: possibilitar a vida da inteligência, possibilitar a vida
social, pela memória do homem capacita-se a assumir o seu passado.
3. Funções mnemônicas: é um auxiliar de memória. São, tipicamente, verbais, e
utilizados para memorizar listas ou fórmulas, e baseiam-se em formas simples
de memorizar maiores construcções, baseados no princípio de que a mente
humana tem mais facilidade de memorizar dados quando estes são associados
a informação pessoal, espacial ou de caracter relativamente importante, do que
dados organizados de forma não sugestiva (para o indivíduo) ou sem significado
aparente. Porém, estas sequências têm que fazer algum sentido, ou serão
igualmente difíceis de memorizar.
a) Fixação ou retenção.
b) Evocação.
c) Reconhecimento.
4. Leis da memória:
a) Repetição: quanto mais repetimos alguma coisa, mais ela se
solidifica.
b) Atenção.
c) Emoção.
d) Interesse.
e) Estrutura.
5. Tipos de memória:
a) Visual
b) Auditiva
c) Memória motora
d) Afetiva
e) Locativa – guarda locais, lugares
f) Nominativa
6. Atlerações: patologias da memória
a) Hipermnésia: aumento exagerado de lembranças
b) Hipomnésia: diminuição de memória.
c) Amnésia: perda de memória.
 Real: causas físicas.
 Provocada: esquecer, trauma.
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IV. Linguagem
1. Conceito: É a função comunicativa dos pensamentos, qualquer e todo sistema
de signos que serve de meio de comunicação de idéias ou sentimentos através
de signos convencionais, sonoros, gráficos, gestuais etc., podendo ser
percebida pelos diversos órgãos dos sentidos, o que leva a distinguirem-se
várias espécies de linguagem: visual, auditiva, tátil, etc.
2. Tipos de linguagem:
a) Mímica (a primeira e a última a desaparecer) – universal.
b) Oral
c) Escrita (pictória, ideográfica – marcas, logo, sinais de transito, e
alfabética).
3. Modos:
a) Exterior (gestos, mímicas)
b) Interior (conversar consigo mesmo, sozinho)
c) Braile (arranjo de pontos em relevo lidos pelo tato – cegos)
d) Libra (gestual – surdo mudo)
e) Gíria (jovens, adolescentes)
f) Dialetos (forma de comunicação da mesma coisa de forma diferente)
g) Distúrbios (tanto da literatura quanto da escrita – gagueira, dislalia,
disgrafia, disorgrafia).
V. Pensamento
1. Conceito: maneira de o Ego interpretar os fenômenos existenciais. Pensamento
é um processo mental que permite aos seres modelarem o mundo e com isso
lidar com ele de uma forma efetiva e de acordo com suas metas, planos e
desejos. O pensamento é considerado a expressão mais "palpável" do espírito
humano, pois através de imagens e idéias revela justamente a vontade deste. O
pensamento é fundamental no processo de aprendizagem (Piaget). O
pensamento é construto e construtivo do conhecimento.
2. Estrutura: é formada por conteúdo e curso.
VI. Consciência
1. Conceito: é a parte lúcida e clara de cada um. É o conhecimento que se tem do
mundo externo e interno. É uma qualidade da mente, considerando abranger
qualificações tais como subjetividade, auto-consciência, sentiência, sapiência, e
a capacidade de perceber a relação entre si e um ambiente. É um assunto muito
pesquisado na filosofia da mente, na psicologia, neurologia, e ciência cognitiva.
2. Tipos:
a) Consciência psicológica: capacidade de reconhecer-se.
b) Consciência moral: identifica o bem e o mal.
c) Consciência social: pensar e agir comum a um grupo.
3. Graus:
a) Consciente: é somente uma pequena parte da mente, incluindo tudo
do que estamos cientes num dado momento.
b) Pré-consciente: é uma parte do Inconsciente, uma parte que pode
tornar-se consciente com facilidade. As porções da memória que nos
são facilmente acessíveis fazem parte do Pré-Consciente. Estas
podem incluir lembranças de ontem, o segundo nome, as ruas onde
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moramos, certas datas comemorativas, nossos alimentos prediletos, o
cheiro de certos perfumes e uma grande quantidade de outras
experiências passadas. O Pré-Consciente é como uma vasta área de
posse das lembranças de que a consciência precisa para
desempenhar suas funções.
c) Inconsciente: elementos instintivos não acessíveis à consciência.
VII. Inteligência
1. Conceito: é a capacidade de o Ego resolver problemas ou de enfrentar
situações novas.
A inteligência pode ser definida como a capacidade mental de raciocinar,
planejar, resolver problemas, abstrair idéias, compreender idéias e linguagens e
aprender.
2. Níveis:
a) Sub-dotado (infra-dotado): treináveis.
b) Inferior
c) Médio inferior
d) Médio (1º grau)
e) Médio superior (2º grau)
f) Superior (3º grau)
g) Super-dotado: mestrado, doutorado.
h) Gênios.
VIII. Orientações
1. Definição: é a capacidade de o Ego orientar-se no tempo e no espaço.
2. Tipos:
a) Temporal
b) Espacial
IX. Conduta – Atitude – Comportamento
1. Definição: são reações em resposta a um fato ou estímulo externo ou interno.
2. Padrões de comportamento: bom ou mau comportamento de acordo com o
local, hora, cultura e costumes.
X. Afetividade
1. Definição: Modo de estar ou não em sintonia com o mundo externo e interno. É
o estado psicológico que permite ao ser humano demonstrar os seus
sentimentos e emoções a outro ser vivo. Em psicologia, o termo afetividade é
utilizado para designar a suscetibilidade que o ser humano experimenta perante
determinadas alterações que acontecem no mundo exterior ou em si próprio.
Tem por constituinte fundamental um processo cambiante no âmbito das
vivências do sujeito, em sua qualidade de experiências agradáveis ou
desagradáveis.
2. Tipos:
a) Emoções fortes de fundo orgânico, e passado o estimulo, tendem a
desaparecer.
b) Sentimentos são mais brandos de fundo psicológico e duradouro.
c) Paixão é forte, brusca, psicológica, concentrada numa idéia ou
objetivo de cada vez.
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