ABREVIAÇÕES NESTA PROVA 1. ID: Homem, 65 anos

Propaganda
ABREVIAÇÕES NESTA PROVA
ID: identificação
HMA: história da moléstia atual
EF: exame físico
ES: exame subsidiário
EG: exame ginecológico
AP: antecedentes
US: ultrassom
EI/RX: exame de imagem
AP: anátomo patológico
PA: pronto atendimento
UBS/UBDS: Unidade Básica de Saúde
VN: valor normal
HbA1C: hemoglobina glicada
RN: recém nascido
PA: pressão arterial
FR: frequência respiratória
FC: frequência cardíaca
REG/BEG/MEG: regular estado geral/bom estado
geral/mau estado geral
Bpm: batimentos por minuto
Irpm/mpm/ipm: movimentos respiratórios por minuto
TSC: turgor subcutâneo
ECG: eletrocardiograma
RA: ruídos adventício
MV: murmúrio vesicular
IMC: índice de massa corpórea
EV: via endovenosa
1. ID: Homem, 65 anos, caminhoneiro, que carrega madeira da região
Norte (Rondônia) para o Estado de São Paulo, procura
atendimento médico.
HMA: há 4 meses queixa-se de febre diária, associada a episódios
de tremedeira.
ES: demonstraram anemia, trombocitopenia e uma gota espessa
com alta parasitemia por Plasmodium vivax.
Evolução: Refere ter recebido tratamento durante 3 dias e
apresentou remissão completa dos sintomas. Desde então, não
viajou mais para fora do Estado de São Paulo. Entretanto,
voltou a apresentar febre diária há 4 dias. Repetiu a gota
espessa que se mostrou positiva para o Plasmodium vivax (1
parasita/campo).
A medicação mais indicada para prevenir uma situação como a
descrita acima é:
a) Artesunato
b) Cloroquina
c) Mefloquina
d) Primaquina
2. ID: Homem, 14 anos de idade, previamente hígido procura
atendimento médico.
HMA: queixa-se de sangramento nasal intermitente que melhora
com gelo local. Refere também “manchas roxas” nos
membros inferiores há uma semana. Há um dia notou
hemorragia conjuntival e gengival. Nega febre.
EF: foram observadas equimoses numulares em membros
inferiores além de petéquias.
O elemento da hemostasia mais provavelmente deficiente é:
1
a) Fator VIII
b) Plaqueta
c) Fator de Von Willebrand
d) Fibrinogênio
3. ID: Homem, 36 anos de idade, diabetes mellitus tipo 1.
HMA: apresenta quadro de cefaleia, febre e confusão mental há 4
dias.
ES1: Glicosimetria de 47mg/dL.
Evolução1: administrados 50 ml de glicose hipertônica por via EV
imediatamente.
ES2: tomografia computadorizada de crânio não evidenciou
alterações significativas e a punção liquórica mostrou:
celularidade= 256/mm3, com 75% de linfócitos;
proteinorraquia= 145 mg/dL; glicorraquia= 42 mg/dL;
bacterioscopia negativa.
Evolução2: Após sete dias de internação, como não houve melhora
dos sintomas neurológicos, foi realizada ressonância
nuclear magnética do encéfalo (figura abaixo).
RNM (T2)
A terapia mais apropriada é:
a) Aciclovir
b) Ceftriaxona + metronidazol
c) Rifampicina+ isoniazida + pirazinamida + etambutol
d) Anfotericina B
2
4. ID: Mulher, 16 anos de idade.
HMA: apresentou dor em joelho direito há dois meses que durou
uma semana e remitiu com paracetamol. Há um mês,
apresentou febre e dores em tornozelo direito e punho
esquerdo,
que
duraram
cinco
dias,
cedendo
espontaneamente. Poucos dias depois, notou dor e inchaço
em joelho esquerdo, melhorando com diclofenaco. Há três
dias, nota cansaço aos esforços.
AP: nega quadro semelhante prévio. Nega cirurgias ou traumas.
Caxumba aos 6 anos.
EF: apresenta sopro diastólico ++/++++, em foco mitral. Leve
aumento de temperatura de joelho esquerdo, sem derrame
articular.
Qual exame laboratorial melhor contribuiria para confirmar o
diagnóstico?
a)
b)
c)
d)
Fator antinúcleo
Fator reumatóide
Sorologia para clamídia
Anticorpos anti-estreptolisina O
5. ID: Homem de 72 anos, professor aposentado, vem ao ambulatório.
HMA: refere esquecimento há três anos. Esquece nome de
pessoas que não vê há algum tempo, esquece onde
guardou objetos e tem dificuldade de dirigir em locais que
não conhece. Trabalha voluntariamente em uma ONG e
consegue executar as tarefas que fazia antes.
AP: Nega doenças prévias, nega uso de quaisquer medicações.
EF: normal.
ES: glicemia jejum= 88 mg/dL, colesterol total = 170 mg/dL, HDL =
46 mg/dL, triglicérides= 140 mg/dL , cálcio total=9,2 mg/dL,
TSH = 1,2 mUI/mL, Vitamina B12: 400 pg/mL (normal: 200
a 900 pg/mL), VDRL negativo, sorologia anti-HIV: negativa.
Mini-Exame do Estado Mental =28 pontos. Escala de
Depressão Geriátrica=3 pontos em 15. Avaliação
neuropsicológica: prejuízo isolado na memória recente.
EI: Tomografia de crânio recente na figura abaixo.
3
A principal hipótese diagnóstica é:
a) Demência na Doença de Alzheimer
b) Demência vascular
c) Depressão maior
d) Transtorno cognitivo leve
6. ID: Homem, 78 anos de idade, com carcinoma de células claras em
rim direito, com metástases pulmonares, sem possibilidade de
nova quimioterapia.
HMA: Procurou ambulatório especializado com dor de intensidade
3 em 10 pela Escala Visual Analógica da Dor, contínua, há
uma semana, em local da tumoração. Nega alteração da
micção ou da evacuação.
EF: BEG, eupneico, hidratado, hipocorado +/4+, com massa
palpável em flanco direito, ruídos hidroaéreos normoativos,
sem dor à descompressão brusca. Não utiliza qualquer
medicação no momento.
A primeira conduta para o controle da dor neste caso é:
a) Dipirona
b) Tramadol
c) Morfina
d) Amitriptilina
4
7. ID: Homem, 49 anos de idade.
HMA: há 2 meses iniciou tratamento para hanseníase com
dapsona, rifampicina e clofazimina. Após a dose
supervisionada, apresentou dor lombar bilateral, contínua,
sem febre e que levou à interrupção do tratamento. O
tratamento foi reiniciado há 10 dias evoluindo novamente com
dor lombar, acompanhada de náuseas, vômitos, evacuações
pastosas e oligúria. Nega disúria e polaciúria.
EF: edema em tornozelos ++/4+; pressão arterial: 140 x 90 mmHg;
abdome sem dor à palpação, sem visceromegalias e sinal de
Giordano negativo.
ES: creatinina: 8,5 mg/dL; uréia: 270 mg/dL; sódio: 138 mEq/L;
potássio: 5,7 mEq/L.
EI: ultrassonografia mostra rins com aumento de volume.
A alteração urinária mais compatível é:
a) cilindros céreos
b) eosinofilúria
c) proteinúria de cadeia leve
d) cristais amorfos
8. ID: Homem, 25 anos de idade, assintomático e clinicamente
saudável.
HMA: participa de corrida de 21 km durante 110 minutos em dia
quente. Faz hidratação vigorosa antes da partida e ao
terminar sentia muita sede e sua urina tinha cor amarelo
forte.
Qual gráfico melhor representa a curva de variação da
concentração urinária em função da concentração sanguínea
deste indivíduo (AZUL)?
(Observação: A variação hipotética do hormônio antidiurético é
mostrada em VERMELHO)
5
a)
b)
1400
Concentração urinária (mOsm/L)
Concentração urinária (mOsm/L)
1400
1200
1000
800
600
400
200
sede
1200
1000
800
600
400
200
sede
0
0
282
284
286
288
290
292
294
296
298
282
300
284
c)
288
290
292
294
296
298
300
d)
1400
1400
concentração urinária (mOsm/L)
Concentração urinária (mOsm/L)
286
Concentração sanguinea (mOsm/L)
Concentração sanguinea (mOsm/L)
1200
1000
800
600
400
200
sede
0
1000
800
600
400
200
sede
0
282
284
286
288
290
292
294
296
concentração sanguinea (mOsm/L)
a)
b)
c)
d)
1200
298
300
282
284
286
288
290
292
294
296
298
Concentração sanguinea (mOsm/L)
Gráfico A
Gráfico B
Gráfico C
Gráfico D
9. ID: Homem, 30 anos de idade, atendido na Sala de Urgência.
HMA: apresenta quadro de febre e mal estar há 4 horas. Refere
que há 8 dias fez o segundo ciclo de quimioterapia para
tratamento de leucemia. Não estava usando nenhum
antibiótico profilático e não tinha apresentado nenhuma
complicação do tratamento.
EF: REG, descorado, anictérico, acianótico, febril (39oC).
Murmúrio vesicular presente e simétrico sem ruídos
adventícios, FR: 18 ipm, sat O2: 94%; 2 BRNF sem sopros,
FC: 120 bpm, PA: 80x40 mmHg. Abdome sem alterações.
ES: Hb: 8 g/dl; Ht: 30 %; GB: 2.400 cel/mm3 (neutrófilos: 800,
linfócitos: 1200; monócitos: 400); PLQ: 100.000 cel/mm3
6
300
A conduta mais adequada é:
a) Cefepime e vancomicina
b) Meropenem
c) Levofloxacina
d) Amoxicilina-clavulanato e claritromicina
10. ID: Mulher, 24 anos de idade, atendida na Sala de Urgência.
HMA: refere dor em pé direito após ter sido picada por um animal
há 6 horas. A paciente não conseguiu identificar o animal.
EF: BEG, corada, anictérica, acianótica, afebril. Presença de
hiperemia, petéquias e edema moderado em pé direito.
Sistema cardiovascular, respiratório, neurológico e abdome
sem alterações. FC: 90 bpm, PA: 110x80 mmHg.
Imagem do pé na figura abaixo.
A hipótese diagnóstica mais provável é:
a) Acidente botrópico
b) Acidente crotálico
c) Acidente por phoneutria
d) Acidente por loxoceles
7
11. ID: Homem, 58 anos de idade, com cirrose hepática secundária ao
vírus da hepatite B.
HMA: apresentou episódio único de hematêmese há 4 horas.
EF: BEG, hipocorado +/4+, afebril, ictérico +/4+, FC: 104 bpm, PA:
100/70 mmHg, ausculta respiratória sem alterações, abdome
plano, ruídos hidroaéreos normoativos, fígado não palpável,
presença de macicez móvel.
Evolução: Após medidas de estabilização clínica, iniciou-se
terlipressina (2 mg, EV).Foi realizado endoscopia digestiva alta
que evidenciou varizes esofágicas sangrantes.
Qual a melhor conduta nesse momento?
a) Beta bloqueador não seletivo
b) Dissacarídeo não absorvível
c) Albumina endovenosa
d) Cefalosporina de terceira geração
12. ID: Homem, 40 anos de idade, foi trazido por familiares ao
atendimento.
HMA: relataram emagrecimento, episódios de diarreia e
antecedentes de etilismo crônico.
EF: Ao exame dermatológico, foram observadas alterações
cutâneas (figuras).
Qual a conduta terapêutica mais indicada?
a) Corticosteróides sistêmicos
b) Vitaminas do Complexo B
c) Filtro solar
d) Hidroquinona
8
13. ID: Homem, 34 anos de idade, atendido no PA.
HMA: queixa-se de febre e dor no pé direito há 3 dias, evoluindo
com piora do estado geral, dor pelo corpo e astenia há 1 dia.
Refere que há uma semana foi mordido no pé direito por um
cachorro desconhecido e, que recebeu sorovacinação
antirrábica. Informa ter recebido reforço da vacinação
antitetânica há 3 anos.
EF: REG, corado, anictérico, acianótico, febril (38oC). Presença
de lacerações em face lateral do pé direito, com hiperemia,
edema e saída de secreção amarelada. FC: 110 bpm, PA:
110x80mmHg.
Sistema
cardiovascular,
respiratório,
neurológico e abdome sem outras alterações.
A conduta mais adequada é:
a) Soro antitetânico
b) Vacina antitetânica
c) Cefalexina
d) Amoxicilina-clavulanato
14. ID: Homem, 55 anos de idade, branco. Refere diagnóstico de
esofagite de refluxo e de Diabetes Mellitus tipo 2. Nega
tabagismo ou etilismo. Em uso de metformina e omeprazol.
HMA: refere há duas semanas dor lombar bilateral, sem irradiação
ou sintomas neurológicos associados. Após orientação
para aumento da ingestão de alimentos ricos em cálcio foi
encaminhado ao clínico para avaliação e conduta. Nega
outras queixas.
EF: IMC: 30,7 kg/m², BEG, corado, hidratado. FC: 80 bpm, PA:
120 x 80 mmHg. Pulmões: limpos. Abdômen: globoso, sem
alterações.
ES: Glicemia: 143 mg/dl; HbA1C: 8,1%; Na+:140 mEq/L; K+: 3,5
mEq/L; Creatinina: 1,0 mg/dl; uréia: 20 mg/dl, Cálcio total: 9,1
mg/dL (VN: 8,8 a 10,6 mg/dL); Fósforo inorgânico: 4,2 mg/dL
(VN: 2,5 a 4,5 mg/dL).
EI: Rx Coluna (imagem abaixo):
9
Densitometria Mineral Óssea:
COLUNA LOMBAR:
L2-L4: 0,879 g/cm2 ( -1,9 DPM).
FEMUR
Quadril: 0,864 g/cm2 ( -1,1 DPM).
Colo do fêmur: 0,847 g/cm2 ( -0,6 DPM).
DPM= desvio padrão da média em relação à população de
adultos de mesmo sexo e idade.
A melhor opção medicamentosa é:
a) Alendronato
b) Ácido zoledrônico
c) Pamidronato
d) Calcitriol
10
15. ID: Mulher, 65 anos de idade, procurou PA. Portador de
hipertensão arterial em uso de captopril (25 mg 8/8 horas) e
tabagismo de longa data.
HMA: refere dispneia progressiva com importante intensificação
dos sintomas há 3 dias quando a dispneia passou a ser até
mesmo em repouso. Nega outras queixas.
EF: BEG, murmúrio vesicular simétrico reduzido globalmente com
estertores finos em bases bilateralmente. Ritmo cardíaco
regular em dois tempos, bulhas hipofonéticas e sem sopros.
Ausência de edemas, PA: 145 x 85 mm Hg, FR: 18 ipm.
ES e EI: RX de tórax e ECG encontram-se abaixo:
11
A conduta mais adequada é:
a) Furosemida, hidralazina e nitrato
b) Aerossol com salbutamol e ipratrópio
c) Implante de marca-passo
d) Estudo eletrofisiológico cardíaco
16. ID: Homem, 47 anos de idade, pintor, relata tuberculose no
passado, tabagismo (20 anos-maço) e etilismo que parou há 7
anos quando se submeteu a pneumectomia a esquerda.
HMA: Há 15 anos, tem infecções respiratórias de repetição,
dispneia aos esforços, dispneia noturna e ortopneia.
Necessita de pelo menos uma internação por ano. Há 6
dias, apresenta tosse e expectoração amarelo-esverdeada
com estrias de sangue. Nega febre.
EF: temperatura de 36,6oC, FR: 28ipm, saturação de oxigênio de
88%, FC = 105 bpm, PA = 140/85mmHg. Som claro pulmonar
à percussão e murmúrio vesicular presente em hemitórax
direito e no terço superior à esquerda; estertores, sibilos e
roncos à direita. Nos 2/3 inferiores do hemitórax esquerdo o
murmúrio vesicular está abolido com macicez à percussão.
EI: estão apresentadas abaixo:
Radiografia
12
Tomografia
O diagnóstico mais provável é:
a) Tuberculose
b) Pneumonia
c) Bronquiectasia
d) DPOC
13
17. ID: Mulher, 65 anos de idade, antecedente de câncer de mama
operada há 5 anos.
HMA: estava internada e acamada em um hospital primário de sua
cidade em uso de furosemida e digoxina devido a dispneia
de início há um mês associada a edema de membros
inferiores. Apresentou piora importante dos sintomas e um
episódio de evacuação enegrecida, sendo transferida para
hospital de nível terciário.
EF na admissão: mau estado geral, descorada, hidratada, bulhas
hipofonéticas sem sopros, presença de estase jugular a
90 graus, tempo de enchimento capilar de 5 segundos,
extremidades frias. PA: 80 x 65 mmHg, FC: 100 bpm.
Eletrocardiograma e ecocardiograma realizados na beira
do leito são mostrados abaixo:
14
O tratamento imediato mais adequado é:
a) Dobutamina
b) Pericardiocentese
c) Nitroprussiato de sódio
d) Trombectomia arterial pulmonar
18. ID: Homem, 68 anos de idade, em atendimento no ambulatório.
HMA: queixa-se de diarreia há 20 dias com fezes líquidas,
amareladas, sem sangue, pús ou restos alimentares. Relata 7
a 8 evacuações ao dia, com despertar noturno e discreto
desconforto em flanco esquerdo. Antecedentes de gastrite
(sic) em uso de bloqueadores de secreção ácida e
tratamentos para sinusite bacteriana em duas ocasiões nos
últimos dois meses. Nega ter familiares ou contatos próximos
com quadro semelhante.
EF: abdome globoso, sem sinais de defesa, ruídos hidroaéreos
normoativos, sem outras alterações.
ES: Hemograma: sem alterações. Parasitológico de fezes:
negativo. Pesquisa de Isospora e Cryptosporidium: Negativas.
Coproculturas: Negativas. Colonoscopia: ver figura abaixo
AP: Colite crônica inespecífica, ausência de granulomas, presença de
tampão mucoso fibrinoleucocitário.
A conduta mais adequada é:
a) Ciprofloxacina
b) Prednisona
c) Metronidazol
d) Sulfassalazina
15
19. ID: Mulher, 45 anos de idade, branca, com diagnóstico de
diabetes mellitus tipo 2 em seguimento regular há 5 anos,
clinicamente assintomática. Atualmente em uso de metformina
850 mg 3x/dia, glimepirida 2 mg/dia.
HMA: Retorna a consulta com exames e curva pressórica (5
medidas): PA: 120 x 70; 110 x 70; 120 x 75; 130 x 80; 115
x 70 mmHg.
ES: Glicemia: 104 mg/dl; Hemoglobina A1C: 8,1%; Colesterol
total: 178 mg/dl; HDL colesterol: 52 mg/dl; LDL colesterol: 69
mg/dl; Triglicérides: 290 mg/dl; Creatinima: 0,8 mg/dl; uréia:
18 mg/dl, Na+:142 mEq/L; K+: 4,0 mEq/L; microalbuminúria:
44 ug/mg creatinina (Valor normal < 25 ug/mg creatinina).
A medicação a ser prescrita para esta paciente é:
a) Acido acetil salicílico
b) Losartana
c) Insulina humana
d) Fibrato
20. ID: Homem, 75 anos de idade, refere hipertensão e dislipidemia
há 20 anos, em uso irregular de enalapril e atorvastatina. Em
consulta no PA.
HMA: refere tontura e perda dos movimentos de membros
superior e inferior à direita há 6 horas. Nega queixa de dor
precordial ou torácica, dispnéia, cefaléia, tontura, náuseas ou
alteração visual no momento.
EF: BEG, corado, hidratado, eupneico, afebril, consciente e
orientado. Ausculta pulmonar sem alterações. Força
diminuída 2+/4+ em membros superior e inferior direitos.
FC:72 bpm, PA: 200x110 mmHg.
EI: Tomografia confirma acidente vascular isquêmico recente à
esquerda, sem evidência de sangramentos.
A conduta imediata mais adequada em relação à pressão
arterial é:
a) Metoprolol endovenoso
b) Nitroprussiato de sódio
c) Enalapril via oral
d) Expectante
16
21. ID: Homem, 58 anos de idade.
HMA: refere plenitude pós-prandial há 8 meses, com piora no
último mês quando passou a se alimentar de dieta líquida,
pois vomita ao ingerir sólidos. Perdeu 16 kg no período.
EF: não apresenta linfonodos periféricos ou massas abdominais
palváveis. Presença de prateleira de Blumer
ES: gastroscopia demonstra lesão úlcero-infiltrativa da região antropilórica cuja biópsia revelou adenocarcinoma.
US: não evidenciou metástases hepáticas no abdome .
O estadiamento oncológico é:
a) I
b) II
c) III
d) IV
22. ID: Mulher, 74 anos de idade.
HMA: refere dor tipo pontada na fossa ilíaca direita há 24 horas
irradiada para todo abdome, acompanhada de vômitos
incoercíveis de início claro e depois biliosos, além de parada
da eliminação de flatos e fezes.
EF: Abdome globoso, normotenso, com dor discreta à palpação
profunda e sem sinais de peritonismo. Ruídos hidroaéreos
hiperativos e massa dolorosa, sem sinais flogísticos de
aproximadamente 3 cm de diâmetro, encarcerada na região
inguinal direita.
¨
17
Com base nas informações e na grafia acima, a melhor
abordagem é:
a) Laparotomia exploradora para tratamento da massa e correção do
defeito da parede
b) Laparotomia exploradora para tratamento da massa e inguinotomia
para correção do defeito da parede
c) Inguinotomia exploradora, tratamento do conteúdo da massa e
correção do defeito da parede
d) Redução do conteúdo da massa, observação por 24 horas e
programação eletiva da correção defeito da parede
23. ID: Homem, 51 anos de idade.
HMA: apresenta vômitos pós alimentares precedidos de dor
epigástrica há dois meses com exacerbação há uma
semana.
EF: constata-se palidez cutânea mucosa e emagrecimento.
EI:
exames radiológicos abaixo.
18
A melhor conduta, caso a lesão seja considerada irressecável, é:
a) Gastrectomia subtotal com reconstrução a BII e jejunostomia
temporária para alimentação
b) Gastrostomia descompressiva e jejunostomia para alimentação
c) Gastrojejunostomia
d) Gastroduodenopancreatectomia com reconstrução a BII
24. No ambulatório de cirurgia geral são atendidas 5 crianças.
I - Menino de 2 meses com hidrocele direita
II – Menino de 18 meses com criptorquidia
III – Menino de 4 meses com fimose
IV – Menina de 5 meses com hérnia inguinal esquerda
V – Menina de 2 meses com hérnia umbilical
As crianças que já apresentam indicação cirúrgica são:
a) I e V
b) II e III
c) II e IV
d) III e V
25. ID: Homem, 40 anos de idade, 70 Kg, na urgência.
HMA: apresenta queimadura por álcool em 2/3 do membro
superior esquerdo, 1/2 do tronco anterior e 1/2 anterior do
membro inferior esquerdo.
Baseado na fórmula de Parkland, a quantidade mais aproximada
de Ringer lactato que deve ser infundida nas primeiras 24h póstrauma é:
a) 4 litros
b) 7 litros
c) 10 litros
d) 13 litros
26. ID: Homem, 55 anos de idade, portador de metástases hepáticas
secundárias a neoplasia de cólon.
HMA: foi submetido à laparotomia e ressecção do lobo direito do
fígado. A cirurgia teve duração de 5 horas e não necessitou
de transfusão sanguínea. No pós-operatório imediato
encontra-se no centro de recuperação anestésica, recebendo
analgesia contínua por cateter de peridural
EF: está sem dor e com a temperatura corporal de 36,5ºC.
Hemodinamicamente estável.
19
A principal medida para evitar complicações respiratórias
nos primeiros dias de pós-operatório é:
a) Manter suplementação de oxigênio
b) Providenciar mobilização precoce no leito
c) Manter nebulização com N-acetilcisteína
d) Providenciar antibiótico-profilaxia por 24 horas
27. ID: Mulher de 65 anos de idade, cardiopata em uso de AAS e
atenolol, diabética em uso de metformina. Está sendo atendida
numa unidade básica de saúde.
HMA: Queixa-se de mal estar, tontura aos pequenos esforços e
relata ter evacuado três vezes com fezes amolecidas e
enegrecidas.
EF: Estava discretamente dispnéico, orientado e apresentava
palidez cutaneomucosa, FC= 80 bpm e PA= 90x60mmHg.
A principal conduta neste momento é:
a) Endoscopia digestiva alta de urgência
b) Punção venosa periférica para reposição volêmica
c) Dosagem da glicemia para correção se alterada
d) Observação clínica rigorosa
28. ID: Mulher, 58 anos de idade, portadora de fibrilação atrial
diagnosticada há dois anos,
HMA: iniciou há 8 horas com dor, frialdade e cianose fixa no pé
esquerdo. Nega história prévia de claudicação intermitente
em membros inferiores (MMIIs).
EF: não apresenta os pulsos distais palpáveis no MIE e o exame
do MID encontra-se normal, com todos os pulsos palpáveis.
INR= 1,8.
A conduta imediata mais apropriada é:
a) Prostaglandina endovenosa e anticoagulação plena
heparina
b) Arteriografia do MIE e posterior revascularização (bypass)
c) Amputação primária infra-patelar
d) Tromboembolectomia de emergência
com
20
29. ID: Homem, 60 anos de idade.
HMA: há sete dias foi submetido à angioplastia coronariana via
femoral direita e há três dias percebeu abaulamento pulsátil e
dor no local da via de acesso do procedimento.
EF: apresenta equimose próxima à região inguinal direita e um
abaulamento pulsátil de cerca de quatro (4) cm de diâmetro
com pulsos normais nas extremidades distais.
O provável diagnóstico e o exame confirmatório mais
adequado são:
a) dissecção arterial; Arteriografia do membro inferior direito.
b) fistula arterio venosa pós-traumática; Ultrasson Doppler
femoral.
c) pseudo-aneurisma femoral; Ultrasson Doppler femoral.
d) hematoma transmural; Arteriografia do membro inferior direto.
30. ID: Homem, 59 anos de idade, nega doenças anteriores e uso de
medicamentos.
HMA: chega ao PS com sangramento abundante pela fossa nasal
direita e pela boca.
EF: apresenta-se com mucosa pálida, FC: 115 bpm e PA:
170x110 mmHg.
A conduta é:
a) gelo em dorso nasal e anti-hipertensivo. Caso não melhore,
encaminhar a hospital terciário especializado.
b) solução salina EV, uso de anti-hipertensivo e aguardo da
melhora clínica. Caso não melhore, tamponamento anterior.
c) solução salina EV, uso de anti-hipertensivo e tampão anteroposterior. Caso não melhore, encaminhar a hospital terciário
especializado.
d) solução salina e tampão antero-posterior. Caso não melhore,
anti-hipertensivo e internar paciente em unidade de terapia
intensiva.
31. ID: Paciente hemofílico sofre trauma num local sem acesso a
banco de sangue.
EF: apresenta corte no rosto de 2 cm de extensão, alcançando
pele e subcutâneo. Após tentativas de estancar o sangramento
o médico resolve fazer a sutura do ferimento.
Para se obter sucesso, pelo menos em teoria, a sutura e o fio
devem ser:
21
a) Com pontos isolados por colocar menos material do fio na ferida;
fio absorvível de média duração.
b) Contínua simples ou ancorada por ser mais hermética; fio
absorvível de média duração.
c) Com pontos isolados por que a frouxidão de um ponto não
interfere com os outros; fio inabsorvível.
d) Contínua simples ou ancorada por ser mais fibrosante; fio
inabsorvível.
32.
ID: Menino, 5 anos de idade, com constipação intestinal há 2
anos.
HMA: Antes do início do quadro evacuava diariamente. Começou
a apresentar fezes endurecidas, com piora progressiva da
constipação. Agora, fica até 20 dias sem evacuar e
necessita de lavagens intestinais. A criança não tem vontade
de evacuar e quando tem vontade não consegue eliminar as
fezes, mas elimina flatus ocasionais.
EF: apresenta-se corado, bem nutrido e hidratado. Abdome
globoso, onde palpa-se um grande fecaloma tomando todo o
hemi-abdome esquerdo avançando a linha média para a
direita. Ao toque: presença de fezes muito endurecidas, sem
outras alterações.
A conduta é:
a) Manometria anorretal para se excluir disfunção do esfincter
anal interno causando megacolon.
b) Biópsia anorretal para se confirmar Doença de Hirchsprung.
c) Enema opaco para iniciar manejo de cólon na constipação
crônica com megacólon.
d) Radiografia simples de abdome para confirmar suboclusão de
cólon e encaminhar para cirurgia.
33. ID: RN com 48 horas de vida, prematuro, sofreu hipóxia neonatal
HMA: foi submetido a cateterização de veia umbilical e recebeu
aleitamento com leite artificial, evacuou uma vez.
EF: apresenta distensão abdominal, vômitos biliosos e possui
dor a palpação generalizada.
ES: RX simples de abdome: mostra dilatação de alças
intestinais.
O diagnóstico mais provável e a conduta são:
22
a) Atresia duodenal - laparotomia com duodeno-duodenostomia.
b) Intolerância ao leite artificial - suspensão do aleitamento e
parenteral.
c) Enterocolite Necrotizante - tratamento clínico (SNG, NPP,
antibiótico) e aguardar evolução.
d) Estenose hipertrófica do piloro - laparotomia com
piloromiotomia.
34. ID: Homem de 43 anos de idade, em preparo pré-operatório para
cirurgia eletiva.
HMA: foi submetido a cateterismo vesical com sonda Foley 22 Fr.
Durante a insuflação do balão da sonda, queixou-se de dor
local e uretrorragia de moderada intensidade.
Qual a melhor conduta?
a) Uretrocistografia injetora.
b) Trocar por uma sonda uretral de 14 Fr.
c) Cistostomia.
d) Urografia excretora
35. ID: Homem, 32 anos de idade, vítima de acidente de motocicleta
há 04 meses com fratura vertebral e lesão da medula espinhal
(T4) com paraplegia.
HMA: Hoje, a família o trouxe às pressas para atendimento em
virtude de quadro súbito de cefaleia intensa, mal estar e visão
borrada. Faz uso de sulfametoxazol-trimetoprim profilático.
EF: Tem sensibilidade abolida abaixo dos mamilos, espasticidade
muscular nos membros inferiores com exacerbação dos
reflexos patelares. Evoluiu com incontinência urinária tendo
que usar fraldas.
EF: PA: 190 x 110 mmHg, FC: 42 bpm, afebril, eupneico, com
sudorese facial, palidez abdominal, rubor acima do nível da
lesão medular.
O diagnóstico mais provável e a conduta imediata a ser
tomada são:
a) Alergia ao látex; administrar corticosteróide EV imediatamente.
b) Crise hipertensiva idiopática; prescrever anti-hipertensivo oral e
iniciar monitorização da pressão arterial.
c) Reação alérgica à sulfa; prescrever corticosteróide EV, antihistamínico oral e suspender a sulfa.
d) Disreflexia autonômica; avaliar a presença de globo vesical e
realizar cateterismo vesical de alívio.
23
36. ID: Homem, 31 anos de idade, branco.
HMA: apresenta múltiplos nódulos cervicais de aspecto cístico
(níveis IV e V, bilateralmente), principalmente do lado
esquerdo do pescoço.
AP: A punção dos nódulos revelou citologia compatível com lesão
cística cervical paucicelular. Dosagens de tireoglobulina nos
lavados das agulhas demonstraram níveis 10 a 15 vezes
superiores ao nível sérico.
EI: US da tireoide revela nódulos em ambos os lobos, sendo a
esquerda
com
vascularização
central/periférica
e
microcalcificações, e à direita área de irregularidade
glandular.
O diagnóstico mais provável é:
a)
b)
c)
d)
Carcinoma medular de tireoide
Bócio multinodular tóxico
Tireoidite subaguda
Carcinoma bem diferenciado de tireoide
37. ID: Homem, 42 anos de idade, diabético, hipertenso e
dislipidêmico.
HMA: relata adinamia e febre com dor latejante na região anal.
EF: na região anal nota-se área endurada, com hiperemia e
aumento da temperatura, extremamente dolorosa.
É correto fazer:
a) drenagem imediata, evitando-se a abordagem definitiva da
fístula devido a possível incontinência.
b) o uso de bolsa de água quente até aparecer flutuação e então
realizar a drenagem.
c) tratamento clínico resolve definitivamente a maioria dos casos.
d) drenagem, o mais longe possível da borda anal para preservar
o esfíncter.
38. ID: Homem, 52 anos de idade, procedente da Bahia, chega ao PS
HMA: refere quadro de distensão abdominal e dor. Não evacua há
10 dias e refere ter hábito intestinal de 1 evacuação por
semana.
EF: prostrado, taquicárdico e dispneico.
EI: A radiografia de abdome está representada abaixo.
24
O diagnóstico mais provável é:
a) Fecaloma
b) Volvo do sigmóide
c) Megacólon tóxico
d) Hérnia interna
39.
ID: Homem, 42 anos de idade, etilista e tabagista, natural e
procedente de São Paulo-SP.
HMA: refere cansaço progressivo aos esforços nos últimos 5
anos. Nos últimos 3 anos começou a notar edema
progressivo de membros inferiores e sentir dor no andar
superior do abdome, sem relação com esforço ou
alimentação.
EF: 50 kg de peso, 163 cm de altura, PA: 100x70mmHg,
turgência jugular, estertores
em bases pulmonares,
fígado palpável a 4 cm do RCD e edema de membros
inferiores.
EI: As radiografias simples de tórax são apresentadas abaixo.
25
A etiologia mais provável é:
a) Doença auto-imune
b) Tuberculose
c) Infarto do miocárdio
d) Hidatidose
40. ID: Homem, 45 anos de idade, vítima de acidente.
HMA: refere que uma máquina industrial (torno) causou ferimento no
tórax após sua roupa ter ficado presa. Queixa-se de dor torácica e
muita dificuldade para respirar e falar.
EF: O paciente está consciente e orientado, mas agitado. A PA era de
140/90 mmHg, a FC de 110 bpm. O murmúrio vesicular esta
diminuído no hemitórax esquerdo. A fotografia abaixo mostra o
ferimento torácico próximo à axila.
26
A conduta mais adequada na Unidade Básica de Saúde é:
a) Drenagem pleural fechada
b) Curativo oclusivo/compressivo
c) Aproximação da pele com pontos
d) Curativo com três lados
41. ID: Mulher, 29 anos de idade, secundigesta (parto normal há três
anos), comparece ao PA.
HMA: com idade gestacional de 28 semanas e 4 dias referindo
lesão em região genital há uma semana.
EF: físico e obstétrico sem alterações. EG: vide figura abaixo
27
De acordo com a abordagem sindrômica, a conduta imediata
mais adequada é:
a) Penicilina G Benzatina (2.400.000 Ul intramuscular) e Azitromicina
(1 g via oral em dose única).
b) Biópsia da lesão e retorno para checar resultado antes de iniciar
tratamento.
c) Solicitar VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) e aguardar
resultado antes de iniciar tratamento.
d) Aciclovir (400mg via oral de oito em oito horas por sete a dez dias).
28
42. ID: secundigesta (parto cesárea há seis anos), 27 anos de idade,
com 33 semanas e 3 dias de idade gestacional, tipagem
sanguínea O Rh positivo, em consulta no PA.
HMA: relata início de contrações há duas horas, evoluindo com
sangramento genital em moderada quantidade há uma hora.
Refere movimentação presente, porém que diminuiu após início
do quadro. Nega outras queixas.
EF: bom estado geral; hipocorada (1+/4+); hidratada; PA: 90x60
mmHg; FC: 92 bpm; altura uterina: 31 cm; BCF: 155 bpm sem
desacelerações, movimentação fetal não percebida. Durante a
palpação uterina, constatado útero normotenso e ocorrência de
três contrações de 30 segundos, fracas, em 10 minutos de
avaliação.
EG: Ao exame especular nota-se moderada quantidade de sangue
em fundo de saco vaginal, com pequena saída ativa pelo orifício
externo do colo uterino durante manobra de Valsalva. A
cardiotocografia basal de controle evidenciou feto hipoativo
reativo. A ecografia realizada em seguida mostrou borda
placentária recobrindo orifício interno do colo uterino.
A conduta mais adequada é:
a) Internação hospitalar para prescrição de tocolítico, corticosteróide
IM e observação clínica.
b) Avaliar a evolução da dilatação cervical e altura da apresentação
fetal por toque vaginal para decidir a via de parto.
c) Manter observação clínica domiciliar e corticosteróide IM.
d)Internação hospitalar e resolução da gestação via cesárea
imediatamente.
43. ID: Gestante, 19 anos de idade, primigesta, idade gestacional de
31 semanas.
HMA: refere perda de líquido via vaginal em moderada quantidade
há quatro horas.
EF: BEG, corada, hidratada, PA: 100x70 mmHg, FC: 78 bpm, T
36oC, Altura uterina: 31 cm, BCF: 144 bpm sem desacelerações,
movimentação fetal presente. Atividade uterina não detectada.
EG: Ao exame especular observa-se colo uterino róseo, orifício
externo puntiforme através do qual há saída espontânea de
moderada quantidade de líquido claro. Cardiotocografia: feto
ativo. Índice de líquido amniótico igual a 1 centímetro.
ES: Hemoglobina 11 g/dL, Hematócrito 32%, glóbulos brancos
7000/L (0% de bastonetes, 83% segmentados).
A assistência obstétrica mais adequada a ser adotada é:
29
a) Manter observação clínica, repetindo hemograma a cada três dias
e prescrição de corticosteróide IM.
b) Manter seguimento pré-natal e retorno se tiver intercorrências
clínicas ou obstétricas.
c) Indução do trabalho de parto após toque vaginal para avaliar as
características do colo uterino.
d) Resolução da gestação via cesárea imediatamente.
44. ID: Multigesta (cinco partos normais prévios), 40 anos de idade.
HMA: retorno de pré-natal na UBS com idade gestacional de 10
semanas, sem doenças. Nega queixas clínicas, obstétricas e
ginecológicas.
ES: apresenta resultado de duas glicemias de jejum com valores
de 137 mg% e 129 mg%.
A conduta mais adequada neste momento é:
a) Orientação nutricional e controle de perfil glicêmico em uma
semana.
b) Teste oral de tolerância à glicose com sobrecarga de 75 g de
glicose anidra
c) Manter seguimento de pré-natal habitual e repetir glicemia de jejum
entre 24 e 28 semanas
d) Prescrição imediata de insulina em dose de acordo com peso
corporal.
45. ID: Primigesta, 17 anos de idade, no retorno de pré-natal de baixo
risco, com 20 semanas de gestação.
HMA: Teve o diagnóstico de Anemia Ferropriva há dois meses e,
no momento, faz uso de 800 mg de Sulfato Ferroso e um
comprimido de Ácido Fólico de 1 mg ao dia. Refere
constipação intestinal importante.
ES: novo hemograma realizado há dois dias mostra: concentração
de hemoglobina de 11,1 g/dl, hematócrito de 33%, glóbulos
brancos de 7.800 mm3 e plaquetas de 232.000 mm3.
A conduta nesse momento é:
a) Suspender o uso de sulfato ferroso, pois a concentração de
hemoglobina está acima de 11 g/dl.
b) Manter o uso de sulfato ferroso e suspender o ácido fólico, pois a
paciente não se encontra mais no primeiro trimestre gestacional.
c) Manter a dose diária de sulfato ferroso e ácido fólico até o término
da gestação.
d) Reduzir a dose de sulfato ferroso para 400 mg ao dia e manter o
ácido fólico na mesma dose.
30
46. ID: Puérpera: G5P3A2, no 1º dia após parto cesárea e laqueadura
tubária devido às múltiplas cesáreas anteriores. Tipo
sanguíneo é O negativo.
RN: O tipo sanguíneo é O positivo.
HMA: Fez seguimento em pré-natal de alto risco por causa do
diagnóstico de hipertensão arterial crônica. Recebeu
imunoglobulina anti-Rh D na 28ª semana.
Com relação à profilaxia da aloimunização Rh, a imunoglobulina
anti-Rh D.
a) deve ser administrada, se o resultado do Coombs Indireto materno
colhido antes do parto for negativo.
b) não deve ser administrada, pois a mãe já a recebeu durante o
seguimento pré-natal.
c) deve ser administrada imediatamente, uma vez que o tipo
sanguíneo do recém-nascido é positivo.
d) não deve ser administrada, pois a paciente fez laqueadura tubária
e não terá mais filhos.
47. ID: tercigesta, 33 anos de idade, com gestação de 31 semanas e
3 dias, em consulta no PS.
HMA: durante consulta de pré-natal detectou-se PA de 170 X 110
mmHg. No momento está assintomática. Já tinha o diagnóstico
de hipertensão arterial crônica e faz uso regular de 1,0
grama/dia de alfametildopa.
EF: descorada +1/+4, edema +3/4+ em membros inferiores, PA:
168 X 112 mmHg, FC: 85 bpm.
EG: altura uterina: 30 cm, atividade uterina ausente e vitalidade
fetal preservada.
O provável diagnóstico e as melhores condutas são:
a) Hipertensão gestacional; aumento da alfametildopa para 1,5g/dia e
retorno em 2 dias com curva pressórica.
b) Hipertensão arterial crônica com pré-eclâmpsia sobreposta;
hidralazina endovenosa e avaliação laboratorial sistêmica
materna.
c) Iminência de eclâmpsia; internação hospitalar para administração
de sulfato de magnésio endovenoso e resolução da gestação.
d) Pré-eclâmpsia; associação de nifedipina 40 mg/dia e corticóide IM
para acelerar a maturidade fetal.
31
48. ID: G5P3A1, com 40 semanas de gestação, no pré-parto.
HMA: queixa-se de contrações dolorosas há 6 horas e perda de
tampão mucoso.
EG: altura uterina de 37 cm; feto longitudinal, cefálico, dorso à
esquerda. A evolução espontânea de seu trabalho de parto
está descrita no partograma abaixo.
A melhor conduta na assistência dessa parturiente é:
a) Indicar resolução da gestação por parto cesárea devido à
parada secundária da descida.
b) Aguardar evolução espontânea do trabalho de parto até a
dilatação cervical cruzar a linha de ação.
c) Prescrever ocitocina endovenosa para aumentar a intensidade
e frequência das contrações uterinas.
d) Realizar analgesia peridural para coordenação das contrações
e, assim aumentar a velocidade da dilatação cervical.
49. ID: secundigesta, 27 anos de idade, com atraso menstrual de três
meses.
HMA: queixa-se de dor intensa em cólica em hipogástrio há 1 dia,
associada a sangramento vaginal em grande quantidade
há 3 horas. Refere tonturas e fraqueza intensa.
EF: encontra-se pálida, com mucosas descoradas (2+/4+), PA:
90x50 mmHg, FC: 110 bpm.
EG: Ao exame especular observa-se grande quantidade de
coágulos em fundo de saco vaginal. Toque vaginal: útero
doloroso, aumentado de volume para 10 semanas e colo
uterino pérvio 2 cm.
Pode-se dizer que trata-se de:
32
a) Gestação ectópica tubária. Deverá ser submetida à
laparoscopia para confirmação diagnóstica e salpingectomia
para tratamento.
b) Aborto retido. É necessária a administração de ocitocina
endovenosa para promover maior dilatação do colo e
expulsão fetal.
c) Aborto inevitável. A paciente deve ser submetida à
ultrassonografia transvaginal para confirmar o óbito fetal antes
da curetagem uterina.
d) Aborto incompleto. A curetagem uterina imediata é o
tratamento de escolha para resolução do mesmo.
50. ID: Primigesta, 24 anos de idade, com 41 semanas de gestação.
HMA: encontra-se internada para assistência ao parto após o
diagnóstico de trabalho de parto espontâneo e corioamniorrexe
precoce.
EG: No momento, a paciente apresenta três contrações
moderadas em 10 minutos e o colo uterino está centrado,
médio, com 5 cm de dilatação, feto ODT, em -1 de DeLee.
Durante avaliação da dinâmica uterina, obteve-se o seguinte
traçado representativo da frequência cardíaca fetal.
Na análise da vitalidade fetal, o provável diagnóstico e a melhor
assistência a ser dada são:
a) Sofrimento fetal agudo. É necessária a realização de Perfil
Biofísico Fetal para complementar a avaliação da vitalidade fetal.
b) Cardiotocografia intraparto categoria III. Está indicada a
administração materna de glicose endovenosa e hiperoxigenação
e a realização de tocólise com terbutalina.
c) Feto hipoativo e hiporreativo. A Dopplervelocimetria de vasos
fetais está indicada para a pesquisa de centralização
hemodinâmica.
d) Cardiotocografia intraparto categoria II. Está indicada a adoção do
decúbito lateral esquerdo materno, hiperoxigenação e
amnioinfusão.
33
51. ID: Paciente, 35 anos de idade, G1P1A0C0.
HMA: refere perda urinária aos esforços e urgência miccional,
incontinência urinária de urgência.
EF: ausência de perda urinária durante a manobra de Valsalva,
sem distopias genitais.
EG: exame urodinâmico evidencia (figura abaixo):
O tratamento indicado é:
a) Anti-colinérgicos
b) Cirurgia de Sling
c) Antidepressivos tricíclicos
d) Cirurgia de Burch
52. ID: Criança de 8 anos e 8 meses de idade.
HMA: refere aparecimento de pêlos pubianos e mamas há 4 meses.
Sem outras queixas.
EF e G: Altura: P60, Peso:P50, Mamas M1 à D e M3 à esquerda,
Pêlos= P2. Vulva com caracteres infantis e presença de
conteúdo mucóide translúcido em introito vaginal.
O diagnóstico provável é:
a) Puberdade precoce, pois o aparecimento dos caracteres
sexuais secundários ocorreram antes dos 9 anos de idade.
b) Agenesia da mama D sendo necessária a investigação.
c) Vulvovaginite na infância (sugerido pelo conteúdo vaginal),
comum nesta idade devido à maus hábitos de higiene.
d) Puberdade fisiológica com todas as manifestações
características de atividade estrogênica sistêmica.
34
53. ID: Mulher, 33 anos de idade, portadora de síndrome dos ovários
policísticos, em uso de acetato de medroxiprogesterona
(150mg a cada 3 meses) e espironolactona (100mg/dia).
HMA: Refere história de elevações pressóricas episódicas
medidas em UBS, com valores médios em torno de
160x90mmHg, sem seguimento.
EF: IMC: 29Kg/m²; PA: 130x90 mmHg; FC: 88bpm; CA: 93cm.
ES: Durante investigação clínica de risco cardiovascular os
exames complementares revelaram: glicemia: 102mg/dl,
insulina: 18UI/ml, colesterol total: 250mg/dl; triglicérides:
188mg/dl; HDL: 50mg/dl e LDL colesterol: 120mg/dl.
Segundo os critérios do NCP-ATPIII, o diagnóstico de
síndrome metabólica nesta paciente é baseado nos valores de:
a)
b)
c)
d)
colesterol total, triglicérides e circunferência abdominal.
pressão arterial, insulina e glicemia.
colesterol total, circunferência abdominal e glicemia.
Triglicérides, circunferência abdominal e pressão arterial.
54. ID: Menina, 13 anos de idade, virgem, menarca aos 12 anos.
HMA: comparece para consulta em UBS por aumento do volume
menstrual e da duração (9 dias) desde a menarca e dois
episódios de transfusão neste período, sendo que num deles a
paciente apresentou instabilidade hemodinâmica. Hoje está
sem sangramento ativo, refere que tem ciclos regulares de 28
dias e DUM há 10 dias.
Assinale a alternativa que contém o provável diagnóstico e a
conduta para este caso:
a) Imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário e uso de antiinflamatórios.
b) Síndrome dos ovários policísticos e uso de contraceptivos orais
combinados.
c) Doenças hematológica e uso de contraceptivos orais
combinados.
d) Hipotireoidismo e uso de levotiroxina sódica.
55. ID: Mulher, 56 anos de idade, G3P3A0, tabagista e sem outras
comorbidades, procura a UBS para consulta de rotina, após
3 anos sem comparecer ao ginecologista.
HMA: Fez histerectomia por sangramento secundário à
leiomiomatose há 6 anos. Refere secura vaginal e
dispareunia de penetração.
EF: IMC: 20 Kg/m2, sem outras anormalidades.
35
Um dos exames que é indicado
morbimortalidade nesta paciente é:
para
reduzir
a
a) ultrassonografia pélvica
b) densitometria óssea
c) colpocitologia.
d) TSH
56. ID: Mulher, 24 anos de idade, G4P3A1, IMC: 34 Kg/m2.
HMA: está na 5a semanas pós-parto cesariana por feto pélvico e
vem à consulta para iniciar algum método contraceptivo. Não
está amamentando, não apresenta doenças e nem vícios.
Indique os contraceptivos que podem ser prescritos com base na
atualização dos critérios de elegibilidade da Organização
Mundial de Saúde para puerpério - OMS (2010) -categoria 1
e/ou 2.
a) Pílula apenas de progestagênio, injetável mensal e dispositivo
intrauterino de cobre após 48 horas do parto.
b) Implante, injetável trimestral e sistema intrauterino liberador de
levonorgestrel após 4 semanas do parto.
c) Dispositivo intrauterino de cobre inserido 3 semanas após o parto,
adesivo e injetável trimestral.
d) Pílula combinada, implante e anel vaginal.
57. ID: paciente no ambulatório de uma UBDS comparece à consulta
para checar resultado de colpocitologia colhida em consulta
anterior.
HMA: Está assintomática.
ES: No laudo está escrito: “Presença de células escamosas,
ausência de hemácia e ausência de células neoplásicas.
Flora: lactobacilos e cândida sp”.
A correta interpretação do laudo e a conduta são:
a) A citologia está normal, deve se orientar retorno anual.
b) A citologia está normal, sendo necessária a prescrição de
antifúngico.
c) A citologia é inadequada, sendo indicada nova coleta de
citologia.
d) A citologia é inadequada, sendo indicada a colposcopia.
36
58. ID: Solteira, 60 anos de idade, procura UBDS.
HMA: assintomática, porém informa que seu último exame
médico foi por ocasião da menopausa.
AP: G3P3A0, com 2 lactações por até 3 meses, menarca aos 9
anos, menopausa aos 53 anos, sendo que no momento é
usuária de terapia hormonal (TH) combinada, iniciada há
seis anos.
AF: mãe apresentou câncer de mama aos 47 anos de idade.
A orientação correta é:
a) Fazer ultrassonografia mamária, pois o risco relativo de
desenvolver câncer de mama é o mesmo da população geral
já que está na menopausa.
b) Não é necessário orientar a realização de exames de
imagem, pois o fato de ter amamentado atenua o risco
relativo de desenvolver o câncer de mama.
c) Orientar a realização de mamografia, embora a TH
combinada neste esquema não aumente o risco relativo de
desenvolver o câncer de mama.
d) Orientar a realização da mamografia e sugerir a suspensão
da TH, pois apresenta outras características que aumentam
o risco relativo de desenvolver câncer de mama.
59. ID: Mulher, 65 anos de idade, G4P4A0, menopausa ao 50 anos,
assintomática.
EI: US transvaginal de rotina mostra útero de 55 cm3, endométrio
com 2 mm de espessura, ovário esquerdo com 3 cm3 e
ovário direito com 25 cm3. O ovário direito é anecóico e
apresenta uma papila de 2 mm em sua parede interna
(Figura abaixo).
ES: o resultado do marcador CA 125 é: 9,0 U/ml.
A melhor conduta é:
a) Manter em observação e repetir a avaliação em 6 meses.
b) Complementar a avaliação com ressonância magnética da
pelve.
37
c) Indicar uma videolaparoscopia diagnóstica e terapêutica.
d) Referir a paciente para um serviço terciário.
60. ID: Mulher, 33 anos de idade, G1P0A1.
HMA: queixa-se de dismenorréia que se iniciou aos 23 anos e
vem aumentando de intensidade desde então. Há 1 ano
apresenta também dor em região pélvica fora do período
menstrual e dor às relações sexuais.
EG: Ao toque vaginal o volume uterino é normal. Apresenta dor
em anexos bilateralmente, mais intensa a esquerda. O
anexo esquerdo apresenta-se aparentemente espessado.
EI: US transvaginal mostra útero de aspecto e volume normais,
ovários discretamente aumentados de volume com áreas
císticas contendo debris em ambos os ovários, a direita com
3 cm de diâmetro e à esquerda com 4 cm.
A hipótese diagnóstica e a conduta são:
a)
b)
c)
d)
Endometriose pélvica e laparoscopia.
Corpo lúteo hemorrágico e contraceptivo oral combinado.
Endometriose e uso de agonista do GnRH.
Teratoma ovariano e laparoscopia.
61. A tabela abaixo mostra os resultados de um estudo
epidemiológico do tipo caso-controle que avalia o uso diário de
celular como possível fator associado a neoplasias do sistema
hematopoiético.
Tabela X- Distribuição dos casos e controles segundo uso médio diário (em
horas) de computador
Uso médio
Grupo
Total
(horas/dia)
Casos
Controles
≥2
750
650
1400
<2
150
250
400
Total
900
900
1800
Ao se analisar os dados da tabela chegaram-se aos seguintes
resultados:
Medida de associação (X) = 1,92 (Intervalo de Confiança a 95% =
1,53 a 2,42).
De acordo com tais resultados e levando-se em consideração
tratar-se de estudo caso-controle, a medida de associação (X)
APROPRIADA, deverá ser:
38
a) Risco Relativo, pois, está se calculando a incidência da doença.
b) Razão de Prevalência, pois, trata-se de estudo transversal.
c) Odds Ratio, pois procura-se estimar a chance de exposição entre
casos e controles
d) Risco atribuível, pois, é possível estimar o risco de tumores de
cérebro atribuível ao uso de celulares.
62. A fluoretação da água e as imunizações são exemplos de:
a)
b)
c)
d)
prevenção primária
prevenção secundária
prevenção terciária
prevenção quaternária
63. Observe a tabela abaixo:
Tabela Y – Alguns indicadores de saúde por grandes regiões brasileiras
(1980)
Região
Mortalidade
Índice
de
Swaroopproporcional em Uemura
crianças<1
ano
de idade
Norte
31,7
34,4
Nordeste
34,7
39,1
Sudeste
20,4
53,2
Sul
18,2
56,1
Centro-Oeste
21,5
42,8
BRASIL
24,2
48,9
Fonte: Ministério da Saúde (Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde), 1983.
De acordo com os dados acima, podemos afirmar que em 1980:
a) a região Sul, por apresentar o maior Índice de Swaroop &
Uemura e a menor taxa de mortalidade infantil, era a que
apresentava as melhores condições de vida e de saúde de
sua população
b) a região Norte apresentava o menor índice de Swaroop
&Uemura, portanto, era a que apresentava melhor condição de
vida e de saúde de sua população
c) o índice de Swaroop & Uemura do Brasil, era considerado
satisfatório, pois, estava abaixo de 50%.
d) o índice de Swaroop &Uemura não tem valor na avaliação das
condições de vida e de saúde de sua população
39
64. Observe o gráfico abaixo:
Gráfico XX: Mortalidade proporcional por quatro causas de óbitos em
capitais brasileiras de 1930 a 1990
Fonte: Fundação Oswaldo Cruz - Dados Radis (agosto) 1984.
Analisando os dados apresentados acima, observa-se a evolução
temporal das causas de mortalidade no decorrer de 60 anos. O
mesmo comportamento é visto também em países desenvolvidos.
O quadro observado é devido a dois fenômenos denominados:
a)
b)
c)
d)
Transição nutricional e demográfica.
Transição demográfica e epidemiológica.
Transição nutricional e epidemiológica.
Transição sanitária e nutricional.
65. Dona Maria José, 66 anos, hipertensa e diabética, frequenta o
grupo de promoção de saúde HIPERDIA na Unidade de Saúde da
Família, onde recentemente passou por consulta médica de rotina
e o médico suspeitou de retinopatia diabética, encaminhando-a ao
ambulatório de Oftalmologia do Hospital das Clínicas. No referido
ambulatório foi solicitado um retinograma que foi realizado no
próprio hospital, sendo detectado um pequeno descolamento
retiniano. Foi então indicada uma correção cirúrgica do problema,
que também será realizada no Hospital das Clínicas.
A descrição do caso acima, no contexto do Sistema Único de
Saúde e considerando-se seus princípios fundamentais, é um
exemplo de:
40
a)
b)
c)
d)
Universalidade
Equidade
Integralidade
Regionalização
66. O Programa de Saúde da Família ou Estratégia Saúde da Família
é um modelo que se dispõe a orientar a atenção primária e
permitir a reorganização dos níveis subsequentes.
Entre seus princípios organizativos está a adscrição, que
significa:
a) Responsabilizar-se pelos sujeitos que vivem em um território
definido, permitindo o efetivo acesso e vínculo dessa
população ao serviço.
b) Substituição das práticas convencionais de assistência por um
novo processo de trabalho, centrado na vigilância à saúde.
c) Que a Unidade de Saúde da Família está inserida no primeiro
nível de ações e serviços do sistema local de saúde.
d) Um caráter prescritivo, centrado na cura.
67. Observe o gráfico abaixo:
Tabela YY – Distribuição de casos de AIDS, segundo a razão
Masculino/Feminino, de 1987 a 2002.
Ao se analisar o gráfico acima pode-se afirmar:
41
a) devido a maior transmissão do HIV por via vertical houve
uma nítida diminuição da razão da prevalência de AIDS
entre os sexos masculino e feminino, a este fenômeno dá-se
o nome de heterossexualização da epidemia.
b) devido a maior transmissão do HIV por via heterossexual,
observa-se uma inversão da razão da prevalência de AIDS
entre os sexos masculino e feminino, a este fenômeno dá-se
o nome de feminização da epidemia.
c) devido a maior transmissão do HIV por via homossexual
entre homens, houve uma grande diminuição da razão da
prevalência de AIDS entre os sexos masculino e feminino, a
este fenômeno dá-se o nome de juvenização da epidemia.
d) devido a maior transmissão do HIV pelo uso de drogas
injetáveis entre mulheres, houve uma grande diminuição da
razão da prevalência de AIDS entre os sexos masculino e
feminino, a este fenômeno dá-se o nome de feminização da
epidemia.
68. Um surto de meningite meningocócica determinou a ocorrência
de 700 casos, sendo que ao final havia 616 sobreviventes entre
os que adoeceram.
Diante dessas informações podemos afirmar que a taxa de
letalidade da doença foi de:
a)
b)
c)
d)
12%
12,2%
0,12%
1,2%
69. A seguir estão listadas algumas doenças de notificação
compulsória em todo o território nacional (não considerando as
listagens regionais, estaduais ou locais).
Está correta a opção:
a) Febre amarela, peste, cólera, varíola, poliomielite, tétano,
meningites, difteria, raiva, febre tifóide.
b) Sarampo, leishmaniose, coqueluche, varicela, filariose, doença
meningocócica.
c) Difteria, raiva, febre tifóide, Aids, leptospirose, oncocercose,
dengue, febre reumática.
d) Cólera, tuberculose, hanseníase, tétano, meningites, difteria,
escabiose, brucelose, filariose, AIDS, raiva, leptospirose.
42
70. Analise na tabela abaixo os resultados de um estudo de coorte
sobre os fatores associados ao risco de desenvolver pneumonia
adquirida na comunidade (PAC) realizado com crianças de 0
(zero) a 2 (dois) anos de idade.
Tabela XY- Fatores de risco associados ao desenvolvimento de PAC em
crianças com até 24 meses de idade após acompanhamento de 2 anos.
Fatores de risco
Risco relativo
IC 95%
Escolaridade da mãe
Até 4 anos
3,5
(1,8 – 4,8)
De 4 a 8 anos
2,0
(1,5 – 5,0)
Acima de 8 anos
0,5
(0,3 – 0,8)
Aleitamento
Natural (leite materno)
0,6
(0,3 – 0,8)
Vacinação contra influenza (Gripe) – em crianças > 6meses
Sim
0,5
(0,3 – 0,8)
Como fator(es) de proteção para o desenvolvimento de PAC,
encontrou(ram)-se:
a) Apenas aleitamento materno
b) Apenas vacinação contra influenza
c) Aleitamento materno e vacinação contra influenza
d) Aleitamento materno, vacinação contra influenza e escolaridade
materna acima de 8 anos
71. Hipoteticamente, no ano de 2004 ocorreram no Brasil 3.060.000
nascimentos com 60.000 natimortos. A população de crianças
menores de 1 ano de idade no mesmo ano era de 3.399.251,
sendo registrados 80.200 óbitos nessa faixa etária.
Com base nessas informações, a taxa de mortalidade infantil
(TMI) foi de:
a) 266,73/1.000
b) 0,267/1.000
c) 2,67/1.000
d) 26,73/1.000
72. Um exame físico foi usado para rastrear câncer de mama em 2500
mulheres com adenocarcinoma de mama confirmado por biópsia
(casos) e em 5000 mulheres comprovadamente sem a doença
(controles) e que foram selecionadas com pareamento pela idade e
etnia. O exame foi positivo em 1800 casos e em 800 controles.
Considerando-se tais informações e sabendo-se que a
prevalência real da doença na população de onde foi retirada a
amostra é de 5%, a sensibilidade do exame físico como teste
diagnóstico na situação acima descrita, foi de:
43
a) 72%
b) 84%
c) 69,2%
d) 85,7%
O enunciado abaixo diz respeito às questões 73 e 74.
Realizou-se um estudo para verificação dos fatores associados ao
desenvolvimento de Infarto Agudo do Miocárdio durante um período
de 10 anos. Os resultados são mostrados na tabela abaixo.
Tabela X - Fatores de risco associados ao desenvolvimento de infarto
agudo do miocárdio (IAM) em indivíduos na faixa etária de 40–60 anos,
no período de 2000 a 2010.
Fatores de exposição
Medida de Risco
Tabagismo
<10 cigarros/dia
1,0 (Ref)
10 – 20 cigarros/dia
3,5
>20 cigarros/dia
6,0
Consumo diário de bebida alcoólica
3,0
>6g/dia
Não consumo de bebida alcoólica
1,0 (Ref)
Dislipidemia
Colesterol total >200 mg/dl
6,5
Triglicérides >200 mg/dl
4,5
LDL >100 mg/dl
9,0
HDL >100 mg/dl
0,8
Colesterol <180 mg/dl
1,0 (Ref)
IC 95%
(2,5 – 5,0)
(4,5 – 7,5)
(0,8 – 5,0)
(3,5 – 8,0)
(3,0 – 6,0)
(4,5 – 12,0)
(0,3 – 0,9)
-
73. Pela descrição da pesquisa acima, pode-se afirmar que o
estudo em questão é do tipo:
a) caso-controle
b) transversal
c) coorte
d) ensaio clínico
74. Sobre o estudo acima, podemos afirmar que a medida de
associação mais apropriada é:
a) Risco Atribuível
b) Risco Relativo
c) Razão de Prevalência
d) Odds Ratio
44
75. Na investigação de surto de intoxicação alimentar ocorrida após
uma festa do 6º ano do Curso de Medicina, a unidade de
vigilância epidemiológica, levantando os alimentos consumidos,
constatou as seguintes taxas de ataque (pessoas que
apresentaram vômitos e diarreia) entre os participantes da festa:
Alimento
Churrasco bovino
Pão de alho
Vinagrete
Doce de leite
Exposto (%)
90
80
52
88
Não Exposto (%)
92
78
59
20
De acordo com os dados acima, o alimento que provavelmente
causou a intoxicação foi:
a) Churrasco bovino
b) Pão de alho
c) Vinagrete
d) Doce de leite
76. No teste de hipóteses, a hipótese nula (H0) se refere à condição
de:
a) Superioridade entre as alternativas avaliadas.
b) Inferioridade de uma das alternativas avaliadas.
c) Igualdade entre as alternativas avaliadas.
d) Ausência de relação entre as alternativas avaliadas.
77. Sobre a forma de financiamento do modelo de Atenção Primária
à Saúde (APS) no Brasil, assinale a alternativa correta:
(considere PAB: Piso da Atenção Básica; SIAB: Sistema de
Informação da Atenção Básica)
a) O PAB passou a garantir o repasse automático de recursos do
nível federal para os municípios, interrompendo a forma de
pagamento por procedimentos na APS;
b) O PAB possui uma parte fixa e outra variável, calculado de forma
per capita, transferido aos municípios provindo de fundos federais
e estaduais;
c) PAB refere-se ao montante de recursos destinados à viabilização
de ações de APS, tendo como base a tabela do SIAB;
d) A instituição do PAB garantiu maior repasse de recursos aos
municípios com maior percentual de procedimentos realizados.
45
78. O Programa Nacional de Imunização do Brasil recomenda para
gestantes:
a) vacina contra tétano e difteria (dT) para as não vacinadas ou
vacinadas há mais de 5 anos, com o objetivo principal de
profilaxia do tétano puerperal.
b) vacina contra rubéola que deve ser aplicada após o 1º trimestre
nas não imunes, para prevenção da síndrome da rubéola
congênita.
c) que a vacinação contra hepatite B não seja realizada devido ser
constituída por vírus vivos atenuados.
d) vacina contra influenza independentemente de vacinação em
anos prévios, para prevenção da Síndrome Respiratória Aguda
Grave.
79. Considerando que em muitas localidades brasileiras o inverno seco é
rigoroso o suficiente para reduzir drasticamente as formas aladas do
Aedes aegypti e que nessa época praticamente inexistem pessoas em
fase aguda da doença.
A explicação para a perpetuação da dengue nessas localidades ao
longo do tempo é:
a) A transmissão transovariana do vírus da dengue e a migração de novos
casos.
b) A circulação do vírus da dengue entre macacos brasileiros, cujo ciclo
silvestre continua durante o inverno.
c) que Fêmeas infectadas de A. aegypti em estado de dormência
aguardam as chuvas para a oviposição.
d) que algumas pessoas se tornam portadores crônicos do vírus da
dengue, permitindo a contaminação de mosquitos por semanas ou
meses.
80. Sobre a situação epidemiológica da Rubéola no Brasil e as
recomendações para prevenção da rubéola congênita.
Pode-se afirmar que:
a) Apesar de ter interrompido a circulação endêmica da doença em 2008, o
Brasil convive com o risco de importação de casos da América Central e
da África.
b) Apesar de ter importado alguns casos de rubéola nos últimos 5 anos, o
Brasil não viveu surtos nesse período devido o percentual elevado de
cobertura vacinal da população (imunidade de rebanho).
c) As mulheres em idade fértil que receberam 2 doses da vacina na infância
deverão receber outra dose de reforço, preferencialmente antes da
gestação.
d) A sorologia para rubéola não deve mais ser realizada rotineiramente no
pré-natal, já que resultados falsos positivos podem gerar sofrimento
desnecessário às gestantes.
46
81. ID: Nasce um recém-nascido com aproximadamente 3 kg, em
apneia.
Conduta 1: colocado no berço de reanimação e aplicado os
passos iniciais, mas não apresentou movimentos
respiratórios e a FC era de 50 bpm.
Conduta 2: iniciou a ventilação com balão e máscara e o sensor
do oxímetro foi posicionado, mas não houve melhora após
30 segundos. A técnica de ventilação foi corrigida, mas a
FC permaneceu em 50 bpm e a saturação em 40% ao
associar-se oxigênio suplementar. O RN permaneceu em
apneia.
A conduta é:
a) Intubar e ventilar com oxigênio suplementar por 30 segundos e reavaliar.
b) Intubar e ventilar com oxigênio suplementar por 30 segundos e iniciar
massagem cardíaca
c) Ventilar com oxigênio suplementar e iniciar massagem cardíaca com 90
movimentos de massagem e 30 movimentos de ventilação (3:1)
d) Intubar com oxigênio suplementar e iniciar massagem cardíaca com 15
compressões para 2 ventilações.
82. ID: RN a termo, em bom estado geral.
HMA: Nas primeiras 48 horas de vida desenvolveu máculas eritematosas,
pápulas e pústulas disseminadas na face, tronco, membros
superiores e inferiores.
ES: O esfregaço obtido de uma pústula revelou a presença de
eosinófilos.
O diagnóstico provável é:
a)
b)
c)
d)
Melanose pustulosa transitória neonatal
Eritema tóxico neonatal
Miliária neonatal
Impetigo Neonatal
83. ID: Paciente: sexo masculino, 10 anos de idade, no pronto atendimento.
HMA: O garoto há 3 dias apresentava episódios febris, rinorréia
amarelada e tosse. Plantonista: medicou o paciente com amoxacilina
por 5 dias. No quinto dia a criança deu entrada na U. E. com
temperatura de 390C, dor na região frontal da cabeça, pior a direita e
edema periórbitario
EF: paciente febril, com FC: 136bpm, pouco taquipneico. Rinoscopia
anterior: secreção amarelada em ambas as fossa nasais; conchas
nasais hipertrofiadas e hiperemiadas; edema periórbitario;
exoftalmia e restrição de mobilidade ocular. Acuidade visual:
paciente com dificuldade de discriminação de cores, em especial de
vermelho.
Segue foto da criança:
47
A conduta é:
a) Trocar o antibiótico e avaliar o paciente em nível ambulatorial.
b) Pedir tomografia computadorizada de seios paranasais; internar o
paciente e tratar com antibióticos EV.
c) Pedir RX simples de seios paranasais; internar o paciente e tratar com
antibióticos EV.
d) Pedir tomografia computadorizada de seios paranasais; tratar o
paciente com antibióticos via oral em nível ambulatorial.
O enunciado abaixo diz respeito às questões 84 e 85.
ID: Pré-escolar de 4 anos, na sala de emergência.
HMA: apresenta história de 3 dias de diarreia e febre, evoluindo há 1 dia
com tosse com expectoração amarelada e desconforto
respiratório.
EF: FR= 40ipm; tiragens intercostais, murmúrio vesicular diminuído
globalmente com estertores crepitantes difusos; FC= 150 bpm; PA=
80/50 mmHg, pulsos centrais finos e tempo de enchimento capilar 4
segundos.
ES: (sangue arterial): Ph= 7,11; PO2: 44 mmHg; PCO2: 48 mmHg;
Bicarbonato= 15 mEq/L; Base excesso= -13; Sódio= 151 mEq/L,
Potássio= 4,3 mEq/L, Cloro= 120 mEq/L.
84. O(s) diagnóstico(s) do(s) distúrbio(s) ácido-base e sua(s) causa(s)
são:
a) Acidose respiratória aguda; insuficiência respiratória aguda.
b) Acidose respiratória aguda e acidose metabólica tipo ânion gap
aumentado; insuficiência respiratória aguda e choque séptico
compensado.
c) Acidose respiratória aguda, acidose metabólica tipo ânion gap
aumentado e acidose metabólica tipo ânion gap normal; insuficiência
respiratória aguda, choque séptico compensado e diarreia aguda
infecciosa.
d) Acidose respiratória aguda, acidose metabólica tipo ânion gap normal;
insuficiência respiratória aguda e diarreia aguda infecciosa.
48
85. A conduta inicial apropriada ao caso acima é:
a) Abertura de vias aéreas por colocação de coxim sob o occipício,
suporte ventilatório com administração de oxigênio e
administração de ceftriaxona.
b) Abertura de vias aéreas por colocação de coxim sob os ombros,
administração de oxigênio por máscara não-reinalante, obtenção
de acesso venoso periférico ou intraósseo, infusão de 20 mL/kg
de soro fisiológico em 10 minutos e administração de ceftriaxona.
c) Abertura de vias aéreas por colocação de coxim sob o occipício,
suporte ventilatório com administração de oxigênio, obtenção de
acesso venoso periférico ou intraósseo, infusão de 20 mL/kg de
soro fisiológico em 10 minutos e administração de ceftriaxona.
d) Administração de oxigênio por máscara não-reinalante,
administração de ceftriaxona e solução de bicarbonato de sódio.
86. ID: Menino, 4 anos de idade, previamente hígido, com crescimento
e
desenvolvimento
neuropsicomotor
normais,
sem
antecedentes patológicos significativos.
HMA: apresenta pubarca e crescimento peniano há 6 meses.
EF: apresenta estatura e peso acima do percentil 97, face atípica,
bom estado geral, presença de acne facial e discreta hipertrofia
muscular. A genitália externa é masculina, em estágio puberal
de Tanner G3P3, com pênis medindo 7 x 2 cm e testículos com
volume de aproximadamente 6 mL (esquerdo) e 8 mL (direito).
Não são observadas outras anormalidades ao exame físico.
ES: A idade óssea era de 7 anos e a concentração de testosterona
era 190 ng/dL (valor de referência < 30 ng/dL).
O(s) exame(s) necessário(s) para a confirmação do provável
diagnóstico é (são):
a) Dosagem de LH basal e/ou após estímulo com GnRH e
ressonância magnética do encéfalo.
b) Dosagem de 17-hidroxiprogesterona basal e após estímulo com
ACTH.
c) Dosagem de DHEA-S, androstenediona, testosterona e cortisol
basal e após supressão com Dexametasona por 5 dias, seguido
por US ou exame de RNM (ressonância nuclear magnética) das
glândulas adrenais.
d) Dosagem de LH, FSH, gonadotrofina coriônica e US ou exame
de RNM dos testículos.
49
87. ID: Menina, 1 ano e 8 meses anos de idade, previamente hígida,
com crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor normais,
sem antecedentes patológicos ou familiares significativos.
HMA: apresenta pubarca e acne há 2 meses.
EF: estatura e peso acima do percentil 97, facie atípica, bom estado
geral, presença de acne facial e discreta hipertrofia muscular. A
idade óssea é de 3 anos. Não são observadas outras
anormalidades ao exame físico, a não ser:
EG: A genitália externa é feminina, com clitoris aumentado, presença
de 2 orifícios e ausência de fusão da rafe mediana. O estágio de
Tanner é M1P3.
Qual das opções abaixo contém o(s) exame(s) necessário(s) para
a confirmação do provável diagnóstico?
a) Dosagem de LH e FSH: basal e após estímulo com GnRH e
Ressonância nuclear magnética do sistema nervoso central e da
sela túrcica
b) Dosagem de Estradiol, Progesterona, citologia vaginal e
ultrassonografia pélvica.
c) Dosagem de androgênios e cortisol basal e cortisol após
supressão com Dexametasona por 5 dias e tomografia
computadorizada das adrenais.
d) Dosagem de androgênios, cortisol e de 17-hidroxiprogesterona:
basal e após estímulo com ACTH.
88. ID: Menina, 15 anos de idade é avaliada por amenorreia primaria.
HMA: Nega telarca e refere pubarca há 3 anos. Refere boa saúde,
nega sintomas ou sinais gerais e específicos, tem bom
rendimento escolar. Nega casos semelhantes na família.
Menarca materna aos 13 anos. Sem informações sobre
puberdade paterna. Pais não consanguíneos.
EF: Estatura: 166 cm; Peso: 59 kg, Envergadura: 174cm, bom
estado geral, descorada +/4+, Tanner: M1P3. Idade óssea:
14 anos.
Entre as diferentes causas de atraso puberal listadas abaixo, a
mais provável é:
a) Atraso puberal constitucional
b) Síndrome de Turner
c) Hipopituitarismo
d) Hipogonadismo hipogonadotrófico Isolado
89. Muitas das neoplasias pediátricas apresentam sinais e sintomas
bastante característicos. Estas crianças são frequentemente
atendidas por médicos generalistas, estes são fundamentais para
o diagnóstico e condutas iniciais. Nas alternativas abaixo, estão
alguns sinais/sintomas de possíveis neoplasias infantis , assim
como as ações a serem tomadas mediante o caso.
50
Assinale a alternativa onde os sinais e/ou sintomas NÃO
devem corresponder ao diagnóstico e/ou conduta adotados:
a) Criança de dois anos de vida, com equimose periocular à direita
(“olho de guaxinim”) - possível neuroblastoma - avaliação com
especialista.
b) Adolescente de 13 anos com fratura em fêmur sem historia de
trauma - possível meduloblastoma - imobilização e repetir
radiografias do fêmur em 30 dias.
c) Criança de três anos com “manchas café com leite”, cefaleia e
estrabismo – possível glioma de vias ópticas associado à
neurofibromatose tipo 1 – avaliação com especialista.
d) Lactente com massa abdominal endurecida e fixa, em flanco
esquerdo, palpada em exame de rotina de puericultura –
possível tumor de Wilms – avaliação com ultrassonografia.
90. ID: Menino, 5 anos de idade, com desenvolvimento pondero-estatural
adequado em consulta de Puericultura.
HMA: aparecimento de um “caroço” no pescoço, sem outras queixas.
EF: observa-se um nódulo arredondado com 3 cm de diâmetro na cadeia
cervical anterior direita, sem sinais inflamatórios, sem aderências à
planos profundos ou alterações da pele adjacente.
A melhor conduta para este caso é:
a) Observar a evolução clínica do gânglio por pelo menos duas
semanas.
b) Observar a evolução clínica do gânglio por pelo menos seis meses.
c) Solicitar hemograma, exames de atividade inflamatória e sorologia
“TORCHS”.
d) Indicar biópsia aspirativa ganglionar.
91.
ID: Criança, 2 anos de idade, com vacinação em dia.
HMA: apresenta história de sibilância recorrente (1 vez a cada mês)
desde os 3 meses de idade, quando segundo a mãe apresentou o
primeiro episódio mais intenso, com febre sendo necessário
internação na UTI Pediátrica.
EF: Tórax com aumento do diâmetro antero-posterior, baquetiamento
dos dedos. Pulmão com crepitações em base a D e sibilos
expiratórios esparsos.
EI: Rx com áreas de hiperinsuflação, velamento intersticial. Tomografia
de tórax apresentando sinais de perfusão em mosaico,
espessamento peribrônquico, bronquiectasia e sinais de
aprisionamento de ar.
O provável diagnóstico é:
51
a) Bronquiolite obliterante pós viral.
b) Tuberculose.
c) Asma.
d) Pneumonia atípica.
92. ID: Menina de 9 anos e 6 meses, em consulta ambulatorial.
HMA: Mãe acha que a menina está muito alta, maior que o irmão
de 11 anos. Há 4 meses notou crescimento das mamas e há 1
mês apareceram pelos pubianos. Ainda não teve a menarca.
EF: Altura: 150 cm, pouco acima do percentil 97 da curva de
altura para idade, e acima do canal familiar que está situado
entre os percentis 10 e 90. Peso: 55 kg, acima do percentil 97 da
curva de peso por idade, e IMC: 24.4 kg/m², acima do percentil
95. Estadiamento puberal M2P2.
Informe o diagnóstico mais provável:
a)
b)
c)
d)
Alta estatura constitucional
Alta estatura constitucional com componente familiar
Obesidade de causa secundária
Obesidade primária grau II
93. ID: Criança, 8 anos de idade.
HMA: É portadora de com anemia falciforme. Foi submetida ao
tratamento de um episódio de Síndrome Torácica Aguda
(STA).
Como podemos prevenir a recorrência desta complicação
grave?
a) Colocando o paciente em esquema transfusional crônico para
reduzir a porcentagem de HbS e evitar a falcização das
hemácias.
b) Devemos iniciar o tratamento com Hidroxiureia, medicação
que reduz em 50% a chance de um novo episódio de STA.
c) Devemos indicar transplante alogênico de medula óssea, pois
este é o único tratamento curativo para Anemia Falciforme.
d) Não há necessidade de tratamento crônico preventivo depois
da resolução do quadro agudo de STA.
94. ID: Criança, 2 anos de idade, em consulta na emergência.
HMA: queixa-se de tosse seca há 6 dias acompanhado de febre,
38-38,7º C. Evoluiu com piora da tosse há 3 dias quando se
tornou produtiva. A mãe refere cansaço durante a alimentação
e piora progressiva do desconforto respiratório.
EF: apresenta-se em insuficiência respiratória, necessitando de
ventilação invasiva: Feito Rx e tomografia.
52
O diagnóstico é:
a) Pneumonia com hemotórax.
b) Pneumonia com derrame pleural extenso.
c) Pneumonia necrotizante.
d) Pneumonia com abcesso.
95. ID: Criança, 5 anos de idade, com sequelas de hipóxia neonatal.
HMA: hoje está internada com queixa de roncos noturnos que
pioram quando a criança dorme em posição dorsal.
EF: durante o sono em decúbito dorsal a criança apresenta queda
da saturação esporádica até 88%, tem estridor inspiratório,
tempo inspiratório aumentado com dificuldade de entrada de
ar.
As medidas simples que podem melhorar este quadro
clínico são:
a) Colocar um coxim sob os ombros e uma cânula orofaríngea com
a medida da rima labial até ângulo da mandíbula.
b) Colocar um coxim sob o occipício e uma cânula nasofaríngea
com a medida da rima labial até o ângulo da mandíbula.
c) Colocar um coxim sob os ombros e uma cânula orofaríngea com
a medida da rima labial até o lobo da orelha.
d) Colocar um coxim sob o occipício e uma cânula nasofaríngea
com a medida da asa nasal até o lobo da orelha.
96. HMA: Paciente apresentando febre de 38ºC há 5 dias acompanhado
de dor discreta em articulações do joelho, sem edema ou
eritema ou calor local. Além disso, houve aparecimentos de
lesões em pele em todo o corpo como apresentada na foto
abaixo.
53
O possível diagnóstico é:
a) Eritema multiforme.
b) Rubéola.
c) Varicela.
d) Urticária.
97. ID: Criança, 5 anos de idade.
HMA: queixa-se de diarreia aquosa de médio volume (5x/dia) há 4
dias e vômitos (3x/dia) há 2 dias. Hoje a mãe notou que a
criança está apática com dor abdominal e diminuição das
evacuações. No período, houve perda do apetite.
EF: REG, descorado +/4+, afebril, hidratado. Aparelho
Respiratório: sem alterações. Aparelho cardiovascular: 2
BRNF sem sopros, FC: 130 bpm, PA: 90x50 mmHg, pulsos
cheios, tempo de enchimento capilar: 2 seg. Apresenta
distensão abdominal importante após episódios de vômitos,
com dor à palpação difusa e ruídos hidroaéreos diminuídos.
ES: Na: 135 mEq/L, K: 2,2 mEq/L, Ca iônico: 1,2 mg/dl.
A possível hipótese diagnóstica que podemos levantar e a
conduta são:
a) Íleo paralítico devido hipopotassemia; passar sonda gástrica e
fazer a correção de potássio utilizando concentração de 40
mEq/L em veia periférica.
b) Apendicite aguda; levar para o centro cirúrgico e corrigir o
potássio utilizando a concentração de 120mEq/L, em veia
central, durante a cirurgia.
c) Íleo paralítico devido hipopotassemia; correção do potássio
rápida em veia periférica, com concentração de 70mEq/L, uma
vez que o potássio sérico está muito baixo.
d) Gastroenterocolite aguda; Hidratação venosa e observação.
54
98. ID: Criança, 7 anos de idade.
HMA: refere apatia e cansaço aos grandes esforços há 4 dias.
Hoje apresentando dor em região anterior do tórax. Mãe notou
que o coração está acelerado.
EF: REG, acianótico, anictérico, afebril, discreta taquipnéia,
hidratado. Tórax: MV simétrico sem RA; FR: 30 mpm.
Coração 2 BRNF sem sopros, FC difícil contagem, Tempo de
enchimento capilar: 4 seg, PA: 82X40 mmHg,
pulsos
periféricos finos. Abdome: plano, normotenso, indolor, fígado
a 2 cm do RCD, RH+ normoativo. SN: pouco sonolento.
Traçado ECG:
O diagnóstico e a conduta mais efetiva são:
a) Taquicardia ventricular. Choque compensado, cardioversão
sincronizada com 4 J/kg.
b) Taquicardia juncional. Choque descompensado, adenosina
0,1mg/kg.
c) Taquicardia supraventricular. Choque compensado, cardioversão
sincronizada com 0,5 J/kg.
d) Taquicardia ventricular polimórifica. Choque descompensado,
cardioversão não sincronizada com 2J/kg.
99. ID: Criança, 9 meses de idade, foi admitida no serviço de
urgência.
HMA: se apresenta com quadro de palidez cutânea grave e
icterícia. A mãe refere que criança tem o diagnóstico prévio
de beta talassemia maior.
EF: anemia grave (Hb: 4,2 g/dL), ictérico e baço palpável a 3 cm
do rebordo costal esquerdo.
A conduta mais indicada para o tratamento é:
55
a) Devido à gravidade do caso e como a esplenomegalia é
responsável pela anemia, deve-se realizar imediatamente a
esplenectomia e depois transfundir a paciente.
b) Devido à gravidade da anemia, deve-se transfundir a criança e
depois submetê-la à esplenectomia para manter o nível de
hemoglobina estável.
c) Deve-se colocá-la em esquema transfusional crônico, mantendo
hemoglobina pré-transfusional entre 9 e 10 g/dL.
d) Deve-se transfundir a paciente sempre que a hemoglobina
estiver abaixo de 7 g/dl e não colocá-la em esquema
transfusional crônico devido ao risco de sobrecarga de ferro.
100. ID: duas crianças estão sendo submetidos à traqueostomia.
Criança A: é portadora de acumulo de secreção na traqueia e
brônquio. Ao abrir a traqueia ocorre edema
agudo de pulmão.
Criança B: é portadora de hipoventilação alveolar. Ao abrir a
traqueia ocorre parada cardíaca.
Estes acidentes ocorreram porque o:
a) Paciente A estava em alcalose respiratória e houve tentativa de
esvaziar as secreções. Paciente B estava em acidose respiratória e
injetou-se O2 puro.
b) Paciente A estava em acidose respiratória e houve tentativa de
esvaziar as secreções. Paciente B estava em alcalose respiratória
e injetou-se O2 puro.
c) Paciente A estava em alcalose respiratória e injetou-se O2 puro.
Paciente B estava em acidose respiratória e houve tentativa de
esvaziar as secreções.
d) Paciente A estava em acidose respiratória e injetou-se O2 puro.
Paciente B estava em alcalose respiratória e houve tentativa de
esvaziar as secreções.
56
Download