(19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE ITA 2009 - MATEMÁTICA NOTAÇÕES ` = {1,2,3,...} Como 36% dos carros com motor “flex” passaram a funcionar também com gás GNV, temos: 0,36 ⋅ F são os carros a álcool, gasolina e a GNV (tricombustíveis) \ : conjunto de números reais ^ : conjunto de números complexos [a, b ] = {x ∈ \; a ≤ x ≤ b} 0,64 ⋅ F são os carros que continuaram a funcionar apenas a álcool e a gasolina (bicombustíveis). ( a, +∞ ) =] a, +∞ = {x ∈\; a < x < + ∞} A \ B = {x ∈ A; x ∉ B} Sabendo que 556 carros são bicombustíveis e que no total temos 1000 carros, podemos formar o seguinte sistema: AC : complementar do conjunto A i : unidade imaginária i 2 = −1 z : módulo do número z ∈ ^ 0,36 ⋅ G + 0,64 ⋅ F = 556 0,36 ⋅ G + 0,64 ⋅ F = 556 ⇒ ⇒ 0,28 ⋅ F = 196 G + F = 1000 0,36 ⋅ G + 0,36 ⋅ F = 360 Portanto F = 700 e G = 300 Desta forma, o número de carros tricombustíveis (álcool, gasolina e Re z : parte real do número z ∈ ^ Ιm z : parte imaginária do número z ∈ ^ Mmxn ( \ ) : conjunto das matrizes reais m x n GNV) é 0,36 ⋅ F = 0,36 ⋅ 700 = 252 QUESTÃO 03 Seja f : \ → \ \ {0} uma função satisfazendo às condições: At : transposta da matriz A det A : determinante da matriz A f ( x + y ) = f ( x ) f ( y ) , para todo x, y ∈ \ e P ( A ) : conjunto de todos os subconjuntos do conjunto A f ( x ) ≠ 1 , para todo x ∈ \ \ {0} . Das afirmações: I. f pode ser ímpar. II f (0) = 1 . III. f é injetiva. IV. f não é sobrejetiva, pois f ( x ) > 0 para todo x ∈ \ . é (são) falsa(s) apenas a) I e III. b) II e III. c) I e IV. d) IV. e) I. Resolução Alternativa E I. Falsa. Se a função f fosse ímpar, teríamos: f ( − x ) = −f ( x ) , para n ( A ) : número de elementos do conjunto finito A AB : segmento de reta unindo os pontos A e B trA : soma dos elementos da diagonal principal da matriz quadrada A Observação: Os sistemas cartesianos retangulares. de coordenadas considerados são QUESTÃO 01 Sejam A e B subconjuntos do conjunto universo U = {a,b,c,d,e,f,g,h}. Sabendo que (B C ∪ A) C = {f,g,h}, BC ∩ A = {a,b} e AC \ B = {d,e}, então, n(P ( A ∩ B )) é igual a a) 0 b) 1 c) 2 d) 4 Resolução Usando as leis de De Morgan: (A∪B)C=AC∩BC e (A∩B)C=AC∪BC, temos que: e) 8 Alternativa C ∀x ∈ \ . Em particular, para x = 0 , vem que: f ( −0) = −f (0) ⇒ 2f (0) = 0 ⇒ f (0) = 0 Porém, sendo o contradomínio de f o conjunto \ \ {0} , nenhuma ( BC ∪ A )C = (BC)C ∩ AC = B ∩ AC = {f,g,h}. imagem pode ser nula. Em particular, f (0) ≠ 0 . II. Verdadeira. Fazendo x = y = 0 na identidade f ( x + y ) = f ( x ) f ( y ) , Com isso e usando as igualdades do enunciado, podemos montar o seguinte diagrama de Euler-Venn: f (0 + 0) = f (0) ⋅ f (0) ⇒ ( f (0) ) − f (0) = 0 ⇒ f (0) = 0 ou f (0) = 1 . 2 temos Como f (0) ≠ 0 , temos necessariamente f (0) = 1 . III. Verdadeira. Sejam a, b ∈ \ tais que f (a ) = f (b ) . Então, temos: f (b) = f (a + (b − a )) = f (a ) ⋅ f (b − a ) ⇒ f (a ) = f (a ) ⋅ f ( b − a ) Como f (a ) ≠ 0 , segue que f (b − a ) = 1 . f ( x ) ≠ 1, Porém, como f (0) = 1 Portanto, A ∩ B = {c } ⇒ n ( A ∩ B ) = 1 . ∀x ∈ \ \ {0} , isto é, como somente o 0 tem imagem igual a 1, vem que b − a = 0 ⇒ a = b . Assim, f (a ) = f (b ) ⇒ a = b , isto é, f é injetora. Dessa forma, o conjunto das partes P ( A ∩ B ) = {{c }, ∅} 2 x x x x x IV. Verdadeira. Fazendo f ( x ) = f + = f ⋅ f = f . 2 2 2 2 2 O que implica que n ( P ( A ∩ B ) ) = 21 = 2 QUESTÃO 02 Uma empresa possui 1000 carros, sendo uma parte com motor a gasolina e o restante com motor “flex” (que funciona com álcool e gasolina). Numa determinada época, neste conjunto de 1000 carros, 36% dos carros com motor a gasolina e 36% dos carros com motor “flex” sofrem conversão para também funcionar com gás GNV. Sabendo-se que, após esta conversão, 556 dos 1000 carros desta empresa são bicombustiveis, pode-se afirmar que o número de carros tricombustíveis é igual a a) 246 b) 252 c) 260 d) 268 e) 284 Resolução Alternativa B Denominando: G : número de carros originalmente com motor a gasolina F : número de carros originalmente com motor “flex” Como 36% dos carros com motor a gasolina passaram a funcionar com gás GNV, temos: 0,36 ⋅ G são os carros a gasolina e a GNV (bicombustíveis) 2 x Como f ≥ 0 , ∀x ∈ \ , temos f ( x ) ≥ 0 , ∀x ∈ \ . 2 Além disso, como as imagens não podem ser nulas, já que o contradomínio é o conjunto \ \ {0} , segue que f ( x ) > 0 , ∀x ∈ \ , fazendo com que a função não seja sobrejetora. QUESTÃO 04 π a = cos e Se 5 π π cos + isen 5 5 a) a + bi . b = sen 2 1 o é igual a 2 e) (1 − 4a 2b 2 ) + 2ab(1 − b 2 )i 0,64 ⋅ G são os carros que continuaram apenas a gasolina então, 54 c) (1 − 2a b ) + ab(1 + b )i . 2 π , 5 b) −a + bi . d) a − bi . número complexo (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE ITA 2009 - MATEMÁTICA Resolução Alternativa B Aplicando a formula de Moivre para potenciação de números complexos, temos: QUESTÃO 07 Suponha que os coeficientes reais a e b da equação x4 + ax3 + bx2 + ax + 1 = 0 são tais que a equação admite solução não real r com r ≠ 1 . Das seguintes afirmações: 54 π π 54π 54π 4π 4π + i ⋅ sen = cos + i ⋅ sen cos + i ⋅ sen = cos 5 5 5 5 5 5 π 4π e são suplementares, segue que: Como os arcos 5 5 4π π cos 5 = − cos 5 = −a sen 4π = sen π = b 5 5 4π 5 e π 5 b −a I. A equação admite quatro raízes distintas, sendo todas não reais. II. As raízes podem ser duplas. III. Das quatro raízes, duas podem ser reais. é (são) verdadeira (s) a) apenas I. b) apenas II. c) apenas III. d) apenas II e III. e) nenhuma. Resolução Alternativa A Analisando os coeficientes da equação, temos que tal equação é uma equação recíproca de grau 4. Tal equação, por ser recíproca, admite α 1 como raízes (α ≠ 0). Do enunciado, temos que r não real é raiz. α Assim, podemos afirmar que: a) Se r não real é raiz, então r , o conjugado de r, também é raiz. (teorema das raízes complexas); a b) Se r é raiz, 1 também é raiz, pois a equação é recíproca. r Como r ≠ 1 e r é não real, considere r=ρ(cosθ +isenθ), com ρ = r ≠ 1 π π Assim: cos + i ⋅ sen 5 5 54 = cos Usando potenciação de números complexos, temos que: 1 1 = (cos( −θ) + isen( −θ)) . r ρ 4π 4π + i ⋅ sen = −a + b ⋅ i 5 5 QUESTÃO 05 O polinômio de grau 4 (a+2b+c)x4+(a+b+c)x3-(a-b)x2+(2a-b+c)x+2(a+c), Com a,b,c ∈ \ , é uma função par. Então, a soma dos módulos de suas raízes é igual a 1 1 = r , teríamos = ρ ⇒ ρ 2 = 1 ⇒ ρ = 1 . Por hipótese, ρ r 1 como r ≠ 1 , temos que ρ ≠ 1 e com isso, concluímos que: ≠ r. r 1 1 Logo, as raízes da equação são: , r, r e , que são as 4 raízes r r Supondo b) 2 + 3 3 c) 2 + 2 d) 1 + 2 2 e) 2 + 2 2 a) 3 + 3 Resolução Alternativa E Considere o polinômio p(x) = (a+2b+c)x4+(a+b+c)x3-(a-b)x2+(2a-b+c)x+2(a+c) Sendo o polinômio uma função par temos p(x) = p(-x) para qualquer valor de x, de modo que os coeficientes de seus monômios de grau ímpar devem ser nulos, ou seja: a+b+c =0 2a − b + c = 0 não reais da equação. Assim, a equação admite quatro raízes distintas, sendo todas não reais. Logo, podemos concluir que: I. Verdadeira II. Falsa, pois as raízes possuem multiplicidade 1, uma vez que o polinômio tem grau 4 e são 4 raízes distintas. III. Falsa, pois, conforme visto, as 4 raízes são não reais. Esse sistema é possível indeterminado, de modo que podemos utilizálo para reescrever os outros coeficientes do polinômio como função de a, b ou c: a + 2b + c = (a + b + c) + b = 0 + b = b QUESTÃO 08 Se as soluções da equação algébrica 2 x 3 − ax 2 + bx + 54 = 0 , com coeficientes a, b ∈ \ , b ≠ 0 , formam, numa determinada ordem, uma a progressão geométrica, então, é igual a b 1 1 a) -3. d) 1. e) 3. b) − . c) . 3 3 Resolução Alternativa B Se as três raízes da equação dada estão em progressão geométrica de razão q, vamos denotá-las por λ , λ ⋅ q e λ ⋅ q 2 . Pelas relações de Girard, o produto dessas raízes é dado por: 54 λ ⋅ (λ ⋅ q ) ⋅ (λ ⋅ q 2 ) = − ⇒ (λ ⋅ q )3 = −27 ⇒ λ ⋅ q = −3 2 Isto é, uma das raízes da equação é −3 . Assim: a − b = (a − 2b) + b = (2a − b + c) − (a + b + c) + b = 0 − 0 + b = b 2(a + c) = 2(a + b + c − b) = 2(0 − b) = −2b Substituindo esses valores no polinômio, encontramos p(x) = bx 4 − bx 2 − 2b . Pelo enunciado esse polinômio tem grau 4, de modo que b ≠ 0 . Assim: p(x) = 0 ⇔ b(x 4 − x 2 − 2) = 0 ⇔ x 4 − x 2 − 2 = 0 Fazendo y = x2, temos y 2 − y − 2 = 0 ⇔ y = 2 ou y = −1 . Desse modo, temos x 2 = 2 ⇔ x = ± 2 ou x 2 = −1 ⇔ x = ±i . Somando os módulos das raízes, temos i + −i + 2 + − 2 = 1+ 1+ 2 + 2 = 2 + 2 2 . 2 ⋅ ( −3)3 − a ⋅ ( −3)2 + b ⋅ ( −3) + 54 = 0 ⇒ QUESTÃO 06 Considere as funções f (x) = x4 + 2x3 - 2x – 1 e g (x) = x2 – 2x + 1. A multiplicidade das raízes não reais da função composta f o g é igual a a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5 Resolução Alternativa C Fatorando f(x), temos: f(x) = x4 + 2x3 – 2x – 1 = x4 – 1 + 2x3 – 2x = (x2 – 1)(x2 + 1)+2x(x2 – 1) = (x2 – 1)(x2 + 2x + 1) = (x – 1)(x + 1)(x + 1)2 = (x – 1)(x + 1)3 Assim, fog(x)=f(g(x))=(x2 – 2x)(x2 – 2x + 2)3. Logo, as raízes de fog(x) são as raízes de: (x2 – 2x)(x2 – 2x + 2)3=0 Sendo as raízes de (x2 – 2x) de multiplicidade 1 e as raízes de (x2 – 2x + 2) de multiplicidade 3. Mas: x2 – 2x = 0 ⇒ x=0 ou x=2 (raízes reais) x2 – 2x + 2 = 0 ⇒ x= 1±i (raízes não reais) Portanto, a multiplicidade das raízes não reais é 3. a 1 =− b 3 QUESTÃO 09 Dados A ∈ M3 x 2 ( \ ) e b ∈ M3 x1( \ ) , dizemos que X 0 ∈ M 2 x1( \ ) é a melhor aproximação quadrática do sistema AX = b quando ( AX 0 − b ) ( AX 0 − b ) assume o menor valor possível. Então, dado o t sistema 1 −1 0 x = 1 , 0 1 y 1 0 1 a sua melhor aproximação quadrática é 1 −2 1 1 d) b) c) a) 0 0 −1 1 2 0 e) 1 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE ITA 2009 - MATEMÁTICA Resolução Alternativa E −1 0 x O sistema dado representa AX = b para A = 0 1 , X = e y 1 0 Resolução Alternativa A Como a matriz A ∈ M 2 x 2 ( \ ) é simétrica e os elementos a11, a12 e a22 formam uma progressão geométrica de razão q ≠ 1 , temos que essa matriz pode ser escrita da seguinte maneira: a11 ⋅ q a A = 11 2 ⋅ a q a 11 11 ⋅ q 1 −1 0 −x x b = 1 . Assim, temos que AX = 0 1 ⋅ = y . y 1 1 0 x Com isso, concluímos que: − x 1 − x − 1 t AX − b = y − 1 = y − 1 ⇒ ( AX − b ) = − x − 1 y − 1 x − 1 x 1 x − 1 Pelo enunciado temos tr (A) = 5.a11, de modo que a11 + a11q2 = 5.a11 . Como a11 ≠ 0 (matriz não nula) segue que 1 + q2 = 5 ⇔ q2 = 4 . Resolvendo o sistema AX = X, temos AX – X = 0, resultando no sistema matricial homogêneo (A – I)X = 0, onde I representa a matriz identidade. Assim: a11 ⋅ q x 0 a − 1 (A − I)X = 0 ⇔ 11 . = 2 ⋅ a q a 0 11 ⋅ q − 1 y 11 −x −1 Logo: ( AX − b) ⋅ ( AX − b) = −x −1 y −1 x −1 ⋅ y −1 = x −1 t Como esse sistema admite solução não nula, segue que ele é possível indeterminado, implicando em: a11 − 1 a11 ⋅ q =0 a11 ⋅ q a11 ⋅ q2 − 1 = ( − x − 1)2 + ( y − 1)2 + ( x − 1)2 = 2 x 2 + ( y − 1)2 + 2 Fica aqui uma ressalva: conceitualmente, um número real λ e uma Desta forma: (a11 − 1) ⋅ (a11 ⋅ q2 − 1) − a112 ⋅ q2 = 0 ⇔ a11 + a11 ⋅ q2 = 1 matriz λ 1x1 , cuja única entrada é esse número λ , são objetos matemáticos distintos. A questão pede a extração da raiz quadrada da matriz 1x1 indicada, o que foge totalmente do conteúdo abordado no Ensino Médio. Entendendo que o enunciado se refere à raiz quadrada da única entrada dessa matriz, que é a expressão 2 x 2 + ( y − 1)2 + 2 , podemos prosseguir com a resolução da questão. Tal expressão assume valor mínimo quando 2x 2 e ( y − 1)2 assumem seus valores mínimos, que no caso é 0 para ambas, pois sendo quadrados de números reais, não podem ser negativos. Assim, tal expressão assume valor mínimo para x = 0 e y = 1 , de modo que a melhor aproximação quadrática do sistema é a matriz: 0 X0 = 1 Fazendo q2 = 4 temos a11 = QUESTÃO 12 Uma amostra de estrangeiros, em que 18% são proficientes em inglês, realizou um exame para classificar a sua proficiência nesta língua. Dos estrangeiros que são proficientes em inglês, 75% foram classificados como proficientes. Entre os não proficientes em inglês, 7% foram classificados como proficientes. Um estrangeiro desta amostra, escolhido ao acaso, foi classificado como proficiente em inglês. A probabilidade deste estrangeiro ser efetivamente proficiente nesta língua é de aproximadamente a) 73%. b) 70%. c) 68%. d) 65%. e) 64%. Resolução Alternativa B Pelo enunciado, temos que 18% dos estrangeiros são proficientes em inglês, de modo que 82% são não proficientes. Assim: QUESTÃO 10 O sistema a1x + b1y = c1 , a1, a2 , b1, b2 , c1, c2 ∈ \, a2 x + b2 y = c2 Com (c1, c2 ) ≠ (0,0) , a1c1 + a2c2 = b1c1 + b2c2 = 0 , é 1) Proficientes classificados como proficientes: 75%×18% = 13,50% a) determinado. b) determinado somente quando c1 ≠ 0 e c2 ≠ 0. c) determinado somente quando c1 ≠ 0 e c2 = 0 ou c1 = 0 e c2 ≠ 0. d) impossível. e) indeterminado. Resolução Alternativa D Multiplicando a primeira equação do sistema por c1 e a segunda equação por c2, temos: 2 a1c1 ⋅ x + b1c1 ⋅ y = c1 2 a2c2 ⋅ x + b2c2 ⋅ y = c2 Somando ambas as equações membro a membro, temos: ( a1c1 + a2c2 ) ⋅ x + ( b1c1 + b2c2 ) ⋅ y = c12 + c22 2) Não proficientes classificados como proficientes: 7%×82% = 5,74% O total de elementos do espaço amostral é dado por todos os que foram classificados como proficientes em inglês, correspondendo, portanto, a 13,50% + 5,74% = 19,24% do total de estrangeiros. O total de estrangeiros efetivamente proficientes em inglês que foram classificados como proficientes correspondem a 13,50% do total (situação 1). Assim, a probabilidade de um estrangeiro classificado como proficiente ser efetivamente proficiente em inglês é dada por: 13,50% Probabilidade = ≈ 70% 19,24% Equação esta que, por ser uma combinação linear das demais, também deve ser satisfeita para as soluções do problema. Mas, de acordo com o enunciado, temos: a1c1 + a2c2 = b1c1 + b2c2 = 0 QUESTÃO 13 Considere o triângulo ABC de lados a = BC , b = AC e c = AB e l , β = ABC l e γ = BCA l . Sabendo-se que a ângulos internos α = C ÄB 2 2 2 equação x – 2bx cos α + b – a = 0 admite c como raiz dupla, podese afirmar que a) α = 90o Isso nos leva a 0 x + 0 y = c + c2 ⇒ c + c2 = 0 . Como c1 ∈ \ , 2 1 2 2 1 2 c2 ∈ \ , teríamos c1 = c2 = 0 , o que é impossível de acordo com a condição (c1, c2 ) ≠ (0,0) . QUESTÃO 11 Seja A ∈ M2 x 2 ( \ ) uma matriz simétrica e não nula, cujos elementos b) β = 60o são tais que a11, a12 e a22 formam, nesta ordem, uma progressão geométrica de razão q ≠ 1 e tr A = 5a11. Sabendo-se que o sistema c) γ = 90o d) O triângulo é retângulo apenas se α = 45o e) O triângulo é retângulo e b é hipotenusa. AX = X admite solução não nula X ∈ M 2 x1( \ ) , pode-se afirmar que 2 a11 + q 2 é igual a a) 101 . 25 b) 121 . 25 c) 5. d) 49 . 9 e) 1 1 101 +4= , de modo que a112 + q2 = . 5 25 25 25 . 4 3 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE ITA 2009 - MATEMÁTICA Resolução Observe a figura: Alternativa E Esta equação é a equação reduzida de uma elipse com centro C ( 2,2 ) , eixo maior igual a 2 2 e eixo menor igual a 2. Veja um esboço do gráfico: y 3 2 1 O produto das raízes da equação do 2º grau a2 .x 2 + a1.x + a0 = 0 é dado por P = x a0 . Sabendo que c é raiz dupla, temos: a2 -1 b2 − a2 = c 2 ⇒ b2 = c 2 + a2 1 Portanto, o triângulo ABC é retângulo em B e b é a hipotenusa. 3 4 raio R = 2cm , sabe-se que o lado BC mede 2cm e o ângulo interno l mede 30°. Então, o raio da circunferência inscrita neste triângulo ABC P= tem o comprimento, em cm , igual a 1 2 a) 2 − 3 b) c) 3 4 Resolução Observe a figura abaixo: Nota: É bom ressaltar que não utilizamos o coeficiente a1 nesta resolução. Precisamos verificar que o fato de c ser raiz dupla condiz com este coeficiente. A equação pode ser reescrita como: 2 2 QUESTÃO 15 Do triângulo de vértices A, B e C, inscrito em uma circunferência de x 2 − 2b cos α .x + b 2 − a 2 = 0 (x − c) 1 d) 2 3 − 3 1 2 Alternativa D e) = 0 ⇒ x 2 − 2cx + c 2 = 0 Então, comparando com a formulação original da equação: x2 – 2bx cos α + b2 – a2 = 0 O Desenvolve-se duas equações: (1) c 2 = b 2 − a 2 ⇒ c 2 + a 2 = b 2 c (2) 2c = 2b.cos α ⇒ cos α = b A 2 B 30o 2 Usando a Lei dos Cossenos no mesmo triângulo, e utilizando o encontrado na equação (2) temos: C Usando a Lei dos Senos no triângulo ABC, temos: a 2 1 = 2R ⇒ = 2.2 ⇒ sen Aˆ = ⇒ A = 30º 2 sen Aˆ sen Aˆ Portanto o triângulo ABC é isósceles de base AB. Veja a figura abaixo: c a2 = b2 + c 2 − 2bc.cosα ⇒ a2 = b2 + c 2 − 2bc. ⇒ a2 = b2 − c 2 ⇒ a2 + c 2 = b2 b Dessa forma, o resultado encontrado na equação (2) aplicado no triângulo considerado é compatível com nossos resultados (triângulo l ), e que a comparação de a seria uma abordagem retângulo em ABC 1 alternativa na resolução da questão pelo candidato. QUESTÃO 14 No plano, considere S o lugar geométrico dos pontos cuja soma dos quadrados de suas distâncias à reta t : x = 1 e ao ponto A = (3,2) é igual a 4. Então, S é O a) uma circunferência de raio 2 e centro (2,1). b) uma circunferência de raio 1 e centro (1,2). c) uma hipérbole. B 2 P ,t Mas ( d ) = ( x − 1) 2 P ,t 2 ( dPA ) e geométrico S é dado por: ( x − 1) 2 + 2 2 = ( x − 3 ) + ( y − 2 ) , logo, o lugar 2 (( x − 3) 2 − ( y − 2) 2 2 )=4 x − 2x + 1 + x − 6 x + 9 + y − 4y + 4 − 4 = 0 2 2 2 2 x 2 − 8 x + y 2 − 4 y + 10 = 0 2. ( x − 2 ) + ( y − 2 ) = 2 2 ( x − 2) 2 2 + ( y − 2) ( 2) 2 o 60o 60 A 30o 2 C Seja M o ponto de intersecção dos segmentos AB e OC. Nos triângulos AMC ou BMC, temos: AM BM 3 AM BM = ⇒ = = ⇒ AM = BM = 3 cos30º = AC BC 2 2 2 A área do triângulo ABC é dada por: 3 2⋅2⋅ AC ⋅ BC ⋅ sen 120º 2 S= = = 3 2 2 Esta área também pode ser calculada como S = p ⋅ r , onde p é o semi-perímetro do triângulo ABC e r é o raio da circunferência inscrita. Desta forma: 2+2+ 3 + 3 3 2− 3 S = p⋅r ⇒ 3 = ⋅ ⋅ r ⇒ r = 2 2 3 2 − 3 + =4 PA 30o 30o 2 d) uma elipse de eixos de comprimento 2 2 e 2. e) uma elipse de eixos de comprimento 2 e 1. Resolução Alternativa D Seja P ( x, y ) um ponto que pertence ao lugar geométrico S. Temos: (d ) + (d ) M 2 (dividindo por 2) 2 =1 r =2 3 −3 4 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE ITA 2009 - MATEMÁTICA QUESTÃO 16 A distância entre o vértice e o foco da parábola de equação 2 x 2 − 4 x − 4 y + 3 = 0 é igual a c) 1 a) 2 3 3 1 d) e) b) 2 4 2 Resolução Alternativa E Vamos reescrever a equação da parábola acima: 2x 2 − 4 x − 4y + 3 = 0 ⇒ 2x 2 − 4 x = 4y − 3 ⇒ QUESTÃO 18 Sejam C uma circunferência de raio R > 4 e centro ( 0,0 ) e AB uma corda de C . Sabendo que (1,3 ) é ponto médio de AB , então uma equação da reta que contém AB é a) y + 3 x − 6 = 0 b) 3 y + x − 10 = 0 c) 2y + x − 7 = 0 1 1 2 2 x − 4 x + 2 = 4 y − 3 + 2 ⇒ 2 ( x − 1) = 4 y − 1 ⇒ y − = . ( x − 1) 4 2 A equação acima representa uma parábola com concavidade voltada 1 para cima e vértice no ponto V 1, . A distância entre o vértice e o 4 foco da parábola é exatamente o valor do parâmetro dividido por 2. Então: 2 2 p= d) y + x − 4 = 0 e) 2y + 3 x − 9 = 0 Resolução Observe o seguinte esquema: Alternativa B y r s A 1 1 p 1 = = 1 e dFV = = . 1 2a 2 2 2. 2 M (1,3) B x QUESTÃO 17 x 11 2 sen x + π + cot g 2 x tg 2 2 é equivalente a A expressão 2 x 1 + tg 2 a) cos x − sen 2 x cot gx b) [ senx + cos x ] tgx c) cos2 x − senx cot g 2 x d) 1 − cot g 2 x senx e) 1 + cot g 2 x [senx + cos x ] Resolução Lembrando que: 2.tg α tg 2α = ⇒ tg x = 1 − tg2α E que: O ponto M é o ponto médio da corda AB . Logo a reta que passa por M e pelo centro da circunferência (origem), aqui denominada s, é perpendicular à reta que contém a corda AB , a qual chamaremos de r. Desta forma, determina-se o coeficiente angular de r: 1 3−0 ms ⋅ mr = −1 ⇒ ⋅ mr = −1 ⇒ mr = − 3 1− 0 Além disso, temos que o ponto M (1,3) pertence à reta r. Logo a equação de r é dada por: 1 y − y 0 = mr ( x − x0 ) ⇒ y − 3 = − ( x − 1) ⇒ −3 y + 9 = x − 1 3 r : 3 y + x − 10 = 0 Alternativa A x 2.tg 2 ⇒ 2.tg x = tg x. 1 − tg2 x 2 2 x 1 − tg2 2 π 11π ≡− 2 2 Temos: QUESTÃO 19 Uma esfera é colocada no interior de um cone circular reto de 8 cm de altura e de 60° de ângulo de vértice. Os pontos de contato da esfera com a superfície lateral do cone definem uma circunferência e x 11 2 sen x + π + cotg2 x .tg 2 2 = x 1 + tg2 2 distam 2 3cm do vértice do cone. O volume do cone não ocupado π 2 sen x − 2 + cotg x .tg x. 1 − tg2 x = = x 2 1 + tg2 2 sen2 x 2 1 − cos2 x 2 = − cos x + cotg2 x .tg x. = 2 x sen 2 1 + cos2 x 2 pela esfera, em cm3 , é igual a 416 480 500 512 542 π b) π c) π d) π e) π a) 9 9 9 9 9 Resolução Alternativa A Fazendo um corte vertical através da seção meridiana do cone, temos a seguinte figura: ( ( ( ( ) ) ) ) (cos ( x 2) − sen ( x 2)) = = − cos x + cotg x .tg x. (cos ( x 2) +sen ( x 2)) 2 V 30o 30o T 2 r 2 2 2 3 cm O 2 cos2 x = − cos x + cotg2 x .tg x.cos x = − cos x .sen x = 2 sen x R Interpretando como ângulo do vértice como sendo o ângulo planificado e indicado na figura, temos que o triângulo é eqüilátero, pois a geratriz do cone indica que tal triângulo é isósceles com o ângulo desigual valendo 60º. Sendo O o centro da esfera de raio r e observando o triângulo TVO, temos: r 3 r tg30o= ⇒ = ⇒ r = 2 cm . 3 2 3 2 3 cos2 x − sen2 x.cos x 1 2 2 = = .sen x = cos x − sen x.cos x . 2 sen x sen x cos x = cos x − sen2 x . = cos x − sen2 x .cotg x sen x 5 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE ITA 2009 - MATEMÁTICA QUESTÃO 21 Considerando que a altura do cone é 8 cm e sendo R o raio de sua R 8 3 cm . base, temos: tg 30º = ⇒ R = 8 3 1 4 Portanto, o volume pedido é: Vcone – Vesfera = πR 2 ⋅ hcone − πr 3 3 3 Seja S o conjunto solução da inequação ( x − 9 ) logx + 4 ( x 3 − 26 x ) ≤ 0 . Determine o conjunto SC . Resolução Como 2 1 8 3 4 3 512π 32π 512π 96π 416π π − = − = cm3 .8 − π2 = 3 3 3 9 3 9 9 9 ( logx + 4 x 3 − 26 x ) ≥ 0 para qualquer x no qual o logaritmo esteja definido, o conjunto S pode ser obtido pela interseção dos quatro seguintes conjuntos: 1) 2) 3) 4) QUESTÃO 20 Os pontos A = ( 3,4 ) e B = ( 4,3 ) são vértices de um cubo, em que AB é uma das arestas. A área lateral do octaedro cujos vértices são os pontos médios da face do cubo é igual a b) 3 d) 4 c) 12 e) 18 a) 8 Resolução Sem resposta Um cubo é uma figura tridimensional, de modo que apresentar seus vértices utilizando apenas um sistema com duas coordenadas torna o enunciado incompleto. Assim, sendo a a medida da aresta do cubo e assumindo que a coordenada não informada é z, temos: x 3 − 26x > 0 x+4>0 ⇒ x+4 ≠1 ⇒ x−9≤0 ⇒ ⇒ − 26 < x < 0 ou x > 26 x > −4 x ≠ −3 x≤9 Ou seja, S = {x ∈ \ | −4 < x < 0 e x ≠ −3} ∪ { } 26 < x ≤ 9 . (i) Os únicos valores possíveis para x em S fora do intervalo definido em (i) seriam aqueles onde: x − 9 > 0 e log (x+4) x3 – 26x = 0 ⇒ x 3 − 26x = 1 . Considere o polinômio p(x) = x3 − 26x − 1 . Derivando esse polinômio e igualando a zero, temos: p(x) = x3 − 26x − 1 ⇒ p'(x) = 3x 2 − 26 . Igualando a derivada a zero, temos: 78 3x 2 − 26 = 0 ⇔ x = ± 3 78 Assim, os pontos críticos desse polinômio são x = ± . Aplicando o 3 teorema de Bolzano, temos que o gráfico de p(x) é crescente nos 78 78 e x> . O gráfico da função p(x) está intervalos x < − 3 3 representado a seguir: a = (3 − 4)2 + (4 − 3)2 + (z A − zB )2 Assim, sem a informação da terceira coordenada dos pontos dados, fica impossível resolver a questão. Além disso, a noção de ponto médio é associada a um segmento de reta, de modo que ao invés de “ponto médio da face” seria mais apropriado usar o termo “centro da face”. NOTA: Assumindo que a coordenada não informada seria igual nos dois pontos, teríamos: a = (3 − 4)2 + (4 − 3)2 + (z A − zB )2 = (3 − 4)2 + (4 − 3)2 + 0 = 2 Deste modo, considere a figura abaixo, que representa um octaedro inscrito num cubo: 78 3 − Observe que esse octaedro é simétrico em relação às faces, de modo que cada uma das suas faces laterais é um triângulo eqüilátero. Traçando um plano paralelo às bases do cubo e que passa pelo seu centro, temos: 78 , temos que se x > 9 então p(x) > p(9), ou seja, 3 p(x) > 494. Desse modo, p(x) não possui raízes para x > 9, de modo que é impossível que tenhamos ao mesmo tempo x > 9 e x 3 − 26x = 1 . Sendo assim, log (x+4) x3 – 26x = 0 só ocorre para valores de x menores do que 9, já computados em (i), o que nos leva a: Assim, como 9 > 2 L 78 3 L { } SC = x ∈ \ | x ≤ −4 ou x = −3 ou 0 ≤ x ≤ 26 ou x > 9 2 2 L L 2 2 2 2 QUESTÃO 22 Sejam x, y ∈ \ e w = x 2 (1 + 3i ) + y 2 ( 4 − i ) − x ( 2 + 6i ) + y ( −16 + 4i ) ∈ C Identifique e esboce o conjunto Ω = {( x, y ) ∈ \ 2 ;Re w ≤ −13 e Ιm w ≤ 4} . Resolução O número complexo w pode ser reescrito como: w = x 2 + 3 x 2i + 4 y 2 − y 2i − 2 x − 6 xi − 16 y + 4 yi Note que, na figura, L representa a aresta lateral do octaedro. Desse 2 modo, temos L = 2. =1. 2 Assim, a área da superfície lateral desse octaedro é dada pela área de oito triângulos eqüiláteros de lado 1, ou seja: L2 3 12. 3 = 8. = 2 3 = 12 área = 8. 4 4 Note que se zA ≠ zB, teríamos a área do octaedro superior a w = x 2 + 4 y 2 − 2 x − 16 y + ( 3 x 2 − y 2 − 6 x + 4 y ) i Re( w ) Im( w ) Temos: Re(w ) ≤ −13 ⇒ x 2 + 4 y 2 − 2 x − 16 y ≤ −13 ⇒ ⇒ x 2 − 2 x + 1 + 4 y 2 − 16 y + 16 ≤ −13 + 1 + 16 ⇒ 12 . ( x − 1) 6 2 + 4. ( y − 2 ) ≤ 4 ⇒ 2 ( x − 1) 22 2 + ( y − 2) ≤ 1 2 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE ITA 2009 - MATEMÁTICA A inequação acima compreende a parte interna de uma elipse com centro C (1,2 ) , eixo maior igual a 4 e eixo menor igual a 2. −4 13 + 13 3 13 + 26 A , , 13 13 Veja um esboço dessa região: 4 13 + 13 3 13 + 26 B , , 13 13 C (1,2 ) , −4 13 + 13 −3 13 + 26 4 13 + 13 −3 13 + 26 D , , e E . 13 13 13 13 QUESTÃO 23 Seja f : \ \ {−1} → \ definida por f ( x ) = 2x + 3 . x +1 a) Mostre que f é injetora. b) Determine D = {f ( x ) ; x ∈ \ \ {−1}} e f −1 : D → \ \ {−1} . Resolução a) Reescrevendo a função f, para x ≠ −1 , temos: 2 x + 3 2 x + 2 + 1 2 ⋅ ( x + 1) 1 1 = = + ⇒ f (x) = 2 + f (x) = x +1 x +1 x +1 x +1 x +1 Ainda: Im(w ) ≤ 4 ⇒ 3 x 2 − y 2 − 6 x + 4 y ≤ 4 ⇒ Para mostrar que a função é injetora, sejam a, b ∈ \ \ {−1} tais que 3 x 2 − 6 x + 3 − ( y 2 − 4 y + 4 ) ≤ 4 + 3 − 4 ⇒ 3. ( x − 1) − ( y − 2 ) ≤ 3 ⇒ 2 ( x − 1) 2 ( y − 2) − ( 3) 2 2 f (a ) = f (b ) . Temos: 2 ≤1 f (a ) = f ( b ) ⇒ 2 + A inequação acima compreende a parte interna de uma hipérbole com centro C (1,2 ) e eixo real igual a 2. Vamos determinar as equações 1 1 1 1 = 2+ ⇒ = ⇒ a + 1 = b + 1⇒ a = b a +1 b +1 a +1 b +1 Assim, f (a ) = f (b ) ⇒ a = b , o que demonstra que a função f é injetora. das assíntotas da hipérbole. Elas são dadas por: b y − y 0 = ± . ( x − x0 ) , a b) O conjunto D = {f ( x ) ; x ∈ \ \ {−1}} é o conjunto imagem da função f, isto é, o subconjunto formado pelos elementos y ∈\ que efetivamente são atingidos por algum elemento x ∈ \ \ {−1} . onde x0 = 1 , y 0 = 2 , a = 1 e b = 3 . Em outras palavras, y ∈ D ⇔ ∃x ∈ \ \ {−1} tal que f ( x ) = y . Assim: Então: y − 2 = ± 3. ( x − 1) f (x) = y ⇒ y = 3.x − 3 + 2 ou y = − 3.x + 3 + 2 Veja um esboço dessa região: 2x + 3 = y ⇒ 2 x + 3 = y ⋅ x + y ⇒ ( y − 2) ⋅ x = 3 − y x +1 Observe que na equação acima, se y = 2 , temos 0 ⋅ x = −1 , equação incompatível. Já para y ≠ 2 , podemos escrever x = 3−y . Isto é, se y −2 3−y y ≠ 2 , então f = y . Logo, o conjunto imagem da função f é: y −2 D = \ \ {2} Restringindo então a função f a esse contradomínio D, temos uma função simultaneamente injetora e sobrejetora, portanto bijetora, que admite uma função inversa f −1 : D → \ \ {−1} . E essa função inversa satisfaz: f D f −1( x ) = x , para cada x ∈ D . Assim, temos: Os pontos de intersecção da elipse com a hipérbole podem ser calculados resolvendo-se o seguinte sistema: ( x − 1)2 2 + ( y − 2) = 1 2 2 ±4 13 + 13 ±3 13 + 26 2 ⇒x= e y= y − 2) ( 2 13 13 ( x − 1) − =1 2 3 Veja agora o esboço final da região Ω : f D f −1( x ) = x ⇒ f (f −1( x )) = x ⇒ 2 + 3−x 1 −1 = x ⇒ f (x) = x −2 f −1( x ) + 1 1 , cujo x composta RESOLUÇÃO ALTERNATIVA: Partindo da função h( x ) = gráfico uma hipérbole, inicialmente fazemos a 1 h( x + 1) = , que corresponde a deslocar o gráfico de h de 1 x +1 unidade para a esquerda. Posteriormente, fazemos 1 h( x + 1) + 2 = + 2 , que corresponde a deslocar o gráfico de x +1 h( x + 1) de 2 unidades para cima. O gráfico de f seria então: ( ) Onde: 7 é (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE ITA 2009 - MATEMÁTICA QUESTÃO 25 Um determinado concurso é realizado em duas etapas. Ao longo dos últimos anos, 20% dos candidatos do concurso têm conseguido na primeira etapa nota superior ou igual à nota mínima necessária para poder participar da segunda etapa. Se tomarmos 6 candidatos dentre os muitos inscritos, qual é a probabilidade de no mínimo 4 deles conseguirem nota para participar da segunda etapa? Resolução Se no mínimo 4 deles dentre 6 conseguem a nota mínima, temos três possibilidades: 1) 4 conseguem e 2 não 2) 5 conseguem e 1 não 3) 6 conseguem Aplicando a lei binomial das probabilidades, temos que a probabilidade pedida é dada por: p = C6,4 .(20%)4 .(80%)2 + C6,5 .(20%)5 .80% + C6,6 .(20%)6 .(80%)0 Pelo gráfico, fica claro que não existe nenhum valor de y atingido mais do que uma vez, isto é, sendo imagem simultânea de dois valores distintos de x, o que é equivalente a dizer que a função f é injetora. Além disso, o único ponto que não será atingido no eixo das ordenadas (eixo y) é o 2. Conseqüentemente, o conjunto imagem da função f é D = \ \ {2} . Finalmente, fazendo a restrição do contradomínio ao conjunto D, a função f passa a ser uma função bijetora e, portanto, admite inversa. Vamos aplicar o procedimento prático para obter a tal inversa, fazendo f ( x ) = y , trocando as letras x e y de lugar, e isolando y: f (x) = y ⇒ 2x + 3 2y + 3 =y⇒ = x ⇒ 2y + 3 = y ⋅ x + x ⇒ x +1 y +1 ( x − 2) ⋅ y = 3 − x ⇒ y = 3−x x −2 −1 ( x ≠ 2) ⇒ f ( x ) = 3−x x −2 QUESTÃO 24 Suponha que a equação algébrica p= 15360 + 1534 + 64 53 ⇔p= 1000000 3125 10 x11 + ∑ an x n + a0 = 0 QUESTÃO 26 Sejam A, B ∈ M3 x 3 ( \ ) . Mostre as propriedades abaixo: n =1 tenha coeficientes reais a0 , a1,..., a10 tais que as suas onze raízes a) Se AX é a matriz coluna nula, para todo X ∈ M3 x1 ( \ ) , então A é sejam todas simples e da forma β + i γ n , em que β , γ n ∈ \ e os γ n , a matriz nula. b) Se A e B são não nulas e tais que AB é a matriz nula, então det A = det B = 0 Resolução a) Considere as matrizes A ∈ M3 x 3 ( \ ) e X ∈ M3 x1 ( \ ) : n = 1,2,...,11 , formam uma progressão aritmética de razão real γ ≠ 0 . Considere as três afirmações abaixo e responda se cada uma delas é, respectivamente, verdadeira ou falsa, justificando sua resposta: Ι. Se β = 0 , então a0 = 0 . ΙΙ. Se a10 = 0 , então β = 0 . a11 a12 a13 x11 A = a21 a22 a23 e X = x 21 a x 31 a32 a33 31 Se AX é a matriz coluna nula: a11 a12 a13 x11 0 A.X = 0 ⇔ a21 a22 a23 . x 21 = 0 a 31 a32 a33 x31 0 ΙΙΙ. Se β = 0 , então a1 = 0 . Resolução Como ( γ n ) é uma progressão aritmética de razão γ ≠ 0 com onze termos e os números β + i.γ n são raízes de um polinômio de grau ímpar com coeficientes reais, temos como conseqüências: 1) os números β + i.γ n formam uma progressão aritmética de razão γ≠0 2) aplicando o teorema das raízes conjugadas temos que uma das raízes é um número real, de modo que existe algum valor de n, 1 ≤ n ≤ 11 , para o qual γ n = 0 . Além disso, se o número β + i.γ n é raiz Desse modo, temos o seguinte sistema linear: a11x11 + a12 x 21 + a13 x 31 = 0 a21x11 + a22 x 21 + a23 x31 = 0 a x + a x + a x = 0 32 21 33 31 31 11 então β − i.γ n também é raiz. Desse modo as raízes desse polinômio são dadas pela seguinte seqüência: (β − 5 γi; β − 4 γi; β − 3 γi; β − 2γi; β − γi; β; β + γi; β + 2γi;β + 3γi; β + 4γi; β + 5γi) Analisando agora cada uma das afirmações: Afirmação I: VERDADEIRA Se β = 0 então uma das raízes é nula (o sexto termo da PA), de modo que o produto das raízes também é nulo. Assim, aplicando as relações de Girard: a produto = − 0 = 0 ⇒ a0 = 0 1 Afirmação II: VERDADEIRA Se a10 = 0 temos, aplicando as relações de Girard, que a soma das A matriz A é fixa e o resultado acima é válido para qualquer matriz X escolhida. Tomando como possíveis valores de X as matrizes: 1 0 0 0 , 1 e 0 , temos: 0 0 1 a11 + a12 .0 + a13 .0 = 0 a11 = 0 1 1) X = 0 ⇒ a21 + a22 .0 + a23 .0 = 0 ⇔ a21 = 0 a + a .0 + a .0 = 0 a = 0 0 32 33 31 31 a11.0 + a12 + a13 .0 = 0 a12 = 0 0 2) X = 1 ⇒ a21.0 + a22 + a23 .0 = 0 ⇔ a22 = 0 a .0 + a + a .0 = 0 a = 0 0 32 33 32 31 raízes é nula. Como a soma das raízes é dada pela soma dos termos da PA, temos: (β − 5 γi + β + 5 γi).11 = 0 ⇔ 11.β = 0 ⇔ β = 0 soma = 2 Afirmação III: FALSA Se β = 0 uma das raízes é nula. Assim, suponha que a1 = 0 . Nesse a11.0 + a12 .0 + a13 = 0 a13 = 0 0 3) X= 0 ⇒ a21.0 + a22 .0 + a23 = 0 ⇔ a23 = 0 a .0 + a .0 + a = 0 a = 0 1 32 33 31 33 0 0 0 Desse modo, temos A = 0 0 0 . 0 0 0 b) Do enunciado temos que A e B são matrizes não-nulas com AB = 0. Por absurdo, vamos supor que det A ≠ 0 . Nesse caso, a matriz A é inversível, e podemos multiplicar pela esquerda ambos os membros da equação acima pela matriz inversa de A. Assim: A.B = 0 ⇒ A −1.A.B = A −1.0 ⇔ B = 0 Como B ≠ 0 temos um absurdo, de modo que det A = 0 . Aplicando o mesmo raciocínio para a matriz B, encontramos que detB = 0 . caso, aplicando a relação de Girard para a soma dos produtos das raízes tomadas dez a dez, temos que esse produto é justamente o produto das dez raízes restantes: a P10 a 10 = 1 = 0 ⇔ ( −5 γ )( −4 γ )( −3 γ )( −2γ )( −γ )( γ )(2γ )(3 γ )(4 γ )(5 γ ) = 0 1 ⇔ γ=0 Como γ ≠ 0 , temos um absurdo. Desse modo, a1 ≠ 0 . 8 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE ITA 2009 - MATEMÁTICA QUESTÃO 27 Resolução A partir do enunciado, esboçaremos a circunferência C, a reta r e as possíveis retas t: 1 1 1 Sabendo que tg x + π = , para algum x ∈ 0, π , determine 6 2 2 sen x . Resolução 2 y 1 2 1 1 Usando tg 2 x + π = , temos que tg x + π = ± . 6 2 6 2 π π π 2π Note que 0 ≤ x ≤ ⇒ ≤ x + ≤ 2 6 6 3 Analisando tais valores e usando o fato de que a função tangente é π π crescente nos intervalos 0, ou , π temos: 2 2 5 r : 3x − y + 5 = 0 45 o 45 o 45 o 1 20 1 π 1) Para x + π ∈ 0, , temos: 6 2 3 2 3 1 π 1 π > ⇒ tg x + π > tg ⇒ x + π > . 2 3 6 6 6 6 45 o 1 π 2) Para x + π ∈ ,π , temos: 6 2 2 1 2π 1 2π > − 3 ⇒ tg x + π > tg ⇒x+ π > 2 6 3 6 3 − Da equação de (r) y = 3x + 5, temos que seu coeficiente angular é 3. Como tgθ = Desta forma: π 6 ≤x+ π ≤ 6 1 π 1) <x+ π < 6 6 2 2π 1 2) < x+ π <π 3 6 Assim, sen x + cos x + π 6 <x+ π 6 < 1 + 3mt = 3 − mt 1 ou ⇒ mt = ou mt = −2. 2 1 + 3m = −(3 − m ) t t Assim: π 1 2 e tg x + π = + . 6 2 2 1) Se mt = π Usando a relação fundamental e sabendo que 6 <x+ 1 x + n ⇒ – x +2y + k = 0; 2 2) Se mt = – 2, podemos construir o feixe de retas com tal coeficiente: y = – 2x + n ⇒ 2x + y + k = 0. 3 5 . Por hipótese, a distância de tais retas à origem do sistema é 5 Logo, k 3 5 ax0 + by 0 + c = = ⇒ k = 3 ⇒ k = 3 ou k = −3 2 2 5 5 a +b π 6 < π 2 temos que: 1 2 1 1 1 sen x + π = 1 − sen 2 x + π ⇒ sen 2 x + π = 6 2 6 6 3 Desta forma Com isso, as equações são: (I) – x +2y + 3 = 0 (II) – x +2y – 3 = 0 (III) 2x + y + 3 = 0 (IV) 2x + y – 3 = 0. 1 3 1 6 sen x + π = e cos x + π = 6 3 6 3 Logo, podemos calcular sen x por: 1 1 sen x = sen x + π − π 6 6 Como a reta deve ser tangente à circunferência, a distância entre a reta e o centro da circunferência é o raio dessa circunferência. Em C, o raio é 20 = 2 5 e o centro é (3,1). Assim, temos que as distâncias de cada uma das possíveis retas ao centro da circunferência são dadas por: −3 + 2 + 3 2 5 = ≠2 5 (I) 5 5 1 1 1 1 sen x = sen x + π cos π − sen π cos x + π 6 6 6 6 3 3 1 6 ⋅ − ⋅ 3 2 2 3 sen x = 1 6 − 2 6 (II) QUESTÃO 28 Dada a circunferência C : ( x − 3 ) + ( y − 1) = 20 2 2 1 , podemos construir o feixe de retas com tal coeficiente: y 2 = 1 π 6 2 1 2 1 =+ ⇒ sen x + π = cos x + π . 2 6 2 6 1 π 6 sen x = mr − m t , onde θ é o ângulo formado entre as retas, mr 1 + m r .m t e mt são os coeficientes angulares de tais retas, temos: mr − mt mr − mt tg 45o = ⇒ 1= ⇒ 1 + 3mt = 3 − mt ⇒ 1 + mr .mt 1 + mr .mt 2π 3 π Com isso, x e a (III) reta r : 3 x − y + 5 = 0 , considere a reta t que tangencia C , forma um (IV) 3 5 ângulo de 45° com r e cuja distância à origem é . Determine 5 uma equação da reta t . −3 + 2 − 3 5 6 + 1+ 3 5 6 + 1− 3 = 4 5 ≠2 5 5 = 10 5 =2 5 5 = 4 5 ≠2 5 5 5 Portanto, a reta que satisfaz as condições do enunciado é da forma: 2x + y + 3 = 0 9 (19) 3251-1012 www.elitecampinas.com.br O ELITE RESOLVE ITA 2009 - MATEMÁTICA h2 = H2 + a2 ⇒ H2 = h2 - a2. Substituindo (III) no resultado encontrado, vem: H2 = 4a2 ⇒ H = 2a (IV); Para calcular a área da base, note que o ângulo MOB é dado por: 360º 8 = 22,5º MOB = 2 A No triângulo MOB, temos: tg22,5º = . 2a QUESTÃO 29 Considere as n retas ri : y = mi x + 10 , i = 1,2,..., n; n ≥ 5 , em que os coeficientes mi , em ordem crescente de i , formam uma progressão aritmética de razão q > 0 . Se m1 = 0 e a reta r5 tangencia a circunferência de equação x 2 + y 2 = 25 , determine o valor de q . Resolução Pelo enunciado temos que os coeficientes mi formam uma progressão aritmética de razão q > 0, de modo que, aplicando a fórmula do termo geral: m5 = m0 + (5 − 1) ⋅ q = 0 + 4 ⋅ q = 4q 1 − cos x x , temos que: = 2 1 + cos x Sabendo que tg 1 − cos 45o tg 22,5º = = 1 + cos 45o Assim, a equação da reta r5 é dada por é y = 4q ⋅ x + 10 . Como essa reta tangencia a circunferência x 2 + y 2 = 25 temos, substituindo a equação da reta na circunferência: ( ) Logo, tg22,5º = x + y = 25 ⇒ x + (4qx + 10) = 25 ⇔ (1 + 16q )x + 80qx + 75 = 0 2 2 2 2 2 2 − 2 2 2− 2 2− 2 (2 − 2)2 . . = 2 2+ 2 2− 2 2 2( 2 − 1) 2 = 2 −1. 2 = Com isso, temos: Como a reta r5 é tangente, segue que o discriminante da última equação é nulo. Desse modo: A =2a. ( 2 − 1 ) (V). Portanto: ∆ = (80q)2 − 4.(1 + 16q2 ).75 = 0 ⇔ 1600q2 − 300 = 0 Assim, temos q2 = 2 2 2 = 2 1+ 2 1− VPIRÂMIDE = ( ) 1 1 16 3 .A B .H = .4.a.2a. 2 − 1.2a = a 3 3 3 ( 2 − 1) . 300 3 3 ⇔q=± . Como q > 0, segue q = . 1600 4 4 QUESTÃO 30 A razão entre a área lateral e a área da base octogonal de uma pirâmide regular é igual a 5 . Exprima o volume desta pirâmide em termos da medida a do apótema da base. Resolução Vamos usar a seguinte pirâmide octogonal regular como referência: V H h O a A M A 2 B Único a aprovar no ITA na Região de Campinas nos últimos 2 anos 22,5o A 1 .AB .H , onde AB é a área do 3 octógono que forma a base da pirâmide e H a altura da pirâmide. O volume solicitado é VPIRÂMIDE = Por hipótese, O dobro do índice de aprovados no ITA das redes especializadas AL = 5 ⇒ A L = 5 A B (I); AB A área lateral é 8 vezes a área do triângulo que forma a face lateral. 1 Assim, AL=8 ⋅ .A.h = 4.A.h , onde A é o lado do octógono da base e h 2 é a altura desse triângulo. A área da base é a área do octógono, que é 8 vezes a área do triângulo ABO, da figura. 1 Assim, AB= 8. .A.a = 4a.A (II); 2 Portanto, 4⋅ A ⋅ h= 5 ⋅ 4 ⋅ a ⋅ A ⇒ h= 5 ⋅ a Usando Pitágoras no triângulo VOM, temos: 79% de aprovados (Dos 14 alunos, 11 foram aprovados) (III); 10