ABREVIAÇÕES NESTA PROVA ID: identificação HMA: história da moléstia atual EF: exame físico ES: exame subsidiário EG: exame ginecológico AP: antecedentes US: ultrassom EI/RX: exame de imagem AP: anátomo patológico PA: pronto atendimento UBS/UBDS: Unidade Básica de Saúde VN: valor normal HbA1C: hemoglobina glicada RN: recém nascido PA: pressão arterial FR: frequência respiratória FC: frequência cardíaca REG/BEG/MEG: regular estado geral/bom estado geral/mau estado geral Bpm: batimentos por minuto Irpm/mpm/ipm: movimentos respiratórios por minuto TSC: turgor subcutâneo ECG: eletrocardiograma RA: ruídos adventício MV: murmúrio vesicular IMC: índice de massa corpórea EV: via endovenosa 1. ID: Homem, 65 anos, caminhoneiro, que carrega madeira da região Norte (Rondônia) para o Estado de São Paulo, procura atendimento médico. HMA: há 4 meses queixa-se de febre diária, associada a episódios de tremedeira. ES: demonstraram anemia, trombocitopenia e uma gota espessa com alta parasitemia por Plasmodium vivax. Evolução: Refere ter recebido tratamento durante 3 dias e apresentou remissão completa dos sintomas. Desde então, não viajou mais para fora do Estado de São Paulo. Entretanto, voltou a apresentar febre diária há 4 dias. Repetiu a gota espessa que se mostrou positiva para o Plasmodium vivax (1 parasita/campo). A medicação mais indicada para prevenir uma situação como a descrita acima é: a) Artesunato b) Cloroquina c) Mefloquina d) Primaquina 2. ID: Homem, 14 anos de idade, previamente hígido procura atendimento médico. HMA: queixa-se de sangramento nasal intermitente que melhora com gelo local. Refere também “manchas roxas” nos membros inferiores há uma semana. Há um dia notou hemorragia conjuntival e gengival. Nega febre. EF: foram observadas equimoses numulares em membros inferiores além de petéquias. O elemento da hemostasia mais provavelmente deficiente é: 1 a) Fator VIII b) Plaqueta c) Fator de Von Willebrand d) Fibrinogênio 3. ID: Homem, 36 anos de idade, diabetes mellitus tipo 1. HMA: apresenta quadro de cefaleia, febre e confusão mental há 4 dias. ES1: Glicosimetria de 47mg/dL. Evolução1: administrados 50 ml de glicose hipertônica por via EV imediatamente. ES2: tomografia computadorizada de crânio não evidenciou alterações significativas e a punção liquórica mostrou: celularidade= 256/mm3, com 75% de linfócitos; proteinorraquia= 145 mg/dL; glicorraquia= 42 mg/dL; bacterioscopia negativa. Evolução2: Após sete dias de internação, como não houve melhora dos sintomas neurológicos, foi realizada ressonância nuclear magnética do encéfalo (figura abaixo). RNM (T2) A terapia mais apropriada é: a) Aciclovir b) Ceftriaxona + metronidazol c) Rifampicina+ isoniazida + pirazinamida + etambutol d) Anfotericina B 2 4. ID: Mulher, 16 anos de idade. HMA: apresentou dor em joelho direito há dois meses que durou uma semana e remitiu com paracetamol. Há um mês, apresentou febre e dores em tornozelo direito e punho esquerdo, que duraram cinco dias, cedendo espontaneamente. Poucos dias depois, notou dor e inchaço em joelho esquerdo, melhorando com diclofenaco. Há três dias, nota cansaço aos esforços. AP: nega quadro semelhante prévio. Nega cirurgias ou traumas. Caxumba aos 6 anos. EF: apresenta sopro diastólico ++/++++, em foco mitral. Leve aumento de temperatura de joelho esquerdo, sem derrame articular. Qual exame laboratorial melhor contribuiria para confirmar o diagnóstico? a) b) c) d) Fator antinúcleo Fator reumatóide Sorologia para clamídia Anticorpos anti-estreptolisina O 5. ID: Homem de 72 anos, professor aposentado, vem ao ambulatório. HMA: refere esquecimento há três anos. Esquece nome de pessoas que não vê há algum tempo, esquece onde guardou objetos e tem dificuldade de dirigir em locais que não conhece. Trabalha voluntariamente em uma ONG e consegue executar as tarefas que fazia antes. AP: Nega doenças prévias, nega uso de quaisquer medicações. EF: normal. ES: glicemia jejum= 88 mg/dL, colesterol total = 170 mg/dL, HDL = 46 mg/dL, triglicérides= 140 mg/dL , cálcio total=9,2 mg/dL, TSH = 1,2 mUI/mL, Vitamina B12: 400 pg/mL (normal: 200 a 900 pg/mL), VDRL negativo, sorologia anti-HIV: negativa. Mini-Exame do Estado Mental =28 pontos. Escala de Depressão Geriátrica=3 pontos em 15. Avaliação neuropsicológica: prejuízo isolado na memória recente. EI: Tomografia de crânio recente na figura abaixo. 3 A principal hipótese diagnóstica é: a) Demência na Doença de Alzheimer b) Demência vascular c) Depressão maior d) Transtorno cognitivo leve 6. ID: Homem, 78 anos de idade, com carcinoma de células claras em rim direito, com metástases pulmonares, sem possibilidade de nova quimioterapia. HMA: Procurou ambulatório especializado com dor de intensidade 3 em 10 pela Escala Visual Analógica da Dor, contínua, há uma semana, em local da tumoração. Nega alteração da micção ou da evacuação. EF: BEG, eupneico, hidratado, hipocorado +/4+, com massa palpável em flanco direito, ruídos hidroaéreos normoativos, sem dor à descompressão brusca. Não utiliza qualquer medicação no momento. A primeira conduta para o controle da dor neste caso é: a) Dipirona b) Tramadol c) Morfina d) Amitriptilina 4 7. ID: Homem, 49 anos de idade. HMA: há 2 meses iniciou tratamento para hanseníase com dapsona, rifampicina e clofazimina. Após a dose supervisionada, apresentou dor lombar bilateral, contínua, sem febre e que levou à interrupção do tratamento. O tratamento foi reiniciado há 10 dias evoluindo novamente com dor lombar, acompanhada de náuseas, vômitos, evacuações pastosas e oligúria. Nega disúria e polaciúria. EF: edema em tornozelos ++/4+; pressão arterial: 140 x 90 mmHg; abdome sem dor à palpação, sem visceromegalias e sinal de Giordano negativo. ES: creatinina: 8,5 mg/dL; uréia: 270 mg/dL; sódio: 138 mEq/L; potássio: 5,7 mEq/L. EI: ultrassonografia mostra rins com aumento de volume. A alteração urinária mais compatível é: a) cilindros céreos b) eosinofilúria c) proteinúria de cadeia leve d) cristais amorfos 8. ID: Homem, 25 anos de idade, assintomático e clinicamente saudável. HMA: participa de corrida de 21 km durante 110 minutos em dia quente. Faz hidratação vigorosa antes da partida e ao terminar sentia muita sede e sua urina tinha cor amarelo forte. Qual gráfico melhor representa a curva de variação da concentração urinária em função da concentração sanguínea deste indivíduo (AZUL)? (Observação: A variação hipotética do hormônio antidiurético é mostrada em VERMELHO) 5 a) b) 1400 Concentração urinária (mOsm/L) Concentração urinária (mOsm/L) 1400 1200 1000 800 600 400 200 sede 1200 1000 800 600 400 200 sede 0 0 282 284 286 288 290 292 294 296 298 282 300 284 c) 288 290 292 294 296 298 300 d) 1400 1400 concentração urinária (mOsm/L) Concentração urinária (mOsm/L) 286 Concentração sanguinea (mOsm/L) Concentração sanguinea (mOsm/L) 1200 1000 800 600 400 200 sede 0 1000 800 600 400 200 sede 0 282 284 286 288 290 292 294 296 concentração sanguinea (mOsm/L) a) b) c) d) 1200 298 300 282 284 286 288 290 292 294 296 298 Concentração sanguinea (mOsm/L) Gráfico A Gráfico B Gráfico C Gráfico D 9. ID: Homem, 30 anos de idade, atendido na Sala de Urgência. HMA: apresenta quadro de febre e mal estar há 4 horas. Refere que há 8 dias fez o segundo ciclo de quimioterapia para tratamento de leucemia. Não estava usando nenhum antibiótico profilático e não tinha apresentado nenhuma complicação do tratamento. EF: REG, descorado, anictérico, acianótico, febril (39oC). Murmúrio vesicular presente e simétrico sem ruídos adventícios, FR: 18 ipm, sat O2: 94%; 2 BRNF sem sopros, FC: 120 bpm, PA: 80x40 mmHg. Abdome sem alterações. ES: Hb: 8 g/dl; Ht: 30 %; GB: 2.400 cel/mm3 (neutrófilos: 800, linfócitos: 1200; monócitos: 400); PLQ: 100.000 cel/mm3 6 300 A conduta mais adequada é: a) Cefepime e vancomicina b) Meropenem c) Levofloxacina d) Amoxicilina-clavulanato e claritromicina 10. ID: Mulher, 24 anos de idade, atendida na Sala de Urgência. HMA: refere dor em pé direito após ter sido picada por um animal há 6 horas. A paciente não conseguiu identificar o animal. EF: BEG, corada, anictérica, acianótica, afebril. Presença de hiperemia, petéquias e edema moderado em pé direito. Sistema cardiovascular, respiratório, neurológico e abdome sem alterações. FC: 90 bpm, PA: 110x80 mmHg. Imagem do pé na figura abaixo. A hipótese diagnóstica mais provável é: a) Acidente botrópico b) Acidente crotálico c) Acidente por phoneutria d) Acidente por loxoceles 7 11. ID: Homem, 58 anos de idade, com cirrose hepática secundária ao vírus da hepatite B. HMA: apresentou episódio único de hematêmese há 4 horas. EF: BEG, hipocorado +/4+, afebril, ictérico +/4+, FC: 104 bpm, PA: 100/70 mmHg, ausculta respiratória sem alterações, abdome plano, ruídos hidroaéreos normoativos, fígado não palpável, presença de macicez móvel. Evolução: Após medidas de estabilização clínica, iniciou-se terlipressina (2 mg, EV).Foi realizado endoscopia digestiva alta que evidenciou varizes esofágicas sangrantes. Qual a melhor conduta nesse momento? a) Beta bloqueador não seletivo b) Dissacarídeo não absorvível c) Albumina endovenosa d) Cefalosporina de terceira geração 12. ID: Homem, 40 anos de idade, foi trazido por familiares ao atendimento. HMA: relataram emagrecimento, episódios de diarreia e antecedentes de etilismo crônico. EF: Ao exame dermatológico, foram observadas alterações cutâneas (figuras). Qual a conduta terapêutica mais indicada? a) Corticosteróides sistêmicos b) Vitaminas do Complexo B c) Filtro solar d) Hidroquinona 8 13. ID: Homem, 34 anos de idade, atendido no PA. HMA: queixa-se de febre e dor no pé direito há 3 dias, evoluindo com piora do estado geral, dor pelo corpo e astenia há 1 dia. Refere que há uma semana foi mordido no pé direito por um cachorro desconhecido e, que recebeu sorovacinação antirrábica. Informa ter recebido reforço da vacinação antitetânica há 3 anos. EF: REG, corado, anictérico, acianótico, febril (38oC). Presença de lacerações em face lateral do pé direito, com hiperemia, edema e saída de secreção amarelada. FC: 110 bpm, PA: 110x80mmHg. Sistema cardiovascular, respiratório, neurológico e abdome sem outras alterações. A conduta mais adequada é: a) Soro antitetânico b) Vacina antitetânica c) Cefalexina d) Amoxicilina-clavulanato 14. ID: Homem, 55 anos de idade, branco. Refere diagnóstico de esofagite de refluxo e de Diabetes Mellitus tipo 2. Nega tabagismo ou etilismo. Em uso de metformina e omeprazol. HMA: refere há duas semanas dor lombar bilateral, sem irradiação ou sintomas neurológicos associados. Após orientação para aumento da ingestão de alimentos ricos em cálcio foi encaminhado ao clínico para avaliação e conduta. Nega outras queixas. EF: IMC: 30,7 kg/m², BEG, corado, hidratado. FC: 80 bpm, PA: 120 x 80 mmHg. Pulmões: limpos. Abdômen: globoso, sem alterações. ES: Glicemia: 143 mg/dl; HbA1C: 8,1%; Na+:140 mEq/L; K+: 3,5 mEq/L; Creatinina: 1,0 mg/dl; uréia: 20 mg/dl, Cálcio total: 9,1 mg/dL (VN: 8,8 a 10,6 mg/dL); Fósforo inorgânico: 4,2 mg/dL (VN: 2,5 a 4,5 mg/dL). EI: Rx Coluna (imagem abaixo): 9 Densitometria Mineral Óssea: COLUNA LOMBAR: L2-L4: 0,879 g/cm2 ( -1,9 DPM). FEMUR Quadril: 0,864 g/cm2 ( -1,1 DPM). Colo do fêmur: 0,847 g/cm2 ( -0,6 DPM). DPM= desvio padrão da média em relação à população de adultos de mesmo sexo e idade. A melhor opção medicamentosa é: a) Alendronato b) Ácido zoledrônico c) Pamidronato d) Calcitriol 10 15. ID: Mulher, 65 anos de idade, procurou PA. Portador de hipertensão arterial em uso de captopril (25 mg 8/8 horas) e tabagismo de longa data. HMA: refere dispneia progressiva com importante intensificação dos sintomas há 3 dias quando a dispneia passou a ser até mesmo em repouso. Nega outras queixas. EF: BEG, murmúrio vesicular simétrico reduzido globalmente com estertores finos em bases bilateralmente. Ritmo cardíaco regular em dois tempos, bulhas hipofonéticas e sem sopros. Ausência de edemas, PA: 145 x 85 mm Hg, FR: 18 ipm. ES e EI: RX de tórax e ECG encontram-se abaixo: 11 A conduta mais adequada é: a) Furosemida, hidralazina e nitrato b) Aerossol com salbutamol e ipratrópio c) Implante de marca-passo d) Estudo eletrofisiológico cardíaco 16. ID: Homem, 47 anos de idade, pintor, relata tuberculose no passado, tabagismo (20 anos-maço) e etilismo que parou há 7 anos quando se submeteu a pneumectomia a esquerda. HMA: Há 15 anos, tem infecções respiratórias de repetição, dispneia aos esforços, dispneia noturna e ortopneia. Necessita de pelo menos uma internação por ano. Há 6 dias, apresenta tosse e expectoração amarelo-esverdeada com estrias de sangue. Nega febre. EF: temperatura de 36,6oC, FR: 28ipm, saturação de oxigênio de 88%, FC = 105 bpm, PA = 140/85mmHg. Som claro pulmonar à percussão e murmúrio vesicular presente em hemitórax direito e no terço superior à esquerda; estertores, sibilos e roncos à direita. Nos 2/3 inferiores do hemitórax esquerdo o murmúrio vesicular está abolido com macicez à percussão. EI: estão apresentadas abaixo: Radiografia 12 Tomografia O diagnóstico mais provável é: a) Tuberculose b) Pneumonia c) Bronquiectasia d) DPOC 13 17. ID: Mulher, 65 anos de idade, antecedente de câncer de mama operada há 5 anos. HMA: estava internada e acamada em um hospital primário de sua cidade em uso de furosemida e digoxina devido a dispneia de início há um mês associada a edema de membros inferiores. Apresentou piora importante dos sintomas e um episódio de evacuação enegrecida, sendo transferida para hospital de nível terciário. EF na admissão: mau estado geral, descorada, hidratada, bulhas hipofonéticas sem sopros, presença de estase jugular a 90 graus, tempo de enchimento capilar de 5 segundos, extremidades frias. PA: 80 x 65 mmHg, FC: 100 bpm. Eletrocardiograma e ecocardiograma realizados na beira do leito são mostrados abaixo: 14 O tratamento imediato mais adequado é: a) Dobutamina b) Pericardiocentese c) Nitroprussiato de sódio d) Trombectomia arterial pulmonar 18. ID: Homem, 68 anos de idade, em atendimento no ambulatório. HMA: queixa-se de diarreia há 20 dias com fezes líquidas, amareladas, sem sangue, pús ou restos alimentares. Relata 7 a 8 evacuações ao dia, com despertar noturno e discreto desconforto em flanco esquerdo. Antecedentes de gastrite (sic) em uso de bloqueadores de secreção ácida e tratamentos para sinusite bacteriana em duas ocasiões nos últimos dois meses. Nega ter familiares ou contatos próximos com quadro semelhante. EF: abdome globoso, sem sinais de defesa, ruídos hidroaéreos normoativos, sem outras alterações. ES: Hemograma: sem alterações. Parasitológico de fezes: negativo. Pesquisa de Isospora e Cryptosporidium: Negativas. Coproculturas: Negativas. Colonoscopia: ver figura abaixo AP: Colite crônica inespecífica, ausência de granulomas, presença de tampão mucoso fibrinoleucocitário. A conduta mais adequada é: a) Ciprofloxacina b) Prednisona c) Metronidazol d) Sulfassalazina 15 19. ID: Mulher, 45 anos de idade, branca, com diagnóstico de diabetes mellitus tipo 2 em seguimento regular há 5 anos, clinicamente assintomática. Atualmente em uso de metformina 850 mg 3x/dia, glimepirida 2 mg/dia. HMA: Retorna a consulta com exames e curva pressórica (5 medidas): PA: 120 x 70; 110 x 70; 120 x 75; 130 x 80; 115 x 70 mmHg. ES: Glicemia: 104 mg/dl; Hemoglobina A1C: 8,1%; Colesterol total: 178 mg/dl; HDL colesterol: 52 mg/dl; LDL colesterol: 69 mg/dl; Triglicérides: 290 mg/dl; Creatinima: 0,8 mg/dl; uréia: 18 mg/dl, Na+:142 mEq/L; K+: 4,0 mEq/L; microalbuminúria: 44 ug/mg creatinina (Valor normal < 25 ug/mg creatinina). A medicação a ser prescrita para esta paciente é: a) Acido acetil salicílico b) Losartana c) Insulina humana d) Fibrato 20. ID: Homem, 75 anos de idade, refere hipertensão e dislipidemia há 20 anos, em uso irregular de enalapril e atorvastatina. Em consulta no PA. HMA: refere tontura e perda dos movimentos de membros superior e inferior à direita há 6 horas. Nega queixa de dor precordial ou torácica, dispnéia, cefaléia, tontura, náuseas ou alteração visual no momento. EF: BEG, corado, hidratado, eupneico, afebril, consciente e orientado. Ausculta pulmonar sem alterações. Força diminuída 2+/4+ em membros superior e inferior direitos. FC:72 bpm, PA: 200x110 mmHg. EI: Tomografia confirma acidente vascular isquêmico recente à esquerda, sem evidência de sangramentos. A conduta imediata mais adequada em relação à pressão arterial é: a) Metoprolol endovenoso b) Nitroprussiato de sódio c) Enalapril via oral d) Expectante 16 21. ID: Homem, 58 anos de idade. HMA: refere plenitude pós-prandial há 8 meses, com piora no último mês quando passou a se alimentar de dieta líquida, pois vomita ao ingerir sólidos. Perdeu 16 kg no período. EF: não apresenta linfonodos periféricos ou massas abdominais palváveis. Presença de prateleira de Blumer ES: gastroscopia demonstra lesão úlcero-infiltrativa da região antropilórica cuja biópsia revelou adenocarcinoma. US: não evidenciou metástases hepáticas no abdome . O estadiamento oncológico é: a) I b) II c) III d) IV 22. ID: Mulher, 74 anos de idade. HMA: refere dor tipo pontada na fossa ilíaca direita há 24 horas irradiada para todo abdome, acompanhada de vômitos incoercíveis de início claro e depois biliosos, além de parada da eliminação de flatos e fezes. EF: Abdome globoso, normotenso, com dor discreta à palpação profunda e sem sinais de peritonismo. Ruídos hidroaéreos hiperativos e massa dolorosa, sem sinais flogísticos de aproximadamente 3 cm de diâmetro, encarcerada na região inguinal direita. ¨ 17 Com base nas informações e na grafia acima, a melhor abordagem é: a) Laparotomia exploradora para tratamento da massa e correção do defeito da parede b) Laparotomia exploradora para tratamento da massa e inguinotomia para correção do defeito da parede c) Inguinotomia exploradora, tratamento do conteúdo da massa e correção do defeito da parede d) Redução do conteúdo da massa, observação por 24 horas e programação eletiva da correção defeito da parede 23. ID: Homem, 51 anos de idade. HMA: apresenta vômitos pós alimentares precedidos de dor epigástrica há dois meses com exacerbação há uma semana. EF: constata-se palidez cutânea mucosa e emagrecimento. EI: exames radiológicos abaixo. 18 A melhor conduta, caso a lesão seja considerada irressecável, é: a) Gastrectomia subtotal com reconstrução a BII e jejunostomia temporária para alimentação b) Gastrostomia descompressiva e jejunostomia para alimentação c) Gastrojejunostomia d) Gastroduodenopancreatectomia com reconstrução a BII 24. No ambulatório de cirurgia geral são atendidas 5 crianças. I - Menino de 2 meses com hidrocele direita II – Menino de 18 meses com criptorquidia III – Menino de 4 meses com fimose IV – Menina de 5 meses com hérnia inguinal esquerda V – Menina de 2 meses com hérnia umbilical As crianças que já apresentam indicação cirúrgica são: a) I e V b) II e III c) II e IV d) III e V 25. ID: Homem, 40 anos de idade, 70 Kg, na urgência. HMA: apresenta queimadura por álcool em 2/3 do membro superior esquerdo, 1/2 do tronco anterior e 1/2 anterior do membro inferior esquerdo. Baseado na fórmula de Parkland, a quantidade mais aproximada de Ringer lactato que deve ser infundida nas primeiras 24h póstrauma é: a) 4 litros b) 7 litros c) 10 litros d) 13 litros 26. ID: Homem, 55 anos de idade, portador de metástases hepáticas secundárias a neoplasia de cólon. HMA: foi submetido à laparotomia e ressecção do lobo direito do fígado. A cirurgia teve duração de 5 horas e não necessitou de transfusão sanguínea. No pós-operatório imediato encontra-se no centro de recuperação anestésica, recebendo analgesia contínua por cateter de peridural EF: está sem dor e com a temperatura corporal de 36,5ºC. Hemodinamicamente estável. 19 A principal medida para evitar complicações respiratórias nos primeiros dias de pós-operatório é: a) Manter suplementação de oxigênio b) Providenciar mobilização precoce no leito c) Manter nebulização com N-acetilcisteína d) Providenciar antibiótico-profilaxia por 24 horas 27. ID: Mulher de 65 anos de idade, cardiopata em uso de AAS e atenolol, diabética em uso de metformina. Está sendo atendida numa unidade básica de saúde. HMA: Queixa-se de mal estar, tontura aos pequenos esforços e relata ter evacuado três vezes com fezes amolecidas e enegrecidas. EF: Estava discretamente dispnéico, orientado e apresentava palidez cutaneomucosa, FC= 80 bpm e PA= 90x60mmHg. A principal conduta neste momento é: a) Endoscopia digestiva alta de urgência b) Punção venosa periférica para reposição volêmica c) Dosagem da glicemia para correção se alterada d) Observação clínica rigorosa 28. ID: Mulher, 58 anos de idade, portadora de fibrilação atrial diagnosticada há dois anos, HMA: iniciou há 8 horas com dor, frialdade e cianose fixa no pé esquerdo. Nega história prévia de claudicação intermitente em membros inferiores (MMIIs). EF: não apresenta os pulsos distais palpáveis no MIE e o exame do MID encontra-se normal, com todos os pulsos palpáveis. INR= 1,8. A conduta imediata mais apropriada é: a) Prostaglandina endovenosa e anticoagulação plena heparina b) Arteriografia do MIE e posterior revascularização (bypass) c) Amputação primária infra-patelar d) Tromboembolectomia de emergência com 20 29. ID: Homem, 60 anos de idade. HMA: há sete dias foi submetido à angioplastia coronariana via femoral direita e há três dias percebeu abaulamento pulsátil e dor no local da via de acesso do procedimento. EF: apresenta equimose próxima à região inguinal direita e um abaulamento pulsátil de cerca de quatro (4) cm de diâmetro com pulsos normais nas extremidades distais. O provável diagnóstico e o exame confirmatório mais adequado são: a) dissecção arterial; Arteriografia do membro inferior direito. b) fistula arterio venosa pós-traumática; Ultrasson Doppler femoral. c) pseudo-aneurisma femoral; Ultrasson Doppler femoral. d) hematoma transmural; Arteriografia do membro inferior direto. 30. ID: Homem, 59 anos de idade, nega doenças anteriores e uso de medicamentos. HMA: chega ao PS com sangramento abundante pela fossa nasal direita e pela boca. EF: apresenta-se com mucosa pálida, FC: 115 bpm e PA: 170x110 mmHg. A conduta é: a) gelo em dorso nasal e anti-hipertensivo. Caso não melhore, encaminhar a hospital terciário especializado. b) solução salina EV, uso de anti-hipertensivo e aguardo da melhora clínica. Caso não melhore, tamponamento anterior. c) solução salina EV, uso de anti-hipertensivo e tampão anteroposterior. Caso não melhore, encaminhar a hospital terciário especializado. d) solução salina e tampão antero-posterior. Caso não melhore, anti-hipertensivo e internar paciente em unidade de terapia intensiva. 31. ID: Paciente hemofílico sofre trauma num local sem acesso a banco de sangue. EF: apresenta corte no rosto de 2 cm de extensão, alcançando pele e subcutâneo. Após tentativas de estancar o sangramento o médico resolve fazer a sutura do ferimento. Para se obter sucesso, pelo menos em teoria, a sutura e o fio devem ser: 21 a) Com pontos isolados por colocar menos material do fio na ferida; fio absorvível de média duração. b) Contínua simples ou ancorada por ser mais hermética; fio absorvível de média duração. c) Com pontos isolados por que a frouxidão de um ponto não interfere com os outros; fio inabsorvível. d) Contínua simples ou ancorada por ser mais fibrosante; fio inabsorvível. 32. ID: Menino, 5 anos de idade, com constipação intestinal há 2 anos. HMA: Antes do início do quadro evacuava diariamente. Começou a apresentar fezes endurecidas, com piora progressiva da constipação. Agora, fica até 20 dias sem evacuar e necessita de lavagens intestinais. A criança não tem vontade de evacuar e quando tem vontade não consegue eliminar as fezes, mas elimina flatus ocasionais. EF: apresenta-se corado, bem nutrido e hidratado. Abdome globoso, onde palpa-se um grande fecaloma tomando todo o hemi-abdome esquerdo avançando a linha média para a direita. Ao toque: presença de fezes muito endurecidas, sem outras alterações. A conduta é: a) Manometria anorretal para se excluir disfunção do esfincter anal interno causando megacolon. b) Biópsia anorretal para se confirmar Doença de Hirchsprung. c) Enema opaco para iniciar manejo de cólon na constipação crônica com megacólon. d) Radiografia simples de abdome para confirmar suboclusão de cólon e encaminhar para cirurgia. 33. ID: RN com 48 horas de vida, prematuro, sofreu hipóxia neonatal HMA: foi submetido a cateterização de veia umbilical e recebeu aleitamento com leite artificial, evacuou uma vez. EF: apresenta distensão abdominal, vômitos biliosos e possui dor a palpação generalizada. ES: RX simples de abdome: mostra dilatação de alças intestinais. O diagnóstico mais provável e a conduta são: 22 a) Atresia duodenal - laparotomia com duodeno-duodenostomia. b) Intolerância ao leite artificial - suspensão do aleitamento e parenteral. c) Enterocolite Necrotizante - tratamento clínico (SNG, NPP, antibiótico) e aguardar evolução. d) Estenose hipertrófica do piloro - laparotomia com piloromiotomia. 34. ID: Homem de 43 anos de idade, em preparo pré-operatório para cirurgia eletiva. HMA: foi submetido a cateterismo vesical com sonda Foley 22 Fr. Durante a insuflação do balão da sonda, queixou-se de dor local e uretrorragia de moderada intensidade. Qual a melhor conduta? a) Uretrocistografia injetora. b) Trocar por uma sonda uretral de 14 Fr. c) Cistostomia. d) Urografia excretora 35. ID: Homem, 32 anos de idade, vítima de acidente de motocicleta há 04 meses com fratura vertebral e lesão da medula espinhal (T4) com paraplegia. HMA: Hoje, a família o trouxe às pressas para atendimento em virtude de quadro súbito de cefaleia intensa, mal estar e visão borrada. Faz uso de sulfametoxazol-trimetoprim profilático. EF: Tem sensibilidade abolida abaixo dos mamilos, espasticidade muscular nos membros inferiores com exacerbação dos reflexos patelares. Evoluiu com incontinência urinária tendo que usar fraldas. EF: PA: 190 x 110 mmHg, FC: 42 bpm, afebril, eupneico, com sudorese facial, palidez abdominal, rubor acima do nível da lesão medular. O diagnóstico mais provável e a conduta imediata a ser tomada são: a) Alergia ao látex; administrar corticosteróide EV imediatamente. b) Crise hipertensiva idiopática; prescrever anti-hipertensivo oral e iniciar monitorização da pressão arterial. c) Reação alérgica à sulfa; prescrever corticosteróide EV, antihistamínico oral e suspender a sulfa. d) Disreflexia autonômica; avaliar a presença de globo vesical e realizar cateterismo vesical de alívio. 23 36. ID: Homem, 31 anos de idade, branco. HMA: apresenta múltiplos nódulos cervicais de aspecto cístico (níveis IV e V, bilateralmente), principalmente do lado esquerdo do pescoço. AP: A punção dos nódulos revelou citologia compatível com lesão cística cervical paucicelular. Dosagens de tireoglobulina nos lavados das agulhas demonstraram níveis 10 a 15 vezes superiores ao nível sérico. EI: US da tireoide revela nódulos em ambos os lobos, sendo a esquerda com vascularização central/periférica e microcalcificações, e à direita área de irregularidade glandular. O diagnóstico mais provável é: a) b) c) d) Carcinoma medular de tireoide Bócio multinodular tóxico Tireoidite subaguda Carcinoma bem diferenciado de tireoide 37. ID: Homem, 42 anos de idade, diabético, hipertenso e dislipidêmico. HMA: relata adinamia e febre com dor latejante na região anal. EF: na região anal nota-se área endurada, com hiperemia e aumento da temperatura, extremamente dolorosa. É correto fazer: a) drenagem imediata, evitando-se a abordagem definitiva da fístula devido a possível incontinência. b) o uso de bolsa de água quente até aparecer flutuação e então realizar a drenagem. c) tratamento clínico resolve definitivamente a maioria dos casos. d) drenagem, o mais longe possível da borda anal para preservar o esfíncter. 38. ID: Homem, 52 anos de idade, procedente da Bahia, chega ao PS HMA: refere quadro de distensão abdominal e dor. Não evacua há 10 dias e refere ter hábito intestinal de 1 evacuação por semana. EF: prostrado, taquicárdico e dispneico. EI: A radiografia de abdome está representada abaixo. 24 O diagnóstico mais provável é: a) Fecaloma b) Volvo do sigmóide c) Megacólon tóxico d) Hérnia interna 39. ID: Homem, 42 anos de idade, etilista e tabagista, natural e procedente de São Paulo-SP. HMA: refere cansaço progressivo aos esforços nos últimos 5 anos. Nos últimos 3 anos começou a notar edema progressivo de membros inferiores e sentir dor no andar superior do abdome, sem relação com esforço ou alimentação. EF: 50 kg de peso, 163 cm de altura, PA: 100x70mmHg, turgência jugular, estertores em bases pulmonares, fígado palpável a 4 cm do RCD e edema de membros inferiores. EI: As radiografias simples de tórax são apresentadas abaixo. 25 A etiologia mais provável é: a) Doença auto-imune b) Tuberculose c) Infarto do miocárdio d) Hidatidose 40. ID: Homem, 45 anos de idade, vítima de acidente. HMA: refere que uma máquina industrial (torno) causou ferimento no tórax após sua roupa ter ficado presa. Queixa-se de dor torácica e muita dificuldade para respirar e falar. EF: O paciente está consciente e orientado, mas agitado. A PA era de 140/90 mmHg, a FC de 110 bpm. O murmúrio vesicular esta diminuído no hemitórax esquerdo. A fotografia abaixo mostra o ferimento torácico próximo à axila. 26 A conduta mais adequada na Unidade Básica de Saúde é: a) Drenagem pleural fechada b) Curativo oclusivo/compressivo c) Aproximação da pele com pontos d) Curativo com três lados 41. ID: Mulher, 29 anos de idade, secundigesta (parto normal há três anos), comparece ao PA. HMA: com idade gestacional de 28 semanas e 4 dias referindo lesão em região genital há uma semana. EF: físico e obstétrico sem alterações. EG: vide figura abaixo 27 De acordo com a abordagem sindrômica, a conduta imediata mais adequada é: a) Penicilina G Benzatina (2.400.000 Ul intramuscular) e Azitromicina (1 g via oral em dose única). b) Biópsia da lesão e retorno para checar resultado antes de iniciar tratamento. c) Solicitar VDRL (Venereal Disease Research Laboratory) e aguardar resultado antes de iniciar tratamento. d) Aciclovir (400mg via oral de oito em oito horas por sete a dez dias). 28 42. ID: secundigesta (parto cesárea há seis anos), 27 anos de idade, com 33 semanas e 3 dias de idade gestacional, tipagem sanguínea O Rh positivo, em consulta no PA. HMA: relata início de contrações há duas horas, evoluindo com sangramento genital em moderada quantidade há uma hora. Refere movimentação presente, porém que diminuiu após início do quadro. Nega outras queixas. EF: bom estado geral; hipocorada (1+/4+); hidratada; PA: 90x60 mmHg; FC: 92 bpm; altura uterina: 31 cm; BCF: 155 bpm sem desacelerações, movimentação fetal não percebida. Durante a palpação uterina, constatado útero normotenso e ocorrência de três contrações de 30 segundos, fracas, em 10 minutos de avaliação. EG: Ao exame especular nota-se moderada quantidade de sangue em fundo de saco vaginal, com pequena saída ativa pelo orifício externo do colo uterino durante manobra de Valsalva. A cardiotocografia basal de controle evidenciou feto hipoativo reativo. A ecografia realizada em seguida mostrou borda placentária recobrindo orifício interno do colo uterino. A conduta mais adequada é: a) Internação hospitalar para prescrição de tocolítico, corticosteróide IM e observação clínica. b) Avaliar a evolução da dilatação cervical e altura da apresentação fetal por toque vaginal para decidir a via de parto. c) Manter observação clínica domiciliar e corticosteróide IM. d)Internação hospitalar e resolução da gestação via cesárea imediatamente. 43. ID: Gestante, 19 anos de idade, primigesta, idade gestacional de 31 semanas. HMA: refere perda de líquido via vaginal em moderada quantidade há quatro horas. EF: BEG, corada, hidratada, PA: 100x70 mmHg, FC: 78 bpm, T 36oC, Altura uterina: 31 cm, BCF: 144 bpm sem desacelerações, movimentação fetal presente. Atividade uterina não detectada. EG: Ao exame especular observa-se colo uterino róseo, orifício externo puntiforme através do qual há saída espontânea de moderada quantidade de líquido claro. Cardiotocografia: feto ativo. Índice de líquido amniótico igual a 1 centímetro. ES: Hemoglobina 11 g/dL, Hematócrito 32%, glóbulos brancos 7000/L (0% de bastonetes, 83% segmentados). A assistência obstétrica mais adequada a ser adotada é: 29 a) Manter observação clínica, repetindo hemograma a cada três dias e prescrição de corticosteróide IM. b) Manter seguimento pré-natal e retorno se tiver intercorrências clínicas ou obstétricas. c) Indução do trabalho de parto após toque vaginal para avaliar as características do colo uterino. d) Resolução da gestação via cesárea imediatamente. 44. ID: Multigesta (cinco partos normais prévios), 40 anos de idade. HMA: retorno de pré-natal na UBS com idade gestacional de 10 semanas, sem doenças. Nega queixas clínicas, obstétricas e ginecológicas. ES: apresenta resultado de duas glicemias de jejum com valores de 137 mg% e 129 mg%. A conduta mais adequada neste momento é: a) Orientação nutricional e controle de perfil glicêmico em uma semana. b) Teste oral de tolerância à glicose com sobrecarga de 75 g de glicose anidra c) Manter seguimento de pré-natal habitual e repetir glicemia de jejum entre 24 e 28 semanas d) Prescrição imediata de insulina em dose de acordo com peso corporal. 45. ID: Primigesta, 17 anos de idade, no retorno de pré-natal de baixo risco, com 20 semanas de gestação. HMA: Teve o diagnóstico de Anemia Ferropriva há dois meses e, no momento, faz uso de 800 mg de Sulfato Ferroso e um comprimido de Ácido Fólico de 1 mg ao dia. Refere constipação intestinal importante. ES: novo hemograma realizado há dois dias mostra: concentração de hemoglobina de 11,1 g/dl, hematócrito de 33%, glóbulos brancos de 7.800 mm3 e plaquetas de 232.000 mm3. A conduta nesse momento é: a) Suspender o uso de sulfato ferroso, pois a concentração de hemoglobina está acima de 11 g/dl. b) Manter o uso de sulfato ferroso e suspender o ácido fólico, pois a paciente não se encontra mais no primeiro trimestre gestacional. c) Manter a dose diária de sulfato ferroso e ácido fólico até o término da gestação. d) Reduzir a dose de sulfato ferroso para 400 mg ao dia e manter o ácido fólico na mesma dose. 30 46. ID: Puérpera: G5P3A2, no 1º dia após parto cesárea e laqueadura tubária devido às múltiplas cesáreas anteriores. Tipo sanguíneo é O negativo. RN: O tipo sanguíneo é O positivo. HMA: Fez seguimento em pré-natal de alto risco por causa do diagnóstico de hipertensão arterial crônica. Recebeu imunoglobulina anti-Rh D na 28ª semana. Com relação à profilaxia da aloimunização Rh, a imunoglobulina anti-Rh D. a) deve ser administrada, se o resultado do Coombs Indireto materno colhido antes do parto for negativo. b) não deve ser administrada, pois a mãe já a recebeu durante o seguimento pré-natal. c) deve ser administrada imediatamente, uma vez que o tipo sanguíneo do recém-nascido é positivo. d) não deve ser administrada, pois a paciente fez laqueadura tubária e não terá mais filhos. 47. ID: tercigesta, 33 anos de idade, com gestação de 31 semanas e 3 dias, em consulta no PS. HMA: durante consulta de pré-natal detectou-se PA de 170 X 110 mmHg. No momento está assintomática. Já tinha o diagnóstico de hipertensão arterial crônica e faz uso regular de 1,0 grama/dia de alfametildopa. EF: descorada +1/+4, edema +3/4+ em membros inferiores, PA: 168 X 112 mmHg, FC: 85 bpm. EG: altura uterina: 30 cm, atividade uterina ausente e vitalidade fetal preservada. O provável diagnóstico e as melhores condutas são: a) Hipertensão gestacional; aumento da alfametildopa para 1,5g/dia e retorno em 2 dias com curva pressórica. b) Hipertensão arterial crônica com pré-eclâmpsia sobreposta; hidralazina endovenosa e avaliação laboratorial sistêmica materna. c) Iminência de eclâmpsia; internação hospitalar para administração de sulfato de magnésio endovenoso e resolução da gestação. d) Pré-eclâmpsia; associação de nifedipina 40 mg/dia e corticóide IM para acelerar a maturidade fetal. 31 48. ID: G5P3A1, com 40 semanas de gestação, no pré-parto. HMA: queixa-se de contrações dolorosas há 6 horas e perda de tampão mucoso. EG: altura uterina de 37 cm; feto longitudinal, cefálico, dorso à esquerda. A evolução espontânea de seu trabalho de parto está descrita no partograma abaixo. A melhor conduta na assistência dessa parturiente é: a) Indicar resolução da gestação por parto cesárea devido à parada secundária da descida. b) Aguardar evolução espontânea do trabalho de parto até a dilatação cervical cruzar a linha de ação. c) Prescrever ocitocina endovenosa para aumentar a intensidade e frequência das contrações uterinas. d) Realizar analgesia peridural para coordenação das contrações e, assim aumentar a velocidade da dilatação cervical. 49. ID: secundigesta, 27 anos de idade, com atraso menstrual de três meses. HMA: queixa-se de dor intensa em cólica em hipogástrio há 1 dia, associada a sangramento vaginal em grande quantidade há 3 horas. Refere tonturas e fraqueza intensa. EF: encontra-se pálida, com mucosas descoradas (2+/4+), PA: 90x50 mmHg, FC: 110 bpm. EG: Ao exame especular observa-se grande quantidade de coágulos em fundo de saco vaginal. Toque vaginal: útero doloroso, aumentado de volume para 10 semanas e colo uterino pérvio 2 cm. Pode-se dizer que trata-se de: 32 a) Gestação ectópica tubária. Deverá ser submetida à laparoscopia para confirmação diagnóstica e salpingectomia para tratamento. b) Aborto retido. É necessária a administração de ocitocina endovenosa para promover maior dilatação do colo e expulsão fetal. c) Aborto inevitável. A paciente deve ser submetida à ultrassonografia transvaginal para confirmar o óbito fetal antes da curetagem uterina. d) Aborto incompleto. A curetagem uterina imediata é o tratamento de escolha para resolução do mesmo. 50. ID: Primigesta, 24 anos de idade, com 41 semanas de gestação. HMA: encontra-se internada para assistência ao parto após o diagnóstico de trabalho de parto espontâneo e corioamniorrexe precoce. EG: No momento, a paciente apresenta três contrações moderadas em 10 minutos e o colo uterino está centrado, médio, com 5 cm de dilatação, feto ODT, em -1 de DeLee. Durante avaliação da dinâmica uterina, obteve-se o seguinte traçado representativo da frequência cardíaca fetal. Na análise da vitalidade fetal, o provável diagnóstico e a melhor assistência a ser dada são: a) Sofrimento fetal agudo. É necessária a realização de Perfil Biofísico Fetal para complementar a avaliação da vitalidade fetal. b) Cardiotocografia intraparto categoria III. Está indicada a administração materna de glicose endovenosa e hiperoxigenação e a realização de tocólise com terbutalina. c) Feto hipoativo e hiporreativo. A Dopplervelocimetria de vasos fetais está indicada para a pesquisa de centralização hemodinâmica. d) Cardiotocografia intraparto categoria II. Está indicada a adoção do decúbito lateral esquerdo materno, hiperoxigenação e amnioinfusão. 33 51. ID: Paciente, 35 anos de idade, G1P1A0C0. HMA: refere perda urinária aos esforços e urgência miccional, incontinência urinária de urgência. EF: ausência de perda urinária durante a manobra de Valsalva, sem distopias genitais. EG: exame urodinâmico evidencia (figura abaixo): O tratamento indicado é: a) Anti-colinérgicos b) Cirurgia de Sling c) Antidepressivos tricíclicos d) Cirurgia de Burch 52. ID: Criança de 8 anos e 8 meses de idade. HMA: refere aparecimento de pêlos pubianos e mamas há 4 meses. Sem outras queixas. EF e G: Altura: P60, Peso:P50, Mamas M1 à D e M3 à esquerda, Pêlos= P2. Vulva com caracteres infantis e presença de conteúdo mucóide translúcido em introito vaginal. O diagnóstico provável é: a) Puberdade precoce, pois o aparecimento dos caracteres sexuais secundários ocorreram antes dos 9 anos de idade. b) Agenesia da mama D sendo necessária a investigação. c) Vulvovaginite na infância (sugerido pelo conteúdo vaginal), comum nesta idade devido à maus hábitos de higiene. d) Puberdade fisiológica com todas as manifestações características de atividade estrogênica sistêmica. 34 53. ID: Mulher, 33 anos de idade, portadora de síndrome dos ovários policísticos, em uso de acetato de medroxiprogesterona (150mg a cada 3 meses) e espironolactona (100mg/dia). HMA: Refere história de elevações pressóricas episódicas medidas em UBS, com valores médios em torno de 160x90mmHg, sem seguimento. EF: IMC: 29Kg/m²; PA: 130x90 mmHg; FC: 88bpm; CA: 93cm. ES: Durante investigação clínica de risco cardiovascular os exames complementares revelaram: glicemia: 102mg/dl, insulina: 18UI/ml, colesterol total: 250mg/dl; triglicérides: 188mg/dl; HDL: 50mg/dl e LDL colesterol: 120mg/dl. Segundo os critérios do NCP-ATPIII, o diagnóstico de síndrome metabólica nesta paciente é baseado nos valores de: a) b) c) d) colesterol total, triglicérides e circunferência abdominal. pressão arterial, insulina e glicemia. colesterol total, circunferência abdominal e glicemia. Triglicérides, circunferência abdominal e pressão arterial. 54. ID: Menina, 13 anos de idade, virgem, menarca aos 12 anos. HMA: comparece para consulta em UBS por aumento do volume menstrual e da duração (9 dias) desde a menarca e dois episódios de transfusão neste período, sendo que num deles a paciente apresentou instabilidade hemodinâmica. Hoje está sem sangramento ativo, refere que tem ciclos regulares de 28 dias e DUM há 10 dias. Assinale a alternativa que contém o provável diagnóstico e a conduta para este caso: a) Imaturidade do eixo hipotálamo-hipófise-ovário e uso de antiinflamatórios. b) Síndrome dos ovários policísticos e uso de contraceptivos orais combinados. c) Doenças hematológica e uso de contraceptivos orais combinados. d) Hipotireoidismo e uso de levotiroxina sódica. 55. ID: Mulher, 56 anos de idade, G3P3A0, tabagista e sem outras comorbidades, procura a UBS para consulta de rotina, após 3 anos sem comparecer ao ginecologista. HMA: Fez histerectomia por sangramento secundário à leiomiomatose há 6 anos. Refere secura vaginal e dispareunia de penetração. EF: IMC: 20 Kg/m2, sem outras anormalidades. 35 Um dos exames que é indicado morbimortalidade nesta paciente é: para reduzir a a) ultrassonografia pélvica b) densitometria óssea c) colpocitologia. d) TSH 56. ID: Mulher, 24 anos de idade, G4P3A1, IMC: 34 Kg/m2. HMA: está na 5a semanas pós-parto cesariana por feto pélvico e vem à consulta para iniciar algum método contraceptivo. Não está amamentando, não apresenta doenças e nem vícios. Indique os contraceptivos que podem ser prescritos com base na atualização dos critérios de elegibilidade da Organização Mundial de Saúde para puerpério - OMS (2010) -categoria 1 e/ou 2. a) Pílula apenas de progestagênio, injetável mensal e dispositivo intrauterino de cobre após 48 horas do parto. b) Implante, injetável trimestral e sistema intrauterino liberador de levonorgestrel após 4 semanas do parto. c) Dispositivo intrauterino de cobre inserido 3 semanas após o parto, adesivo e injetável trimestral. d) Pílula combinada, implante e anel vaginal. 57. ID: paciente no ambulatório de uma UBDS comparece à consulta para checar resultado de colpocitologia colhida em consulta anterior. HMA: Está assintomática. ES: No laudo está escrito: “Presença de células escamosas, ausência de hemácia e ausência de células neoplásicas. Flora: lactobacilos e cândida sp”. A correta interpretação do laudo e a conduta são: a) A citologia está normal, deve se orientar retorno anual. b) A citologia está normal, sendo necessária a prescrição de antifúngico. c) A citologia é inadequada, sendo indicada nova coleta de citologia. d) A citologia é inadequada, sendo indicada a colposcopia. 36 58. ID: Solteira, 60 anos de idade, procura UBDS. HMA: assintomática, porém informa que seu último exame médico foi por ocasião da menopausa. AP: G3P3A0, com 2 lactações por até 3 meses, menarca aos 9 anos, menopausa aos 53 anos, sendo que no momento é usuária de terapia hormonal (TH) combinada, iniciada há seis anos. AF: mãe apresentou câncer de mama aos 47 anos de idade. A orientação correta é: a) Fazer ultrassonografia mamária, pois o risco relativo de desenvolver câncer de mama é o mesmo da população geral já que está na menopausa. b) Não é necessário orientar a realização de exames de imagem, pois o fato de ter amamentado atenua o risco relativo de desenvolver o câncer de mama. c) Orientar a realização de mamografia, embora a TH combinada neste esquema não aumente o risco relativo de desenvolver o câncer de mama. d) Orientar a realização da mamografia e sugerir a suspensão da TH, pois apresenta outras características que aumentam o risco relativo de desenvolver câncer de mama. 59. ID: Mulher, 65 anos de idade, G4P4A0, menopausa ao 50 anos, assintomática. EI: US transvaginal de rotina mostra útero de 55 cm3, endométrio com 2 mm de espessura, ovário esquerdo com 3 cm3 e ovário direito com 25 cm3. O ovário direito é anecóico e apresenta uma papila de 2 mm em sua parede interna (Figura abaixo). ES: o resultado do marcador CA 125 é: 9,0 U/ml. A melhor conduta é: a) Manter em observação e repetir a avaliação em 6 meses. b) Complementar a avaliação com ressonância magnética da pelve. 37 c) Indicar uma videolaparoscopia diagnóstica e terapêutica. d) Referir a paciente para um serviço terciário. 60. ID: Mulher, 33 anos de idade, G1P0A1. HMA: queixa-se de dismenorréia que se iniciou aos 23 anos e vem aumentando de intensidade desde então. Há 1 ano apresenta também dor em região pélvica fora do período menstrual e dor às relações sexuais. EG: Ao toque vaginal o volume uterino é normal. Apresenta dor em anexos bilateralmente, mais intensa a esquerda. O anexo esquerdo apresenta-se aparentemente espessado. EI: US transvaginal mostra útero de aspecto e volume normais, ovários discretamente aumentados de volume com áreas císticas contendo debris em ambos os ovários, a direita com 3 cm de diâmetro e à esquerda com 4 cm. A hipótese diagnóstica e a conduta são: a) b) c) d) Endometriose pélvica e laparoscopia. Corpo lúteo hemorrágico e contraceptivo oral combinado. Endometriose e uso de agonista do GnRH. Teratoma ovariano e laparoscopia. 61. A tabela abaixo mostra os resultados de um estudo epidemiológico do tipo caso-controle que avalia o uso diário de celular como possível fator associado a neoplasias do sistema hematopoiético. Tabela X- Distribuição dos casos e controles segundo uso médio diário (em horas) de computador Uso médio Grupo Total (horas/dia) Casos Controles ≥2 750 650 1400 <2 150 250 400 Total 900 900 1800 Ao se analisar os dados da tabela chegaram-se aos seguintes resultados: Medida de associação (X) = 1,92 (Intervalo de Confiança a 95% = 1,53 a 2,42). De acordo com tais resultados e levando-se em consideração tratar-se de estudo caso-controle, a medida de associação (X) APROPRIADA, deverá ser: 38 a) Risco Relativo, pois, está se calculando a incidência da doença. b) Razão de Prevalência, pois, trata-se de estudo transversal. c) Odds Ratio, pois procura-se estimar a chance de exposição entre casos e controles d) Risco atribuível, pois, é possível estimar o risco de tumores de cérebro atribuível ao uso de celulares. 62. A fluoretação da água e as imunizações são exemplos de: a) b) c) d) prevenção primária prevenção secundária prevenção terciária prevenção quaternária 63. Observe a tabela abaixo: Tabela Y – Alguns indicadores de saúde por grandes regiões brasileiras (1980) Região Mortalidade Índice de Swaroopproporcional em Uemura crianças<1 ano de idade Norte 31,7 34,4 Nordeste 34,7 39,1 Sudeste 20,4 53,2 Sul 18,2 56,1 Centro-Oeste 21,5 42,8 BRASIL 24,2 48,9 Fonte: Ministério da Saúde (Secretaria Nacional de Ações Básicas de Saúde), 1983. De acordo com os dados acima, podemos afirmar que em 1980: a) a região Sul, por apresentar o maior Índice de Swaroop & Uemura e a menor taxa de mortalidade infantil, era a que apresentava as melhores condições de vida e de saúde de sua população b) a região Norte apresentava o menor índice de Swaroop &Uemura, portanto, era a que apresentava melhor condição de vida e de saúde de sua população c) o índice de Swaroop & Uemura do Brasil, era considerado satisfatório, pois, estava abaixo de 50%. d) o índice de Swaroop &Uemura não tem valor na avaliação das condições de vida e de saúde de sua população 39 64. Observe o gráfico abaixo: Gráfico XX: Mortalidade proporcional por quatro causas de óbitos em capitais brasileiras de 1930 a 1990 Fonte: Fundação Oswaldo Cruz - Dados Radis (agosto) 1984. Analisando os dados apresentados acima, observa-se a evolução temporal das causas de mortalidade no decorrer de 60 anos. O mesmo comportamento é visto também em países desenvolvidos. O quadro observado é devido a dois fenômenos denominados: a) b) c) d) Transição nutricional e demográfica. Transição demográfica e epidemiológica. Transição nutricional e epidemiológica. Transição sanitária e nutricional. 65. Dona Maria José, 66 anos, hipertensa e diabética, frequenta o grupo de promoção de saúde HIPERDIA na Unidade de Saúde da Família, onde recentemente passou por consulta médica de rotina e o médico suspeitou de retinopatia diabética, encaminhando-a ao ambulatório de Oftalmologia do Hospital das Clínicas. No referido ambulatório foi solicitado um retinograma que foi realizado no próprio hospital, sendo detectado um pequeno descolamento retiniano. Foi então indicada uma correção cirúrgica do problema, que também será realizada no Hospital das Clínicas. A descrição do caso acima, no contexto do Sistema Único de Saúde e considerando-se seus princípios fundamentais, é um exemplo de: 40 a) b) c) d) Universalidade Equidade Integralidade Regionalização 66. O Programa de Saúde da Família ou Estratégia Saúde da Família é um modelo que se dispõe a orientar a atenção primária e permitir a reorganização dos níveis subsequentes. Entre seus princípios organizativos está a adscrição, que significa: a) Responsabilizar-se pelos sujeitos que vivem em um território definido, permitindo o efetivo acesso e vínculo dessa população ao serviço. b) Substituição das práticas convencionais de assistência por um novo processo de trabalho, centrado na vigilância à saúde. c) Que a Unidade de Saúde da Família está inserida no primeiro nível de ações e serviços do sistema local de saúde. d) Um caráter prescritivo, centrado na cura. 67. Observe o gráfico abaixo: Tabela YY – Distribuição de casos de AIDS, segundo a razão Masculino/Feminino, de 1987 a 2002. Ao se analisar o gráfico acima pode-se afirmar: 41 a) devido a maior transmissão do HIV por via vertical houve uma nítida diminuição da razão da prevalência de AIDS entre os sexos masculino e feminino, a este fenômeno dá-se o nome de heterossexualização da epidemia. b) devido a maior transmissão do HIV por via heterossexual, observa-se uma inversão da razão da prevalência de AIDS entre os sexos masculino e feminino, a este fenômeno dá-se o nome de feminização da epidemia. c) devido a maior transmissão do HIV por via homossexual entre homens, houve uma grande diminuição da razão da prevalência de AIDS entre os sexos masculino e feminino, a este fenômeno dá-se o nome de juvenização da epidemia. d) devido a maior transmissão do HIV pelo uso de drogas injetáveis entre mulheres, houve uma grande diminuição da razão da prevalência de AIDS entre os sexos masculino e feminino, a este fenômeno dá-se o nome de feminização da epidemia. 68. Um surto de meningite meningocócica determinou a ocorrência de 700 casos, sendo que ao final havia 616 sobreviventes entre os que adoeceram. Diante dessas informações podemos afirmar que a taxa de letalidade da doença foi de: a) b) c) d) 12% 12,2% 0,12% 1,2% 69. A seguir estão listadas algumas doenças de notificação compulsória em todo o território nacional (não considerando as listagens regionais, estaduais ou locais). Está correta a opção: a) Febre amarela, peste, cólera, varíola, poliomielite, tétano, meningites, difteria, raiva, febre tifóide. b) Sarampo, leishmaniose, coqueluche, varicela, filariose, doença meningocócica. c) Difteria, raiva, febre tifóide, Aids, leptospirose, oncocercose, dengue, febre reumática. d) Cólera, tuberculose, hanseníase, tétano, meningites, difteria, escabiose, brucelose, filariose, AIDS, raiva, leptospirose. 42 70. Analise na tabela abaixo os resultados de um estudo de coorte sobre os fatores associados ao risco de desenvolver pneumonia adquirida na comunidade (PAC) realizado com crianças de 0 (zero) a 2 (dois) anos de idade. Tabela XY- Fatores de risco associados ao desenvolvimento de PAC em crianças com até 24 meses de idade após acompanhamento de 2 anos. Fatores de risco Risco relativo IC 95% Escolaridade da mãe Até 4 anos 3,5 (1,8 – 4,8) De 4 a 8 anos 2,0 (1,5 – 5,0) Acima de 8 anos 0,5 (0,3 – 0,8) Aleitamento Natural (leite materno) 0,6 (0,3 – 0,8) Vacinação contra influenza (Gripe) – em crianças > 6meses Sim 0,5 (0,3 – 0,8) Como fator(es) de proteção para o desenvolvimento de PAC, encontrou(ram)-se: a) Apenas aleitamento materno b) Apenas vacinação contra influenza c) Aleitamento materno e vacinação contra influenza d) Aleitamento materno, vacinação contra influenza e escolaridade materna acima de 8 anos 71. Hipoteticamente, no ano de 2004 ocorreram no Brasil 3.060.000 nascimentos com 60.000 natimortos. A população de crianças menores de 1 ano de idade no mesmo ano era de 3.399.251, sendo registrados 80.200 óbitos nessa faixa etária. Com base nessas informações, a taxa de mortalidade infantil (TMI) foi de: a) 266,73/1.000 b) 0,267/1.000 c) 2,67/1.000 d) 26,73/1.000 72. Um exame físico foi usado para rastrear câncer de mama em 2500 mulheres com adenocarcinoma de mama confirmado por biópsia (casos) e em 5000 mulheres comprovadamente sem a doença (controles) e que foram selecionadas com pareamento pela idade e etnia. O exame foi positivo em 1800 casos e em 800 controles. Considerando-se tais informações e sabendo-se que a prevalência real da doença na população de onde foi retirada a amostra é de 5%, a sensibilidade do exame físico como teste diagnóstico na situação acima descrita, foi de: 43 a) 72% b) 84% c) 69,2% d) 85,7% O enunciado abaixo diz respeito às questões 73 e 74. Realizou-se um estudo para verificação dos fatores associados ao desenvolvimento de Infarto Agudo do Miocárdio durante um período de 10 anos. Os resultados são mostrados na tabela abaixo. Tabela X - Fatores de risco associados ao desenvolvimento de infarto agudo do miocárdio (IAM) em indivíduos na faixa etária de 40–60 anos, no período de 2000 a 2010. Fatores de exposição Medida de Risco Tabagismo <10 cigarros/dia 1,0 (Ref) 10 – 20 cigarros/dia 3,5 >20 cigarros/dia 6,0 Consumo diário de bebida alcoólica 3,0 >6g/dia Não consumo de bebida alcoólica 1,0 (Ref) Dislipidemia Colesterol total >200 mg/dl 6,5 Triglicérides >200 mg/dl 4,5 LDL >100 mg/dl 9,0 HDL >100 mg/dl 0,8 Colesterol <180 mg/dl 1,0 (Ref) IC 95% (2,5 – 5,0) (4,5 – 7,5) (0,8 – 5,0) (3,5 – 8,0) (3,0 – 6,0) (4,5 – 12,0) (0,3 – 0,9) - 73. Pela descrição da pesquisa acima, pode-se afirmar que o estudo em questão é do tipo: a) caso-controle b) transversal c) coorte d) ensaio clínico 74. Sobre o estudo acima, podemos afirmar que a medida de associação mais apropriada é: a) Risco Atribuível b) Risco Relativo c) Razão de Prevalência d) Odds Ratio 44 75. Na investigação de surto de intoxicação alimentar ocorrida após uma festa do 6º ano do Curso de Medicina, a unidade de vigilância epidemiológica, levantando os alimentos consumidos, constatou as seguintes taxas de ataque (pessoas que apresentaram vômitos e diarreia) entre os participantes da festa: Alimento Churrasco bovino Pão de alho Vinagrete Doce de leite Exposto (%) 90 80 52 88 Não Exposto (%) 92 78 59 20 De acordo com os dados acima, o alimento que provavelmente causou a intoxicação foi: a) Churrasco bovino b) Pão de alho c) Vinagrete d) Doce de leite 76. No teste de hipóteses, a hipótese nula (H0) se refere à condição de: a) Superioridade entre as alternativas avaliadas. b) Inferioridade de uma das alternativas avaliadas. c) Igualdade entre as alternativas avaliadas. d) Ausência de relação entre as alternativas avaliadas. 77. Sobre a forma de financiamento do modelo de Atenção Primária à Saúde (APS) no Brasil, assinale a alternativa correta: (considere PAB: Piso da Atenção Básica; SIAB: Sistema de Informação da Atenção Básica) a) O PAB passou a garantir o repasse automático de recursos do nível federal para os municípios, interrompendo a forma de pagamento por procedimentos na APS; b) O PAB possui uma parte fixa e outra variável, calculado de forma per capita, transferido aos municípios provindo de fundos federais e estaduais; c) PAB refere-se ao montante de recursos destinados à viabilização de ações de APS, tendo como base a tabela do SIAB; d) A instituição do PAB garantiu maior repasse de recursos aos municípios com maior percentual de procedimentos realizados. 45 78. O Programa Nacional de Imunização do Brasil recomenda para gestantes: a) vacina contra tétano e difteria (dT) para as não vacinadas ou vacinadas há mais de 5 anos, com o objetivo principal de profilaxia do tétano puerperal. b) vacina contra rubéola que deve ser aplicada após o 1º trimestre nas não imunes, para prevenção da síndrome da rubéola congênita. c) que a vacinação contra hepatite B não seja realizada devido ser constituída por vírus vivos atenuados. d) vacina contra influenza independentemente de vacinação em anos prévios, para prevenção da Síndrome Respiratória Aguda Grave. 79. Considerando que em muitas localidades brasileiras o inverno seco é rigoroso o suficiente para reduzir drasticamente as formas aladas do Aedes aegypti e que nessa época praticamente inexistem pessoas em fase aguda da doença. A explicação para a perpetuação da dengue nessas localidades ao longo do tempo é: a) A transmissão transovariana do vírus da dengue e a migração de novos casos. b) A circulação do vírus da dengue entre macacos brasileiros, cujo ciclo silvestre continua durante o inverno. c) que Fêmeas infectadas de A. aegypti em estado de dormência aguardam as chuvas para a oviposição. d) que algumas pessoas se tornam portadores crônicos do vírus da dengue, permitindo a contaminação de mosquitos por semanas ou meses. 80. Sobre a situação epidemiológica da Rubéola no Brasil e as recomendações para prevenção da rubéola congênita. Pode-se afirmar que: a) Apesar de ter interrompido a circulação endêmica da doença em 2008, o Brasil convive com o risco de importação de casos da América Central e da África. b) Apesar de ter importado alguns casos de rubéola nos últimos 5 anos, o Brasil não viveu surtos nesse período devido o percentual elevado de cobertura vacinal da população (imunidade de rebanho). c) As mulheres em idade fértil que receberam 2 doses da vacina na infância deverão receber outra dose de reforço, preferencialmente antes da gestação. d) A sorologia para rubéola não deve mais ser realizada rotineiramente no pré-natal, já que resultados falsos positivos podem gerar sofrimento desnecessário às gestantes. 46 81. ID: Nasce um recém-nascido com aproximadamente 3 kg, em apneia. Conduta 1: colocado no berço de reanimação e aplicado os passos iniciais, mas não apresentou movimentos respiratórios e a FC era de 50 bpm. Conduta 2: iniciou a ventilação com balão e máscara e o sensor do oxímetro foi posicionado, mas não houve melhora após 30 segundos. A técnica de ventilação foi corrigida, mas a FC permaneceu em 50 bpm e a saturação em 40% ao associar-se oxigênio suplementar. O RN permaneceu em apneia. A conduta é: a) Intubar e ventilar com oxigênio suplementar por 30 segundos e reavaliar. b) Intubar e ventilar com oxigênio suplementar por 30 segundos e iniciar massagem cardíaca c) Ventilar com oxigênio suplementar e iniciar massagem cardíaca com 90 movimentos de massagem e 30 movimentos de ventilação (3:1) d) Intubar com oxigênio suplementar e iniciar massagem cardíaca com 15 compressões para 2 ventilações. 82. ID: RN a termo, em bom estado geral. HMA: Nas primeiras 48 horas de vida desenvolveu máculas eritematosas, pápulas e pústulas disseminadas na face, tronco, membros superiores e inferiores. ES: O esfregaço obtido de uma pústula revelou a presença de eosinófilos. O diagnóstico provável é: a) b) c) d) Melanose pustulosa transitória neonatal Eritema tóxico neonatal Miliária neonatal Impetigo Neonatal 83. ID: Paciente: sexo masculino, 10 anos de idade, no pronto atendimento. HMA: O garoto há 3 dias apresentava episódios febris, rinorréia amarelada e tosse. Plantonista: medicou o paciente com amoxacilina por 5 dias. No quinto dia a criança deu entrada na U. E. com temperatura de 390C, dor na região frontal da cabeça, pior a direita e edema periórbitario EF: paciente febril, com FC: 136bpm, pouco taquipneico. Rinoscopia anterior: secreção amarelada em ambas as fossa nasais; conchas nasais hipertrofiadas e hiperemiadas; edema periórbitario; exoftalmia e restrição de mobilidade ocular. Acuidade visual: paciente com dificuldade de discriminação de cores, em especial de vermelho. Segue foto da criança: 47 A conduta é: a) Trocar o antibiótico e avaliar o paciente em nível ambulatorial. b) Pedir tomografia computadorizada de seios paranasais; internar o paciente e tratar com antibióticos EV. c) Pedir RX simples de seios paranasais; internar o paciente e tratar com antibióticos EV. d) Pedir tomografia computadorizada de seios paranasais; tratar o paciente com antibióticos via oral em nível ambulatorial. O enunciado abaixo diz respeito às questões 84 e 85. ID: Pré-escolar de 4 anos, na sala de emergência. HMA: apresenta história de 3 dias de diarreia e febre, evoluindo há 1 dia com tosse com expectoração amarelada e desconforto respiratório. EF: FR= 40ipm; tiragens intercostais, murmúrio vesicular diminuído globalmente com estertores crepitantes difusos; FC= 150 bpm; PA= 80/50 mmHg, pulsos centrais finos e tempo de enchimento capilar 4 segundos. ES: (sangue arterial): Ph= 7,11; PO2: 44 mmHg; PCO2: 48 mmHg; Bicarbonato= 15 mEq/L; Base excesso= -13; Sódio= 151 mEq/L, Potássio= 4,3 mEq/L, Cloro= 120 mEq/L. 84. O(s) diagnóstico(s) do(s) distúrbio(s) ácido-base e sua(s) causa(s) são: a) Acidose respiratória aguda; insuficiência respiratória aguda. b) Acidose respiratória aguda e acidose metabólica tipo ânion gap aumentado; insuficiência respiratória aguda e choque séptico compensado. c) Acidose respiratória aguda, acidose metabólica tipo ânion gap aumentado e acidose metabólica tipo ânion gap normal; insuficiência respiratória aguda, choque séptico compensado e diarreia aguda infecciosa. d) Acidose respiratória aguda, acidose metabólica tipo ânion gap normal; insuficiência respiratória aguda e diarreia aguda infecciosa. 48 85. A conduta inicial apropriada ao caso acima é: a) Abertura de vias aéreas por colocação de coxim sob o occipício, suporte ventilatório com administração de oxigênio e administração de ceftriaxona. b) Abertura de vias aéreas por colocação de coxim sob os ombros, administração de oxigênio por máscara não-reinalante, obtenção de acesso venoso periférico ou intraósseo, infusão de 20 mL/kg de soro fisiológico em 10 minutos e administração de ceftriaxona. c) Abertura de vias aéreas por colocação de coxim sob o occipício, suporte ventilatório com administração de oxigênio, obtenção de acesso venoso periférico ou intraósseo, infusão de 20 mL/kg de soro fisiológico em 10 minutos e administração de ceftriaxona. d) Administração de oxigênio por máscara não-reinalante, administração de ceftriaxona e solução de bicarbonato de sódio. 86. ID: Menino, 4 anos de idade, previamente hígido, com crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor normais, sem antecedentes patológicos significativos. HMA: apresenta pubarca e crescimento peniano há 6 meses. EF: apresenta estatura e peso acima do percentil 97, face atípica, bom estado geral, presença de acne facial e discreta hipertrofia muscular. A genitália externa é masculina, em estágio puberal de Tanner G3P3, com pênis medindo 7 x 2 cm e testículos com volume de aproximadamente 6 mL (esquerdo) e 8 mL (direito). Não são observadas outras anormalidades ao exame físico. ES: A idade óssea era de 7 anos e a concentração de testosterona era 190 ng/dL (valor de referência < 30 ng/dL). O(s) exame(s) necessário(s) para a confirmação do provável diagnóstico é (são): a) Dosagem de LH basal e/ou após estímulo com GnRH e ressonância magnética do encéfalo. b) Dosagem de 17-hidroxiprogesterona basal e após estímulo com ACTH. c) Dosagem de DHEA-S, androstenediona, testosterona e cortisol basal e após supressão com Dexametasona por 5 dias, seguido por US ou exame de RNM (ressonância nuclear magnética) das glândulas adrenais. d) Dosagem de LH, FSH, gonadotrofina coriônica e US ou exame de RNM dos testículos. 49 87. ID: Menina, 1 ano e 8 meses anos de idade, previamente hígida, com crescimento e desenvolvimento neuropsicomotor normais, sem antecedentes patológicos ou familiares significativos. HMA: apresenta pubarca e acne há 2 meses. EF: estatura e peso acima do percentil 97, facie atípica, bom estado geral, presença de acne facial e discreta hipertrofia muscular. A idade óssea é de 3 anos. Não são observadas outras anormalidades ao exame físico, a não ser: EG: A genitália externa é feminina, com clitoris aumentado, presença de 2 orifícios e ausência de fusão da rafe mediana. O estágio de Tanner é M1P3. Qual das opções abaixo contém o(s) exame(s) necessário(s) para a confirmação do provável diagnóstico? a) Dosagem de LH e FSH: basal e após estímulo com GnRH e Ressonância nuclear magnética do sistema nervoso central e da sela túrcica b) Dosagem de Estradiol, Progesterona, citologia vaginal e ultrassonografia pélvica. c) Dosagem de androgênios e cortisol basal e cortisol após supressão com Dexametasona por 5 dias e tomografia computadorizada das adrenais. d) Dosagem de androgênios, cortisol e de 17-hidroxiprogesterona: basal e após estímulo com ACTH. 88. ID: Menina, 15 anos de idade é avaliada por amenorreia primaria. HMA: Nega telarca e refere pubarca há 3 anos. Refere boa saúde, nega sintomas ou sinais gerais e específicos, tem bom rendimento escolar. Nega casos semelhantes na família. Menarca materna aos 13 anos. Sem informações sobre puberdade paterna. Pais não consanguíneos. EF: Estatura: 166 cm; Peso: 59 kg, Envergadura: 174cm, bom estado geral, descorada +/4+, Tanner: M1P3. Idade óssea: 14 anos. Entre as diferentes causas de atraso puberal listadas abaixo, a mais provável é: a) Atraso puberal constitucional b) Síndrome de Turner c) Hipopituitarismo d) Hipogonadismo hipogonadotrófico Isolado 89. Muitas das neoplasias pediátricas apresentam sinais e sintomas bastante característicos. Estas crianças são frequentemente atendidas por médicos generalistas, estes são fundamentais para o diagnóstico e condutas iniciais. Nas alternativas abaixo, estão alguns sinais/sintomas de possíveis neoplasias infantis , assim como as ações a serem tomadas mediante o caso. 50 Assinale a alternativa onde os sinais e/ou sintomas NÃO devem corresponder ao diagnóstico e/ou conduta adotados: a) Criança de dois anos de vida, com equimose periocular à direita (“olho de guaxinim”) - possível neuroblastoma - avaliação com especialista. b) Adolescente de 13 anos com fratura em fêmur sem historia de trauma - possível meduloblastoma - imobilização e repetir radiografias do fêmur em 30 dias. c) Criança de três anos com “manchas café com leite”, cefaleia e estrabismo – possível glioma de vias ópticas associado à neurofibromatose tipo 1 – avaliação com especialista. d) Lactente com massa abdominal endurecida e fixa, em flanco esquerdo, palpada em exame de rotina de puericultura – possível tumor de Wilms – avaliação com ultrassonografia. 90. ID: Menino, 5 anos de idade, com desenvolvimento pondero-estatural adequado em consulta de Puericultura. HMA: aparecimento de um “caroço” no pescoço, sem outras queixas. EF: observa-se um nódulo arredondado com 3 cm de diâmetro na cadeia cervical anterior direita, sem sinais inflamatórios, sem aderências à planos profundos ou alterações da pele adjacente. A melhor conduta para este caso é: a) Observar a evolução clínica do gânglio por pelo menos duas semanas. b) Observar a evolução clínica do gânglio por pelo menos seis meses. c) Solicitar hemograma, exames de atividade inflamatória e sorologia “TORCHS”. d) Indicar biópsia aspirativa ganglionar. 91. ID: Criança, 2 anos de idade, com vacinação em dia. HMA: apresenta história de sibilância recorrente (1 vez a cada mês) desde os 3 meses de idade, quando segundo a mãe apresentou o primeiro episódio mais intenso, com febre sendo necessário internação na UTI Pediátrica. EF: Tórax com aumento do diâmetro antero-posterior, baquetiamento dos dedos. Pulmão com crepitações em base a D e sibilos expiratórios esparsos. EI: Rx com áreas de hiperinsuflação, velamento intersticial. Tomografia de tórax apresentando sinais de perfusão em mosaico, espessamento peribrônquico, bronquiectasia e sinais de aprisionamento de ar. O provável diagnóstico é: 51 a) Bronquiolite obliterante pós viral. b) Tuberculose. c) Asma. d) Pneumonia atípica. 92. ID: Menina de 9 anos e 6 meses, em consulta ambulatorial. HMA: Mãe acha que a menina está muito alta, maior que o irmão de 11 anos. Há 4 meses notou crescimento das mamas e há 1 mês apareceram pelos pubianos. Ainda não teve a menarca. EF: Altura: 150 cm, pouco acima do percentil 97 da curva de altura para idade, e acima do canal familiar que está situado entre os percentis 10 e 90. Peso: 55 kg, acima do percentil 97 da curva de peso por idade, e IMC: 24.4 kg/m², acima do percentil 95. Estadiamento puberal M2P2. Informe o diagnóstico mais provável: a) b) c) d) Alta estatura constitucional Alta estatura constitucional com componente familiar Obesidade de causa secundária Obesidade primária grau II 93. ID: Criança, 8 anos de idade. HMA: É portadora de com anemia falciforme. Foi submetida ao tratamento de um episódio de Síndrome Torácica Aguda (STA). Como podemos prevenir a recorrência desta complicação grave? a) Colocando o paciente em esquema transfusional crônico para reduzir a porcentagem de HbS e evitar a falcização das hemácias. b) Devemos iniciar o tratamento com Hidroxiureia, medicação que reduz em 50% a chance de um novo episódio de STA. c) Devemos indicar transplante alogênico de medula óssea, pois este é o único tratamento curativo para Anemia Falciforme. d) Não há necessidade de tratamento crônico preventivo depois da resolução do quadro agudo de STA. 94. ID: Criança, 2 anos de idade, em consulta na emergência. HMA: queixa-se de tosse seca há 6 dias acompanhado de febre, 38-38,7º C. Evoluiu com piora da tosse há 3 dias quando se tornou produtiva. A mãe refere cansaço durante a alimentação e piora progressiva do desconforto respiratório. EF: apresenta-se em insuficiência respiratória, necessitando de ventilação invasiva: Feito Rx e tomografia. 52 O diagnóstico é: a) Pneumonia com hemotórax. b) Pneumonia com derrame pleural extenso. c) Pneumonia necrotizante. d) Pneumonia com abcesso. 95. ID: Criança, 5 anos de idade, com sequelas de hipóxia neonatal. HMA: hoje está internada com queixa de roncos noturnos que pioram quando a criança dorme em posição dorsal. EF: durante o sono em decúbito dorsal a criança apresenta queda da saturação esporádica até 88%, tem estridor inspiratório, tempo inspiratório aumentado com dificuldade de entrada de ar. As medidas simples que podem melhorar este quadro clínico são: a) Colocar um coxim sob os ombros e uma cânula orofaríngea com a medida da rima labial até ângulo da mandíbula. b) Colocar um coxim sob o occipício e uma cânula nasofaríngea com a medida da rima labial até o ângulo da mandíbula. c) Colocar um coxim sob os ombros e uma cânula orofaríngea com a medida da rima labial até o lobo da orelha. d) Colocar um coxim sob o occipício e uma cânula nasofaríngea com a medida da asa nasal até o lobo da orelha. 96. HMA: Paciente apresentando febre de 38ºC há 5 dias acompanhado de dor discreta em articulações do joelho, sem edema ou eritema ou calor local. Além disso, houve aparecimentos de lesões em pele em todo o corpo como apresentada na foto abaixo. 53 O possível diagnóstico é: a) Eritema multiforme. b) Rubéola. c) Varicela. d) Urticária. 97. ID: Criança, 5 anos de idade. HMA: queixa-se de diarreia aquosa de médio volume (5x/dia) há 4 dias e vômitos (3x/dia) há 2 dias. Hoje a mãe notou que a criança está apática com dor abdominal e diminuição das evacuações. No período, houve perda do apetite. EF: REG, descorado +/4+, afebril, hidratado. Aparelho Respiratório: sem alterações. Aparelho cardiovascular: 2 BRNF sem sopros, FC: 130 bpm, PA: 90x50 mmHg, pulsos cheios, tempo de enchimento capilar: 2 seg. Apresenta distensão abdominal importante após episódios de vômitos, com dor à palpação difusa e ruídos hidroaéreos diminuídos. ES: Na: 135 mEq/L, K: 2,2 mEq/L, Ca iônico: 1,2 mg/dl. A possível hipótese diagnóstica que podemos levantar e a conduta são: a) Íleo paralítico devido hipopotassemia; passar sonda gástrica e fazer a correção de potássio utilizando concentração de 40 mEq/L em veia periférica. b) Apendicite aguda; levar para o centro cirúrgico e corrigir o potássio utilizando a concentração de 120mEq/L, em veia central, durante a cirurgia. c) Íleo paralítico devido hipopotassemia; correção do potássio rápida em veia periférica, com concentração de 70mEq/L, uma vez que o potássio sérico está muito baixo. d) Gastroenterocolite aguda; Hidratação venosa e observação. 54 98. ID: Criança, 7 anos de idade. HMA: refere apatia e cansaço aos grandes esforços há 4 dias. Hoje apresentando dor em região anterior do tórax. Mãe notou que o coração está acelerado. EF: REG, acianótico, anictérico, afebril, discreta taquipnéia, hidratado. Tórax: MV simétrico sem RA; FR: 30 mpm. Coração 2 BRNF sem sopros, FC difícil contagem, Tempo de enchimento capilar: 4 seg, PA: 82X40 mmHg, pulsos periféricos finos. Abdome: plano, normotenso, indolor, fígado a 2 cm do RCD, RH+ normoativo. SN: pouco sonolento. Traçado ECG: O diagnóstico e a conduta mais efetiva são: a) Taquicardia ventricular. Choque compensado, cardioversão sincronizada com 4 J/kg. b) Taquicardia juncional. Choque descompensado, adenosina 0,1mg/kg. c) Taquicardia supraventricular. Choque compensado, cardioversão sincronizada com 0,5 J/kg. d) Taquicardia ventricular polimórifica. Choque descompensado, cardioversão não sincronizada com 2J/kg. 99. ID: Criança, 9 meses de idade, foi admitida no serviço de urgência. HMA: se apresenta com quadro de palidez cutânea grave e icterícia. A mãe refere que criança tem o diagnóstico prévio de beta talassemia maior. EF: anemia grave (Hb: 4,2 g/dL), ictérico e baço palpável a 3 cm do rebordo costal esquerdo. A conduta mais indicada para o tratamento é: 55 a) Devido à gravidade do caso e como a esplenomegalia é responsável pela anemia, deve-se realizar imediatamente a esplenectomia e depois transfundir a paciente. b) Devido à gravidade da anemia, deve-se transfundir a criança e depois submetê-la à esplenectomia para manter o nível de hemoglobina estável. c) Deve-se colocá-la em esquema transfusional crônico, mantendo hemoglobina pré-transfusional entre 9 e 10 g/dL. d) Deve-se transfundir a paciente sempre que a hemoglobina estiver abaixo de 7 g/dl e não colocá-la em esquema transfusional crônico devido ao risco de sobrecarga de ferro. 100. ID: duas crianças estão sendo submetidos à traqueostomia. Criança A: é portadora de acumulo de secreção na traqueia e brônquio. Ao abrir a traqueia ocorre edema agudo de pulmão. Criança B: é portadora de hipoventilação alveolar. Ao abrir a traqueia ocorre parada cardíaca. Estes acidentes ocorreram porque o: a) Paciente A estava em alcalose respiratória e houve tentativa de esvaziar as secreções. Paciente B estava em acidose respiratória e injetou-se O2 puro. b) Paciente A estava em acidose respiratória e houve tentativa de esvaziar as secreções. Paciente B estava em alcalose respiratória e injetou-se O2 puro. c) Paciente A estava em alcalose respiratória e injetou-se O2 puro. Paciente B estava em acidose respiratória e houve tentativa de esvaziar as secreções. d) Paciente A estava em acidose respiratória e injetou-se O2 puro. Paciente B estava em alcalose respiratória e houve tentativa de esvaziar as secreções. 56